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Divulgação científica

Beatriz de Freitas Cardenete


Monitoria IELP I | 2023
Material criado com base nos cursos de “Introdução à
Divulgação Científica”
● Ministrado por Beatriz de Freitas Cardenete e Kathlin Carla de Morais,
com coordenação da Profa. Dra. Vanessa Martins do Monte
● Duas edições, oferecidas em 2022 pelo Serviço de Cultura e Extensão da
FFLCH
○ Uma em abril e outra em agosto
O que é divulgação científica?
● Disseminação: especialista > pares = linguagem específica
○ Faço disseminação científica na área de filologia quando publico um
artigo em uma revista
● Difusão: qualquer pessoa que se interesse pelo assunto > público universal =
linguagem acessível
○ Faço difusão científica quando converso com alguém sobre a eficácia e a
segurança das vacinas
● Divulgação: especialista > público universal = linguagem acessível
○ Faço divulgação científica na área de filologia quando crio posts para o
@chacompesquisa
BUENO, Wilson da Costa. Jornalismo científico: conceitos e funções. Ciência e Cultura, São Paulo:
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 37(9), p. 1420-1427, set/1995. p. 1423.
O público-alvo
● Pensar em para quem se quer falar, ajuda a definir as escolhas da
linguagem
○ Gênero
○ Idade
○ Classe social
○ Grau de escolaridade
○ Interesses
○ Etc, etc, etc
Buscar por repertório
● Quem está fazendo divulgação científica? Quais perfis eu conheço?
● Quais tipos de post eu gosto? Quais eu não gosto? > Achar sua voz na DC

Arquivo, Memória e Gestão: @archimege

Instagrams Bruxas da Modernidade: @bruxasdamodernidade


Chá com Pesquisa: @chacompesquisa

para se Jana Viscardi: @janaisa


Nunca vi 1 cientista: @nuncavi1cientista

inspirar:
LeveLetras: @leveletras
Física Preta: @fisica.preta
Deusa Cientista: @deusacientista
Mulheres na América Portuguesa: @map_usp
NEHiLP: @nehilp_usp
IELP I: ielpi_usp
O “teste da avó"
(Que pode ser da mãe, dos colegas de outras áreas, dos tios…)
Você leria o seu próprio
post?
(Se a resposta for não, é melhor reformular)
Primeira dica Variação diacrônica

prática É o tipo de variação linguística que


ocorre quando pensamos na história da
língua. Ou seja, ela pode ser vista
quando comparamos o jeito que
escrevemos hoje com o modo de escrita
O cuidado com de anos atrás. Uma maneira em que
pode ocorrer esse tipo de variação é por
as terminologias meio da gramaticalização, em que uma
palavra de sentido pleno assume outras
e com os funções gramaticais. Como pode ser
visto no exemplo abaixo:
conceitos Vossa Mercê → Vosmecê → Você → Cê
Atenção
● Tomar cuidado com os termos técnicos;
● Quando utilizar, sempre explicar de forma compreensível do
que você está falando;

No exemplo fictício apresentado, que se propõe a explicar o conceito de “variação


diacrônica”, usa-se como exemplo uma gramaticalização. A explicação dada,
entretanto, deixa mais dúvidas do que soluções, por exemplo: o que é uma palavra
de sentido pleno? O que significa assumir funções gramaticais? O ideal seria
dedicar mais espaço para explicar esse conceito que é tão complexo, ou então
somente excluir ele do post.
Segunda dica
Afinal, o
prática
que é a
A atenção às
língua?
referências e às Como é de conhecimento geral, a língua é

teorias um sistema de estruturas. Sendo assim,


ela pode ser entendida como um conjunto
de “sons que podemos gravar, de palavras
utilizadas e sentenças que podemos escrever,
descrever, recolher num dicionário e
numa gramática, produzindo algumas
generalizações”.
Atenção
● Tomar cuidado com afirmações universais e não ter medo de
relativizar algumas teorias;
● Sempre expor a fonte, independente da citação ser direta ou indireta;
● Tomar cuidado com as referências utilizadas, ou seja, ter certeza de
onde veio a informação que você está compartilhando.

Há duas questões que merecem atenção no exemplo trazido, que se propõe a


explicar o conceito de língua. A primeira delas, é a generalização: a definição de
língua trazida como “de conhecimento geral”, é específica de uma das inúmeras
teorias da linguística. Além disso, traz uma citação ao texto “O que se entende por
língua e por gramática”, do professor Ataliba de Castilho, que deveria estar
referenciada.
Terceira dica Os resultados obtidos pelos
autores, a respeito da análise
prática sociolinguística comentada,
foram os seguintes:

O tratamento de
quadros, tabelas
e gráficos
Atenção
● Evitar utilizar quadros, gráficos e tabelas;
● Quando utilizar, dedicar também uma parte do post para
explicar aqueles dados e, mais especificamente, explicar para
o/a leitor/a o qual a relevância daquilo para o assunto abordado.

No exemplo fictício apresentado, que se propõe a discutir temas da


sociolinguística, são trazidas tabelas mostrando ocorrências de um determinado
fenômeno da concordância verbal. Para analisar a imagem, é necessário ter uma
familiaridade com esse tipo de disposição de dados, ou seja, uma familiaridade
com a linguagem científica.
Quarta (e
última) dica
prática:

O lugar da
criatividade
Atenção
● A criatividade tem um lugar central na Divulgação Científica,
não só para a adaptação da linguagem, mas também para a
criação estética dos posts;
■ https://www.canva.com
● Usar memes e assuntos do momento para chamar atenção do
público, por exemplo.

O exemplo apresentado foi retirado do post feito por dois alunos do ano passado.
Eles usam o jeito do Mestre Yoda falar para explicar sobre a importância da ordem
das palavras no português, o que não é tão relevante no latim, por exemplo.
Por enquanto, é isso!
Bom trabalho :)

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