Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Infância
Carlos Drummond de Andrade
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
3. Assim como as narrativas em prosa, nesse tipo de poema, há uma história narrada pelo eu lírico: há
presença de personagens, são apresentadas algumas situações, que acontecem em um determinado espaço e
tempo.
a) Em toda narrativa, seja em versos ou em prosa, há um ou mais personagens. Quem é o personagem
principal do poema lido?
b) Em que pessoa os fatos são narrados: 1ª- ou 3ª- pessoa? O que o uso dessa pessoa evidencia com relação a
quem se referem os fatos?
c) Quem são os demais personagens do poema?
d) O ambiente geralmente é apresentado no início da narrativa. Onde acontece a história do poema
“Infância”? Justifique sua resposta com um trecho do poema.
5. No poema lido, a lembrança do passado é sugerida por meio de sentidos como a visão, o paladar e a
audição. Em qual(ais) estrofe(s) isso fica evidente?
( ) Na primeira estrofe.
( ) Na segunda e na terceira estrofes.
( ) Na quarta e na quinta estrofes.
( ) Apenas na segunda estrofe.
6. Que fatos cotidianos o eu lírico narra nesse poema? Justifique sua resposta.
7. Em alguns versos, o eu lírico demonstra alguns sentimentos específicos em relação a determinados fatos
vividos. Relacione os sentimentos a seguir aos versos em que eles são expressos.
a) Satisfação
b) Solidão ( ) “Lá longe meu pai campeava / no mato sem fim da fazenda.”
c) Tranquilidade ( ) “Eu sozinho menino entre mangueiras / lia a história de Robinson Crusoé.”
d) Ausência ( ) “E eu não sabia que minha história / era mais bonita que a de Robinson Crusoé.”
( ) “E dava um suspiro... que fundo!”
8. No final do poema, o eu lírico faz uma comparação entre a sua história e a de Robinson Crusoé. Você
conhece a história desse personagem? Leia algumas informações a seguir.
Cansado da vida pacata de sua cidade, na Inglaterra, o jovem Robinson Crusoé decide se tornar marinheiro
para experimentar grandes aventuras em alto mar. Ao sair de viagem com destino à África, ele não imagina
que ali estava começando a maior das aventuras que um marinheiro poderia viver. Durante a viagem, uma
terrível tempestade faz seu navio naufragar, e ele, o único sobrevivente do desastre, consegue se salvar
nadando até uma ilha deserta. Sozinho naquele lugar, Crusoé é obrigado a encontrar alternativas e recursos
para se manter vivo. E assim foi por 27 anos, dois meses e dezenove dias, até ser, enfim, resgatado.
Com base nessas informações, o que o eu lírico quer dizer quando compara a sua história com a de Robinson
Crusoé?
Ele compara a sua vida de menino que vivia sozinho “Eu sozinho menino [...]”, isolado, no campo, longe do
contato com outras pessoas, com a história de Robinson Crusoé, que, em razão de um naufrágio, fica
afastado da civilização, ou seja, solitário, isolado do contato humano. Além disso, ele conclui que, mesmo
que Robinson Crusoé tenha vivido muitas aventuras, sua própria história é mais bela que a do personagem
cuja história ele lia.
9. Ao lermos o poema, identificamos dois olhares do eu lírico sobre a sua história: a do menino que vive a
infância e a do adulto que a relembra.
a) Que olhar descreve fatos de uma vida aparentemente monótona, com uma sensação de solidão, de falta de
carinho?
b) Que olhar visualiza os fatos, valorizando a simplicidade e beleza cotidiana?
10. No final do poema, o eu lírico afirma que a sua história é mais bela que a do personagem Robinson
Crusoé. Por que ele a considera dessa maneira? Marque a explicação correta.
( ) O eu lírico considera sua vida mais bonita que a do personagem Crusoé porque é uma história que foi
vivida em uma fazenda e não em uma ilha deserta, sozinho e isolado da civilização.
( ) O eu lírico considera sua vida mais bonita do que a do personagem Crusoé porque é uma história vivida
e sentida, diferentemente da história ficcional do personagem Robinson Crusoé.