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Alguns dos grandes escritores mundiais são definidos como poetas, e o uso

que fazem da linguagem é diferente dos que se destacaram como contistas.


Em um conto, o autor emprega o mesmo tipo de linguagem que qualquer
pessoa do seu tempo e da sua cultura utilizaria para contar uma história,
enquanto um poeta estrutura seu texto de maneira diferente, usando técnicas
como o ritmo (ou métrica) e a rima

Um conto é normalmente escrito em prosa ficcional. Esse tipo de texto pode


ser definido como qualquer narrativa que não se baseia em fatos. A linguagem
em prosa é escrita linearmente, como a que você usa quando escreve um e-
mail a um amigo. A palavra "prosaico" pode se referir ao ordinário ou comum,
mas isso não significa que a linguagem em prosa deve ser tediosa, como
podem provar os grandes contos escritos ao longo do tempo. Como o nome
sugere, um conto é consideravelmente mais curto e menos intrincado que um
romance de tamanho padrão e pode, por exemplo, contar o aparecimento e a
resolução de uma situação específica, ao invés de explorar detalhadamente os
personagens -- artifício comum nos romances. Um conto é normalmente escrito
em prosa ficcional. Esse tipo de texto pode ser definido como qualquer
narrativa que não se baseia em fatos. A linguagem em prosa é escrita
linearmente, como a que você usa quando escreve um e-mail a um amigo. A
palavra "prosaico" pode se referir ao ordinário ou comum, mas isso não
significa que a linguagem em prosa deve ser tediosa, como podem provar os
grandes contos escritos ao longo do tempo. Como o nome sugere, um conto é
consideravelmente mais curto e menos intrincado que um romance de tamanho
padrão e pode, por exemplo, contar o aparecimento e a resolução de uma
situação específica, ao invés de explorar detalhadamente os personagens --
artifício comum nos romances.

A palavra "poesia" vem do grego antigo, do verbo "criar". Enquanto o conto é


normalmente escrito em frases acessíveis ao leitor, o poema é composto de
versos, que podem não seguir as normas gramaticais com que estamos
acostumados. Além disso, ao invés de se dividir em parágrafos, o poema se
organiza por estrofes. Disposto no papel, um poema não se assemelha à
estrutura utilizada no romance ou no conto. Ademais, na poesia não se
escolhem as palavras apenas considerando seu sentido prosaico ou funcional,
mas também pelo seu som ou sentimento.
Exemplo de um início de conto
"Em dias antigos, Hortons Bay era uma cidade madeireira. Ninguém que lá
vivesse deixava de escutar os grandes serrotes no moinho perto do lago. Então
chegou o ano em que não havia mais madeira para serrar."
"O Fim de Algo", de Ernest Hemingway, escritor norte-americano.

Exemplo de um início de poema


"abril é o mais cruel dos meses, germina Lilases da terra morta, mistura
Memória e desejo, aviva Agônicas raízes com a chuva da primavera. O inverno
nos agasalhava, envolvendo A terra em neve deslembrada, nutrindo com secos
tubérculos o que ainda restava de vida."
"A Terra Desolada", de T.S. Eliot, poeta norte-americano (tradução de Ivan
Junqueira).

Recursos sonoros da poesia


Ao contrário da prosa, a poesia usa técnicas especiais para controlar a sua
sonoridade. Os significados das palavras comunicam algo, mas o som do
poema ajuda a apoiar, ilustrar e reforçar a mensagem. Às vezes os recursos
sonoros apenas servem para tornar o poema mais bonito, fluido e interessante.

