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LITERATURA INFANTIL

Profa. Dra. Terezinha Corrêa Lindino


SEMINÁRIO CONFRONTO (cuja apresentação do
conto de conter:
BANNER: Personagens, Tipo de Narrador, Tempo, Espaço,
Enredo e Conflito (entregar texto escrito no dia 22/11/2023)

Discussão:
a) O que as obras têm em comum?
REGRAS b) Qual é a relação entre o conflito apresentado e a
vida real cotidiana?
c) Qual personagem, se substituído, altera o enredo
do conto?
d) Quais formas de encantamento a obra proporciona
como incentivo ao exercício da leitura literária?

AVALIAÇÃO: 100 pontos (TOTAL),


SENDO 50 PONTOS DO RESUMO/BANNER + 50 PONTOS DA DISCUSSÃO
DATA: Grupo I
1. João e o pé de feijão
2. João e Maria
FORMAR:
11 duplas 3. O pequeno Polegar
3 trio 4. A roupa nova do rei
DATA: Grupo III
DATA: Grupo II
11. Chapeuzinho vermelho
Escolha 5. A bela e a fera
12. O patinho feio
6. A bela adormecida
uma obra: 7. A pequena sereia
13. O gato de botas
14. Os três porquinhos
8. Rapunzel
9. Branca de neve e os sete anões
10. Cinderela
DATA: 22/11/2023 – não haverá aula
Entrega do trabalho escrito, conforme modelo de banner já
enviado, por WhatsApp.

DATA: 29/11/2023 (das 19h20 às 22h30)


FORMAÇÃO: DISCUSSÃO: POR GRUPOS
 O que as obras têm em comum?
14 EQUIPES  Qual é a relação entre o conflito apresentado e a vida real
3 GRUPOS cotidiana?
 Qual personagem, se substituído, altera o enredo do conto?

REGRAS DATA: 06/12/2023 (das 21h10 às 22h30)


 Quais formas de encantamento a obra proporciona como
incentivo ao exercício da leitura literária?
ORGANIZAÇÃO: 30 minutos. Em sala, confecção de slides.
APRESENTAÇÃO POR GRUPOS: 10 minutos. Para isso,
escolher um orador(a) dentre os participantes do grupo
(GRUPO I, II e III), com utilização de slides.
GÊNEROS LITERÁRIOS
Fábulas e Contos
A literatura infantil para crianças bebeu em fontes
variadas da tradição literária e se atualiza criativamente
A tradição a cada nova geração de leitores.
oral nos
Identificar essas fontes e seus agrupamentos –
gêneros contos de fadas, contos maravilhosos, histórias da
escritos da carochinha, parlendas, trava línguas, histórias da
literatura avozinha, contos da Mamãe Gansa, fábulas, histórias
sem fim, poemas, entre outros – recuperando
infantil contextos em que as obras foram criadas, permite
compreender produções contemporâneas da literatura
que hoje chegam às bibliotecas escolares e, a partir
daí, contribuir melhor para processos de formação de
leitores na infância.
FÁBULA
 São breves narrações protagonizadas normalmente por
animais ou plantas que contam com características
humanas.
 A finalidade destas histórias é deixar algum tipo de lição
Qual é a ou moral para o leitor para convidá-lo a refletir a
diferença respeito de um tema particular.
entre fábula  Trata-se de um gênero literário normalmente dirigido às
e conto? crianças, no qual se expressam diferentes morais que
são importantes de aprender.
O objetivo de uma fábula é fazer com que as
crianças (e os adultos que contam as histórias)
reflitam sobre valores e princípios. Ou seja, os
ideais, os vícios, as virtudes e as crenças morais,
culturais e sociais que estão impregnadas na
sociedade e fazem parte da cultura de cada povo.
Nas fábulas, a narrativa é curta e conta com figuras personificadas,
geralmente animais com características, pensamentos, comportamentos
e emoções humanas. Seus defeitos e qualidades são apresentados no
desenrolar do enredo, para que, ao final, a fábula transmita uma moral da
história.
Fábulas mais famosas: A Cigarra e a Formiga;
A Tartaruga e a Lebre;
A Raposa e as Uvas.
Para entender e escolher uma fábula

- PERSONAGEM: principal elemento, pois, se baseia no


comportamento que o valor escolhido representa.

