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LÍNGUA PORTUGUESA

PROFESSOR NEIDSON CLÁUDIO


9º ANO (ENSINO FUNDAMENTAL) / 2º BIMESTRE LETIVO

 Gênero Poema
O que é poema?
O poema é um gênero textual que pode ser escrito conforme rígidas normas — os poemas de
forma fixa — ou em versos livres, nos quais mais valem as imagens do que a métrica.
O poema é um gênero textual relacionado com os gêneros literários. É impossível dissociar
o poema da literatura, arte que tem a palavra como matéria-prima. Na literatura não há compromisso
com a objetividade, tampouco com a sintaxe ou com a semântica. A palavra pode ser lapidada ,
dissecada, subvertida de acordo com as vontades de quem escreve o poema para assim atingir seu principal
fim: impressionar o leitor e nele despertar diferentes sensações.
Embora seja difícil conceituar a poesia, elemento da subjetividade presente nas mais variadas
manifestações artísticas, é possível estabelecer parâmetros que nos ajudem a compreender o poema
como gênero textual e suas características formais e estilísticas. Como gênero, o poema apresenta
algumas peculiaridades que o diferem dos demais gêneros, peculiaridades essas que facilitam sua
identificação. Mas se engana quem acredita que todo poema é composto por versos e estrofes: há
poemas em prosa, bem como poemas que aliam elementos visuais à linguagem verbal, contrariando
assim a ideia de que o poema deve prender-se a regras como métrica ou rimas.

Chão de outono
Ao longo das pedras irregulares do calçamento passam ventando umas pobres folhas amarelas em
pânico, perseguidas de perto por um convite-de enterro, sinistro, tatalando, aos pulos, cada vez mais
perto, as duas asas tarjadas de negro!
(Prosa poética de Mario Quintana, do livro “Sapato florido”)

Normal, do livro Palavra desordem, de Arnaldo Antunes. Arnaldo é um dos principais representantes da poesia concreta brasileira

amar é um elo
entre o azul
e o amarelo
(Haicai de Paulo Leminski)

NEL MEZZO DEL CAMIN...


Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
Soneto de Olavo Bilac

A palavra poema deriva do verbo grego poein, que significa “fazer, criar, compor”. É
inquestionável a importância da literatura grega, bem como sua influência nas composições literárias
posteriores. Na Grécia Antiga, os gêneros literários – gêneros épico, lírico e dramático – eram todos
considerados poemas. Entre esses textos inaugurais estão os poemas de Homero nas obras Odisseia
e Ilíada, os primeiros grandes textos épicos da cultura ocidental. Na literatura contemporânea, os
poemas de formas fixas, como o soneto e a sextina, cederam espaço para formas menos convencionais
ou nada convencionais (vide os poemas concretos), que abandonaram a métrica e adotaram o verso
livre, nos quais a palavra e seus significados são o substrato do poema.

Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade

O poema é, portanto, um gênero textual que apresenta delimitações, tal qual os demais
gêneros do universo literário, como o conto e a crônica. Mas para a poesia (que pode estar contida ou
não no poema, haja vista que nem todo poema é dotado de lirismo e beleza) não existem limites, por
isso, faz-se importante salientar as diferenças entre o poema e a poesia. Em não raras situações um
texto poético esbarra na compreensão de seu leitor, que pode subaproveitar suas imagens, sua
musicalidade e suas metáforas. Por isso, a poesia depende da percepção de quem lê um poema, de
quem observa uma pintura, de quem ouve uma música ou assiste a uma peça de teatro ou a um filme.
Diferente do poema, que existe enquanto gênero textual, a poesia só existe se percebida – e sentida –
pelo receptor.
O que dizer de uma frase assim: a poesia existe para satisfazer a
necessidade de poesia dos poetas? Escândalo, loucura e anátema! […]
Poeta não é só quem faz poesia. É também quem tem sensibilidade para
entender e curtir poesia. Mesmo que nunca tenha arriscado um verso.
Quem não tem senso de humor, nunca vai entender a piada. E concluo:
– Tem que ter tanta poesia no receptor quanto no emissor. […] Saúde
a vocês que fazem, saúde a vocês que curtem, polos magnéticos por
onde passa a faísca da poesia.
Paulo Leminski
Exercícios

Lembranças do mundo antigo


Carlos Drummond de Andrade

Clara passeava no jardim com as crianças. O céu era verde sobre o gramado, a água era
dourada sob as pontes, outros elementos eram azuis, róseos e alaranjados. O guarda-civil sorria,
passavam bicicletas,… A menina pisava a relva para pegar um pássaro… O mundo inteiro, a
Alemanha, a China, tudo era tranquilo em redor de Clara. As crianças olhavam o céu! Não era
proibido. A boca, o nariz, os olhos estavam abertos! Não havia perigos. Os perigos que Clara temia
eram a gripe, o calor, os insetos… Clara tinha medo de perder o bonde das 11 horas, esperava cartas
que custavam a chegar, Nem sempre podia usar vestido novo. Mas passeava no jardim pela manha!!!
Havia jardins, havia manhãs, naquele tempo!!!
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Lembranças do mundo antigo. In: ___ Sentimento do Mundo, 1940.)

