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TEMA

Procedimentos e estratégias de leitura

PERCURSO FORMATIVO
 Acolhimento;
 Informações;
 Leitura & Reflexão;
 Explanação sobre as estratégias de Leitura para a formação
integral do leitor;
 Oito estratégias para trabalhar a compreensão da leitura;
 Considerações sobre a Competência Leitora no Currículo
Paulista;
 Encerramento.
OBJETIVOS

 Retomar algumas concepções sobre o trabalho pedagógico


com a leitura em todas as áreas do conhecimento;
 Apresentar as considerações sobre a competência leitora
prevista no Currículo Paulista;
 Refletir sobre a implementação do Currículo Paulista na
rede;
 Viabilizar a reflexão sobre a prática docente.
“Explanação
Retomar sobre as estratégias de Leitura
algumas
para a formação integral do leitor”
concepções sobre o
trabalho pedagógico
com a leitura em
Que vivências de leitura
trago em meu repertório?

• Você se lembra de ter tido aulas de leitura?


•O que você gostava de ler na escola?
• Que atividades de leitura eram propostas e como eram

planejadas?
O que é ler em uma situação de ensino?

Defina, em poucas palavras, os três


momentos da leitura apresentados no
vídeo:

a. Antes da leitura:

b. Durante a leitura:

c. Após a leitura:
Di@log@ndo

Quais os três momentos da leitura apresentados no


vídeo?

Nosso aluno lê para quê?

Estão, ele e o professor, conscientes do objetivo da leitura?


Estratégias de Leitura
Antes da Leitura:
Alguns objetivos da leitura em situações de ensino,
segundo Isabel Solé (1998):
Antes da Leitura:
Ativação de conhecimentos prévios

1. Procure levantar suas hipóteses a respeito dos conhecimentos que supõe que a turma já dispõe a
respeito do assunto ou do próprio texto.

2. Ao longo da conversa procure não ratificar nem negar o que os estudantes falam, mas retomar,
registrar, confrontar.

3. Organize o registro do que os estudantes falam a respeito do assunto agrupando os dados ou ideias
segundo as categorias de análise da disciplina.

4. Uma outra forma de organizar os dados é considerar os saberes e expectativas dos estudantes em
relação ao tema. Como no exemplo abaixo:
Antes da Leitura:
Previsões para o texto verbal

Uma rápida leitura do título ou dos subtítulos permite ao leitor


levantar hipóteses a respeito do assunto abordado.

• Identificar desde o início da atividade o assunto do texto.


• Do que este texto trata?
• Elaborar predições a respeito da ideia principal.
Que aspecto desse assunto o texto explora?
Antes da Leitura:
Previsões para o texto não verbal 

2. Ler os títulos e as legendas que 3. Retomar as hipóteses levantadas.


1. Observar as imagens e as
identificam as imagens, tabelas, Quais se confirmam? Quais não?
palavras destacadas visualmente e
gráficos e mapas. É possível Os estudantes mobilizam suas referências
estimulá-los a ir além da mera
antecipar o tema do texto a partir para a leitura a partir do que imaginam tratar
identificação.
desses elementos? o texto, partindo da análise das imagens.

5. Se houver tabela, construa um gráfico a


4. Incentivar os estudantes a partir dela para analisar a tendência do
interpretarem os dados dos gráficos e evento. Pois sua análise sintetiza
tabelas para confrontarem com suas informações e permite a elaboração de
hipóteses e reformulá-las já a partir inferências
dessa análise.
Durante a Leitura:

Modalidades de leitura...
Alguns exemplos...
Leitura Compartilhada
Pós Leitura:
As atividades que procedem da leitura devem primordialmente
abranger os objetivos elencados para a proposta.

Por exemplo:

• Construção da síntese do texto – esquemas,


resumos, fichas de leitura.

• Troca de impressões a respeito dos textos


lidos, fornecendo indicações para sustentação
de sua leitura e acolhendo outras posições.

• Utilização, em função da finalidade da leitura,


do registro escrito para melhor compreensão.

