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CECÍLIA MEIRELES E

VINÍCIUS DE MORAIS
2ª GERAÇÃO MODERNISTA - POESIA
CECÍLIA MEIRELES E VINÍCIUS DE MORAIS

• Embora não tenham pertencido diretamente ao grupo católico carioca formado por Jorge de Lima e
Murilo Mendes, dentre outros, Cecília Meireles e Vinícius de Morais também são considerados poetas
espiritualistas e reforçam essa tendência da 2ª geração modernista. Contudo, a obra de ambos trilha
caminhos próprios: a de Cecília, o da reflexão filosófica e existencial, intimista, de profunda
sensibilidade feminina; a de Vinícius, partindo de uma poesia religiosa e idealizante, caminhou em
direção à percepção material da vida, do amor e da mulher, chegando a ser um dos poetas mais
sensuais de nossa literatura.
CECÍLIA MEIRELES
Algumas Obras:
• Espectros (1919
• Baladas para El-Rei (1925)
• Viagem (1939)
• Vaga Música (1942)
• Mar Absoluto (1945)
• O jardim (1947)
• Problemas de Literatura Infantil (1950)
• Romanceiro da Inconfidência (1953)
• Batuque (1953)
• Canções (1956)
• A Rosa (1957)
• Obra Poética (1958)
• Ou Isto ou Aquilo (1964)
• Escolha o Seu Sonho (1964)
CECÍLIA MEIRELES
• Cecília Meireles (1901-1964), a primeira grande escritora da literatura brasileira e a principal voz
feminina de nossa poesia moderna, nasceu no Rio de Janeiro, onde fez seus primeiros estudos e se
formou professora.
• Sempre preocupada com a educação de crianças, dedicou-se ao magistério, ao mesmo tempo que
desenvolvia intensa atividade literária e jornalística.
• A partir da década de 1930, já conhecida e respeitada, passou a lecionar literatura luso-brasileira na
Universidade do Distrito Federal e a dar cursos e fazer conferências em vários países, como Portugal e
Estados Unidos. Sempre cultivou um interesse enorme pelo Oriente e, em 1953, esteve na Índia e em
Goa.
• Sua produção literária é ampla, deixou contribuições no domínio do conto, da crônica, da literatura
infantil e do folclore,
• É dela um dos mais lidos e apreciados livros de literatura infanto-juvenil, Isto ou aquilo, que reúne
poemas suaves e musicais sobre os sonhos e fantasias do imaginário infantil.
CECÍLIA MEIRELES
• Cecília Meireles nunca esteve filiada a nenhum movimento literário, apesar disso, suas primeiras
publicações (Espectros, Nunca mais ... e poemas dos poemas, Baladas para El – Rei) – evidenciam certa
inclinação pelo Simbolismo.
• Além disso, a presença frequente de elementos como o vento, a água, o mar, o ar, o tempo, o espaço, a
solidão e a música dá a sua poesia um caráter fluido e etéreo, que confirma a inclinação neo-simbolista
da autora.
• O espiritualismo e o orientalismo tão prezados pelos simbolistas também se fazem presentes na obra da
poetisa, que também se interessou pela cultura oriental;
• Do ponto de vista formal, a escritora foi a mais habilidosa em nossa poesia moderna, sendo sua seleção
vocabular cuidadosa e forte inclinação para a musicalidade, para o verso curto.
• Observe nos poemas a seguir a presença tanto de elementos como mar, o oceano, o vento, quanto da
musicalidade.
CECÍLIA MEIRELES
Pequena canção da onda
Música
Os peixes de prata ficaram perdidos,
com as velas e os remos, no meio do mar. Noite perdida,
A areia chamava, de longe, de longe, não te lamento:
Ouvia-se a areia chamar e chorar! embarco a vida

