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Planos de aula / Língua Portuguesa / 5º ano / Leitura/Escuta

Leitura e análise de textos multissemióticos


Por: Daniela Pistori Tavares / 26 de Novembro de 2018

Código: LPO5_03SQA03

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Professor-autor: Daniela Pistori Tavares
Mentor: Luciana Chiele
Especialista: Heloísa Jordão

Título da aula: Leitura e análise de textos multissemióticos.

Finalidade da aula: Localizar informações explícitas em textos expositivos de divulgação científica. Comparar informações apresentadas através de
recursos gráfico-visuais em textos expositivos de divulgação científica, identificando os efeitos de sentido produzidos por esses recursos.

Ano: 5º ano do Ensino Fundamental

Gênero: Texto expositivo de divulgação científica

Objeto(s) do conhecimento: Estratégia de leitura / Compreensão em leitura / Apreciação estética / Estilo / Imagens analíticas em textos.

Prática de linguagem: Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

Habilidade(s) da BNCC: EF15LP03, EF15LP04

Sobre esta aula: esta é terceira aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero “expositivo de divulgação científica” e no campo de
atuação “estudo e pesquisa\vida pública\todos os campos”. A aula faz parte do módulo de <Leitura>

Materiais necessários: Recursos gráfico-visuais e textos impressos.

Informações sobre o gênero:

Texto de divulgação científica – trata-se de um gênero discursivo que tem por finalidade divulgar informações relacionadas a descobertas científicas, de
maneira acessível ao público em geral (não especializado no assunto). Geralmente, o texto de divulgação científica expõe os dados de uma determinada
pesquisa, como: o que foi pesquisado, como e onde o estudo foi realizado, quais os resultados da pesquisa e quais são as pessoas e entidades envolvidas. É
comum que sejam apresentados depoimentos de pessoas envolvidas na pesquisa ou de outros especialistas no assunto para atribuir credibilidade ao texto.
Esses textos são publicados em revistas ou jornais de divulgação científica direcionados a públicos variados.

Dificuldades antecipadas:

Os alunos serem capazes de utilizar estratégias de leitura para compreensão do texto, com os recursos multissemióticos (infográficos), apresentado na aula,
reconhecendo-o como gênero de divulgação científica.
Algum aluno apresentar dificuldades específicas de leitura, não estando plenamente alfabetizado.

Referências sobre o assunto :

MENDONÇA. Márcia. Imagem e texto explicando o mundo: Infográfico. In: Diversidade textual: propostas para a sala de aula. Formação continuada de
professores / coordenado por Márcia Mendonça. Recife, MEC/CEEL, 2008. p.221-238. Disponível em:
http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura . Trad. Cláudia Schilling; Artmed;1998.

Materiais complementares

Documento
Imagens para impressão
Imagens para impressão
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/UC4cx8aSVtRCPqfZDxUkPAyqJ23p2yqUjQ2rGFdJzfkEz7yNp5SycqYpdJ3F/atividade-para-
impressao-imagens-lp05-03sqa03.pdf

Documento
Texto - A turma do a a de artrópodos
Texto - A turma do a a de artrópodos
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/2c4b7Av2yveCyUQJBJz2evWh6gF7rTcAe4yPNmnwYudxcznrsFGnJuPtD5CR/atividade-para-
impressao-texto-lp05-03sqa03-1.pdf