1) De acordo com o poema, como era o mundo em que Clara vivia?

2) O que podemos interpretar da passagem “Mas passeava no jardim pela manhã”?

3) A partir da descrição, no poema, de um mundo que ficou apenas na lembrança, como podemos
caracterizar o “novo” mundo marcado por diferentes transformações?

4) Observe estes verbos retirados do poema:

passeava era sorria pisava olhavam estavam temia tinha custavam havia
Em que tempo verbal eles foram empregados? Com qual objetivo?

 Canção

Os gêneros textuais poema e canção são bastante semelhantes. Ambos têm como objetivo
fazer da língua o instrumento artístico capaz de tocar a sensibilidade do destinatário. São similares
também quanto ao formato, pois são constituídos de versos, agrupados em estrofes e se caracterizam
pelo ritmo.
Assim, ambos os gêneros textuais (poema e canção) trabalham com recursos expressivos, com
a linguagem poética, apoiam-se em métrica fixa ou não, em rimas regulares ou não, mas têm no ritmo
a sua marca essencial e visam a causar prazer estético.
No caso da canção, a combinação harmoniosa dos sons dos instrumentos é acrescida da
musicalidade das palavras. É no ritmo que a canção se distingue um pouco mais do poema, pois está
estreitamente vinculada ao ato de cantar. O ritmo é muito ligado à música, aos instrumentos, aos
arranjos etc. Muitas vezes, a nossa leitura "muda” quando ouvimos a música da canção que
analisamos em sala de aula.
Há canções populares ou folclóricas (dentre elas, a cantiga de ninar ou acalanto e as cantigas
de roda, e outras vertentes de canções populares originárias do samba, por exemplo); há também as
canções chamadas de eruditas (essa distinção entre o popular e o erudito deve ser considerada apenas
do ponto de vista do fazer poético, para que não haja desvalorização de uma em relação à outra).
Fonte: escolafilintobg.blogspot.com.

ASA BRANCA

QUANDO OLHEI A TERRA ARDENDO


COM A FOGUEIRA DE SÃO JOÃO
EU PERGUNTEI A DEUS DO CÉU, AI
POR QUE TAMANHA JUDIAÇÃO
EU PERGUNTEI A DEUS DO CÉU, AI
POR QUE TAMANHA JUDIAÇÃO

QUE BRASEIRO, QUE FORNALHA


NEM UM PÉ DE PLANTAÇÃO
POR FALTA D’ÁGUA PERDI MEU GADO
MORREU DE SEDE MEU ALAZÃO

POR FALTA D’ÁGUA PERDI MEU GADO


MORREU DE SEDE MEU ALAZÃO

ATÉ MESMO A ASA BRANCA


BATEU ASAS DO SERTÃO
ENTÃO EU DISSE, ADEUS ROSINHA
GUARDA CONTIGO MEU CORAÇÃO
ENTÃO EU DISSE, ADEUS ROSINHA
GUARDA CONTIGO MEU CORAÇÃO

HOJE LONGE, MUITAS LÉGUAS


NUMA TRISTE SOLIDÃO
ESPERO A CHUVA CAIR DE NOVO
PRA MIM VOLTAR PRO MEU SERTÃO

ESPERO A CHUVA CAIR DE NOVO


PRA MIM VOLTAR PRO MEU SERTÃO

QUANDO O VERDE DOS TEUS OLHOS


SE ESPALHAR NA PLANTAÇÃO
EU TE ASSEGURO NÃO CHORE NÃO, VIU
QUE EU VOLTAREI, VIU
MEU CORAÇÃO

EU TE ASSEGURO NÃO CHORE NÃO, VIU


QUE EU VOLTAREI, VIU
MEU CORAÇÃO

LUIZ GONZAGA E HUMBERTO TEIXEIRA

COMPREENSÃO DE TEXTO

1) QUAL É O ASSUNTO PRINCIPAL DO TEXTO?