A areia tem rosto de música no pensamento,


e o resto é tudo luar! busco a alvorada
do sonho isento,
Por ventos contrários, em noite sem luzes,
do meio do oceano deixei-me rolar! puro e sem nada,
- rosa encarnada,
Meu corpo sonhava com a areia, com a areia, intacta, ao vento.
desprendi-,me do mundo do mar!
Noite perdida,
Mas o vento deu na areia. noite encontrada,
A areia é de desmanchar. morta, vivida,
Morro por seguir meu sonho,
Longe do reino do mar!"
CECÍLIA MEIRELES

• Cecília Meireles cultivou uma poesia reflexiva, de fundo filosófico, que aborda, entre outros, temas
como a transitoriedade (passagem) da vida, o tempo, o amor, o infinito, a natureza, a criação artística.
Foi antes de tudo uma escritora intuitiva, que sempre procurou questionar e compreender o mundo a
partir das próprias experiências: a morte dos pais quando menina, a morte da avó que a educara, o
suicídio do primeiro marido, o silêncio, a solidão.
• Desses temas, os que mais se destacam são a fugacidade do tempo e a efemeridade das coisas, ou seja,
tanto o tempo quanto as coisas passam.
• Observe os poemas a seguir com essas temáticas.
CECÍLIA MEIRELES
Motivo
Eu canto porque o instante existe
Retrato e a minha vida está completa.
Eu não tinha este rosto de hoje, Não sou alegre nem sou triste:
Assim calmo, assim triste, assim magro, sou poeta.
Nem estes olhos tão vazios, Irmão das coisas fugidias,
Nem o lábio amargo. não sinto gozo nem tormento.
Eu não tinha estas mãos sem força, Atravesso noites e dias
Tão paradas e frias e mortas; no vento.
Eu não tinha este coração Se desmorono ou se edifico,
Que nem se mostra. se permaneço ou me desfaço,
Eu não dei por esta mudança, — não sei, não sei. Não sei se fico
Tão simples, tão certa, tão fácil: ou passo.
— Em que espelho ficou perdida Sei que canto. E a canção é tudo.
a minha face? Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
CECÍLIA MEIRELES
Lua adversa
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua… E roda a melancolia
Perdição da minha vida! seu interminável fuso!
Perdição da vida minha! Não me encontro com ninguém
Tenho fases de ser tua, (tenho fases, como a lua…)
tenho outras de ser sozinha. No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua…
Fases que vão e que vêm, E, quando chega esse dia,
no secreto calendário o outro desapareceu…
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
CECÍLIA MEIRELES

• Uma das obras em que Cecília Meireles foge a orientação intimista foi em Romanceiro da Inconfidência
(1953), que pelo viés da História, abre importante espaço para reflexões sobre questões de natureza
política e social, tais como liberdade, justiça, miséria, ganância, tradição e idealismo.
• Fruto de um longo trabalho que envolveu dez anos, fundindo história e lenda, aborda os
acontecimentos de Vila Rica à época da Inconfidência Mineira (1789)
FRAGMENTO DE ROMANCEIRO DA INCONFIDÊNCIA
[...]
e sobe, na noite imensa.
Atrás de portas fechadas,
E os seus tristes inventores
à luz de velas acesas,
já são réus - pois se atreveram
entre sigilo e espionagem, a falar em Liberdade.
acontece a Inconfidência. [...]
E diz o Vigário ao Poeta: Liberdade - essa palavra
“Escreva-me aquela letra que o sonho humano alimenta:
do versinho de Vergílio... que não há ninguém que explique,
E dá-lhe o papel e a pena. e ninguém que não entenda!)
E diz o Poeta ao Vigário,
com dramática prudência: E a vizinhança não dorme:
“Tenha meus dedos cortados, murmura, imagina, inventa.
antes que tal verso escrevam... Não fica bandeira escrita,
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE, mas fica escrita a sentença.

ouve-se em redor da mesa.