Rima
O mais elementar dos recursos sonoros, a rima torna dois ou mais versos
agradáveis porque eles terminam com o mesmo som. Por exemplo, "mente" e
"sente" terminam com o som "-ente". Observe esses versos de Fernando
Pessoa, do poema "Autopsicografia": "O poeta é um fingidor. Finge tão
completamente que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente." Os
versos que terminam com o mesmo som, ou seja, rimam.
Mas nem toda poesia rima: grandes poetas como T. S. Eliot, Shakespeare e E.
E. Cummings frequentemente escreviam em versos livres ou brancos, que não
usam rima.
Ritmo e métrica
Apesar de menos óbvia que a rima, a métrica é essencial para a poesia
tradicional. A métrica organiza as sílabas em cada verso de modo que os
acentos ou a ênfase recaiam no mesmo lugar. Por exemplo, observe este
trecho de Casimiro de Abreu: "No berço pendente de ramos floridos, Em que
eu pequenino feliz dormitava"
Os dois versos seguem um padrão de sílabas fracas seguidas de sílabas
fortes: "no BERço penDENte de RAmos floRIdos, / em que EU pequeNIno
feLIZ dormiTAva..." Consequentemente, o poema é metrificado.

Repetições
Alguns poemas repetem palavras ou frases diversas vezes. "O corvo", de
Edgar Allen Poe, repete a frase "nunca mais" no último verso em 11 estrofes.
Uma estrofe termina com "Como te chamas tu na grande noite umbrosa?" / E o
corvo disse: "Nunca mais"; e outra estrofe termina com "Só lhe ficou, na
amarga e última cantiga, / "Esse estribilho: "Nunca mais" (tradução de
Machado de Assis). Ao repetir "nunca mais", Poe enfatiza o sofrimento do
narrador do poema por não poder retomar o passado.

Os 9 poemas mais importantes da literatura brasileira

1 - Soneto da Fidelidade, Vinícius de Moraes


Uma das principais obras de Vinicius, o Soneto de Fidelidade é um dos
preferidos dos corações apaixonados, é ou não é?

E o mais legal é que aqui, o poetinha Vinicius não promete aquele amor eterno,
mas temos, sim, a promessa de que o amor será vivido em sua plenitude. O
que acaba sendo mais intenso e proveitoso. Interpretações à parte, confira um
trecho desse importante poema brasileiro:

De tudo, ao meu amor serei atento


Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
(...)
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

2 - No Meio do Caminho, Carlos Drummond de Andrade


Um dos mais famosos poemas brasileiros tem na simplicidade dos seus versos
a riqueza de significados. Afinal, a poesia tem dessas coisas, uma frase pode
significar mil coisas ou, também, ser bem direta.

O mineiro Carlos Drummond “chocou” a crítica especializada com um “poema


repetitivo”, “simplérrimo”. Mas que, até hoje, é referência literária, utilizado não
só em textos, mas como também em outras artes, como charges e quadrinhos.
Quem diria que uma simples pedra no caminho tornaria Drummond uma
referência?

No meio do caminho tinha uma pedra


tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento


na vida de minhas retinas tão fatigadas(...).

3 - Canção do Exílio, Gonçalves Dias


Gonçalves Dias criou essa obra literária, embasada no patriotismo quando
estava em Coimbra, como o nome da própria poesia sugere, em exílio. O
poema é um marco do início do romantismo brasileiro.

É impossível negar tamanha importância desse poema, ainda mais quando


outros poetas, como o próprio Drummond citado acima, Casimiro de Abreu e
Oswald de Andrade parafrasearam Dias.
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,


Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.(...)

Curiosidade: reparou que, em Canção do Exílio, há trechos do nosso


hino? “Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida, (no teu seio) mais amores”.

4 - Vou-me embora pra Pasárgada, Manuel Bandeira


Sabe aquele momento em que tudo te desanima? Você não quer fazer nada,
as coisas não estão tão boas e a única solução é pegar suas coisas e fugir?
Foi em um momento desses que nasceu um dos mais importantes poemas
brasileiro.

A primeira coisa que você precisa saber é que Pasárgada realmente existiu,
não é um nenhum delírio lírico de Manuel Bandeira. Pasárgada foi a capital do
Primeiro Império Persa. E segundo, o poema é bem direto mesmo, num anseio
de fugir do presente ruim que vivia, Bandeira brandou que desejaria fugir para
bem longe:

Vou-me embora pra Pasárgada


Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada


Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente(...)

5 - Poema Sujo, Ferreira Gullar


Ferreira Gullar que nos desculpe, mas é impossível postar a sua obra-prima
por inteira, neste post. Poema Sujo é dos poemas brasileiros mais extensos,
com mais de dois mil versos. 