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Plano de aula

Leitura e análise de textos multissemióticos

Slide 1 Sobre este plano


Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: esta é terceira aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero “expositivo de divulgação científica” e no campo de
atuação “estudo e pesquisa\vida pública\todos os campos”. A aula faz parte do módulo de
Materiais necessários: Recursos gráfico-visuais e textos impressos.
Informações sobre o gênero:
Texto de divulgação científica – trata-se de um gênero discursivo que tem por finalidade divulgar informações relacionadas a descobertas
científicas, de maneira acessível ao público em geral (não especializado no assunto). Geralmente, o texto de divulgação científica expõe os dados de
uma determinada pesquisa, como: o que foi pesquisado, como e onde o estudo foi realizado, quais os resultados da pesquisa e quais são as pessoas e
entidades envolvidas. É comum que sejam apresentados depoimentos de pessoas envolvidas na pesquisa ou de outros especialistas no assunto para
atribuir credibilidade ao texto. Esses textos são publicados em revistas ou jornais de divulgação científica direcionados a públicos variados.
Dificuldades antecipadas :
Os alunos serem capazes de utilizar estratégias de leitura para compreensão do texto, com os recursos multissemióticos (infográficos), apresentado
na aula, reconhecendo-o como gênero de divulgação científica.
Algum aluno apresentar dificuldades específicas de leitura, não estando plenamente alfabetizado.
Referências sobre o assunto:
MENDONÇA. Márcia. Imagem e texto explicando o mundo: Infográfico. In: Diversidade textual: propostas para a sala de aula. Formação continuada
de professores / coordenado por Márcia Mendonça. Recife, MEC/CEEL, 2008. p.221-238. Disponível em:
http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/35.pdf
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Trad. Cláudia Schilling; Artmed;1998.

Slide 2 Tema da aula

Tempo sugerido : 2 minutos


Orientações:
1- Leia o slide aos alunos.
2- Pergunte: O que vocês imaginam que trataremos nesta aula?

Slide 3 Introdução

Tempo sugerido : 5 minutos


Orientações:
1- Apresente o slide com as imagens (ou as imagens impressas) aos alunos.
2- Pergunte:
Que tipo de imagens são estas?
Retomando conteúdos da aula anterior, devem ser capazes de identificar que são infográficos. Solicite que observem o “Caderno de Descobertas”.
A que tipo de texto as imagens poderiam estar relacionadas? Como você chegou a esta conclusão?
Devem perceber que fazem parte de um contexto da esfera científica .
Para conduzir as reflexões dos alunos, vale saber:
O texto apresentado para esta aula contém imagens e infográficos. Mas o que são infográficos? Veja a definição, encontrada no texto de Márcia
Mendonça “Imagem e texto explicando o mundo: Infográfico.” (referência bibliográfica no slide 1) :
“(...) é um gênero que une texto verbal e imagem para explicar fatos, processos, fenômenos, objetos, estratégias, etc. (...) São muito comuns em
livros didáticos, jornais e revistas, principalmente as de divulgação científica. “
“(...) São extremamente úteis para explicar e apresentar informações difíceis de serem entendidas apenas com o texto verbal.”
“(...) São considerados infográficos os diagramas e também os gráficos, tabelas e os mapas, todos eles gêneros multimodais, ou seja, construídos com
mais de um tipo de linguagem, no caso, imagem e texto verbal.”
Material complementar:
Imagens para impressão

Slide 4 Desenvolvimento

Tempo sugerido : 38 minutos


Orientações:
1- Disponha antecipadamente os alunos em duplas, estimulando a troca de ideias.
2- Entregue a cada dupla o texto impresso, sem imagens ( link a seguir) .
3- Solicite que realizem a leitura compartilhada entre os alunos da dupla (um lê um trecho em voz alta ao colega, depois invertem, alternando os
papéis de leitor e ouvinte).
4- Certifique-se de que todos terminaram a leitura e conduza uma roda de conversa.
Pergunte:
Qual foi o assunto do texto?
Que tipo de informação é apresentada no texto?
Devem identificar que são informações da esfera científica.
Indique se existe relação entre o texto verbal lido e as imagens apresentadas no início desta aula e qual seria esta relação.
Devem perceber que as imagens fazem parte do mesmo contexto e poderiam pertencer ao mesmo, ilustrando e apresentando informações
complementares ao texto verbal.
O texto apresenta características de qual gênero textual?
Devem concluir que se trata de um texto de divulgação científica. Neste momento, estimule-os a reforçar as características do gênero apresentadas
nas aulas anteriores, nos planos 1 e 2 desta sequência de aulas.
Material complementar:
Texto "A turma do a a de artrópodos".

