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Trabalho de Português
Grupo:
Layla, Emily, Elyson e Giullie
OURMeireles nasceu
Cecília EVOLUTION em 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro, mas logo perdeu os pais,
assim, foi criada por uma avó.
Além de poeta, foi também professora. Sua obra mais apreciada pela crítica é Romanceiro da
Inconfidência, em que faz uma releitura desse momento histórico. Assim, a autora é a principal
representante feminina da segunda geração do modernismo brasileiro.
Suas obras trazem reflexões sobre o seu tempo, marcado por movimentos ultranacionalistas, na
Europa e no Brasil, e pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A autora, que morreu em 9 de
novembro de 1964, escreveu poesias caracterizadas por certa melancolia, além de apresentar
temáticas tais como solidão, morte e misticismo, por exemplo. No mais, teve reconhecimento em
vida e também postumamente, com o Prêmio Machado de Assis (1965).
01
Biografia
“Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.”
Cecília
OURMeireles é uma poeta brasileira nascida em 7 de novembro de 1901, no Rio de Janeiro.
EVOLUTION
Com dois anos de idade, era órfã de pai e mãe.
Por isso, foi criada por sua avó materna, Jacintha Garcia Benevides, que era portuguesa. Cecília
era uma criança solitária e começou a escrever seus primeiros versos já na infância. Aluna
aplicada, recebeu, pelo seu ótimo desempenho escolar, uma medalha de ouro, em 1913, das mãos
de Olavo Bilac (1965-1918).
Mais tarde, decidiu lecionar. Assim, com 16 anos de idade, ela se formou na Escola Normal do
Distrito Federal e passou a trabalhar como professora primária. Dois anos depois, em 1919,
publicou seu primeiro livro — Espectros. A jovem escritora e professora então decidiu formar
uma família e casou-se, em 1922, com o português Fernando Correia Dias (1892-1935), que era
artista plástico.
A partir daí, a poeta teve uma vida bastante produtiva, não só devido às inúmeras obras
OUR EVOLUTION
publicadas.
• 1923 — Nascimento de sua filha Maria Elvira.
• 1924 — Nascimento de sua filha Maria Mathilde.
• 1925 — Nascimento de sua filha Maria Fernanda.
• 1927 — Primeiro contato profissional com o modernismo.
• 1929 — Escreveu para O Jornal, do Rio de Janeiro.
• 1930 — Dirigiu seção do Diário de Notícias.
• 1934 — Fundou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro e do Brasil. Realizou conferências nas
universidades de Coimbra e Lisboa, em Portugal.
• 1936 a 1938 — Professora de Literatura Luso-brasileira e de Técnica e Crítica Literária na Universidade do
Distrito Federal.
• 1940 — Segundo casamento, com Heitor Grillo (1902-1972), após suicídio do primeiro marido, em 1935.
Professora do curso de Literatura e Cultura Brasileiras na Universidade do Texas (Austin, Estados Unidos),
além de ter participado de conferências sobre literatura, folclore e educação no México.
• 1941 — Escreveu para A Manhã, do Rio de Janeiro. Dirigiu a revista Travel in Brazil, do Departamento de
Imprensa e Propaganda (DIP).
• 1944 — Viagem ao Uruguai e à Argentina. Escreveu para a Folha Carioca e
OUR EVOLUTION
o Correio Paulistano.
• 1949 — Escreveu para a Folha da Manhã, de São Paulo.
• 1951 — Aposentadoria no cargo de diretora escolar. Viagem para França, Bélgica,
Holanda e Açores.
• 1953 — Viagem à Índia, onde participou de simpósio sobre Gandhi (1869-1948).
Escreveu para o Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, e para O Estado de S. Paulo.
• 1954 — Nova viagem à Europa.
• 1957 — Viagem a Porto Rico.
• 1958 — Viagem a Israel para conferências.
• 1961 — Escreveu para a rádio Ministério da Educação e Cultura.
• 1963 — Escreveu para a rádio Roquette-Pinto e para a Folha de S. Paulo.
Prêmios
A temática é a Inconfidência Mineira. A poetisa, assim, faz uma releitura lírica desse fato
histórico e de outros que o precederam.
Ela conta que, em um mês de dezembro, sacudia o seu lencinho para “estendê-lo a secar”, mas o
pai pensou que ela estava acenando para um homem e, então, assassinou a filha com um
punhal feito com o ouro retirado das minas de Vila Rica:
Era no mês de dezembro,
pelo tempo do Natal.
Sacudia o meu lencinho Tinha o amor na minha frente,
para estendê-lo a secar. tinha a morte por detrás:
Foi pelo mês de dezembro, desceu meu pai pela escada,
pelo tempo do Natal. feriu-me com seu punhal.
Tão feliz que me sentia,
Prostrou-me a seus pés, de bruços,
vendo as nuvenzinhas no ar,
vendo o sol e vendo as flores sem mais força para um ai!
nos arbustos do quintal, [...]
tendo ao longe, na varanda, Se voasse o meu lencinho,
um rosto para mirar! grosso de sonho e de sal,
Ai de mim, que suspeitaram
e pousasse na varanda,
que lhe estaria a acenar! e começasse a contar
Sacudia o meu lencinho que morri por culpa do ouro
para estendê-lo a secar. — que era de ouro esse punhal
[...] que me enterrou pelas costas
a dura mão de meu pai […]
Ai, minas de Vila Rica,
santa Virgem do Pilar!
dizem que eram minas de ouro...
— para mim, de rosalgar,
para mim, donzela morta
pelo orgulho de meu pai.
(Ai, pobre mão de loucura,
que mataste por amar!)
E também de sua crônica “Às vinte e duas horas”, do livro Crônicas para jovens, publicado pela
Global Editora:
• “A vida mudou quase de repente.”
• “Todos queremos prolongar o tempo.”
• “Cada minuto é um mistério.”
• “Alguém pode estar sendo feliz, até sem o saber.”
• “A distância unifica tudo em silêncio.”
08
Morte de Cecília
“Era no mês de dezembro,
pelo tempo do Natal.”
Cecília Meireles