Uma poesia tão enorme só poderia ser uma coisa autobiográfica, afinal, além
de sentimentos, o que mais os poetas conhecem que não a si próprios?
Mas Poema Sujo também é uma representação social e política dos anos 70,
no Brasil.

(...) um bicho que o universo fabrica


e vem sonhando desde as entranhas
azul
era o gato
azul
era o galo
azul
o cavalo
azul
teu cu
tua gengiva igual a tua bocetinha
que parecia sorrir entre as folhas de
banana entre os cheiros de flor
e bosta de porco aberta como
uma boca do corpo
(não como a tua boca de palavras) como uma
entrada para
eu não sabia tu
não sabias
fazer girar a vida (...)
6 - Saber Viver, Cora Carolina
Cora Coralina foi uma poetisa que, infelizmente, nos deu o ar da graça com
seus poemas quando já tinha seus 76 anos. Mas, talvez, por isso sentimos em
sua poesia uma sabedoria de vida de quem soube viver e aprender.

Sua lírica simplista nos fazer sentir acolhido, como se ela sentasse ao nosso
lado e tivesse aquela conversa de avó e netos, contando a importância de
saber compartilhar e viver a vida de maneira simples, porém honesta.

Não sei…
se a vida é curta
ou longa demais para nós.
Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:


colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.
(...)

7 - Retrato, Cecília Meireles
Cecília Meireles é, talvez, a escritora brasileira mais intimista que conhecemos.
Suas obras trazem sempre aquela sensação de que ela se transforma nas
personagens e cria uma narrativa bem realística, como quem conta o que está
acontecendo naquele exato momento, mas vendo de fora.
Retrato é mais uma dessas obras autobiográficas, que trata do tempo, dos
sentimentos antagônicos do passado e presente.

Eu não tinha este rosto de hoje,


Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,


Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,


Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

8 - O Tempo, Mário Quintana


Mário Quintana é um dos poetas mais populares da nossa literatura, graças às
simplicidades dos seus versos. Com isso, sua mensagem chegava - e ainda
chega - a um público maior, não necessariamente aficionados por poesias.

Em O tempo, Quintana traz uma reflexão sobre a passagem desse agente vital,
daquilo que se aprende com as nossas experiências e o que perdemos com
coisas supérfluas.

Uma curiosidade: o título original era Seiscentos e Sessenta e Seis, um número


icônico, que representa o número do mal (ou da besta, como consta na bíblia).
Apesar dessa referência, na verdade, o título representava os números
contidos no poema e que registravam a passagem do tempo.

(...)
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre em frente…
(...)

9 - Morte e Vida Severina, João Cabral de Melo Neto


Uma das mais importantes obras da literatura brasileira, é uma bela poesia
regionalista. Na verdade, é um livro inteiro em forma de poema que retrata a
vida indigna de um retirante nordestino, em busca de um mínimo de dignidade
para sua vida.

Severino tornou-se um ícone da nossa literatura, um legítimo representante do


nosso Nordeste e a obra de João Cabral é um marco modernista.

— O meu nome é Severino,


como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
(...)

7 contistas brasileiras e algumas de suas obras


1. Olhos d’água, de Conceição Evaristo

Nesse livro, a presença de personagens masculinos é quase nula nos contos, se


observarmos a quantidade de personagens femininas nos textos.  Muitos deles,
inclusive, carregam como título nomes de mulheres.  As narrativas apresentam,
enquanto temática, situações relacionadas às vivências dos afro-brasileiros na
sociedade preconceituosa e excludente que é a nossa. Assuntos sociais e étnicos
estão presentes em todos os contos, o que é esperado, pois Conceição Evaristo
sempre se empenhou em lutar pela igualdade racial.

2. Amora, de Natalia Borges Polesso

Nos contos de Amora, estão presentes temas como relações homossexuais entre
mulheres, o medo da descoberta, o maravilhamento dessa descoberta, o encontro
com o próprio eu, o desejo de transformação.  Os contos de Natalia B. Polesso
desestabilizam as estruturas padronizadas da sociedade na qual vivemos, que é
preconceituosa, machista, patriarcal e tremendamente careta.