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Plano de aula

Leitura e análise de textos multissemióticos

Slide 5 Desenvolvimento
Orientações:
1- Entregue a cada dupla o texto de divulgação científica, agora na versão completa, com as imagens e infográficos, encontrado em Revista Ciência
Hoje Criança, edição nº 178, páginas 2 a 6, disponível para acesso e download neste link (capa no slide) .
2- Projete as questões de interpretação textual ou redija-as no quadro.
3- Realize a leitura das questões de forma coletiva, para que todos compreendam a próxima etapa da atividade.
4- Solicite que realizem novamente a leitura compartilhada do texto, agora com atenção às informações trazidas pelas imagens e texto verbal, tendo
o propósito de encontrar as respostas das perguntas propostas.
5- Peça que marquem no texto, os trechos onde se encontram as respostas adequadas.
Os alunos devem utilizar e demonstrar competência leitora para identificar as informações explícitas no texto, considerando os recursos gráfico-
visuais contidos no mesmo.
6- Compartilhe as respostas de forma coletiva, promovendo um debate sobre a correção das mesmas.
7- Questione:
Em qual parte do texto vocês localizaram a resposta à pergunta 1, através das imagens ou do texto escrito?
Devem responder que localizaram na parte de texto verbal, ou seja texto escrito, identificando o parágrafo.
Para responder às perguntas 2, 3 e 4, o que foi preciso observar, além do texto verbal? Analise a localização de cada resposta.
Devem perceber que as informações referentes às perguntas 2, 3 e 4 encontram-se nos infográficos e imagens, facilitando a compreensão. A
resposta da pergunta 2 também consta na parte escrita. A resposta da 3, encontra-se somente na imagem e a pergunta 4, apresenta parte da resposta
em texto e parte na imagem.
Observando o texto sem as imagens, apresentado no início da aula, e agora completo, o que vocês concluem?
Devem concluir que algumas imagens do texto, têm as funções de complementar, facilitar o entendimento do conteúdo e trazer informações
adicionais sobre o assunto. Algumas são meramente ilustrativas.
Devem ser capazes de indicar quais imagens são informativas e quais são ilustrativas.
Para responder a última questão os alunos devem ser capazes de retomar e refletir sobre as informações trazidas pelo texto e, observando o animal
e suas caracte?isticas, classificá-lo. Assim, estará aplicando os conhecimentos adquiridos pelo estudo do texto, demonstrando a competência leitora
ao identificar as informações e utilizá-las em um contexto real.
Para orientar a mediação do professor, vale saber que:
“Na atividade de leitura, é importante o professor ajudar o aluno a entender o conteúdo do texto; porém, mais importante ainda é ajudá-lo a se
tornar um leitor autorregulado (ou seja, que tenha objetivos claros para a realização das suas atividades de leitura), ativo (isto é, que engaje seu corpo
e mente na leitura), e possuidor de uma gama variada de estratégias de compreensão, como predição, levantamento e verificação de hipóteses,
extrapolação e inferência.” (Para aprofundamento desse assunto, clique aqui ).
"O ensino das estratégias de leitura ajuda o estudante a aplicar seu conhecimento prévio, a realizar inferências para interpretar o texto e a
identificar e esclarecer o que não entende", por Isabel Solé, sobre seu livro “Estratégias de leitura”. (Para aprofundamento desse assunto, clique
aqui).
Material complementar:
Para mais publicações da revista “Ciência Hoje das Crianças” veja em: http://capes.cienciahoje.org.br (Acesso em 24 de agosto de 2018).
Download da revista.