NARRADOR

NARRADOR: observador, a tendência é ser


sempre um terceiro para
facilitar a aceitação
CONFLITO TEMPO
AMBIENTE: conhecidos e cotidianos
PERSONAGEM
TEMPO: presente
ESPAÇO: lugares comuns
CONFLITO: moralidade
ESPAÇO ENREDO
EXEMPLO
O CÃO E O OSSO
Um dia, o cão ia caminhando tranquilo por uma ponte, carregando na boca um
belo osso. Ao olhar para baixo, viu sua imagem refletida na água e pensou:
Que belo osso tem este cão. Se conseguir pegá-lo, vou ter comida por mais um
dia. Pensando assim, o cão partiu para a ação e pulou na água sobre a sua
imagem refletida. Qual não foi sua decepção ao perceber seu engano! O pior,
foi que seu osso se perdeu no rio e ele ficou sem nenhum. Decepcionado
consigo mesmo, o cão saiu da água cabisbaixo e arrependido pela cobiça.
MORAL: MAIS VALE UM PÁSSARO NA MÃO DO QUE DOIS VOANDO.
Agora, responda às questões abaixo:
1. Este texto é uma fábula. Por quê? PERSONAGEM (CÃO), NARRADOR (OBSERVADOR),
AMBIENTE (RIO), TEMPO (PRESENTE), ESPAÇO (PARQUE), CONFLITO (COBIÇA)
2. Você acha que o cão agiu certo? OPINIÃO (SIM OU NÃO)
3. O que significa “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”? CONSUMO
CONTO
 É uma narração que pode estar baseada em fatos
reais ou fictícios e que pode conter todo o tipo de
personagens.
 Existem diversos gêneros de contos como os de fadas,
Qual é a os épicos, os históricos, os contos de fantasia, de
fantasmas, entre outros.
diferença  A finalidade do conto pode ser transmitir oralmente
entre fábula uma tradição ou simplesmente narrar uma história
e conto? qualquer. Seu final não deve incluir obrigatoriamente
alguma lição moral, sendo esta a principal diferença
entre ambos os gêneros.
Para entender e escolher um conto
- ENREDO: sequência de ações que faz com que a narrativa
exista e tenha uma estrutura.
NARRADOR

PERSONAGEM: pessoas, animais, objetos e seres CONFLITO TEMPO


imaginários
NARRADOR: personagem, observador e onisciente ENREDO
TEMPO: duração ou época
ESPAÇO: aonde a personagem situa
ESPAÇO
CONFLITO: moralidade PERSONAGEM
Elementos de um conto

Personagens
As narrativas (reais ou fictícias) precisam ter um ou mais seres
vivenciando sua história. Esses seres podem ser pessoas ou, até
mesmo, animais, objetos e seres imaginários que ganham vida e
consciência para viver aquela história — são as personagens da
narrativa.
Embora seja comum que o conto tenha poucos personagens.
Raro os com muitos. Mesmo assim, a narrativa continua sendo breve.
Narrador: É a voz que conta a história dentro da narrativa. O
narrador pode contar a história de três maneiras:
• NARRADOR-PERSONAGEM: quando uma das personagens que vivencia a história faz,
também, o papel de narrador, ou seja, uma das personagens narra a história. Por isso, muitas
vezes, os verbos são conjugados em primeira pessoa, mas podem também ser conjugados
em terceira quando o narrador-personagem conta o que acontece com os outros
personagens.

• NARRADOR-OBSERVADOR: esse tipo de narrador não participa da história. Ao invés disso,


ele é apenas uma voz contando o que acontece, narrando a história. Entretanto, assim
como o leitor, esse narrador não sabe o que se passa na consciência das personagens, não
sabe o que aconteceu no passado (anterior à narrativa) nem o que acontecerá no futuro.

• NARRADOR-ONISCIENTE: assim como o observador, ele não participa da história.


Entretanto, essa voz é onisciente, ou seja, sabe de tudo no universo daquela narrativa: ela
sabe (e pode contar) o que as personagens estão pensando e sentindo. Também conhece (e
pode contar) o passado anterior à narrativa e o futuro.
Tempo
As narrativas passam-se em um período determinado: trata-se do tempo de
duração entre o início e o final da narrativa e da época em que a narrativa
ocorre. É mais comum que as histórias dos contos aconteçam em pouco
tempo (podendo ser minutos ou até alguns dias), mas é possível que elas se
passem durante muitos anos. Alguns contos são sobre histórias que se
passam nos dias de hoje, e outros podem passar-se em algum lugar do
passado ou, até mesmo, em um futuro imaginado pelo autor.

