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Psicologia do Desenvolvimento - Eric Erickson (Primeira Infância)

Caderno: Psicologia 2020.2


Criada em: 29/09/2020 14:45
Autor: Sueltom Gonzaga

Segundo as teorias desenvolvidas por Eric Erickson, a cada etapa da vida o


indivíduo cresce a partir das exigências internas do seu ego, mas também das
exigências do meio em que vive. 

Sendo importante a análise da cultura e da sociedade do sujeito.

Cada estágio o ego passa por crises podendo ter uma desfecho positivo
(ritualização) ou negativo (ritualismo).

Se positivo - Ego mais rigo e forte.


Se negativo - Ego mais fragilizado. 
A cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de
acordo com experiências vividas.
O Ego vai se adaptando aos sucessos e fracassos.

1. Confiança Básica x Desconfiança Básica (Infância inicial - 0 á 1 ano)


Atenção da criança se volta para quem provê conforto - Mãe
Satisfaz suas ansiedades e necessidades.
Primeira relação social do bebê.
No sentimento de falta da mãe é que a criança começa lidar
com a força básica.
A força que nasce é a esperança.
Quando a criança se da conta da ausência da mãe, cria-
se a esperança de sua volta.
Quando a mãe volta compreende que é possível querer e
esperar.
Começa a entender que objetos e pessoas existem, mesmo que
elas na estejam vendo por um tempo.
Quando o bebê vivencia estas descobertas de forma positiva, ou
seja, quando a mãe confirma suas expectativas - surge a confiança
básica.
Sensação de que o mundo é bom.
Que as coisas podem ser reais e confiáveis.
Quando vivencia de forma negativa - surge desconfiança básica.
Sensação de que o mundo não corresponde - mundo é mau
e ingrato.
A partir daí começamos a perceber traços da personalidade se
formando.
É importante que a criança conviva com pequenas frustrações.
Ela vai aprender a definir quais esperanças são possíveis de
serem realizadas.
Dando a noção das regras que regem o mundo.
Nessa fase o bebê vê a mãe com um ser supremo. 
Começa as identificações com a mãe - sua única referência
social.
Se a identificação for positiva - cria-se o seu primeiro e bom
conceito de si e do mundo (representado pela mãe)
Se a identificação for negativa - temos o idolismo (culto ao
herói), o bebê acha que nunca vai chegar ao nível da sua
mãe. A criança vai se tornar agressiva e desconfiada, mais
tarde vão se tornar menos competentes, menos
entusiasmadas e menos persistentes. 
A importância da confiança básica implica que não só aprendeu a
confiar na uniformidade e na continuidade dos provedores
externos, mas também em si próprio e na capacidade dos seus
próprios órgãos para fazer frente aos seus impulsos e anseios.
2. Autonomia X Vergonha e Dúvida (2 á 3 anos)
A criança tem algum controle dos seus movimentos musculares -
direciona sua energia as experiências ligadas à atividade
exploratória e à conquista de autonomia. 
Compreende que não pode usar sua energia exploratória à
vontade, tem que repeitar certas regras sociais e incorporá-las a
seu ser. 
A aceitação desse controle social implica no início do
aprendizado do que se espera dela - seus privilégios,
obrigações e limitações.
Surge o poder de julgamento, já que ela está aprendendo
regras. 
A questão é que os adulto usam da vergonha e do encorajamento
para dar o nível certo de autonomia. 
Expor a criança a contante vergonha - estimula o
descaramento e a dissimulação como forma de defesa, ou
sentimento permanente de vergonha e dúvidas de suas
capacidade e potenciais. 
A vergonha é nesse caso uma raiva dirigida a si mesmo, já
que pretendia fazer algo sem estar exposto aos outros, o que
não aconteceu - gerando culpa. 
Sentimento de auto controle sem perder auto-estima resulta em
um sentimento constante de boa vontade e orgulho.
Perda de autocontrole e super controle exterior gera uma uma
propensão duradoura a dúvida e vergonha.
Na aprendizagem do controle nasce a força básica da vontade,
que manifesta na livre escolha - crescimento sadio da autonomia.
Se manifesta na manipulação de objetos.
Verbalização se inicia.
Locomoção que avança em suas capacidades.
Tudo que possibilite um atividade exploratória com
autonomia e independente.
Se ao invés de vontade o controle toma forma de regra a ser
cumprida a qualquer preço, algo mau e perseguidor - a criança se
torna legalista, começa a achar que a punição tem que ser
aplicada incondicionalmente, a punição vence a compaixão. 
se mobiliza com a punição do outro que perdeu o controle.
se sente aliviado quando é punido.
Principal cuidado dos pais é dar o grau certo de autonomia. 
Exigir demais - não consegue dar conta e a autoestima vai
baixar.
Exigir pouco - sensação de abandono e dúvida das
capacidades.
Amparada ou protegida demais - a torna frágil , insegura e
envergonhada.
Pouco amparada - sentirá exigida além das capacidades. 
Os pais tem que dar a sensação de autonomia e ao mesmo tempo
estar sempre perto, prontos a auxilia-la nos momentos em que a
tarefa estiver além de suas capacidades. 
Se a criança se sentir envergonhada de demais por não dar conta
ou os pais reprimem demais sua autonomia - entenderá que todo
problema, toda dúvida e vergonha vieram de seus pais, adultos,
objetos externos. 
A criança fica tensa na presença dos pais e de outros adultos,
podendo achar que só pode se expressar longe deles. 

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