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Plano de aula

Leitura e análise de textos multissemióticos

Slide 6 Desenvolvimento

Orientações:
1- Entregue a cada dupla o texto de divulgação científica, agora na versão completa, com as imagens e infográficos, encontrado em Revista Ciência
Hoje Criança, edição nº 178, páginas 2 a 6, disponível para acesso e download neste link (capa no slide) .
2- Projete as questões de interpretação textual ou redija-as no quadro.
3- Realize a leitura das questões de forma coletiva, para que todos compreendam a próxima etapa da atividade.
4- Solicite que realizem novamente a leitura compartilhada do texto, agora com atenção às informações trazidas pelas imagens e texto verbal, tendo
o propósito de encontrar as respostas das perguntas propostas.
5- Peça que marquem no texto, os trechos onde se encontram as respostas adequadas.
Os alunos devem utilizar e demonstrar competência leitora para identificar as informações explícitas no texto, considerando os recursos gráfico-
visuais contidos no mesmo.
6- Compartilhe as respostas de forma coletiva, promovendo um debate sobre a correção das mesmas.
7- Questione:
Em qual parte do texto vocês localizaram a resposta à pergunta 1, através das imagens ou do texto escrito?
Devem responder que localizaram na parte de texto verbal, ou seja texto escrito, identificando o parágrafo.
Para responder às perguntas 2, 3 e 4, o que foi preciso observar, além do texto verbal? Analise a localização de cada resposta.
Devem perceber que as informações referentes às perguntas 2, 3 e 4 encontram-se nos infográficos e imagens, facilitando a compreensão. A
resposta da pergunta 2 também consta na parte escrita. A resposta da 3, encontra-se somente na imagem e a pergunta 4, apresenta parte da resposta
em texto e parte na imagem.
Observando o texto sem as imagens, apresentado no início da aula, e agora completo, o que vocês concluem?
Devem concluir que algumas imagens do texto, têm as funções de complementar, facilitar o entendimento do conteúdo e trazer informações
adicionais sobre o assunto. Algumas são meramente ilustrativas.
Devem ser capazes de indicar quais imagens são informativas e quais são ilustrativas.
Para responder a última questão os alunos devem ser capazes de retomar e refletir sobre as informações trazidas pelo texto e, observando o animal
e suas caracte?isticas, classificá-lo. Assim, estará aplicando os conhecimentos adquiridos pelo estudo do texto, demonstrando a competência leitora
ao identificar as informações e utilizá-las em um contexto real.
Para orientar a mediação do professor, vale saber que:
“Na atividade de leitura, é importante o professor ajudar o aluno a entender o conteúdo do texto; porém, mais importante ainda é ajudá-lo a se
tornar um leitor autorregulado (ou seja, que tenha objetivos claros para a realização das suas atividades de leitura), ativo (isto é, que engaje seu corpo
e mente na leitura), e possuidor de uma gama variada de estratégias de compreensão, como predição, levantamento e verificação de hipóteses,
extrapolação e inferência.” (Para aprofundamento desse assunto, clique aqui ).
"O ensino das estratégias de leitura ajuda o estudante a aplicar seu conhecimento prévio, a realizar inferências para interpretar o texto e a
identificar e esclarecer o que não entende", por Isabel Solé, sobre seu livro “Estratégias de leitura”. (Para aprofundamento desse assunto, clique
aqui).
Material complementar:
Para mais publicações da revista “Ciência Hoje das Crianças” veja em: http://capes.cienciahoje.org.br (Acesso em 24 de agosto de 2018).

Slide 7 Fechamento

Tempo sugerido : 5 minutos


Orientações:
1- Realize a pergunta proposta no slide e deixe que os alunos se expressem, elaborando conclusões sobre as aprendizagens da aula.
2- Finalize com a leitura do slide aos alunos.
3- Caso os alunos apresentem uma observação pertinente em relação à aula, que não esteja descrita no slide, valorize.
4- Solicite que anotem as conclusões no “Caderno de Descobertas” para consultas posteriores.