3. De medos e assombrações, de Cora Coralina

Os contos juvenis de Coralina nos fazem voltar ao passado e lembrar de uma


coisa que muitos de nós adorávamos. Aquele friozinho na barriga quando alguém
contava uma história de terror. Vêm na memória, portanto, a expectativa gerada
desse friozinho e, também, o suspense que pairava no ar a cada nova história. Os
contos contam com ilustrações de Rogério Soud que fazem com que as histórias
da autora sejam ainda mais repletas de suspense.

4. Sucesso, de Adriana Lisboa

O livro é composto por nove contos recheados de personagens marcantes e não


muito presentes na literatura: da cartomante de passado traumático até a
empregada que entra em um perigoso jogo de sedução. Por meio de uma
linguagem enxuta, a autora constrói cenas em que basta mostrar pouco para
entender que situações inesperadas, veladas e segredos que serão apresentados
em meio a um cotidiano aparentemente instável.
5. Escrevendo no escuro, de Patrícia Melo

Trata-se do primeiro livro de contos da autora de O matador e Inferno. Assim como


em seus romances, nesse livro Patrícia Melo demonstra ter domínio narrativo, uma
vez que suas tramas e personagens são bem construídos. Além disso, o humor
está presente nas narrativas, conseguimos enxerga-lo mesmo quando, enquanto
leitores, estamos perdidos entre o que é real, fantasia ou alucinação.

6. O calor das coisas, Nélida Piñon

Essa obra consagrou Nélida Piñon como uma das melhores vozes da literatura
brasileira, ao lado de autoras como Clarice Lispector, Lygia Fagundes Teles,
Rachel de Queiroz e Cecília Meireles, por exemplo. O livro é composto por 13
contos curtos. Os texto são repletos de lirismo, erotismo e, ao mesmo tempo, de
racionalidade, crítica e humor. Nos contos, uma manipulação política da linguagem
está presente, mostrando a importância que as palavras têm, bem como suas
capacidades.

7. A árvore todas, de Luci Collin

Sim, o nome do livro é esse, não há nada de errado com ele. A curitibana Luci
Collin faz um tremendo trabalho de linguagem em seus contos. Ela abala as
estruturas tradicionais. Debocha dos estereótipos existentes na construção de
personagens. Quebra expectativas. Faz metaliteratura. Questiona sobre o que é
literatura de autoria feminina. Ri dos clichês e dos discursos tediosos.

 Existem 9 tipos de substantivos: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto,


composto, simples, derivado e primitivo. E eles são flexionados em gênero, número e
grau.
As palavras da língua portuguesa são distribuídas entre dez classes gramaticais:
preposição, pronome, interjeição, artigo, substantivo, adjetivo, verbo, advérbio,
conjunção e numeral.

Dentre todas elas, a mais numerosa é a dos substantivos. Por isso, entender bem os
seus conceitos e variações é de fundamental importância para escrever bem.

O que são os substantivos?


Os substantivos são uma classe de palavras responsáveis por nomear seres, objetos,
ações, sentimentos, lugares, ideias, etc. São flexionados em gênero, número e grau e
classificados por tipos, por exemplo: substantivo comum, coletivo e próprio.

Sendo assim, podemos classificar o significado de “substantivo” como uma variável que
existe para dar nome:

 às pessoas (Maria, Carlos, João, Luiza…);


 às qualidades (a beleza da mulher, a teimosia do menino, a grandeza da
vida…);
 aos sentimentos (amizade, raiva, rancor…);
 aos objetos (tênis, mesa, cigarro, caixa…);
 aos lugares (casa, escritório, corredor, aeroporto, Alemanha, São Paulo…);
 aos seres reais e imaginários (homem, fada, Papai Noel, cachorro…);
 às ações (tapa, corrida, piscadela, movimento…).
Os substantivos podem ser precedidos por numerais (uma menina), pronomes (a
menina), ou adjetivos (linda menina).

Tipos de substantivos:
De acordo com a norma culta, os substantivos são classificados em nove tipos
diferentes: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples, derivado e
primitivo.

Cada uma das 9 classificações serão explicadas e exemplificadas a seguir:

1. Substantivo comum
O substantivo comum refere-se a qualquer ser ou objeto de uma determinada
espécie sem particularizá-lo.