E a bandeira já está viva,
POEMAS INFANTO-JUVENIS DE CECÍLIA MEIRELES
Ou isto ou aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol, Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou se tem sol e não se tem chuva! ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou se calça a luva e não se põe o anel, Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
ou se põe o anel e não se calça a luva! e vivo escolhendo o dia inteiro!
Quem sobe nos ares não fica no chão, Não sei se brinco, não sei se estudo,
quem fica no chão não sobe nos ares. se saio correndo ou fico tranqüilo.
É uma grande pena que não se possa Mas não consegui entender ainda
estar ao mesmo tempo nos dois lugares! qual é melhor: se é isto ou aquilo.
POEMAS INFANTO-JUVENIS DE CECÍLIA MEIRELES
A bailarina
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
Esta menina e não fica tonta nem sai do lugar.
tão pequenina
quer ser bailarina. Põe no cabelo uma estrela e um véu
Não conhece nem dó nem ré e diz que caiu do céu.
mas sabe ficar na ponta do pé.
Esta menina
Não conhece nem mi nem fá tão pequenina
Mas inclina o corpo para cá e para lá quer ser bailarina.

Não conhece nem lá nem si, Mas depois esquece todas as danças,
mas fecha os olhos e sorri. e também quer dormir como as outras crianças.
VINÍCIUS DE MORAIS
ALGUMAS OBRAS
Poesia:
• O Caminho Para a Distância (1933)
• Forma e Exegese (1935)
• Ariana, a Mulher (1936)
• Cinco Elegias (1943)
• Poemas, Sonetos e Baladas (1946)
• O Mergulhador (1965)
• A Arca de Noé (1970)
Teatro:
• Orfeu da Conceição (1954)
Prosa:
• O Amor dos Homens (1960)
• Para Viver Um Grande Amor (1962)
• Para Uma Menina Com Uma Flor (1966)
VINÍCIUS DE MORAIS
• Vinícius de Morais (1913-1980), além de ter sido um dos mais famosos compositores da música popular
brasileira e um dos fundadores, na década de 1950, do movimento musical Bossa Nova, foi também
poeta significativo da segunda fase do Modernismo.
• Nasceu no Rio de Janeiro, em uma família de intelectuais. Já em 1928, começou a fazer suas primeiras
composições musicais. Formou-se em Letras em 1929 e em Direito em 1933, ano em que publicou seu
primeiro livro de poemas, O caminho para a distância.
• Na década de 1940 ingressou na carreira diplomática e também no jornalismo, como cronista e crítico
de cinema. Como diplomata, viveu durante muitos anos em Los Angeles, Paris e Montevidéu, com
alguns intervalos no Brasil. Nesse período, conheceu intelectuais e artistas de todo o mundo.
• Na década de 1950 começou a compor. Em 1956, publicou a peça teatral Orfeu da Conceição com
grande sucesso. A peça continha músicas do próprio Vinícius e de Tom Jobim. Algum tempo depois João
Gilberto juntou-se à dupla e dessa reunião de compositores surgiu o movimento da Bossa Nova.
VINÍCIUS DE MORAIS

[...]
No sangue e na lama
• Como poeta, Vinícius teve afinidades com o
O corpo sem vida tombou.
grupo de poetas religiosos que se formou no Rio
Mas nos olhos do homem caído
de Janeiro entre as décadas de 1930-40. Em sua
Havia ainda a luz do sacrifício que redime
fase cristã, sua poesia é marcada pela
E no grande Espírito que adejava o mar e o monte
preocupação religiosa, pela angústia existencial
Mil vozes clamavam que a vitória do homem forte
diante da condição humana e pelo desejo de
tombado na luta
superar as sensações do pecado, culpa e
Era o novo Evangelho para o homem da paz que
desconsolo que a vida terrena oferece.
lavra no campo.
Sacrifício
PURIFICAÇÃO
Que vivia nas flores pequenas
Senti a beleza da vida
Eu, Senhor, pobre massa sem seiva
Que morava na luz e morava no céu
Eu caminhei
E cantei e cantei.
Nem senti a derrota tremenda
Do que era mau em mim.
A minha voz subirá até ti, Senhor
A luz cresceu, cresceu interiormente
E tu me deste a paz
E toda me envolveu.
Eu te peço, Senhor
Guarda meu coração no teu coração
A ti, Senhor, gritei que estava puro
Que ele é puro e simples
E na natureza ouvi a tua voz.
Guarda a minha alma na tua alma
Pássaros cantaram no céu
Que ela é bela, Senhor.
Eu olhei para o céu e cantei e cantei.
Guarda o meu espírito no teu espírito
Senti a alegria da vida
Porque ele é minha luz
E porque só a ti ele exalta e ama.
VINÍCIUS DE MORAIS

