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Fases do desenvolvimento

Psicossexual
Freud

Prof. Ms. Vera Lucia da Silva Alves

-“A noção de sujeito que a psicanálise nos dá não é sem o outro”


-O homem entregue à “Cronos” padece
-O homem não nasce humano, se humaniza se certas condições ocorrerem. EX:
menino do lobos
-A relação de maternagem vai constituindo o sujeito pela erogenização e pela
simbolização

- O homem vai aprendendo o que é fora e dentro pelo toque

- O homem se constitui pelos orifícios

A teoria do desenvolvimento psicossexual


foi proposta pelo famoso psicanalista Sigmund Freud e descreveu como a
personalidade era desenvolvida ao longo da infância.

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Freud acreditava que a personalidade era desenvolvida através de uma série de
estágios de infância em que as energias da busca do prazer do ID tornam-se
focadas em determinadas áreas erógenas.

Esta energia psicossexual, ou libido (catexia), foi descrita como a força motriz por
trás do comportamento.

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• - FASES PSICOSSEXUAIS -

• 1) Fase oral

• 2) Fase anal

• 3) Fase fálica – Complexo de Édipo (interesse nos genitais)


• 4) Período de latência – Puberdade
(pulsões sexuais inibidas e sublimadas)

• 5) Fase genital

• Entrada no Complexo de Édipo


# A entrada no complexo de édipo baseia-se na sexualidade infantil - sexualidade
esta, que não se restringe aos genitais.
# A sexualidade infantil é difusa pelo corpo.
# Só na fase genital que a sexualidade se concentra nos órgão genitais.

• Entrada no Complexo de Édipo

Freud ao formular sobre a sexualidade infantil a retirou do campo da religião, do


pecado, do moralismo e lhe deu um status de natural, imprescindível e
decisiva.

• Cada fase tem um interesse numa parte do corpo, para a qual a pulsão
se direciona

• As necessidades fisiológicas, biológicas desenvolvem necessidades


psicológicas – pulsão sexual embasada na pulsão de vida

• Erogenização da região a partir da saciação da fome – ao dar leite à criança


se marca e contorna a boca, tornando-a uma zona erógena, a criança vai
querer ter o mesmo prazer... Comer a mesma comida
CONCEITO DE PULSÃO
PULSÃO DO EGO X PULSÃO SEXUAL

• A maneira como são satisfeitas as necessidades determina a maneira


como a criança vai se relacionar com o outro e consigo mesma

• Depende da reação do externo, como o outro vai tratar as suas necessidade,


atende o choro, dá excesso, de forma contínua ou frustra

• A transição de uma fase para a outra é determinada biologicamente

• O início de uma nova fase psíquica pode ocorrer sem necessariamente o


término da anterior
Se as etapas psicossexuais são concluídas com êxito, uma personalidade
saudável é o resultado.

Se certas questões não são resolvidas na fase adequada, fixações podem


ocorrer.
(PULSÃO DE MORTE)
A fixação é um foco persistente em um estágio psicossexual. Até que este
conflito seja resolvido, o indivíduo mantém-se “preso” nesta fase.

Por ex: uma pessoa fixada na fase oral pode buscar estimulação oral através
de fumar, beber ou comer.

TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE (1905) – FREUD

• Freud aponta para um descaso para a sexualidade infantil

• A sexualidade é a pulsão que exige satisfação – PRESSÃO – dräng

• FONTE: um órgão do corpo – o processo excitatório

• ALVO: supressão imediato desse estímulo orgânico

• OBJETO: o próprio corpo – circula o objeto e volta para o próprio corpo


(P.158)
ALÉM DO PRINCÍPIO DO PRAZER (1920) – FREUD

PULSÃO DE AUTO-PRESERVAÇÃO OU DO EGO


X
PULSÃO SEXUAIS

PULSÃO DE VIDA
X
PULSÃO DE MORTE
TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE (1905) – FREUD
3 CARACTERÍSTICAS
DA PULSÃO NA INFÂNCIA
1 – A atividade sexual se apoia numa das funções somáticas vitais, servem à
preservação da vida. “A atividade sexual não se separou da nutrição” (p.186)
2 – Auto-erótica – não conhece nenhum objeto sexual – seu alvo sexual acha-se
sob domínio de uma zona erógena.
TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE (1905) – FREUD
3 CARACTERÍSTICAS
DA PULSÃO NA INFÂNCIA
3 – seu alvo é a satisfação de uma zona erógena. Esse prazer, posteriormente é
relembrado e repetido – essa satisfação precisa ter sido vivenciada para daí se ter
a necessidade de repeti-la