Exemplos:

 mulher;
 gato;
 cachorro;
 caneta;
 jornal;
 cidade.

2. Substantivo próprio
O substantivo próprio particulariza e destaca algum ser em particular dentro de
determinada espécie. Geralmente, é escrito com letra maiúscula.

Exemplos:

 Maria;
 Japão;
 Ceará;
 Atlético.

3. Substantivo coletivo
O substantivo coletivo existe para designar um conjunto ou pluralidade de seres da
mesma espécie.

Exemplos:

 flora;
 multidão;
 cardume;
 floresta;
 manada.

4. Substantivo abstrato
O substantivo abstrato nomeia ações, qualidades, sentimentos e estados que dependem
de outro ser concreto para existir.

Exemplos:

 beleza;
 ensino;
 bravura;
 pobreza;
 alegria.

5. Substantivo concreto
O substantivo concreto serve para nomear seres que possuem existência própria e
independente.

Exemplos:

 lápis;
 mulher;
 cachorro;
 gato.

6. Substantivo composto
O substantivo composto é formado por mais de um elemento, por meio da
“composição de palavras”.

Exemplos:

 couve-flor;
 louva-a-deus;
 guarda-roupa.

7. Substantivo simples
O substantivo simples representa nomes formados por apenas uma palavra.

Exemplos:

 terra;
 sapato;
 água;
 amor;
 cheiro.
8. Substantivo derivado
O substantivo derivado é formado a partir de outras palavras.

Exemplos:

 livraria;
 noitada;
 aguaceiro;
 pedregulho.

9. Substantivo primitivo
Ao contrário do derivado, o substantivo primitivo é único e não deriva de outras
palavras, mas pode originar diferentes termos.

Exemplos:

 livro;
 noite;
 água;
 pedra.
Como você pode perceber, é possível que um mesmo substantivo possua várias
classificações diferentes.

Flexão do substantivo
O substantivo pode flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e
plural) e grau (diminutivo e aumentativo).

Muitas dessas variações já são conhecidas por serem usadas com frequência na nossa
rotina. A palavra “gato”, por exemplo (que é singular e masculina), tem várias versões
para indicar:

 Plural: gatos.
 Feminino: gata.
 Aumentativo: gatarrão.
 Diminutivo: gatinho.

Como flexionar substantivos?


Por se tratarem de palavras com muitas variações, é indicado que você aprenda algumas
dicas que o ajudarão a flexionar substantivos. Afinal, é quase impossível esperar que
alguém decore todos eles e as suas múltiplas possibilidades de flexão, mas há uma série
de regras e truques que podem ser aplicados para descobrir exatamente como deve ser
feita a aplicação de um substantivo.

Vamos falar aqui, em profundidade, sobre a flexão de gênero, de número e de grau.

Flexão de gênero
Uma confusão muito comum para quem está aprendendo sobre substantivos ocorre
geralmente com os conceitos de “sexo” e “gênero”. Nunca pense que os dois são a
mesma coisa!

Os gêneros dizem respeito a todos os substantivos da língua portuguesa, sejam eles


dotados de sexo ou não. Por exemplo: o gato, a gata, a mesa, a mulher, o telefone
e o caderno.

São considerados masculinos os substantivos que geralmente seguem os artigos:

 “o”;
 “os”;
 “um”;
 “uns”.
Já os femininos costumam ser precedidos dos artigos:

 “a”;
 “as”;
 “uma”;
 “umas”.
Até mesmo alguns substantivos referentes a animais ou pessoas apresentam uma
discrepância entre gênero e sexo: “cônjuge”, por exemplo, sempre será uma palavra
masculina, ainda que o termo esteja se referindo a uma pessoa do sexo feminino.

O principal instrumento que temos para classificar um substantivo quanto ao gênero é o


artigo. É ele que diferencia quando um substantivo como “estudante” é feminino ou
masculino, visto que a palavra em si não deixa isso explícito.

Temos, na língua portuguesa, dois gêneros e substantivos uniformes e biformes.