Enredo
É o que acontece na história, ou seja, a sequência de ações que faz com que a
narrativa exista e tenha uma estrutura: um começo, um meio e um fim.
Espaço
Assim como o tempo, as narrativas precisam ocorrer em um espaço, descrito
explicita ou implicitamente, aonde as personagens situam-se. Novamente, por
tratar-se de narrativa breve e curta, é mais comum que o conto ocorra em
apenas um ou poucos espaços, mas ainda é possível que muitos cenários sejam
percorridos durante a história. Em todo caso, a narrativa continuará sendo
curta.

Conflito
Por fim, os contos têm um conflito, que é uma situação gerada por uma das
ações iniciais (ou em uma das ações iniciais) e que faz com que outras ações
sejam tomadas pelas personagens para solucionar o problema. Essa sequência
de ações forma o enredo e, geralmente, deixa o começo da narrativa diferente
do final.
Estrutura do conto
• INTRODUÇÃO: é o início da narrativa. Nela, podemos descobrir o contexto da
narrativa: quem são as personagens, qual é o espaço e o tempo nos quais a
história vai ser narrada e quais são os primeiros acontecimentos dela.
• DESENVOLVIMENTO: apresenta as ações que modificam o estado inicial da
narrativa. Vemos o conflito (situação-problema) que fará as personagens
agirem para resolvê-lo.
• CLÍMAX: é o momento de maior tensão, quando o problema está no auge e
as ações tomadas definirão o rumo da história.
• CONCLUSÃO: é o final da história, que será provavelmente diferente de
como ela começou. Pode mostrar que o problema foi solucionado ou não,
dependendo muito mais do tipo de conto que estamos lendo.
EXEMPLO
CATARINA QUEBRA-NOZES, Joseph Jacobs
✓ ENREDO: Casal e reis, cada um possuidor de uma filha de seus primeiros casamentos. A
rainha sentia inveja da beleza e sorte da filha do marido e deseja seu infortúnio. Empenhada,
em três dias, Ana (a filha do rei) desenvolveu sua deformidade. Mas, Catarina (sua meia-irmã)
não aceitou a situação e buscou por ajuda, levando a meia-irmã com ela. Chegando em um
castelo, no qual morava um rei e dois filhos (um sadio e outro adoentado, à beira da morte).
Catarina se deparou com a seguinte situação: cuidar do príncipe doente, pois todo
acompanhante do filho doente sumia após uma noite. Catarina resolveu assumir a tarefa como
oportunidade para ajudar sua meia-irmã. Tanto a doença da meia-irmã quanto do filho do rei
tinha em comum a origem de sua doença (cobiça, vaidade e luxuria). Mas, Catarina percebeu
que para obter informações sobre cura, precisaria de uma moeda de troca (nozes). Assim sendo,
conhecendo a fada-bebê, que se apresentou conhecedora da cura doa meia-irmã e do príncipe, a
alimentou com as nozes coletadas. A fada-bebê forneceu as recomendações para esta cura. A
história termina com os dois sendo curados e Catarina casando com o príncipe doente e Ana
com o príncipe sadio (doença chama cura, se encarada como possibilidade de êxodo).
✓ PERSONAGENS
1)CATARINA: Catarina era uma menina muito corajosa. Como muitas heroínas na
tradição folclórica, Catarina não hesita diante de desafios, mesmo o risco sendo
grande. Depois de passar pela prova da compaixão (e o faz com pleno sucesso
empreendendo a salvação da irmã), está preparada para as tarefas e provações que a
esperam para a cura do príncipe doente. Catarina, como muitas heroínas de contos de
fadas, não chama atenção sobre si mesma e é capaz de se esconder por meio de sua
discrição.
2)ANA: bonita, cita-se que tanto Ana quanto Catarina gostavam uma da outra como
verdadeiras irmãs.
3)PRINCIPE DOENTE: jovem
4)FADA-BEBÊ: feiticeira e fornecedora de informações sobre cura.

✓ TIPO DE NARRADOR: Narrado em 3ª pessoa, as informações são relatadas de forma


que o leitor entenda a situação apresentada, com o uso do narrador onisciente.
✓ TEMPO: A história acontece em tempo presente, com a utilização do recurso “era uma vez”.
Cada ação é realizada sequencial e cronologicamente. Um caso inusitado de solidariedade
entre irmãs. A tranquila domesticidade de Catarina, o modo como colhe nozes silenciosamente
para efetuar uma troca favorável e cozinha as aves para o príncipe, provam-se mais poderosos
que os encantamentos lançados pelas fadas.