• Avaliação crítica do texto.


Pós Leitura:

Avaliação

• A avaliação de atividades de leitura deve permear todo o


desenvolvimento da atividade.

• A avaliação pode abranger tanto os aspectos formativos


utilizados(procedimentos utilizados para a proposta de atividade).
Quanto aos conteúdos estudados (tema/assunto) da leitura.

Para tanto, os alunos devem estar conscientes da grade de avaliação


e do que será observado, pautando-se na intencionalidade pedagógica
(objetivos) previamente descrita.
Considerações sobre a competência
leitora no Currículo Paulista;

Apresentar as considerações sobre a competência


leitora prevista no Currículo Paulista;
Refletir sobre a implementação do Currículo
Paulista na rede;
Competência Leitora

No Currículo Paulista, entende-se a competência leitora


como a capacidade de extrair sentidos que envolvem as
linguagens verbal, não verbal e multimodal, presentes nos
diferentes gêneros que circulam nas mais diversas esferas da
atividade humana.
O compromisso com a alfabetização, o letramento e os (multi)letramentos
em todas as áreas do conhecimento

•No Currículo Paulista, a alfabetização é central na


aprendizagem das crianças, uma vez que supõe um conjunto
de habilidades e competências fundantes, que se configuram
como andaimes para as aprendizagens posteriores.

•A alfabetização é aqui entendida como aprendizagem da


leitura, ou seja, o desenvolvimento da capacidade de
compreender e analisar criticamente diferentes gêneros que
circulam em diferentes esferas da atividade humana em
diversas linguagens, bem como a aquisição da escrita
alfabética.

•Vale destacar que a alfabetização não se restringe apenas à


apropriação da palavra escrita, mas designa um conjunto de
saberes e fazeres específicos e fundamentais para o
desenvolvimento cognitivo e para as aprendizagens
posteriores.
Geografia

Por exemplo, é comum o uso do termo


alfabetização cartográfica para referir-se a um
conjunto de saberes e de fazeres relacionados
a noções básicas, como o reconhecimento de
área e sua representação, identificação da
visão vertical e oblíqua presentes em mapas,
da linha, do ponto, da escala da proporção, a
leitura de legendas, o reconhecimento de
imagens bidimensionais e tridimensionais, a
orientação e a utilização e leitura dos pontos
de referências, entre outros, fundamentais
para desenvolver a autonomia na leitura e na
produção de representações do espaço.
Matemática

•Utiliza o termo “alfabetização


matemática” para designar os saberes
essenciais em relação à capacidade de ler
e escrever em Matemática, como a
compreensão e apropriação do Sistema de
Numeração Decimal (SND), tão essencial
para o desenvolvimento de outros
conhecimentos relacionados a essa área
do conhecimento.
Alfabetização
Científica

•Refere-se ao desenvolvimento de procedimentos


e conhecimentos necessários para a pesquisa, a
comunicação oral ou por meio de textos escritos
em linguagem verbal, multimodais ou
multissemióticos das aprendizagens e conclusões
durante e ao final dos processos de pesquisa.
•O letramento e o multiletramento garantem a
participação dos estudantes nas práticas sociais
mediadas pela leitura e a escrita e os habilitam
também a produzirem textos que envolvem as
linguagens verbal, a não-verbal e a multimodal,
presentes nos diferentes gêneros que circulam nas
mais diferentes esferas da atividade humana.
Letramento e Multiletramento

As concepções de Letramento e
Multiletramento devem ser
entendidas como uma reflexão
e uma prática de um processo
de desenvolvimento do uso
atual do sistema de escrita na
sociedade.
Letramento

