A POSIÇÃO

DEPRESSIVA
SEGAL (1975)
À MEDIDA QUE OS
PROCESSOS DE DIVISÃO...
▪De projeção e introjeção ajudam a ordenar suas
percepções e emoções, e a separar as boas das más,
o bebê se sente confrontado com um objeto ideal –
que ele ama, tenta adquirir e conservar, e com o qual
tenta identificar-se – e com um objeto mau, no qual
projetou seus impulsos agressivos e que é sentido
como uma ameaça.
SE AS CONDIÇÕES DE
DESENVOLVIMENTO SÃO
FAVORÁVEIS...
▪O bebê sentirá cada vez mais que seu objeto ideal e
que seus próprios impulsos libidinais são mais fortes
do que o objeto mau e do que seus impulsos maus.
ELE SERÁ CADA VEZ MAIS
CAPAZ...
▪De identificar-se com seu objeto ideal e, em razão
disso, bem como em virtude do crescimento
fisiológico e do desenvolvimento do ego, ele sentirá
cada vez mais que este se torna mais forte e mais
capaz de se defender e de defender seu objeto ideal.
(origem do autoconceito positivo ou de enfraquecimento e de incapacidade)
QUANDO O BEBÊ SENTIR QUE
ESTÁ DE POSSE DE UM
OBJETO IDEAL FORTE...
▪Ele se sentirá menos temeroso de seus próprios
impulsos maus e, portanto, menos impulsionado a
projetá-los para fora. (o que favorece a crença na própria bondade e a possibilidade
de autocontrole).
QUANDO DIMINUI A
PROJEÇÃO DE IMPULSOS
MAUS...
▪Diminui também o poder atribuído ao objeto mau
, ao passo que o ego se torna mais
(diminui também a persecutoriedade)

forte, já que está menos empobrecido pela projeção.

(quanto maior a frequência no uso da projeção por uma pessoa, menor a possibilidade de experimentar
sensação de controle sobre as experiências ruins e menor a crença de que as coisas possam melhorar e,
consequentemente, mais suscetível fica ao desespero diante de problemas).
AUMENTA A TOLERÂNCIA DO
BEBÊ EM RELAÇÃO AO
INSTINTO DE MORTE...
▪Dentro de si mesmo e diminuem seus medos
paranoides; a divisão e a projeção diminuem, e o
impulso para integração do ego e do objeto pode
tornar-se gradualmente preponderante. (o sujeito se torna mais
capaz de perceber as pessoas e as situações como elas realmente são, ou pelo menos, o mais próximo
possível do real).
QUANDO OS PROCESSOS
INTEGRADORES SE TORNAM
MAIS ESTÁVEIS E
▪É engendrada uma nova fase de desenvolvimento – a
CONTÍNUOS...
Posição Depressiva.

▪O bebê agora reconhece sua mãe. Ou seja, o bebê se

relaciona cada vez mais não apenas com o seio, mãos,
face, olhos da mãe, como objetos separados, mas com ela
como pessoa total, que às vezes é amada e às vezes
odiada. (e assim o adulto, que se torna capaz de considerar todos os possíveis aspectos de uma mesma
pessoa ou de uma situação e não só os aspectos que convém...)
RECONHECER A MÃE COMO
UMA PESSOA TOTAL,
SIGNIFICA TAMBÉM...
▪Reconhecê-la como um indivíduo que leva vida
própria e que tem relações com outras pessoas.

