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COLÉGIO MUNICIPAL PROFESSOR EURICO VIANA

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ATIVIDADES ESCOLARES

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
COMPONENTE CURRICULAR:
PROFESSOR: VINÍCIUS BASTOS COTA ANO: TURMA:

NOME:

Infância

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.


Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.

No meio-dia brando de luz uma voz que aprendeu


a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso café bom

Minha mãe ficava sentada cosendo


olhando para mim:
— Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!

Lá longe meu pai campeava


no mato sem fim da fazenda.

E eu não sabia que minha história


era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia e prosa em um volume. Rio de Janeiro: Noiva Aguilar,
1988. p. 5.

1. Após a leitura do poema, suas hipóteses sobre a história que ele iria contar se confirmaram?
A ilustração dá alguma dica sobre o conteúdo do poema? Explique.

2. O poema “Infância” pode ser considerado um poema narrativo. Marque a alternativa que
justifica essa afirmação.

( ) No poema, os sentimentos do narrador são expressos de maneira poética.

( ) No poema, é narrada uma história escrita em versos.


3. Assim como as narrativas em prosa, nesse tipo de poema, há uma história narrada pelo eu
lírico: há presença de personagens, são apresentadas algumas situações, que acontecem em
um determinado espaço e tempo.

a) Em toda narrativa, seja em versos ou em prosa, há um ou mais personagens. Quem é o


personagem principal do poema lido?

b) Em que pessoa os fatos são narrados: 1ª- ou 3ª- pessoa? O que o uso dessa pessoa evidencia
com relação a quem se referem os fatos?

c) Quem são os demais personagens do poema?

d) O ambiente geralmente é apresentado no início da narrativa. Onde acontece a história do


poema “Infância”? Justifique sua resposta com um trecho do poema.

4. O poema “Infância” é organizado em versos e estrofes.

a) Quantas estrofes há no poema?

b) Elas apresentam a mesma quantidade de versos? Explique sua resposta.

c) Nesse poema, é possível identificar rima? Em caso afirmativo, em que estrofe(s)


ela(s) aparece(m)?

5. No poema lido, a lembrança do passado é sugerida por meio de sentidos como a visão, o
paladar e a audição. Em qual(ais) estrofe(s) isso fica evidente?

( ) Na primeira estrofe.

( ) Na segunda e na terceira estrofes.

( ) Na quarta e na quinta estrofes.

( ) Apenas na segunda estrofe.

6. Que fatos cotidianos o eu lírico narra nesse poema? Justifique sua resposta.

7. Em alguns versos, o eu lírico demonstra alguns sentimentos específicos em relação a


determinados fatos vividos. Relacione os sentimentos a seguir aos versos em que eles são
expressos.

a) Satisfação

b) Solidão

c) Tranquilidade

d) Ausência
( ) “Lá longe meu pai campeava / no mato sem fim da fazenda.”

( ) “Eu sozinho menino entre mangueiras / lia a história de Robinson Crusoé.”

( ) “E eu não sabia que minha história / era mais bonita que a de Robinson Crusoé.”

( ) “E dava um suspiro... que fundo!”

8. No final do poema, o eu lírico faz uma comparação entre a sua história e a de Robinson
Crusoé. Você conhece a história desse personagem? Leia algumas informações a seguir.

Cansado da vida pacata de sua cidade, na Inglaterra, o jovem Robinson Crusoé decide se tornar
marinheiro para experimentar grandes aventuras em alto mar.

Ao sair de viagem com destino à África, ele não imagina que ali estava começando a maior das
aventuras que um marinheiro poderia viver. Durante a viagem, uma terrível tempestade faz seu
navio naufragar, e ele, o único sobrevivente do desastre, consegue se salvar nadando até
uma ilha deserta. Sozinho naquele lugar, Crusoé é obrigado a encontrar alternativas e recursos
para se manter vivo. E assim foi por 27 anos, dois meses e dezenove dias, até ser, enfim,
resgatado.

Com base nessas informações, o que o eu lírico quer dizer quando compara a sua história com
a de Robinson Crusoé?

9. Ao lermos o poema, identificamos dois olhares do eu lírico sobre a sua história: a do menino
que vive a infância e a do adulto que a relembra.

a) Que olhar descreve fatos de uma vida aparentemente monótona, com uma sensação de
solidão, de falta de carinho?

b) Que olhar visualiza os fatos, valorizando a simplicidade e beleza cotidiana?

10. No final do poema, o eu lírico afirma que a sua história é mais bela que a do personagem
Robinson Crusoé. Por que ele a considera dessa maneira?

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