Chico Buarque

(Vida)

● Francisco Buarque de Holanda

● Nasceu no dia 19 de julho de 1944 (Rio de Janeiro)
● Pai, Sérgio, era sociólogo
● Mãe, Maria Amélia, pianista
Tinha 7 irmãos, era o quarto filho.
 Aos cinco anos, Chico começou a mostrar interesse
pela música. Na pré-adolescência, compôs algumas
músicas no estilo OPERETA, encenadas por suas
irmãs, Maria do Carmo, Ana Maria, Cristino e Miucha.
Na adolescência, gostava de ler literatura.
Chico Buarque na Ditadura

Cursou 3 anos de arquitetura e urbanismo na Universidade de São

Paulo (USP). Abandonou o curso em 1964 quando o clima de repressão
invadiu as universidades.
Chico faz também as músicas para o poema “Morte e Vida Severina” de
João Cabral de Melo Neto, que ganha o prêmio de crítica e público no IV
Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França. Em 1966, sua música “A
Banda”, cantada por Nara Leão, vence o Festival de Música Popular Brasileira
da TV Record e sai seu primeiro LP “Chico Buarque de Holanda”. Ainda em
1966, Chico casa-se com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas.
Chico foi um dos artistas perseguidos durante a Ditadura Militar,
chegou a ser até levado pelo Departamento de Ordem Político e Social
(DOPS).
Composições

As características marcantes de suas músicas são as críticas e denúncias sociais

econômicas e culturais Brasileiras
Principais Músicas

● Morte e vida severino (1966)

● A banda (1966)
● Quem te viu quem te vê (1967)
● Noite dos mascarados (1967)
● Roda vida (1967)
● Cotidiano (1971)
● construção (1971)
● Apesar de você (1970)
● cálice (1973)
● João e Maria (1976)
Literatura

Desde criança, Chico enveredou-se como escritor . Publicou as

primeiras crônicas "Verbâmidas" no jornal do Colégio Santa Cruz e alguns
jornais como “Estado de São Paulo” e o jornal satírico.
Também chegou a atuar no filme “Garota de Ipanema” (1967).
Deu início na Dramaturgia escrevendo RODA VIVA.
Seus principais livros:

● Chapeuzinho amarelo (1970)

● Estorvo (1991)
● Benjamin (1995)
● Budapeste (2003)
● Leite Derramado (2009)
Musica Morte e Vida Severina
• Esta cova em que estás, com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida 2x

• É de bom tamanho, nem largo, nem fundo

É a parte que te cabe deste latifúndio 2x

• Não é cova grande, é cova medida

É a terra que querias ver dividida 2x

• É uma cova grande pra teu pouco defunto

Mas estarás mais ancho que estavas no mundo 2x

• É uma cova grande pra teu defunto parco

Porém mais que no mundo, te sentirás largo 2x
• É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas à terra dada não se abre a boca

• É a conta menor que tiraste em vida

• É a parte que te cabe deste latifúndio

É a terra que querias ver dividida

• Estarás mais ancho que estavas no mundo

Mas á terra dada não se abra a boca
Sinopse da música
• As músicas da obra, realizadas por Chico Buarque, são de excelente
qualidade, e transmitem com maestria os sentimentos dos personagens da
história. Todas seguindo à risca o diálogo original do auto, elas ficam na
cabeça e são um dos pontos mais fortes do musical. Um exemplo é a cena
em que Severino conversa com uma moça de uma certa cidade que
trabalha com a morte.
• O significado do nome Severino é vida dura, batalhador, o que é bem
explícito no musical. A forma como os Severinos morrem, a sua sina de
viver no sertão e até a sua força de vontade de seguir em frente em uma
terra que não pode ser plantada, como a do Agreste. O nome Severino é
mostrado de um jeito humorístico no programa Zorra Total, onde Paulo
Silvino é Severino, um porteiro linha dura,atrapalhado,cheio de bordões e
facilmente seduzido por mulheres. O ator busca a piada simples e seu
sofrimento é popular, compartilhado com outros Severinos de mesma sina.
Síntese da morte e vida de severina
• Nesta obra, João Cabral de Melo Neto apresenta o percurso de morte e vida do
retirante Severino.
• Severino é um entre muitos outros, que tem o mesmo nome, a mesma
cabeça grande e o mesmo destino trágico do sertão: morrer de emboscada
antes dos vinte anos, de velhice antes dos trinta e de fome um pouco a cada
dia.
• Severino percorre o sertão em busca de uma expectativa de vida melhor no
litoral. O poema pode ser divido em duas partes: a primeira com o seu caminho
até o Recife e a segunda a sua chegada e estadia na capital pernambucana.
O percurso de Severino e o princípio da tragédia