▪O bebê descobre seu desamparo, sua completa

dependência dela e seu ciúme de outras pessoas. (e o
adulto também...)
A CRIANÇA SE DEFRONTA COM
CONFLITOS RELATIVOS A SUA
PRÓPRIA AMBIVALÊNCIA...
▪Na Posição Depressiva, as ansiedades brotam da
ambivalência, e a principal ansiedade da criança é a
de que seus próprios impulsos destrutivos (e invejosos)
tenham destruído ou destruam o objeto que ela ama
e do qual depende totalmente. (assim como o adulto se torna capaz de se
dar conta da raiva motivada pela percepção de que o outro é importante pra ele, ou com a inveja que sente
do outro apesar de amá-lo...)
NA POSIÇÃO DEPRESSIVA...
▪Os processos introjetivos são intensificados.
▪Isso é devido em parte à diminuição dos
mecanismos projetivos e em parte à descoberta de
sua dependência em relação ao objeto, que agora ele
percebe como sendo independente e com
possibilidades de se afastar.
ISSO AUMENTA SUA
NECESSIDADE DE POSSUIR
ESSE OBJETO...
▪De mantê-lo dentro, e se possível, de protege-lo de
sua própria destrutividade. (o adulto criativamente busca maneiras de manter
quem ama dentro de si, apesar de não estar o tempo todo com esta pessoa. Na saúde, demonstramos
capacidade de suportar a distância entre nós e quem amamos, sem nos desespararmos. Isto vale inclusive
para o distanciamento afetivo, que por vezes naturalmente ocorre nos relacionamentos).

▪No auge de sua ambivalência, o bebê acha-se

exposto a desespero depressivo. (o adulto ambivalente está sempre
desesperado e com receio de perder a quem ama...)
ELE SE LEMBRA DE QUE
AMOU E DE QUE AINDA AMA
SUA MÃE...
▪Mas sente que a devorou ou destruiu, de modo que
ela não mais está disponível no mundo externo. (quanto
mais ambivalente é uma pessoa, mais insegura do amor do outro ela é...)
O MUNDO INTERNO DO BEBÊ
É SENTIDO COMO ESTANDO
EM PEDAÇOS...
▪E em identificação com esse objeto, agudos
sentimentos de perda e de culpa são experimentados,
surgindo anseio e desesperança de recuperá-lo. (a doença
depressão se origina neste estado de coisas).
SEUS SOFRIMENTOS SÃO
INTENSIFICADOS...
▪Por sentimentos de perseguição, em parte porque, no
auge dos sentimentos depressivos, volta a ocorrer
uma regressão – na qual sentimentos maus serão
novamente projetados e identificados como
perseguidores internos – e em parte...
PORQUE O OBJETO BOM EM
PEDAÇOS...
▪O qual estimula esses sentimentos internos de perda
e de culpa, é até certo ponto experimentado
novamente como perseguidor. (quando o adulto não tolera mais os
sentimentos de culpa e de perda, pode passar a perceber a pessoa amada a quem perdeu como alguém que
lhe quer muito mal e de quem precisa se defender... Interpreta a “falta de amor” do outro como uma
afronta, um ato de humilhação, exigindo ser amado a qualquer custo e desejando vingar-se deste amor
não correspondido... Desta forma, pode passar a utilizar-se das defesas maníacas)
O CONFLITO DEPRESSIVO...
▪É uma luta constante entre a destrutividade do bebê
e seu amor e impulsos reparadores.

▪O fracasso na reparação leva ao desespero; (quanto mais

imatura é uma pessoa, mais dificuldade ela demonstra para suportar a falta de perdão do outro,
necessitando ser perdoada imediatamente por seus erros...)

▪Seu sucesso, a esperança renovada. (isto explica o bem-estar que

sentimentos quando alguém com quem nos desentendemos, faz “as pazes” com a gente)
A POSIÇÃO DEPRESSIVA
MARCA UMA ETAPA CRUCIAL
NO DESENVOLVIMENTO...
▪ E sua elaboração é acompanhada de uma radical
alteração em sua visão da realidade.

▪Quando o ego se torna mais integrado, quando os

processos de projeção diminuem e a quando o bebê
começa a perceber sua dependência da mãe e a
ambivalência de seus sentimentos, descobre sua própria
realidade psíquica.
O BEBÊ SE TORNA
CONSCIENTE DE SI MESMO...
▪E de seus objetos como separados dele.
▪ (O adulto demonstra em seu relacionamento amoroso, respeito pelo espaço do outro, cuidado para não
ultrapassar os limites e tornar-se invasivo nesta relação)