Chamamos de uniformes aqueles que têm uma forma única para ambos os gêneros,
como é o caso dos comuns-de-dois, como “estudante”. Neles, o gênero precisa ser
diferenciado pelo artigo, caso contrário, será desconhecido.

Outros exemplos de substantivos que se comportam assim são:

 a capitalista, o capitalista;
 o cliente, a cliente;
 o agente, a agente;
 o colega, a colega;
 a dentista, o dentista;
 a doente, o doente;
 o fã, a fã;
 o gerente, a gerente;
 a imigrante, o imigrante; e
 a jornalista, o jornalista.
Não é complicado entender ou flexionar estes quanto ao gênero, bastando aplicar o
artigo adequado. Entretanto, é nos substantivos biformes que temos o máximo de
variação. E, por isso, é para eles que devemos estar mais atentos.

São substantivos biformes a maioria daqueles que terminam em “o” e “a”, “ão” ou “ã”,
“or”, “ês”, “l” e “z”. Ainda temos aqueles cuja última sílaba é “esa”, “essa” e “isa” e
formações que não se encaixam em absolutamente nenhum desses grupos.

É que dentro dos substantivos biformes temos palavras de formação irregular, como
“ateu”, “ator”, “avô”, “embaixador”, “europeu”, “guri”, “judeu”, “mandarim”, “rei”,
“galo”, “sultão” e “pigmeu”, por exemplo. Cada um desses tem uma forma particular de
se transformar em substantivo feminino, respectivamente “atéia”, “atriz”, “avó”,
“embaixatriz”, “europeia”, “guria”, “judia”, “mandarina”, “rainha”, “galinha”, “sultana”
e “pigmeia”.

Em casos como esses, apenas conhecendo ambas as palavras você conseguirá flexionar
seu gênero. Uma boa forma de sanar dúvidas ao aplicar termos como estes nas suas
redações é consultando um dicionário. Ali sempre estarão contidas tanto feminino
quanto masculino de uma palavra.

Consultar um dicionário pode ser especialmente útil no caso dos substantivos biformes
que têm palavras diferentes para masculino e feminino. Essa categoria de palavras é um
grande desafio para quem está aprendendo português pela primeira vez. E a única forma
que temos de familiarizar-nos com elas é conhecendo-as.

Ler bastante vai ajudar. Entretanto, preparamos uma lista dos principais substantivos
biformes que são exclusivos para cada gênero abaixo:

 genro, nora;
 pai, mãe;
 homem, mulher;
 zangão, abelha;
 bode, cabra;
 boi, vaca;
 cavalo, égua;
 cavalheiro, dama;
 cavaleiro, amazona; e
 carneiro, ovelha.
Por último, dentro dos substantivos biformes temos aqueles que significam coisas
diferentes quando aplicados em um gênero diferente. Isso é algo importante de se saber
porque pode mudar drasticamente o sentido das suas frases. Veja, por exemplo:

 Antônio é o cabeça do negócio (chefe);


 A minha cabeça está doendo (parte do corpo);
 Entrei com o capital para me tornar sócio da empresa (dinheiro);
 São Paulo não é a capital do país, mas sim sua maior cidade (localização);
 Há muito tempo não ouço o rádio (aparelho); e
 Adoro sintonizar essa rádio (estação).

Flexão de número
Provavelmente a mais fácil de se fazer, a flexão substantiva de número diz respeito a
colocá-los no singular ou no plural. De maneira geral, na língua portuguesa, o plural é
demonstrado com a inclusão da letra “s” no fim das palavras, mas, como é típico do
nosso idioma há exceções para essa regra.

Se o plural de “colega” é “colegas” e o plural de “menina” é “meninas”, a mesma regra


não pode ser dita para aquelas palavras que terminam com as letras “al”, “el”, “ol” e
“ul”. Nessas devemos trocar a letra “l” por “is”. Na prática:

 papel – papéis;
 jornal – jornais;
 barril – barris;
 anzol – anzóis;
 anel – anéis; e
 azul – azuis;
Todavia, como os substantivos são muitos e podem terminar, basicamente, com
qualquer letra do idioma temos exceções também naqueles cujas últimas letras são “r” e
“z”. Para flexioná-los devemos adicionar o sufixo “es”:

 amor – amores;
 dor – dores;
 luz – luzes; e
 cruz – cruzes;
Se temos paroxítonas terminadas em “s”, o plural é sempre invariável. Por isso palavras
como “ônibus” são idênticas quando flexionadas. Substantivos em “x” também não
variam, portanto “o xérox” e “os xérox” são a maneira certa de se escrever.