A primeira parte da narrativa é marcada pela presença constante da morte, no

meio da paisagem agreste e do chão duro de pedra.
A morte também é dura e sempre tem relação com a pobreza e com o trabalho.
Ou é morte matada em emboscada, por conta da dura terra trabalhada, ou é
morte miserável, na qual não sobra nenhum pertence.
Trechos da peça de teatro;
“-_Dize que leva somente
coisas de não:
fome, sede, privação”
Desespero
• Os retirantes continuam a viver da terra, mas, em vez de ficarem cobertos de
poeira de arar o solo seco, ficam cobertos de lama de caçar caranguejos no
mangue.
• Diante do cenário sórdido, o suicídio parece uma boa opção, interromper a
vida que também é morte severina.
• Trecho da obra;
• “_A solução é apressar
a morte a que se decida
e pedir a este rio,
que vem também lá de cima,
que me faça aquele enterro
que o coveiro descrevia:
caixão macio de lama,
mortalha macia e líquida.”
• Primeira referência do auto de natal

• O auto de natal é uma peça religiosa que conta e faz alusão ao nascimento
de jesus.

• Temos uma clara citação desse evento no poema a morte

• Quando Severino e José se encontram é começa a conversar porém a
conversa é interrompida pelo anúncio do nascimento do filho de José, que é
um momento de epifania no poema. O subtítulo do poema Auto de Natal e o
nome do pai José são uma clara referência ao nascimento de Jesus.
Desfecho
• O Auto de Natal
• “Primeiro chegam os vizinhos e duas ciganas. As pessoas trazem presentes
para o menino, assim como os três reis magos. Porém os presentes são
simples, lembranças de pessoas pobres. São dezesseis presentes, quase
todos precedidos pela frase: "Minha pobreza é tal".”
• Severino e José retomam o diálogo, e a epifania é anunciada pela boca do
novo pai.
• O percurso de Severino, mesmo sendo cercado pela morte, termina com a
vida que insiste em florescer em meio à tanta miséria e morte.
Informação da peça teatral

• O musical "Morte e vida severina" foi baseado no livro de mesmo nome

escrito por João Cabral de Melo Neto e realizado pela Rede Globo. Ele tem
60 minutos de duração e se mantém muito fiel ao poema, tanto que a
maioria das falas são trechos do poema. O musical conta a jornada de um
retirante chamado Severino, protagonizado por José Dumont, que sai da
Serra da Costela, dentro do Agreste, e vai até o litoral do Recife em busca
de uma condição de vida melhor. Ao longo da sua caminhada ele se depara
várias vezes com a morte de outros Severinos que morreram de fome,
cansaço ou emboscada.
Informação do trabalho;
• Nomes dos integrantes: Mateus B., Kimberly, Jane lady, Ana Caroline e
Regiane 3:A
• Professora; Thaís
• Tema3 : A Música e Peça Teatral morte e vida de severina
• Sites usados: Morte e Vida Severina: resumo, personagens, análise - Toda
Matéria (todamateria.com.br), Resenha Musical Morte e Vida Severina -
Gabriel Reis | Wikia Cine106 | Fandom, Auto de Natal: memória, tradição e
alegria - Lugares de Memória (lugaresdememoria.com.br),
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/b/b4/Morte_e_vida_severina.j
pg e ttps://www.letras.com.br/chico-buarque/morte-e-vida-severina
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