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DE
LÍNGUA PORTUGUESA
Pesquisa do livro : Morte e Vida Severina por João Cabral de Melo Neto
A vida no Recife:
A chegada à capital do Pernambuco continua sendo marcada
pela morte e pela miséria, mas o cenário é totalmente novo. Ao
invés das terras secas de pedra, o lugar da pobreza e,
consequentemente, da morte, é o mangue. As terras alagadas
que são habitadas pelos retirantes.
O desespero:
Os retirantes continuam a viver da terra, mas, em vez de ficarem
cobertos de poeira de arar o solo seco, ficam cobertos de lama
de caçar caranguejos no mangue. Diante do cenário sórdido, o
suicídio parece uma boa opção, interromper a vida que também
é morte severina.
A solução é apressar
a morte a que se decida
e pedir a este rio,
que vem também lá de cima,
que me faça aquele enterro
que o coveiro descrevia:
caixão macio de lama,
mortalha macia e líquida
Neste momento o percurso e a narrativa parecem ter chegado
ao fim. Severino correu o sertão onde só encontrou morte. Ao
chegar ao final do rosário, da sua penitência, esperava encontrar
redenção, porém voltou a encontrar a morte.
O Auto de Natal:
Primeiro chegam os vizinhos e duas ciganas. As pessoas trazem
presentes para o menino, assim como os três reis magos. Porém
os presentes são simples, lembranças de pessoas pobres. São
dezesseis presentes, quase todos precedidos pela frase: "Minha
pobreza é tal".
Severino é o narrador e
personagem principal, um
retirante nordestino que foge
para o litoral em busca de
melhores condições de vida.