▪Inicia-se o processo de distinção entre Fantasia e

Realidade Externa. (na saúde, o sujeito demonstra discernimento entre o que ele
idealmente gostaria que o outro fosse e o que o outro realmente é capaz de ser na relação com ele).
EM CIRCUNSTÂNCIAS
FAVORÁVEIS...
▪O reaparecimento da mãe após ausência, seu
cuidado e atenção gradualmente modificam a crença
do bebê na onipotência de seus impulsos destrutivos.
(por isso é fundamental que os pais mantenham uma relação de estabilidade com os filhos, mantenham
sua ternura não importa o que eles façam, nunca reagindo como se não houvesse a possibilidade de uma
reparação...)
O PONTO DE FIXAÇÃO DA
DOENÇA PSICÓTICA...
▪Está na posição esquizo-paranoide e no início da
posição depressiva. Quando ocorre regressão a esses
pontos primitivos do desenvolvimento, perde-se o
sentido de realidade e o indivíduo se torna psicótico.
SE A POSIÇÃO DEPRESSIVA
FOI ALCANÇADA...
▪E pelo menos, parcialmente elaborada, as
dificuldades encontradas no desenvolvimento
posterior do indivíduo não são de natureza psicótica,
mas de natureza neurótica.
À MEDIDA QUE A POSIÇÃO
DEPRESSIVA É
GRADUALMENTE
▪Altera-se toda a relação com os objetos.
ELABORADA...
▪O bebê adquire a capacidade de amar e de respeitar
as pessoas como indivíduos separados,
diferenciados. (favorecendo a capacidade de autocontrole, comunhão e não de exclusão e
de preconceito no vínculo com as pessoas).
ELE SE TORNA CAPAZ DE
RECONHECER SEUS
IMPULSOS...
▪De sentir responsabilidade por eles (encorajando-se assim a

controlar-se, conter sua agressividade no vínculo com as pessoas) e de tolerar a culpa

(sem projetá-la no outro e sem lidar com ela de forma maníaca) .

▪A nova capacidade de sentir preocupação por seus

objetos, ajuda o bebê a aprender gradualmente a
controlar seus impulsos.
O CARÁTER DO SUPEREGO
MUDA...
▪Os objetos ideais e perseguidores introjetados na
posição esquizo-paranoide formam as primeiras
raízes do superego.

▪O objeto perseguidor é experimentado como

punitivo, de forma retaliativa e impiedosa. (pessoas que se
culpam por tudo e são muito exigentes consigo mesmas (não se perdoam com facilidade por seus erros)
apresentam objetos perseguidores internos bastante atuantes).
O OBJETO IDEAL, COM O
QUAL O EGO ANSEIA POR
IDENTIFICAR-SE...
▪Se torna a parte ego ideal do superego, muitas vezes
também perseguidora, por causa das altas exigências
de perfeição. (Pessoas que excessivamente se preocupam em transparecer suas virtudes.
Pessoas que fizeram uma introjeção significativa do objeto ideal, confiam em si mesmas e em sua
capacidade de amar, assim como são mais capazes de tolerar as imperfeições dos outros pois suas
virtudes é o que se sobressai aos seus olhos).
O SUPEREGO AOS POUCOS
VAI PERDENDO ALGUNS DE
SEUS ASPECTOS...
▪Monstruosos e se aproxima mais da imagem de pais
bons e amados. (o que favorece atitude de maior tolerância às próprias imperfeições e às
dos outros, funcionando como um fator de proteção ao suicídio)

Tal superego não é apenas fonte de culpa, mas

também objeto de amor, sentido pela criança como
um auxiliar em sua luta contra seus impulsos
destrutivos. (na saúde, se reflete como uma preocupação em agir socialmente de forma
adequada e civilizada, mas sem autopunição)
O SOFRIMENTO DO LUTO
EXPERIMENTADO NA
POSIÇÃO DEPRESSIVA...
▪E os impulsos reparadores desenvolvidos para
restaurar os objetos amados, internos e externos,
constituem a base da criatividade e da sublimação.
(explicar o luto e este mecanismo da sublimação que, só pode ocorrer com uma considerável crença no
predomínio do objeto ideal interno sobre os objetos perseguidores, uma vez que a sublimação permite a
descarga parcial dos impulsos sexuais e agressivos)
ASSIM, SUA PREOCUPAÇÃO
POR SEU OBJETO...
▪Modifica seus objetivos instintuais e produz uma
inibição dos impulsos instintuais. (nas psicopatologias em que a
manifestação da agressividade é algo que se destaca, a ambivalência na relação com as pessoas fomenta a
persecutoriedade e desencoraja a crença na possibilidade de reparação, e o sujeito fica assim,
descomprometido com esta tarefa de reparação, já que sente que não há chance de reparar aquilo que
destruiu)