• Cinco elegias (1943) é a obra que marca, na poesia de Vinícius, a passagem para uma proximidade
maior com o mundo material. O poeta torna-se interessado nos temas cotidianos, nas coisas simples da
vida, e explora com sensualismo os temas do amor e da mulher.
• A linguagem também tende á simplicidade: o verso livre passa a ser mais bem empregado, à
comunicação fica mais direta e dinâmica.
• Demonstrou gosto pelo soneto, mas com uma roupagem diferente, mais moderna e real, fazendo uso
de vocábulos do cotidiano, poucos comuns neste tipo de composição, exaltando a mulher e o amor com
sensualidade.
VINÍCIUS DE MORAIS
Soneto de Fidelidade Soneto do Amor Total
De tudo ao meu amor serei atento Amo-te tanto, meu amor... não cante
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto O humano coração com mais verdade...
Que mesmo em face do maior encanto Amo-te como amigo e como amante
Dele se encante mais meu pensamento. Numa sempre diversa realidade.
Quero vivê-lo em cada vão momento Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E em seu louvor hei de espalhar meu canto E te amo além, presente na saudade.
E rir meu riso e derramar meu pranto Amo-te, enfim, com grande liberdade
Ao seu pesar ou seu contentamento Dentro da eternidade e a cada instante.
E assim, quando mais tarde me procure Amo-te como um bicho, simplesmente
Quem sabe a morte, angústia de quem vive De um amor sem mistério e sem virtude
Quem sabe a solidão, fim de quem ama Com um desejo maciço e permanente.
Eu possa me dizer do amor (que tive): E de te amar assim, muito e amiúde
Que não seja imortal, posto que é chama É que um dia em teu corpo de repente
Mas que seja infinito enquanto dure. Hei de morrer de amar mais do que pude.
VINÍCIUS DE MORAIS
Soneto de separação Soneto de devoção
De repente do riso fez-se o pranto Essa mulher que se arremessa, fria
Silencioso e branco como a bruma E lúbrica aos meus braços, e nos seios
E das bocas unidas fez-se a espuma Me arrebata e me beija e balbucia
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. Versos, votos de amor e nomes feios.
De repente da calma fez-se o vento Essa mulher, flor de melancolia
Que dos olhos desfez a última chama Que se ri dos meus pálidos receios
E da paixão fez-se o pressentimento A única entre todas a quem dei
E do momento imóvel fez-se o drama. Os carinhos que nunca a outra daria.
De repente, não mais que de repente Essa mulher que a cada amor proclama
Fez-se de triste o que se fez amante A miséria e a grandeza de quem ama
E de sozinho o que se fez contente. E guarda a marca dos meus dentes nela.
Fez-se do amigo próximo o distante Essa mulher é um mundo! — uma cadela
Fez-se da vida uma aventura errante Talvez... — mas na moldura de uma cama
De repente, não mais que de repente. Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
VINÍCIUS DE MORAIS

