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Mito, Lenda, Fábula, Conto, Crônica, Novela, Romance, Parábola, Apólogo, Anedota

MITOS: O mito é uma forma de narrativa utilizada pelos povos antigos para explicar fatos da realidade e
fenômenos da natureza que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita
simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos esses componentes são misturados a
fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram. Um dos objetivos do mito é
transmitir conhecimentos e explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado. Todas as culturas
possuem seus mitos. Alguns assuntos como a criação do mundo, são bases para vários mitos diferentes.

LENDAS: É uma narrativa baseada na tradição oral e de caráter maravilhoso, cujo argumento é tirado da
tradição de um dado lugar. Sendo assim, relata os acontecimentos numa mistura entre referenciais
históricos e imaginários. A lenda tem caráter anônimo e, geralmente, está marcado por um profundo
sentimento de fatalidade. Tal sentimento é importante, porque fixa a presença do DESTINO, aquilo
contra o que não se pode lutar e demonstra o pensamento humano dominado pela força do
desconhecido. O folclore brasileiro é rico em lendas regionais. Destacam-se entre as lendas brasileiras:
"Boitatá", "Boto-cor-de-rosa", "Caipora ou Curupira", "Iara", "Lobisomem", "Mula-sem-cabeça",
"Negrinho do Pastoreio", "Saci Pererê" e "Vitória Régia."

FÁBULAS: Narrativa inverossímil, com fundo didático tem como objetivo transmitir uma lição de moral. É
oferecido, então, um modelo de comportamento maniqueísta (filosofia dualística que divide o mundo
entre bem, ou deus, e mal, ou o diabo), em que o "certo" deve ser copiado e o "errado", evitado.
Caracteriza-se pela presença de animais e o uso constante da natureza para a alegorização da existência
humana aproxima o público das "moralidades". Assim apresentam similaridade com a proposta das
parábolas bíblicas. A proposta principal da fábula é a fusão de dois elementos: o lúdico e o pedagógico.
As histórias ao mesmo tempo que distraem o leitor, apresentam as virtudes e os defeitos humanos
através de animais. Acreditaram que a moral, para ser assimilada, precisava da alegria e distração
contida na história dos animais que possuem características humanas. Desta maneira, a aparência de
entretenimento camufla a proposta didática presente.

CONTOS: Narração densa e breve de um episódio da vida, mais condensado do que a novela e o
romance. Em geral, não apresenta divisão em capítulos. O conto tem uma estrutura fechada, com um
número reduzido de personagens, a linguagem é simples e direta, não se utiliza de muitas figuras de
linguagens ou de expressões com pluralidade de sentidos e possui apenas um clímax. Ao contrário da
novela ou do romance, na qual a trama desdobra-se em conflitos secundários, o conto é conciso.

A narração é um dos gêneros literários mais fecundos, portanto, há atualmente diversos tipos de textos
narrativos que comumente são produzidos e lidos por pessoas de todo o mundo.O principal objetivo do
texto narrativo é contar algum fato. E o segundo principal objetivo é que esse fato sirva como
informação, aprendizado ou entretenimento. Se o texto narrativo não consegue atingir seus objetivos
perde todo o seu valor. A narração, portanto, visa sempre um receptor.

Romance: em geral é um tipo de texto que possui um núcleo principal, mas não possui apenas um
núcleo. Outras tramas vão se desenrolando ao longo do tempo em que a trama principal acontece. O
Romance se subdivide em diversos outros tipos: Romance policial, Romance romântico, etc. É um texto
longo, tanto na quantidade de acontecimentos narrados quanto no tempo em que se desenrola o
enredo.

Novela: muitas vezes confundida em suas características com o Romance e com o Conto, é um tipo de
narrativa menos longa que o Romance, possui apenas um núcleo, ou em outras palavras, a narrativa
acompanha a trajetória de apenas uma personagem. Em comparação ao Romance, se utiliza de menos
recursos narrativos e em comparação ao Conto tem maior extensão e uma quantidade maior de
personagens.

A telenovela é um tipo diferente de narrativa. Ela advém dos folhetins, que em um passado não muito
distante eram publicados em jornais. O Romance provém da história, das narrativas de viagem, é
herdeiro da epopeia. A novela, por sua vez, provém de um conto, de uma anedota, e tudo nela se
encaminha para a conclusão.

Conto: É uma narrativa curta. O tempo em que se passa é reduzido e contém poucas personagens que
existem em função de um núcleo. É o relato de uma situação que pode acontecer na vida das
personagens, porém não é comum que ocorra com todo mundo. Pode ter um caráter real ou fantástico
da mesma forma que o tempo pode ser cronológico ou psicológico.

Crônica: por vezes é confundida com o conto. A diferença básica entre os dois é que a crônica narra
fatos do dia a dia, relata o cotidiano das pessoas, situações que presenciamos e já até prevemos o
desenrolar dos fatos. A crônica também se utiliza da ironia e às vezes até do sarcasmo. Não
necessariamente precisa se passar em um intervalo de tempo, quando o tempo é utilizado, é um tempo
curto, de minutos ou horas normalmente.

Fábula: É semelhante a um conto em sua extensão e estrutura narrativa. O diferencial se dá,


principalmente, no objetivo do texto, que é o de dar algum ensinamento, uma moral. Outra diferença é
que as personagens são animais, mas com características de comportamento e socialização semelhantes
às dos seres humanos.

Parábola: é a versão da fábula com personagens humanas. O objetivo é o mesmo, o de ensinar algo.
Para isso são utilizadas situações do dia a dia das pessoas.

Apólogo: é semelhante à fábula e à parábola, mas pode se utilizar das mais diversas e alegóricas
personagens: animadas ou inanimadas, reais ou fantásticas, humanas ou não. Da mesma forma que as
outras duas, ilustra uma lição de sabedoria.

Anedota: é um tipo de texto produzido com o objetivo de motivar o riso. É geralmente breve e depende
de fatores como entonação, capacidade oratória do intérprete e até representação. Nota-se então que o
gênero se produz na maioria das vezes na linguagem oral, sendo que pode ocorrer também em
linguagem escrita.

Lenda: é uma história fictícia a respeito de personagens ou lugares reais, sendo assim a realidade dos
fatos e a fantasia estão diretamente ligadas. A lenda é sustentada por meio da oralidade, torna-se
conhecida e só depois é registrada através da escrita. O autor, portanto é o tempo, o povo e a cultura.
Normalmente fala de personagens conhecidas, santas ou revolucionárias.

Estes acima citados são os mais conhecidos tipos de textos narrativos, mas podemos ainda destacar uma
parcela dos textos jornalísticos que são escritos no gênero narrativo, muitos outros tipos que fazem
parte da história, mas atualmente não são mais produzidos, como as novelas de cavalaria, epopeias,
entre outros. E ainda as muitas narrativas de caráter popular (feitas pelo povo) como as piadas, a
literatura de cordel, etc.

Devido à enorme variedade de textos narrativos, não é possível abordar todos ao mesmo tempo, até
mesmo porque cotidianamente novas formas de narrar vão sendo criadas tanto na linguagem escrita
quanto na oral, e a partir destas vão surgindo novos tipos de textos narrativos.

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