Apoiador Técnico

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Imagens extraídas do texto de divulgação científica “A turma do a a de artrópodos”, 
disponível na íntegra em Revista Ciência Hoje Criança, edição nº 178, no site 
http://capes.cienciahoje.org.br​,  
Texto extraído da R
​ evista Ciência Hoje das Crianças, ​Ano 20,  

Nº 178, abril de 2007, páginas 2 a 6, disponível em ​cienciahoje.org.br 


(Acesso em 24 de agosto de 2018). 

A turma do a a de artrópodos 

Camarões, formigas, aranhas, caranguejos, centopeias, borboletas...Você sabe 


dizer o que esses animais têm em comum? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe 
três: eles são artrópodos. Epa! Mas você sabe o que isso significa? 

Os artrópodos são animais invertebrados que se dividem em três grandes 


grupos: o grupo dos insetos, o dos crustáceos e dos aracnídeos. Eles são os 
bichos dominantes na Terra, tanto em número de espécies quanto em número 
de indivíduos. Afinal, você já parou para pensar, por exemplo, em quantas 
formigas existem no mundo? São muitas! 

Então, vamos saber mais sobre os artrópodos? 

A origem do nome artrópodo 

A palavra Arthropoda, em latim, significa “pés articulados”. Mas o que isso tem a 
ver com insetos, aracnídeos, crustáceos e outros artrópodos? Esses animais têm 
apêndices que são muito importantes para a sua locomoção e, também, para 
sustentar seus esqueletos rígidos. As perninhas de cada bicho são exemplo de 
apêndices, assim como as antenas, que podem atuar no tato, no momento da 
reprodução e na manipulação de alimentos. 

Insetos 

Eles são encontrados em todos os ambientes do planeta, até mesmo nos 


oceanos e mares, embora mais raramente. Existe até uma espécie que vive na 
pele das focas-do-mediterrâneo, acredita? 

Portanto, não é à toa que cerca de um milhão e meio de espécies de insetos já 
foram catalogados no planeta. O curioso é que os cientistas acreditam que esse 
número seja apenas uma pequena parte do total existente. Os insetos 
conseguiram ocupar grande parte do planeta graças ao seu pequeno tamanho 
e, também, à sua capacidade de voar, de ter um grande número de filhotes e de 
pôr ovos resistentes à falta de água. Esses animais estão muito presentes no 
nosso dia-a-dia: são baratas, mosquitos, formigas, mariposas, piolhos, pulgas, 
marimbondos, abelhas, entre outros. Alguns transmitem doenças, como o 
mosquito da dengue; outros, como besouros, comem plantas, fungos, detritos e 
outros insetos. 

Embora, para alguns, eles possam parecer nojentos, é bom lembrar que muitos 
deles têm um importante papel na natureza, como o da polinização das plantas. 

As plantas são importantes para milhares de espécies de insetos por 


fornecerem alimento a eles, como suas folhas e o néctar das flores. 

Quando uma borboleta pousa em uma flor, por exemplo, ela está se 
alimentando do néctar. Porém, ao terminar sua refeição, acaba levando, 
grudados em seu corpo, grãos de pólen. Da próxima vez que for se alimentar, 
talvez ela visite uma planta daquela mesma espécie e deixe ali aquele pólen, 
possibilitando que ocorra a fecundação da flor e, então, a planta se reproduza. 
Como os vegetais são seres vivos que não se locomovem, precisam dessa 
ajudinha na hora da reprodução! 

Os insetos respiram por meio de estruturas que podemos comparar a pequenos 


canos que passam por dentro de todo o seu corpo: as traquéias. São elas que 
levam o oxigênio diretamente aos órgãos. 

Crustáceos 

Por viverem nos mares e oceanos, esses animais realizam sua respiração 
debaixo d’água, utilizando as brânquias: órgãos irrigados com sangue, onde são 
realizadas as trocas gasosas, ou melhor, onde é retirado o oxigênio da água e 
eliminado o gás carbônico do corpo do animal. 

