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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

Disciplina: Português Turma: 3° ano de Meio Ambiente


Professor: Lucas C. S. Portela
Aluna: Micaele P. Marinho Matrícula: 2019151010030

ATIVIDADE 1
RESENHA CRÍTICA "MORTE E VIDA SEVERINA"

A obra “Morte e Vida Severina”, produzida por João Cabral de Melo Neto em 1954-1955,
trata-se de um poema dramático que se passa no Estado de Pernambuco, na caatinga-recife na
época da terceira geração modernista. O autor da obra não gosta de produzir poesias fáceis,
conhecido por ser anti-sentimental ele é um poeta racional que traz críticas sociais a suas
obras.

O longa-metragem, além de ser uma perfeita adaptação tanto em sua retratação da obra
quanto de sua dublagem, em cenas em preto e branco que nos encanta. O curta pode ser
dividido em duas partes, sendo a primeira Severino fugindo da caatinga, da sua morte, a
segunda Severino se encontrando com sua vida. Severino diz ser igual a todos os outros
Severino’s, com a mesma vida e a mesma morte, sendo assim ele vai atrás de encontrar uma
vida que faltava em sua terra, no caminho encontrando dois irmãos de almas que levavam o
corpo o corpo que foi morto por suas terras. Seguindo sua viagem, Severino escuta uma
música vinda de uma casa, era só mais uma morte de um Severino, ele seguiu caminho.
Encontrando uma moradora ele tenta um emprego, mas sua experiência não iria servir para o
emprego, pois só experiências com a morte serviriam para ela, já que morria muitas pessoas
naquele lugar. Mais adiante ele avista a Zona da Mata e acha tudo aquilo incrível com tanto
verde, mas não tem ninguém no lugar, pois estão em um funeral de um lavrador Severino.
Ainda em seu caminho Severino fica desesperançoso, mas sua esperança volta assim que
avista Recife, cansado ele se encosta em um muro e os coveiros sentem pena por ele achar
que encontraria uma vida melhor.

Severino pensa que tudo foi em vão, que ele nunca conseguiria uma vida melhor, chegando
a pensar em suicídio ele vai até as águas de Capibaribe determinado a se matar, chegando lá
encontra um senhor e ele indaga se a vida vale a pena ser vivida, porém antes que o senhor

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responda sua mulher aparece gritando que seu filho nasceu, seu filho Severino. Depois de
todo o alvoroço com o nascimento do Severino, o senhor se lembra da pergunta que ficou
sem resposta e lhe mostra seu filho que acabará de nascer, lhe dizendo que sim a vida vale a
pena ser vivida, sendo assim Severino desiste de se matar.

A obra retrata a todo momento exclusão social, seca e fome, fazendo alusão a todos os
Severino's nordestinos que ficam na margem da sociedade, apesar do autor ser uma pessoa
racional ele traz uma obra simples inspirado no cordel. O substantivo próprio do nome
Severino fazendo alusão a severo, deixando claro que todos com esse nome tem a frente uma
vida dura de muito trabalho e complicada de ser vivida.

A animação traz a sensação vivida do enredo amargo da obra, transpassando o sentimento


da ausência de vida e a presença constante da morte. A angústia é como se estivéssemos no
lugar de Severino, passando pelas mesmas coisas que ele, e que apesar de toda a vida
miserável que ele tem ele continua lutando e teve esperanças de conseguir uma vida melhor.

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