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Gaya

Circle
Facilitadores do Despertar
Criança
Interior
Parte II
Módulo 4
As 5
Vários autores, psiquiatras, contribuíram ao longo da
história para o estudo da mente e da ligação do corpo
com as feridas emocionais. Freud fez a monumental

feridas
descoberta do inconsciente e fez a ousada afirmação
de que corpo, mente e emoções poderiam estar
inteiramente ligados.

Criança Interior Lowen e Reich foram os criadores da bioenergia,


falaram da importância da psicologia, emoções na cura
Parte II do corpo físico.

A jornada começa no ventre da nossa mãe e


vai até ao nosso último suspiro.

Mas enquanto crianças vivemos 4 etapas.

1. Primeiro experimentamos a alegria de


sermos nós próprios em autenticidade;

2. Depois conhecemos a dor de nos ser


negado o direito a sermos autênticos e
espontâneos;

3. Depois conhecemos a revolta e a crise por


não podermos expressar-nos livremente;

4. Por último resignamo-nos e criamos


máscaras e novas estruturas de
personalidade para sermos aceites e
amados.
Assim surgem as principais feridas do ser humano,
pelas quais depois temos a oportunidade de nos irmos
conhecendo, descontraindo, curando, integrando.

Rejeição - Fugidio;

Abandono - Dependente;

Humilhação - Masoquista;

Traição - Controlador;

Injustiça - Rígido.

Ferida da
Abandonar é um afastamento que tem uma causa
externa “eu não posso estar contigo”, rejeitar é negar a
pessoa “Eu não quero estar contigo”.

Rejeição
Normalmente é uma ferida vivida com o progenitor do
mesmo sexo e isto tem implicações profundas na nossa
autoestima e autoimagem e na forma como amaremos o
outro no futuro.

Pessoas que vivem esta ferida criam a máscara do


fugidio, tornam-se solitários, é como se a sua existência
estivesse a mais. Ele “apaga-se”.

E quanto mais forte for a ferida, mais estas pessoas vão


atrair situações onde são rejeitadas.

- São pessoas que cresceram rápido demais, não se


permitiram ser crianças;

Carácter: Perfeccionista, desligados do mundo


material, intelectuais, não acredita no direito a existir
então faz por merecer; tem disfunções sexuais, julga-se
uma nulidade, sem valor, torna-se invisível, tem facilidade
em se dissociar… não liberta a sua criança interior;
tendência para fugir através de adições e distúrbios
alimentares.
Ferida do
O trauma de abandono é um conjunto de pensamentos,
emoções, muitas vezes inconscientes, relacionados
com a memória de um abandono físico, ou emocional

Abandono
precoce.

O trauma de abandono está presente em todas as


pessoas mesmo que num grau mínimo.

A máscara da ferida do abandono é o Dependente e


normalmente são crianças e adultos que até fisicamente
refletem a falta de apoio no próprio corpo, através da
falta de tónus muscular:

- Crianças/adultos com muita ferida do abandono


precisam muito de atenção, são dramáticas e os seus
problemas são formas de receber atenção;

- Não gostam de se dedicar sozinhos a atividades de


esforço e até exercício físico.

- Gostam de estar sempre acompanhados e têm medo


da solidão;

- A sua emoção constante é o vazio e a tristeza


profunda e têm uma imensa dificuldade em terminar
relacionamentos se a outra pessoa comunicar que quer
terminar é muito difícil;

- Preocupam-se muito com o que os outros pensam delas


e tem dificuldade em tomar decisões sozinho;

- Normalmente a ferida é despertada pelo progenitor


do sexo oposto;

No entanto as pessoas que vivem com um trauma de


abandono muito acentuado vivem em constante solidão,
tristeza profunda, depressão, e com um sentimento
de ameaça, sendo que em vez de desfrutar das
experiências de mudança da vida, estas são sempre
vividas como uma ameaça.

Também são pessoas que nas relações preferem


abandonar para evitar a possibilidade de serem
abandonadas.

Também é comum que pessoas com trauma de


abandono agravado venham a repetir o padrão tendo
filhos com uma pessoa que também os abandona.

O abandono está muito relacionado com compulsões


e vícios: há um vazio de alma profundo que querem
preencher e, ao mesmo tempo uma necessidade de
“fuga” dessa dor/vazio.

Quando uma criança não recebe o amor, a atenção, o


respeito ou a proteção devidos, é aqui que se geram as
crenças mais profundas: “eu não mereço receber amor”,
“a minha presença cria separação”, “Eu não sou bom o
suficiente”.

Para trabalhar o trauma de abandono ou qualquer


outra ferida de criança, o caminho é sempre o resgate
da criança interior.

É necessário ressignificar desde o nosso Eu adulto:


primeiro reconectando com a dor da criança interior,
tomar consciência das suas carências e em segundo,
fazendo o seu resgate.