Os crustáceos são muito variados. Para comprovar, basta comparar animais 


como a maria-farinha, a lagosta, o tatuí e o camarão. Por falar em camarão, há 
um tipo de crustáceo fundamental nos oceanos: os copépodos. Eles servem de 
alimento para muitos animais marinhos, como as baleias. 

Eles parecem camarões microscópicos e fazem parte do zooplâncton, o 


conjunto de animais, em sua maioria, menores do que um milímetro, 
encontrado na água salgada e doce, que também inclui crustáceos, medusas e 
larvas de peixe. 

Aracnídeos 

Aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos… Todos esses animais são aracnídeos. 


Alguns são peçonhentos, ou seja, utilizam veneno para paralisar ou matar suas 
presas, sendo importantes predadores terrestres. Além disso, contam com um 
par de apêndices chamados quelíceras. Elas ficam posicionadas à frente da boca 
e funcionam como canivetes dilacerando os animais que servem como alimento 
aos aracnídeos. 

Achou curioso? Você ainda não viu nada! As aranhas, por exemplo, possuem 
excelente visão noturna e tecem teias elaboradas e pegajosas para capturar 
suas presas, que recebem uma boa dose de veneno após caírem nelas. Os 
escorpiões também são noturnos e paralisam suas presas com seu ferrão. 
Carrapatos são parasitas de animais, como o gado ou cachorro. 

E você nunca espirrou quando mexeu em algum brinquedo ou livro que estava 
guardado no seu quarto? Culpa dos ácaros. Eles se alimentam de plantas, 
madeira podre, detritos e podem estar presentes na poeira, por exemplo. 

Como deu para perceber, os artrópodos são animais muito diversos e curiosos. 
Então, não se esqueça: só porque alguns podem nos causar mal, não significa 
que devemos matá-los sem motivo. Afinal, todos desempenham funções 
importantes dentro da natureza e manter esse equilíbrio é dever da gente, 
como ser humano. Tudo bem, tudo bem: você pode matar aquele mosquitinho 
que picou sua perna ou aquela pulga que está infernizando seu cachorro há 
tempos… Mas nada de ficar arrancando perna de grilo ou gafanhoto. Estamos 
combinados? 
 

E as lacraias e centopéias? 

Esses artrópodos - assim como gongôlos, animais semelhantes às lacraias, mas 


com dois pares de pernas em cada segmento do corpo - estão incluídos no 
grupo dos miriápodos, que são próximos aos insetos, mas não são insetos: na 
verdade, são invertebrados de corpo longo que possuem, em média, quinze 
pares de pernas e podem ser venenosos. 

Mudar para crescer 

Os animais vertebrados - como nós, os seres humanos - têm ossos para 


sustentar o corpo. Já os artrópodos contam com o exoesqueleto: uma casquinha 
que protege seus órgãos internos. Como essa casquinha não é capaz de crescer 
acompanhando o desenvolvimento do corpo do animal, ele realiza a muda ou 
ecdise. 

Em outras palavras, à medida que o animal cresce dentro de sua casquinha vai 
ficando apertado lá dentro. Então, começa a dissolver seu exoesqueleto de 
dentro para fora até que seu corpo mole consiga sair. Assim, ele pode produzir 
uma nova casquinha para proteger seu corpo frágil, só que agora maior. 

No período da muda, o artrópodo fica muito vulnerável: se movimenta 


lentamente e, em muitos casos, permanece imóvel até fazer a troca completa. 
Também se esconde para se proteger dos predadores enquanto produz sua 
armadura nova. 

Você já viu casquinhas de cigarra presas nas árvores? São os exoesqueletos que 
esses animais deixam lá! 

Ana Caroline Paiva Gandara, 

Instituto de BIoquímica Médica, 

Universidade Federal do Rio de Janeiro 

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