▪À medida que o ego se torna mais organizado e que

as projeções se enfraquecem, a repressão toma o
lugar da cisão.
OS MECANISMOS PSICÓTICOS
GRADUALMENTE...
▪Dão lugar aos mecanismos neuróticos como a
inibição, a repressão e o deslocamento. Os processos
de sublimação e de formação simbólica (a linguagem, a
criatividade, a aprendizagem...) estão estreitamente vinculados.

Ambos são produto de conflitos e ansiedades

pertinentes à Posição Depressiva. (crianças com problemas de
aprendizagem manifestam prejuízo da elaboração da posição depressiva em razão de intensa culpa. A
culpa por sua destrutividade não favorece a inibição dos impulsos )
UMA DAS MAIORES
CONTRIBUIÇÕES DE FREUD À
PSICOLOGIA FOI...
▪A descoberta de que a sublimação é o produto de
uma bem sucedida renúncia a um objetivo
instintual; (exemplos de sublimação)

▪Essa renúncia bem sucedida só pode ocorrer através

do processo de luto.
A RENÚNCIA A UM OBJETIVO
INSTINTUAL...
▪É uma repetição e uma revivência da renúncia ao
seio. (exemplo de renúncia instintual: separar-se das próprias fezes)
▪Poderá ser bem sucedida se o objeto a que se
renuncia puder ser assimilado no ego pelo processo
de perda e restauração interna. (daí a importância do cuidado materno no
treinamento do controle dos esfíncteres, por exemplo, ou a tolerância para com a curiosidade e
exibicionismo da criança)
ESSE OBJETO ASSIMILADO...
▪Se torna um símbolo dentro do ego.
▪Cada aspecto do objeto, cada situação a que se tem
de renunciar no processo de crescimento, dá origem
à formação simbólica.
A FORMAÇÃO SIMBÓLICA É O
PRODUTO DE UMA PERDA...
▪É um trabalho criativo que envolve o sofrimento e
todo o trabalho do luto.
▪Assim, na Posição Depressiva, as capacidades de lógica e
de abstrair se desenvolvem e formam a base da maneira de
pensar que esperamos no ego maduro, em contraste com o
pensar desarticulado e concreto, característico da Posição
Esquizo-paranoide.
À MEDIDA QUE O BEBÊ
PASSA POR REPETIDAS
EXPERIÊNCIAS...
▪De luto e reparação, perda e recuperação, seu ego se
torna enriquecido pelos objetos que ele teve de
recriar dentro de si mesmo e que se tornam parte
dele. (Daí a importância de se viver o luto a cada experiência de perda na vida)
▪Sua confiança em sua capacidade de reter ou
recuperar objetos bons aumenta, bem como sua
crença em seu próprio amor e potencialidades.
A POSIÇÃO DEPRESSIVA
NUNCA É PLENAMENTE
ELABORADA...
▪Sempre estão conosco as ansiedades relativas à
ambivalência e à culpa, bem como as situações de
perda, que reavivam experiências depressivas.
OS OBJETOS EXTERNOS BONS
NA VIDA ADULTA...
▪Sempre simbolizam e contêm aspectos do objeto
bom primário, interno e externo, de modo que
qualquer perda na vida posterior reaviva a ansiedade
de perder o objeto interno bom, e com essa
ansiedade, todas as ansiedades experimentadas
originalmente na posição depressiva.
SE O BEBÊ FOI CAPAZ DE
ESTABELECER UM OBJETO
INTERNO BOM...
▪Relativamente seguro na posição depressiva,
situações de ansiedade depressiva não levarão à
doença, mas a uma elaboração frutífera, levando
assim a maior enriquecimento e criatividade.
QUANDO A POSIÇÃO
DEPRESSIVA NÃO FOI
SUFICIENTEMENTE
▪Quando não foi firmemente estabelecida a crença no
ELABORADA...
amor e na criatividade do ego, bem como em sua
capacidade de recuperar objetos bons interna e
externamente, o desenvolvimento é muito menos
favorável.
O EGO É ESPREITADO POR
CONSTANTE ANSIEDADE DE
PERDA TOTAL...
▪Das situações internas boas, é empobrecido e
enfraquecido, sua relação com a realidade pode ser
tênue, e há um terror perpétuo e algumas vezes uma
verdadeira ameaça de regressão à psicose.
MÚSICA: DEPOIS (MARISA
MONTE)
▪Depois de sonhar tantos anos
▪De fazer tantos planos
▪De um futuro pra nós (às vezes culpamos o outro por
aquilo que sonhamos sozinhos)
▪Depois de tantos desenganos
▪Nós nos abandonamos como tantos casais...
(expectativas frustradas)
QUERO QUE VOCÊ SEJA
FELIZ... (PORÉM RECONHEÇO
MINHA RESPONSABILIDADE)
▪Hei de ser feliz também... (crença no objeto interno
íntegro)
▪Depois de varar madrugada
▪Esperando por nada (porque a relação já tinha morrido)
▪De arrastar-me no chão
▪Em vão
▪Tu viraste-me as costas...
NÃO ME DEU AS RESPOSTAS...
▪Que eu preciso escutar... (será que não me ama mais?)