Como podemos fazer?

Trabalhando com fotos, cartas e afirmações, meditações,


respiração, visualizações que nos permitam ressignificar
experiências e criar novas crenças, invocando novos
sentimentos e pensamentos.

Mas a cura vem de aprender a colocar toda a


atenção e presença nas respostas emocionais dentro
de nós, e criar espaço para elas. Quando conseguimos
reconhecer e aceitar as nossas emoções, então
podemos transformá-las.

O trabalho com afirmações

No método não usamos afirmações simplesmente para


nos “convencermos mentalmente” - não o fazemos de
ânimo leve e sim com intenção, devoção e propósito,
como mantras. A intenção é trabalhar uma ou duas
afirmações de cada vez, durante um período de tempo.

Podemos ver uma afirmação de poder como um mantra:


podemos pensar nele e repetir mentalmente, podemos
repetir em voz alta, podemos escrever várias vezes
ao dia, podemos repetir o nosso mantra cantando, ou
verbalizando em grupo, gravando para escutar no
telemóvel.

O importante no trabalho com afirmações é a


constância e a prática.
Afirmações para trabalhar o trauma de abandono e
qualquer outra ferida da Criança interior que podes
usar em ti e partilhar em círculos:

- Eu mereço ser amada;

- Eu amo-me e por isso sou amada como sou;

- O amor permanece na minha vida;

- Recebo sempre apoio quando preciso;

- Aproveito os momentos de solitude para


aprender a amar-me a mim mesma;

- Eu mereço receber apoio.

Ferida da
A humilhação é um sentimento de vergonha,
degradação, de se sentir rebaixado por alguém.
Geralmente pode surgir a partir de um a três anos de

Humilhação
idade.

A criança sente que um dos seus pais ou alguém tem


vergonha dela: por estar suja, por ter feito um disparate
em público, por estar mal vestida, etc… A humilhação
também pode surgir na escola sob a forma de bullying.

- A máscara que está associada a esta ferida é o


masoquista e pode revelar-se nas características físicas
pelo excesso de peso ou sente vergonha do próprio
corpo…

- Esta pessoa vai procurar o sofrimento e a punição de


forma inconsciente.

- São pessoas que criam muitas obrigações e


responsabilidades para si mesmas, e muitas vezes se
queixam que são mal tratadas, tratadas com desrespeito
e como lixo;

- Têm dificuldade em expressar as suas necessidades e


são especialistas em se anularem.

- A personalidade masoquista assume muitas vezes a


culpa dos outros para si mesma;

- Tem dificuldades na sua sexualidade e normalmente


sentiram-se envergonhadas em crianças na descoberta
do corpo e sexualidade;

- Receia ser completamente livre;

- Compensa através da comida e principalmente dos doces.

Ferida da
Esta ferida surge quando um dos progenitores
(geralmente do sexo oposto) não cumpre uma promessa
e atraiçoa a sua confiança.

Traição
- Estas experiências de traição dão origem à construção
de uma máscara de controlador.

- Fisicamente são pessoas que desenvolvem força física


e têm uma personalidade forte;

- Controlam para serem responsáveis, fiéis e


comprometidos e são exigentes para que os outros
também respeitem as suas necessidades e compromissos;

- São altamente pontuais e detestam pessoas que se


atrasam ou que sejam preguiçosas;

- Têm muita dificuldade em delegar tarefas;

- Geralmente são pessoas céticas e resistentes a aceitar


ideias novas;

- Não lidam bem com a autoridade;

- Têm medo de enlouquecer e perder o controlo.

Ferida da
Esta ferida surge numa fase da infância em que a
criança se sente injustiça por não poder ser quem é,
por não poder viver e expressar a sua individualidade e

Injustiça
vive essa ferida geralmente com o progenitor do mesmo
sexo.

Sofre com a frieza desse progenitor ou com o seu


autoritarismo.

- A máscara que é gerada a partir da ferida da injustiça


é o Rígido.

- A criança começa a desenvolver a crença de que é


amado mais pelo que faz do que pelo que é;
- Faz tudo para resolver todas as situações sozinho;

- Procura a justiça a qualquer custo e por isso também


quer garantir que é digno e merecedor do que
recebe. Esforça-se muito para sentir que merece ser
recompensado.

- Tem um enorme medo de falhar e é extremamente


exigente consigo mesmo;

- É exigente consigo e leva outros a lhe exigirem também


demasiado;

- Tem muita dificuldade em respeitar os seus próprios


limites e tem muita dificuldade em pedir ajuda;

- Têm muita raiva contida, e por vezes ataca o outro, ou


a si mesmo quando está enraivecido;

- É-lhe difícil por vezes expor o seu amor, mas ao


mesmo tempo tem medo da frieza, a do outro e a sua…

- Tem dificuldade em se soltar na sexualidade…

- Tendência para ansiedade e esgotamento nervoso.

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