• Além de ter explorado a poesia sensual, Vinícius também se interessou pela poesia social. O poema
Operário em construção (1956) é o melhor exemplo. Por meio de uma linguagem simples e direta, o
poeta manifesta solidariedade às classes oprimidas e almeja atingir a consciência daqueles que o leem
e ouvem.
• Também se dedicou à poesia infantil, como seguem os poemas a seguir.
FRAGMENTO DO POEMA OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO
Era ele que erguia casas À mesa, ao cortar o pão
Onde antes só havia chão. O operário foi tomado
Como um pássaro sem asas De uma súbita emoção
Ele subia com as casas Ao constatar assombrado
Que lhe brotavam da mão. Que tudo naquela mesa
Mas tudo desconhecia - Garrafa, prato, facão -
De sua grande missão: Era ele quem os fazia
Não sabia, por exemplo Ele, um humilde operário,
Que a casa de um homem é um templo Um operário em construção.
Um templo sem religião Olhou em torno: gamela
Como tampouco sabia Banco, enxerga, caldeirão
Que a casa que ele fazia Vidro, parede, janela
Sendo a sua liberdade Casa, cidade, nação!
Era a sua escravidão. Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
[...] Ele, um humilde operário
Mas ele desconhecia Um operário que sabia
Esse fato extraordinário: Exercer a profissão.
Que o operário faz a coisa Ah, homens de pensamento
E a coisa faz o operário. Não sabereis nunca o quanto
De forma que, certo dia Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
A ROSA DE HIROSHIMA
Pensem nas crianças
Da rosa da rosa
Mudas telepáticas
Da rosa de Hiroxima
Pensem nas meninas
A rosa hereditária
Cegas inexatas
A rosa radioativa
Pensem nas mulheres
Estúpida e inválida.
Rotas alteradas
A rosa com cirrose
Pensem nas feridas
A antirrosa atômica
Como rosas cálidas
Sem cor sem perfume
Mas oh não se esqueçam
Sem rosa sem nada.
VINÍCIUS DE MORAIS – POEMAS INFANTIS
A Casa As Borboletas
Era uma casa
Muito engraçada Brancas
Não tinha teto Azuis
Não tinha nada Amarelas
E pretas
Ninguém podia Brincam
Entrar nela não Na luz
Porque na casa As belas
Não tinha chão Borboletas.
Ninguém podia
Dormir na rede Borboletas brancas
Porque a casa São alegres e francas.
Não tinha parede Borboletas azuis
Ninguém podia Gostam muito de luz.
Fazer pipi
Porque penico As amarelinhas
Não tinha ali São tão bonitinhas!
Mas era feita
Com muito esmero E as pretas, então…
Oh, que escuridão!
Na Rua dos Bobos
Número Zero.
VINÍCIUS DE MORAIS - MÚSICAS
Eu sei que vou te amar
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
E cada verso meu será pra te dizer
• Desse último Vinícius, poeta sensual e social, para Que eu sei que vou te amar
o Vinícius cantor e compositor foi um passo. A Por toda a minha vida
partir da década de 1960 o poeta afastou-se da
poesia e entregou-se de corpo e alma á música. O Eu sei que vou chorar
certo é que Vinícius, como nenhum outro foi o A cada ausência tua eu vou chorar
poeta mais conhecido e amado do público Mas cada volta tua há de apagar
brasileiro. O que essa ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
VINÍCIUS DE MORAIS - MÚSICAS
GAROTA DE IPANEMA
Vinicius de Moraes, Tom Jobim
Ah, por que estou tão sozinho?
Olha que coisa mais linda Ah, por que tudo é tão triste?
Mais cheia de graça Ah, a beleza que existe
É ela menina A beleza que não é só minha
Que vem e que passa Que também passa sozinha
Num doce balanço
A caminho do mar Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
Moça do corpo dourado O mundo inteirinho se enche de graça
Do sol de lpanema E fica mais lindo
O seu balançado é mais que um poema Por causa do amor
É a coisa mais linda que eu já vi passar

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