Mas caso essas palavras terminadas em “s” sejam oxítonas, elas ganham o sufixo “es”
para se tornarem plurais. Pense, por exemplo, em “país” que flexiona-se como “países”.
Todos os substantivos terminados em “n” formam plural em “es” ou “s”. É o caso de
“pólen” e “pólens”. Os terminados em “m”, flexionam-se com adição do “ens”, como
“armazém” que vira “armazéns”.

Por último, tudo que termina em “ão” pode virar “ões”, “ães” ou “ãos”. Depende da
palavra que estamos flexionando. “Eleição” vira “eleições”, mas “pão” vira “pães” e
“cidadão” transforma-se em “cidadãos”.

Se o plural dos substantivos simples parece complicado, o dos compostos pode fazê-lo
se sentir um pouco mais perdido. Por isso reforce os conhecimentos acima antes de
começar a estudá-los.

Flexão de grau
A flexão de grau é aquela que identifica a grandeza de um determinado substantivo. Ou
seja, o seu aumentativo. Ela existe para que não precisemos fazer construções como “ele
era um gato grande” o tempo todo. E para que possamos, em seu lugar, optar pelo
simples “ele era um gatão”.

Embora comumente criadas com os sufixos “ão” e “ona”, como em nosso exemplo
anterior, também podem ser feitas com “inho” e “inha”, quando queremos indicar
pequeneza.

Os dois graus do substantivo são, portanto, aumentativo e diminutivo. Mas ainda que,
na flexão, a nossa tendência seja estudá-los enquanto componentes das palavras eles
também podem aparecer associados a elas. Um “menininho” é a forma sintética de dizer
“menino pequeno”, que, por sua vez, é a forma analítica de expressar a mesma
grandeza.

Alguns dos exemplos de flexão de grau mais comuns são:

 amigo – amigão – amiguinho;


 boca – bocarra – boquinha;
 moça – mocetona – moçoila; e
 povo – povaréu – poviléu.
A qual área da gramática o
substantivo pertence?
Os substantivos fazem parte da morfologia, que é uma área responsável pelo estudo da
formação, estruturação, flexão e classificação de todas as palavras da língua
portuguesa.

Um diferencial dessa área é que ela realiza um estudo detalhado de palavras e termos
isolados, e não agrupados em frases, orações ou períodos. É justamente a análise
morfológica que cataloga todas as palavras que conhecemos naquelas dez classes
gramaticais que você viu na introdução.

Quais são as funções sintáticas


dos substantivos?
Você já sabe que a nossa língua possui uma quantidade muito grande de substantivos
que podem assumir funções diferentes, dependendo do contexto em que se encontram.

A função sintática de cada substantivo representa o papel que aquela palavra


desempenha dentro de uma oração, levando em consideração todas as outras palavras
que o acompanham naquele contexto (diferente da morfologia, que estuda o substantivo
sozinho).

Sendo assim, o substantivo pode atuar como núcleo dentro das seguintes funções
sintáticas:

1. Sujeito (José foi embora; cigarros causam câncer);


2. Predicativo (ela é um anjo; o primeiro colocado foi João);
3. Objeto (preciso de um livro novo; procurei algumas flores lá fora);
4. Complemento nominal (a leitura do livro é necessária para a prova);
5. Vocativo (Pai, vamos embora!);
6. Adjunto (o rosto de Maria é muito bonito; comprei arroz no supermercado);
7. Aposto (Fernanda Silva, a vítima, morreu na hora);
8. Agente da passiva (fui assaltado por aquele homem).
Substantivos podem ter sentidos amplos e complicados à primeira vista, mas todo bom
leitor e escritor precisa dominá-los e conhecer a morfologia das palavras para saber
explorar as possibilidades que tem em um texto.

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