▪Quero que você seja melhor (mais sincero)

▪Hei de ser melhor também...(criar menos expectativas...)
▪Nós dois
▪Já tivemos momentos
▪Mas passou nosso tempo...
NÃO PODEMOS NEGAR... (É PRECISO
CORAGEM/FORÇA EGÓICA PARA RECONHECER QUE ACABOU E ENTÃO INICIAR O
PROCESSO DE LUTO)

▪Foi bom
▪Nós fizemos história (as boas lembranças não precisam morrer nunca, e inclusive
tornam-se combustíveis para superar vivências difíceis)

▪Pra ficar na memória

▪E nos acompanhar
▪Quero que você viva sem mim (muitas relações que só existem na
aparência por falta de coragem de lidar com o luto)

▪Eu vou conseguir também...

DEPOIS DE ACEITARMOS OS
FATOS... (E NOS MOTIVARMOS A FAZER O PROCESSO DE LUTO)

▪Vou trocar seus retratos pelos de um outro alguém

(luto elaborado)

▪Meu bem
▪Vamos ter liberdade
▪Para amar à vontade
▪Sem trair mais ninguém... (nos relacionamentos de mentira e que se mantém
pelo medo do fim, medo do novo...)
QUERO QUE VOCÊ SEJA
FELIZ... (PULSÃO AMOROSA PREVALECE À PULSÃO AGRESSIVA E
INVEJOSA)
▪Hei de ser feliz também
▪Depois... (do luto)
MÚSICA: SONHOS (CAETANO
VELOSO)
▪Tudo era apenas uma brincadeira
▪E foi crescendo, crescendo, me absorvendo
▪E de repente, eu me vi assim completamente seu (sinal
de dependência afetiva)

▪Vi a minha força amarrada no seu passo

▪Vi que sem você não há caminho, eu não me acho (sinal de

relação afetiva patológica)

VI UM GRANDE AMOR
GRITAR DENTRO DE MIM
COMO SONHEI UM DIA...
▪Quando o meu mundo era mais mundo
▪E todo mundo admitia
▪Uma mudança muito estranha
▪Mais pureza, mais carinho, mais calma, mais alegria
▪ no meu jeito de me dar
QUANDO A CANÇÃO SE FEZ
MAIS CLARA E MAIS
SENTIDA...
▪Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
▪Você veio me falar dessa paixão inesperada
▪Por outra pessoa
MAS NÃO TEM REVOLTA
NÃO... (A PRINCÍPIO, PARECE UMA NEGAÇÃO DA DOR DA PERDA, TENDO EM
VISTA O VÍNCULO DE DEPENDÊNCIA ESTABELECIDO)
▪Eu só quero que você se encontre
▪Saudade até que é bom
▪É melhor que caminhar vazio
▪A esperança é um dom (mas importante não pular as etapas do luto)

