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Monotonia

Apresentação Oral de Português

Realizado por: Leonor Casinhas e Felippe Pádua


Monotonia
Começar, recomeçar, interminamente repetir Monotonamente, monotonamente.
um Monotonia. Arte, vida…
monótono romance, o romance da minha vida. Não serei ainda eu que te erigirei o merecido
Com palavras iguais, inalteráveis, semelhantes, altar.
insistir sobre o cansaço e a pobreza disto de Que te manejarei hábil e serena.
viver… Monotonia! Gume frio, acerado, tenaz,
Andar como os dementes pêlos cantos e repisar eloquente.
o que já ninguém quer ouvir. Sino de poucos tons, impressionante.
Levar o meu desprecioso tempo à deriva. Mas se te descobri não te vou renegar.
Queixar-me, castigar e lamentar sem qualquer Tu ensinas-me, tu insinuas-me a arte da
esperança, por desfastio. verdade, a pobreza e a constância.
Pôr a nu uma miséria comum e conhecida, chã-
mente, serenamente, indiferente à beleza dos
temas e das conclusões.
Monotonia, torna-me desinteressada.
Autora do Poema:
O poema foi escrito por Irene Lisboa, escritora, professora e
pedagoga.

Irene escreveu poesia, novelas, contos infantis, diários,


crônicas e obras sobre pedagogia.

A sua grande obra é “Uma Mão Cheia de Nada Outra de Coisa


Nenhuma”.

Ela nasceu em 25 de dezembro de 1892 e morreu, com 65


anos, em 25 de novembro de 1958.

Irene estudou na escola primária de Lisboa e mais tarde


seguiu estudos em pedagogia na Suíça, França e Bélgica.
Análise do poema
Este poema divide-se em duas partes, tem apenas duas estrofes,
uma irregular com 13 versos e outra decassilábica ou décima com 10
versos. O poema monotonia é composto apenas por versos soltos ou
seja, não tem rimas.
O sujeito poético expressa dois sentimentos, na primeira estrofe, o
sujeito poético mostra-se “cansado” da sua vida monótona, na
segunda estrofe, o sujeito poético acaba por aceitar que a verdade da
vida é a monotonia.
Identificação do tema e justificação do título
A poeta fala de uma vida repetitiva, onde a reconhece como tal mas não irá lutar
para não a ter.

Apercebe-se, que para ela, a verdade da vida é a monotonia.

A poeta fala que não passar tédio ou aborrecimento, castiga-se e passa por
mistérios já descobertos, para conseguir que exista algo de diferente na sua vida.
Mas o que é a monotonia ?
monotonia | n. f.
mo·no·to·ni·a
(monótono + -ia)
nome feminino No poema a poeta refere-
1. Uniformidade constante de sons se ao significado número
dois do significado de
prolongados. monotonia ( falta de
2. Falta de variedade ou diversidade. variedade ou diversidade).
3. Sensaboria.
"monotonia", no Dicionário de
Língua Portuguesa 2008-2021
https://dicionario.priberam.org/monotonia
Recursos Expressivos
O poema apresenta alguns recursos expressivos como a apóstrofe, enumeração e
repetição.

A apóstrofe está representada na frase “monotonia, torna-me desinteressada.”

Enumeração está em “queixar-me, castigar e lamentar sem qualquer


esperança…”

E repetição em “monotonamente, monotonamente.”


Conclusão:
Este poema mostra-nos a reflexão da poeta sobre a própria vida, que a vida é
aborrecida sem um pouco de diversidade no dia a dia, que dias irregulares tornam a
nossa vida melhor e mais interessante. A poeta também mencionou que não podes
alterar a tua vida nem as decisões das outras pessoas sobre ti o que tornou o
poema interessante.

Fontes: manual, wikipedia, meudicionário.org (fotos)


obrigado pela tua atenção :)

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