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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA E ENTROPOLOGIA

Teorias do Imaginário e da Imaginação

Prof.Dra.Kátia Mendonça

Prof.Dr.Jones da Silva Gomes (professor convidado)

PPGSA/ 2º. Semestre

Segunda-feira. De 9h às 13h

Ementa:

O imaginário adquiriu importância a partir do século XX em pensadores como


como J. P. Sartre, G. Bachelard, R. Caillois, Cl. Lévi-Strauss, P. Ricoeur, G.
Durand, H. Corbin, G.Deleuze, J. Derrida, C. Castoriadis, etc…A imaginação é
quase sempre é vista com suspeita assim como o complexo simbólico por ela
produzido, o imaginário. Antes de tudo, porém, do ponto de vista antropo-
sociológico, o imaginário - considerado de modo não-redutor e sim instaurador
de sentidos - tem um alcance ético. Podendo ser fonte de erros, mas também de
revelações, é ele que, em suas diversas expressões - religiosas, literárias,
políticas, artísticas, científicas, etc. - orienta comportamentos sociais. Ao mesmo
tempo o imaginário convida a uma interpretação, ou seja, há uma hermenêutica
do imaginário (Ricoeur) assim como há uma filosofia da imaginação. A disciplina
pretende abordar essa dupla dimensão da questão do imaginário e da
imaginação a partir de um diálogo com o chamado Círculo de Eranos (Eliade,
Jung, Corbin, Durand, etc.) assim como com vertentes mais recentes como
Wunenburger e Lacan. Logo, questões como imaginário, simbólico, símbolo,
imagem serão abordadas a partir da percepção desses diversos autores,
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considerando também nas discussões as novas questões colocadas pela


indústria midiática.

Módulo I- Do Imaginário e da Imaginação: em torno de um conceito:

 Discussão acerca da existência de um mundo entre o Mesmo e o


Outro.

PLATÃO. Timeu-Crítias. Coimbra: Centro de Estudos Clássicos e humanísticos


da Universidade de Coimbra.2010.

PLOTINO. El alma, la beleza y la contemplación. Buenos aires: Ediciones


Depalma.1967.

 Mito e Imaginário

LAPLANTINE & TRINDADE. O que é o imaginário. São Paulo: Brasiliense,1997.

DETIENNE, Marcel. Mytos/Logos. In: Enciclopedia Einaudi, vol.12.


Mythos/Logos, Sagrado/Profano. Lisboa:Einaudi/Casa da Moeda,1987.

BACZKO, Bronislaw. Les Imaginaires Sociaux. Paris: Payot, 1984.

Capítulo 1: Imagination sociale, Imaginaires sociaux.

DURAND. Gilbert. O Imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da


imagem. Rio de Janeiro: DIFEL, 2010.

ROCHA PITTA. Danielle Perin org.). Ritmos do Imaginário. Recife: Editora da


UFPE. 2005
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WUNENBURGER. Jean-Jacques. Antropologia del Imaginario. Buenos Aires:


Del Sol,2008.

LEGROS, Patrick et al. Sociologia do Imaginário. Porto Alegre : Sulina, 2007.

CAILLOIS, Roger. O Mito e o Homem. Lisboa:Ed.70,s/d

Capítulos: .A função do mito, O mito e o mundo.

Módulo II. Questões hermenêuticas e imaginário

RICOEUR. Paul. A imaginação no discurso e na ação. In Do texto à ação.


Lisboa: RES Editora, s/d.

GADAMER, Hans-Georg. Estética y Hermenéutica. Madrid: Editorial Tecnos,


1998.

Introdução (Anibal Gabillondo)

Capítulo 1; Estética y Hermenéutica(1964).

GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas e sinais. São Paulo: Cia. das Letras.
1987.

Módulo III- Imaginário e Poder: em torno do imaginário político

GIRARDET, Raoul. Mitos e Mitologias Politicas. São Paulo: Cia das Letras,
1987

MENDONÇA, Kátia. A salvação pelo espetáculo. Topbooks.2002.

RESZLER, Andre. Mythes politiques modernes. Paris: PUF, 1981.

Módulo IV- O Círculo de Eranos: Corbin, Jung, Eliade e Durand

DURAND.O retorno do mito. Revista FAMECOS, no.23..Porto Alegre: 2003

ELIADE, M. Mito y realidad. Barcelona: Guadarrama.1981


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ELIADE, M. .Imágenes y símbolos. Madrid: Taurus.1998.

CORBIN, Henry. La Imagination créatrice.Paris:flammarion,1958.

JUNG. C.Wotan. In: Símbolos em transformação. São Paulo:Vozes,1982.

JUNG,C. Psicología y Religión. Buenos Aires:Paidós,1949.

.Módulo V- Ícone e iconoclasmo

DAMASCENO. São João. Apologia contra os que condenam as imagens


sagradas. Patrística.

LELOUP, Jean-Yves. O ícone: uma escola do olhar..Unesp.2006.

ELIADE, M; O sagrado e o profano. Martins Fontes.

CAILLOIS.Roger. El Hombre y lo Sagrado.México:FCE.1942.

Cap.I, Relaciones generales entre lo sagrado y lo profano.

DURAND, G. "L'Occident iconoclaste: contribution à l'histoire du

symbolisme", Cahiers Internationaux de Symbolisme, 2. Bèlgica: Havré-le-


Mons.1963.

DURAND. G. A fé do Sapateiro. Brasilia:Ed.UNB.1995.

Módulo VI. Imaginário da Comunidade e questões estéticas na Amazônia:


comunidade da arte, Imagens da comunidade nos mitos e narrativas ribeirinhos
(resistência destas imagens nos brinquedos de Miriti), a importância das mesmas
imagens na constituição do imaginário amazônico e suas interfaces com as
ações coletivas, exemplos do movimento de artesãos, músicos, poetas,
dançarinos, espectadores, etc que ajudam a construir outras imagem de Cidade
(Cidade da arte). A cidade da arte é expressão fenomenológica do
eventos(rituais) em torno do qual, indivíduos reencantam suas relações.

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