2) QUANTOS VERSOS E ESTROFES TEM A MÚSICA?
3) QUAIS SÃO OS SENTIMENTOS EXPRESSOS NA MÚSICA?
4) O CONTEXTO DA MÚSICA ASA BRANCA É O QUE OCORRE DURANTE A SECA NO NORDESTE.
SEGUNDO O TEXTO, QUAL É A OPÇÃO FEITA POR ALGUMAS PESSOAS DURANTE ESSE PERÍODO?
5) O TEXTO MOSTRA A REALIDADE DE ALGUNS LOCAIS DO SERTÃO. DE ACORDO COM A MÚSICA AS
PESSOAS GOSTAM DE MORAR NO NORDESTE? JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA.
6) SE VOCÊ MORASSE NESTA SITUAÇÃO, O QUE FARIA PARA MELHORAR SUAS CONDIÇÕES DE VIDA?
7) FAÇA UMA ILUSTRAÇÃO QUE MOSTRE O CENÁRIO RETRATADO NA CANÇÃO.

Fonte: www.acessaber.com.br

 Semântica
A semântica, palavra derivada do grego, é o estudo do significado, do sentido e da
interpretação do significado de uma palavra, signo, frase ou de uma expressão. Neste campo de estudo
da Linguística, também são analisadas as mudanças de sentido que podem ocorrer nas formas
linguísticas devido a alguns fatores, como, por exemplo, o tempo e o espaço geográfico.

As atribuições da Semântica

Na Língua Portuguesa, o significado das palavras leva em consideração os conceitos descritos a


seguir:
Sinonímia

Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou semelhantes,
ou seja, os sinônimos. Exemplos: bondoso – caridoso; distante – afastado; cômico – engraçado.

Antonímia

Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados diferentes, contrários,
ou seja, os antônimos. Exemplos: bondoso – maldoso; bom – ruim; economizar – gastar.

Homonímia

Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que, embora possuam significados diferentes,
apresentam a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos. Os homônimos subdividem-se em
palavras homógrafas, homófonas e perfeitas:

Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, porém diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto
(substantivo) – gosto (1ª pessoa do singular do presente indicativo) / conserto (substantivo) – conserto
(1ª pessoa do singular do presente indicativo);

Homófonas – São as palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita.

Exemplos: cela (substantivo) – sela (verbo) / cessão (substantivo) – sessão (substantivo);

Perfeitas: São as palavras iguais tanto na pronúncia como na escrita.

Exemplos: cura (verbo) – cura (substantivo); cedo (verbo) – cedo (advérbio).

Paronímia

Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, porém são
muito semelhantes na pronúncia e na escrita, ou seja, os parônimos. Exemplos: emigrar – imigrar;
cavaleiro – cavalheiro; comprimento – cumprimento.

Polissemia

A polissemia caracteriza-se pela propriedade que uma mesma palavra possui de apresentar vários
significados. Exemplos: Hidrate as suas mãos (parte do corpo humano) – Ele abriu mão dos seus
direitos (desistir).

Hiperônimo

É uma palavra pertencente ao mesmo campo semântico de outra, mas com o sentido mais abrangente.
Exemplo: A palavra “flor”, que está associada aos diversos tipos de flores, como rosa, violeta etc.

Hipônimo

O hipônimo é um vocábulo mais específico, possui o sentido mais restrito que os hiperônimos.
Exemplo: “Observar”, “olhar”, “enxergar” são hipônimos de “ver”.

Conotação e denotação

Na conotação, a palavra é empregada com um significado diferente do original, criado pelo contexto,
diferente do que está no dicionário da língua, utilizado no sentido figurado. Exemplo: Ela tem um
coração de pedra! Já na denotação, a palavra é empregada em seu sentido original, com o significado
que encontramos quando consultamos o dicionário, o sentido literal. Exemplo: O voo dos pássaros é
admirável.

Exercícios

01. Empregue os parônimos e homônimos de acordo com a forma culta:


a) A nuvem de gafanhotos _______________________ a plantação. (infestou / enfestou)
b) Quando Joana toca o piano, é mais um _____________________ que um _______________.
(conserto / concerto)
c) Todos eles ___________________ o prazer de bela melodia. (fruem / fluem)
d) Todos queriam ________________ para _______________________ quanto custava aquele
aparelho. (apreçar / apressar)
e) Nas festas de São João, é comum _____________________ balões e vê-los
______________________. (ascender / acender)
f) Os presos foram recolhidos a suas _____________________. (celas / selas)
g) Segui a _____________________ médica, mas não obtive resultados. (proscrição / prescrição).
02. Complete as lacunas com (estada / estadia /onde / aonde):
“_______ quer que eu me hospede, procuro logo saber o preço da _______, quanto custa a _______de
um carro alugado, bem como _______ se possa ir à noite.”
03. Assinale a única opção em que aparece uma palavra que não é antônima das demais,
considerando-se o termo grifado da série.
a) sossego: agitação, preocupação;
b) notório: desconhecido, ignoto;
c) negligente: aplicado, diligente;
d) livre: preso, medroso;
e) meritório: indigno, desprezível.
04. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser preenchida com a primeira alternativa da série
dada nos parênteses:
a) estou aqui _______ de ajudar os flagelados das enchentes; (afim-a fim).
b) a bandeira está ________ ; (arreada - arriada).
c) serão punidos os que ________ o regulamento. (inflingirem-infringirem).
d) são sempre valiosos os ________ dos mais velhos; (concelhos-conselhos).
e) moro ________ cem metros da praça principal. (a cerca de - acerca de).
05. A frase que se completa com a primeira forma colocada entre parênteses é:
a) até hoje não se abriu nenhum _________ quanto ao assunto; (procedente-precedente).
b) se enganos houve, que sejam prontamente __________ ; (ratificados - retificados).
c) os bombeiros andavam às voltas com o __________ perigo; (eminente - iminente).
d) as rosas deixaram uma suave __________ no ar; (flagrância - fragrância).
e) a atitude do aluno ________ o regulamento. (infringiu- inflingiu).