É um conceito criado para referir-se aos usos da língua escrita


não somente na escola, mas em diversas agências sociais,
porque a escrita, na atualidade, faz parte da paisagem
cotidiana. Assim, o conceito de letramento surge como uma
forma de explicar o impacto da escrita em diversas esferas de
atividades e não somente nas que fazem parte da rotina escolar.
Letramento, então, abrange o processo de desenvolvimento e o
uso dos sistemas de escrita nas sociedades, refletindo em outras
mudanças sociais e tecnológicas. Dessa forma, uma importante
contribuição dos estudos do letramento para a reflexão do
ensino da língua é a ampliação do universo textual, ou seja, a
inclusão de novos gêneros, novas práticas textuais, a partir da
combinação de diferentes modos de representações (imagens,
músicas, cores, linguagem oral, linguagem escrita etc.) que, até
pouco tempo, não eram tão valorizadas nas salas de aula
(ANECLETO e MIRANDA, 2016, p. 68).
Multiletramento

O ato de ler e de produzir textos (orais e escritos)


é resultado da articulação de diferentes ordens
discursivas, fomentadas pelo hibridismo da
linguagem, ou seja, pelos multiletramentos que
fazem parte das práticas sociais, culturais,
econômicas etc. dos sujeitos em suas
comunidades. Nesse sentido, em uma sociedade
letrada, a escrita se tornou um fator de interação
entre as pessoas e a leitura uma forma eficaz de
entendimento do mundo (ANECLETO e MIRANDA,
2016, p. 69)
O desafio hoje da escola

Sair da concepção de ensino de leitura tradicional ao novo suporte do texto, o


computador e a internet –, permitem usos, manuseios e intervenções do leitor
infinitamente mais numerosos e mais livres do que qualquer uma das formas
antigas.

A leitura em meio digital possui estratégias similares à leitura em ambientes


tradicionais, como: monitorar, estabelecer conexões, identificar as ideias mais
relevantes do texto, fazer perguntas, analisar, criticar, visualizar, inferir,
resumir, sintetizar. Nos ambientes digitais, nos deparamos com alguns
procedimentos que envolvem, além da leitura, uma navegação.

Vivemos em outro contexto, em que os meios de comunicação ou as mídias e as


novas mídias acenam para a necessidade de saber ler e escrever, não em uma
sociedade apenas letrada, mas num mundo de múltiplas linguagens e de
diferentes formas de ver o mundo e de conceber a vida.
Surgem, assim, novas representações e conceitos, tais como:
multiletramento, multimodalidade, hipermídia que, de alguma forma, já
se encontram nas práticas das salas de aula.

Nesse sentido, podemos perceber que o domínio da internet, ou rede de


computadores interligados via protocolos, além de propor novos hábitos e
costumes, também é fomentador de novas práticas de linguagem,
principalmente, aquelas atreladas ao processo de leitura.

Como se pode observar, nessa esfera, a aquisição da leitura não se


restringe apenas à escrita alfabética, já que outras habilidades são
acionadas na atividade de leitura em ambiente digital, como os aspectos
não verbais representados por sons, símbolos, ícones e uma variedade de
elementos das imagens que são ressignificados na composição do todo
discursivo
“ Ler é ter escolhido buscar algo; amputada dessa intenção, a leitura não
existe. Visto que ler é encontrar a informação que se busca, a leitura é,
por natureza, flexível, multiforme e sempre adaptada ao que se busca”.

Jean Foucambert, pedagogo francês


REFERÊNCIAS

ANECLETO, Úrsula Cunha; MIRANDA, Josimara Divino Oliveira. Multiletramentos e práticas de leitura, escrita
e oralidade no ensino de Língua Portuguesa na educação básica. Pontos de Interrogação, v. 6, n. 2, pp. 67-80,
2016. Disponível em: http://www.revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/viewFile/3295/2163. Acesso em
20 de janeiro de 2019.

SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Currículo Paulista – Etapas de Educação Infantil e Ensino
Fundamental. In: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/ (Acesso: 28 de maio de 2020)

SÃO PAULO (Cidade) Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Referencial de
expectativas para o desenvolvimento da competência leitora e escritora no ciclo II do Ensino
Fundamental. São Paulo, 2006.

SOLÉ, Isabel. Trad. Claúdia Schilling. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

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