▪Que eu tenho em mim, eu tenho sim

▪Não tem desespero não... Presença do objeto interno reparado e íntegro)

▪
VOCÊ ME ENSINOU MILHÕES
DE COISAS... (SENTIMENTO DE GRATIDÃO REFLETINDO MUNDO
INTERNO SADIO)
▪Tenho um sonho em minhas mãos
▪Amanhã será um novo dia
▪Certamente eu vou ser mais feliz... (sentimento de esperança só foi

possível porque houve introjeção do objeto ideal e identificação com ele)

MÚSICA: SINÔNIMOS (ZÉ
RAMALHO)
▪Quanto tempo o coração, leva pra saber
▪Que o sinônimo de amar é sofrer (consciência do sentimento de
dependência do outro)

▪No aroma de amores pode haver espinhos (é sempre possível

sofrer decepções)

▪É como ter mulheres e milhões e ser sozinho (a consciência

de que não encontraremos o amor que faça sentido pra nós em qualquer lugar ou em qualquer pessoa,
tornando a pessoa que amamos ainda mais importante e especial, o que aumenta a angústia de separação e
o medo da perda)
NA SOLIDÃO DE CASA,
DESCANSAR... (DENTRO DE NÓS EXISTE A POSSIBILIDADE DE
NOS TRANQUILIZARMOS E DE NOS ENCONTRARMOS)
▪O sentido da vida, encontrar
▪Quem pode dizer onde a felicidade está? (porque ela está dentro
de cada um)

▪O amor é feito de paixões

▪E quando perde a razão (quando se torna egoísta)

▪Não sabe quem vai machucar

QUEM AMA NUNCA SENTE
MEDO DE CONTAR O SEU
SEGREDO...
▪Sinônimo de amor é amar (é mais feliz quem ama pois, diante da falta de amor
do outro, é capaz de criar condições para um novo amor, tirando lições desse desencontro amoroso que
poderá aproveitar em novas experiências... Quem ama possui uma fonte inesgotável de vida e de
esperança. Viver do amor do outro é sobreviver em um deserto, com sede e com fome sem perceber que
tem um oásis dentro de si mesmo, que tem muita fartura em seu próprio mundo interno).

▪Quem revelará o mistério que tem a fé? (a fé é a certeza presente

dentro de nós da sobrevivência dos nossos objetos de amor que foram atacados por nós. É a certeza de
que tudo está inteiro no nosso mundo interno e de que tudo sairá bem – esperança nos dias difíceis)
▪
E QUANTOS SEGREDOS TRAZ O
CORAÇÃO DE UMA MULHER? (NOSSAS
DORES, NOSSOS LUTOS, NOSSAS REPARAÇÕES. A REPRESENTAÇÃO DO VENTRE MATERNO FÉRTIL)

▪Como é triste a tristeza mendigando um sorriso (um

mundo interno povoado de objetos danificados...)

▪Um cego procurando a luz na imensidão do paraíso

(um sujeito que não possui objetos internos íntegros não é capaz de reconhecer e de valorizar a felicidade
quando ela se apresenta. Está cego para ela. Seu mundo interno é escuro e vazio).
QUEM TEM AMOR NA VIDA,
TEM SORTE... (A SORTE DE TER CONSEGUIDO INTROJETAR O
OBJETO IDEAL, PELO PREDOMÍNIO DAS EXPERIÊNCIAS BOAS E DO AMOR DENTRO DE SI)
▪E na fraqueza sabe ser bem mais forte (a vitalidade do ego está
relacionada à introjeção do objeto ideal e na sua reparação)

▪Ninguém sabe dizer onde a felicidade está! (Porque

ela está dentro de nós)