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DURANTE A GESTAÇÃO
A PERCEPÇÃO DO NASCIMENTO
Nascer é um fenômeno traumático, por isso é importante que ele seja algo natural,
espontâneo, iniciado pela criança.
QUE SENSAÇÕES?
OUTRAS SENSAÇÕES...
• Sensações táteis relacionadas a procedimentos invasivos como injeção, limpeza da cavidade
nasal, oral e esôfago, “tapinhas” nas nádegas, banho, ...
AO NASCER...
Duas forças passam a atuar no psiquismo humano:
A pulsão de vida e a pulsão de morte.
Pulsão amorosa;
Libido (impulso sexual) força que impulsiona para a ação construtiva.
Freud propôs que o desenvolvimento da personalidade acontece em fases que ele denominou
Fases do desenvolvimento psicossexual, em razão do “caminho percorrido pela libido” ao
longo desse desenvolvimento, ou seja, as mudanças de investimento da libido no corpo ao
longo desse processo de estruturação do psiquismo.
TUDO O QUE FOR DIFERENTE DESSE AMBIENTE Exige do bebê, adaptação, tarefa bastante
complexa e sofrida nesta fase.
Dessa forma, quanto mais estável, portanto, for o ambiente proporcionado ao bebê nesta fase,
menos esforço ele vai precisar fazer para recuperar seu equilíbrio.
No primeiro ano de vida o conflito é entre a confiança e a desconfiança, e a virtude que deve
ser conquistada a partir do vínculo de segurança estabelecido com mãe – a esperança.
O Segundo Ano de vida Fase Anal (FREUD, 1923 apud RAPPAPORT, FIORI e
DAVIS, 1981)
A libido da criança e todo o seu interesse estão em torno do funcionamento de seus intestinos.
A criança observa os efeitos que a evacuação e a retenção dos intestinos, tem sobre o
ambiente, buscando controlar o mesmo a partir desses comportamentos.
O aprendizado do controle dos esfíncteres deve ocorrer de modo gradativo, cujo papel dos
pais e cuidadores é o de promover um ambiente seguro para que ele aconteça.
Isso significa: a criança tem a atenção que ela precisa, sente-se amada e respeitada em suas
necessidades e ansiedades desse momento.
A criança de 3 a 5 anos:
Fase Fálica ou Edipiana (FREUD, 1923)
A libido da criança e seus interesses estão principalmente em torno de seus órgãos genitais,
cujos comportamentos comuns são: curiosidade, exibicionismo, masturbação infantil,
voyeurismo.
Nesta fase também, a libido da criança sofre um considerável deslocamento no seu
investimento, que antes era dirigido maciçamente para a figura materna, e agora desloca-se
para uma terceira pessoa, que pode ser o pai ou outra pessoa que, além da mãe, também
desperte o afeto e a admiração da criança.
A criança então passa a vivenciar uma relação triangular com estas duas figuras de seu afeto,
estabelecendo com uma delas, uma relação de enamoramento, nutrindo fantasias de ser o (a)
seu namorado (a), enquanto que com o outro, estabelece uma relação de disputa pelo amor
daquele, rivalizando e experimentando ciúmes e inveja por seus atributos e por ser o (a)
namorado (a) de seu suposto (a) namorado (a) em fantasia (PETTENGILL, 2022).
A criança experimenta uma relação ambivalente com seu “rival” pois, ao mesmo tempo que
sente essa rivalidade e inveja, o (a) admira profundamente e deseja se parecer com ele (a), de
modo que possa então conquistar o amor de seu suposto namorado (a) (em fantasia).
O termo falo, escolhido por Freud na construção de sua teoria se deve às condições da
sociedade daquela época, cujas possibilidades para os homens eram muito maiores em termos
de realização profissional e social (em todos os sentidos) do que para as mulheres, de modo
que o poder, no sentido de alcance para efetivar conquistas e gozar de liberdade para tal, era
algo destinado a eles e não a elas (PETTENGILL, 2022).
Assim, fase fálica refere-se também à uma fase de busca de afirmação do poder, da
autonomia, da liberdade, de modo que talvez pela primeira vez a criança passa a se incomodar
profundamente com o fato de ser criança, o que significa possuir autonomia bastante limitada
(vivência da castração). Este aspecto da teoria de Freud vem ao encontro das elaborações de
Erikson em sua teoria sobre esta fase (PETTENGILL, 2022).
Para Erik Erikson (1950), a criança de 3 a 5 anos vivencia o Estágio da Iniciativa X Culpa
(PETTENGILL,2023):
Sua curiosidade e necessidade de se exibir devem ser bem administradas por seus pais e
cuidadores, que devem equilibrar atenção e “aplausos” com a necessidade de estabelecer
limites a determinados comportamentos, em especial aqueles que possam oferecer risco a sua
integridade (PETTENGILL, 2023).
No entanto, é preciso muito cuidado e habilidade para que a criança não interprete a
necessidade dos pais em protegê-la e orientá-la em seu processo educativo, como tentativas
de humilhá-la por ela não possuir ainda a autonomia que deseja ter e certas capacidades que
uma criança ainda não conquistou, como altura, força, habilidade motora, entre outras
aquisições (PETTENGILL, 2023).
Quando atitudes de iniciativa manifestadas pela criança nesta fase são adequadamente
atendidas (com respeito, atenção e proteção-limites) pelos pais e cuidadores, ela desenvolve a
virtude do Propósito, conforme Erikson (1950).
Quando o adolescente consegue sentir que pode ser ele próprio, pensar “com a própria
cabeça” e fazer suas próprias escolhas, sem que isto represente risco à saúde mental e bem-
estar psicológico dos pais, ele pode estabelecer a virtude desta fase, conforme Erikson: a
Fidelidade.
De acordo com Freud, sempre que o sujeito experimenta dificuldades importantes para lidar
com os desafios e as ansiedades próprias de cada uma das fases do seu desenvolvimento
infantil, seja por excesso de frustração (vivências objetivas ou subjetivas) ou excesso de
gratificação (ausência de limites ou impedimentos aos seus desejos primitivos ou ainda, por
dificuldades do próprio sujeito para abandonar as gratificações da fase em que se encontra),
ele pode ficar fixado nesta fase.
Segundo Freud todas as pessoas apresentam em algum grau, fixação em uma ou mais fases do
desenvolvimento da libido, e isto vai se manifestar por meio dos traços de personalidade que
cada pessoa possui.