✓ ESPAÇO: Embora a história seja ambientada na corte, seus detalhes factuais sugerem um
contexto rústico, com um casal que se satisfaz partilhando um pequeno lanche. No fim, os dois
recebem a recompensa que talvez mais interesse a camponeses – nunca beber de um copo
vazio. Encontra-se amplamente disseminada por toda a Europa central, aparentemente desde o
século XVII (castelo e salão mágico).

✓ CONFLITO: O gesto de Catarina se destina a realizar esforços para reviver a meia-irmã e ao


príncipe e nos apresenta uma heroína que deve desencantar uma criatura transformada em
monstro por um feitiço, neste caso tanto sua irmã desfigurada quanto o príncipe enfermo. No
fim, os dois casais formados recebem a recompensa que talvez mais interesse a camponeses –
nunca beber de um copo vazio.
Vamos conhecer esses tipos a seguir...

• Conto de fadas (ou conto maravilhoso): São narrativas curtas que


possuem um elemento maravilhoso em sua composição, ou seja, algo mágico ou
sobrenatural. As personagens, lugares e tempos não são determinados historicamente, o
que fica claro pelo início genérico do Era uma vez. Nesse tipo de conto, o leitor espera um
final feliz e uma moral da história, o que costuma acontecer.

• Conto de terror: Subgênero mais moderno do que o conto de fadas. Nos contos de
terror, as histórias incluem os elementos sobrenaturais sem aquele ar de naturalidade:
trata-se dos contos de terror com personagens lendários, como vampiros, lobisomens,
mortos-vivos etc. Aqui, nem sempre a narrativa acaba com final feliz.

• Conto fantástico: Narrativas curtas que levam o elemento absurdo a cenários e


personagens do próprio cotidiano. São personagens comuns levando uma vida comum até
que algo absurdo acontece, algo que não poderia acontecer na realidade. É justamente a
proximidade com a realidade do leitor que causa um maior estranhamento na história.
CONTOS EXEMPLARES
(Ficção curta)

CONTOS JOCOSOS/FACÉCIAS
(Piadas, histórias engraçadas)

Outros tipos: CONTOS ACUMULATIVOS


(Memorização e a antecipação dos fatos)

CONTOS RELIGIOSOS
CONTOS ETIOLÓGICOS (Moral e cultura local)
(Contos Populares)
O que as obras têm em comum?
• Conto fantástico

Qual é a relação entre o conflito apresentado e a vida real


cotidiana?
• Cobiça
• Vaidade
• Luxuria

DOENÇA E CURA
COMO POSSIBILIDADE DE ÊXODO
Qual personagem, se substituído, altera o enredo do conto?
Exemplo:
Quais formas de encantamento a obra proporciona como incentivo
ao exercício da leitura literária?

“O ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da


linguagem escrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo”
(FREIRE, 1996, p. 09).

MÉTODO RECEPCIONAL: ancora-se nos pressupostos teóricos da


Estética da Recepção, formulada pelo teórico alemão Hans Robert
Jauss, na década de 1960, compõem cinco passos:
1. Sondagem
2. Atendimento
3. Ruptura Dos horizontes de EXPECTATIVAS
4. Questionamento
5. Ampliação

ETAPAS
SONDAGEM: diagnosticar a realidade sociocultural do aluno, preferências,
seus interesses e nível de leitura, quanto a gênero e temas, mediante
observações, conversas, questionários, debates, entre outros.

ATENDIMENTO: levar para a sala textos que satisfaçam as expectativas dos


alunos em relação aos temas e/ou gêneros escolhidos.
RUPTURA: trabalhar com obras que abalem as certezas e costumes dos alunos,
seja em termos de literatura ou de vivência cultural. É importante que nessa fase
o professor trabalhe com textos semelhantes aos anteriores, quanto ao tema ou
estrutura, por exemplo. Para que ocorra o rompimento, o professor deve
trabalhar com obras que, partindo da vivência dos alunos, aprofundem seus
conhecimentos, propiciando o distanciamento do senso comum e a consequente
ampliação do horizonte de expectativas.

QUESTIONAMENTO: momento de comparação e discussão a partir das leituras


realizadas na segunda e na terceira etapas, levando o aluno a perceber quais
textos lidos na etapa da ruptura exigiram-lhe um nível mais alto de reflexão,
proporcionando-lhe mais conhecimento e ampliando seu horizonte de
expectativas.

AMPLIAÇÃO: quando os alunos tomam consciência das mudanças, aquisições e


ampliação de conhecimentos, obtidas por meio da experiência com a leitura.

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