 Figuras de Linguagem
Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de estilo, são recursos estilísticos usados para
dar maior ênfase à comunicação e torná-la mais bonita.

Figuras de Pensamento

Antítese: palavras que se opõem pelo sentido.


Ex: Os jardins têm vida e morte.
Ironia: um termo em sentido oposto ao usual- efeito crítico e humorístico.
Ex: A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar das crianças.

Eufemismo: suavizar alguma afirmação desagradável.


Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos.

Hipérbole: exagerar uma ideia com finalidade enfática.


Ex: Estou morrendo de sede.

Prosopopeia ou Personificação: atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres
animados.
Ex: O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

Gradação ou clímax: apresentação de ideias em progressão ascendente( clímax ) ou descendente


(anticlímax)
Ex: "Um coração chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo"

Apóstrofe: interpelação enfática à alguém ( ou alguma coisa personificada).


Ex: " Senhor Deus dos desgraçados
Dizei-me vós, Senhor Deus

Figuras de palavras

Metáfora: empregar um termo diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o
sentido próprio e o sentido figurado.
Ex: Meu pensamento é um rio subterrâneo.

Metonímia: transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa
passa a ser usada com outro significado. A metonímia explora sempre alguma relação de lógica
entre os termos.
Ex: Não tinha teto em que se abrigasse ( teto em lugar de casa)

Catacrese: por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por
empréstimo.
Ex: O pé da mesa estava quebrado.

Antonomásia ou perífrase: substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade.
Ex: ... os quatro rapazes de Liverpool ( em vez de Os Beatles)

Sinestesia: mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
Ex: A luz crua da madrugada invadia meu quarto.

Figuras de Construção
Elipse: omissão de um termo identificável pelo contexto.
Ex: Na sala, apenas quatro ou cinco convidados( omissão de havia).

Zeugma: elipse de um termo que já apareceu antes.


Ex: Ele prefere cinema; eu, teatro .(prefiro)

Polissíndeto: repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.


Ex: E sob as ondas ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito"(...)

Inversão: mudança de ordem dos termos da frade.


Ex: " De tudo ficou um pouco
Do meu medo. Do teu asco."

Silepse: concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está
implícito.
A silepse pode ser de:
Gênero: Vossa excelência está preocupado.
Número: Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
Pessoa: " O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha
verde e mole que se derrete na boca."

Anacoluto: deixar um termo solto na frase.


Ex: “A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa”.

Pleonasmo: redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.


Ex: “E rir meu riso e derramar meu pranto."

Anáfora: repetição da mesma palavra no início de versos ou frases.


Ex: “Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer."

Exercícios
01. Relacione as colunas de acordo com o tipo de figura de linguagem utilizado na construção de
sentido das frases a seguir:
a) Estou rindo para não chorar.
b) Eu nasci em Minas; meu irmão, em Goiás.
c) Não se deve faltar com a verdade.
d) Chorei rios de lágrimas.
e) Quem foi o educado que estacionou onde não devia?
f) Seus olhos são dois topázios.
g) O sol beijava o alto das montanhas.
h) “Sorri um sorriso pontual” - Chico Buarque
1. Eufemismo.
2. Prosopopeia.
3. Antítese.
4. Ironia.
5. Elipse.
6. Pleonasmo.
7. Hipérbole.
8. Metáfora.

02. Assinale a única alternativa que possui a figura de linguagem conhecida como metáfora:
a) ( ) Correu feito louco para não perder o ônibus.
b) ( ) Sua pele é um pêssego.
c) ( ) “Cabelos tão escuros como a asa da graúna” - José de Alencar.
d) ( ) Era delicada como uma flor.

3. (IFPE-2016) Responda à questão com base na tirinha abaixo.

O humor da tirinha foi conferido, sobretudo, pela não compreensão por parte da personagem Chico
Bento da figura de linguagem utilizada por seu interlocutor. A essa referida figura de linguagem dá-
se o nome de
a) anáfora
b) metonímia
c) perífrase
d) hipérbole
e) aliteração

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