“Pulsão é um conceito fronteiriço entre o somático e o psíquico”


(p. 171)
TRÊS ENSAIOS SOBRE A TEORIA DA SEXUALIDADE (1905) – FREUD

1 – O Estagio Oral

Faixa etária: Nascimento – 1 Ano

Zona erógena: Boca

Durante o estágio oral, a fonte primária de interação do lactente ocorre


através da boca, de modo que o enraizamento e reflexo de sucção é
especialmente importante. A boca é vital para comer e a criança obtém prazer
da estimulação oral por meio de atividades gratificantes, como degustar e
chupar. A criança é totalmente dependente de cuidadores (que são responsáveis
pela alimentação dela), e também desenvolve um sentimento de confiança e
conforto através desta estimulação oral.

O conflito principal nesta fase é o processo de desmame – a criança deve tornar-


se menos dependente de cuidadores.
Se ocorrer a fixação nesta fase, Freud acreditava que o indivíduo teria problemas
com dependência ou agressão. Fixação oral pode resultar em problemas com a
bebida, comer, fumar ou roer as unhas.

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FASE ORAL

• 0 ao 1 ano de vida
• A criança vivencia prazer e dor, através da satisfação ou frustração das
pulsões orais, isto é, pela boca.

• Erogenização da região a partir da saciação da fome – ao dar leite à


criança se marca e contorna a boca, tornando-a uma zona erógena, a
criança vai querer ter o mesmo prazer... Comer a mesma comida...

• Promove um principal ligação primordial entre mamãe e filho.

FASE ORAL

• Experimenta o mundo externo pela boca, tudo que pode leva à boca.
Faz troca – acolhimento e repulsa

• Sacia a relação com o mundo externo

• As atitudes da criança em relação a boca (sugar, mastigar, cuspir,


morder, etc.) tem uma função de gerar prazer, além de se alimentar.

• Ao ser controlada com frustrações a criança desenvolve mecanismos


para lidar com frustrações – mecanismos são base de sua subejtividade

FASE ORAL

• Insatisfação das pulsões orais, tende a gerar ansiedade

• Excessiva satisfação gerar fixação nessa fase, levando a dificuldades de


aceitar novas formas de prazer/dor em fases posteriores, aumentando a
possibilidade de uma regressão.

• FASE ORAL

• EROTIZAÇÃO DA REGIÃO ORAL

• SE ESTENDE DO NASCIMENTO ATÉ O DESMAME.


• OCORRE APROXIMADAMENTE POR VOLTA DO PRIMEIRO ANO DE VIDA.

• OCORRE NA MAIOR PARTE DO TEMPO EM TORNO DOS CUIDADOS


ALIMENTARES

• COMPORTAMENTO REFLEXO SUCÇÃO

• FASE ORAL

• O BEBÊ PERCEBE QUE O DESCONFORTO DA FOME PASSA COM O


ALIMENTO.

• ASSOCIA A SATISFAÇÃO DA FOME COM A BOCA

• AO ALIMENTAR O BEBÊ É FEITA CONCOMITANTEMENTE A


ESTIMULAÇÃO DA REGIÃO ORAL

• A REGIÃO ORAL VAI SER EROGENIZADA E SERÁ FONTE DE PRAZER

• FASE ORAL

• A LIBIDO SERÁ DEPOSITA AÍ.

• A FIXAÇÃO PODE OCORRER SE A LIBIDO ESTACIONAR OU


PERMANECER EM DEMASIA NA REGIÃO, QUANDO DEVERIA SE
DESLOCAR PARA OUTRAS REGIÕES DO CORPO.

• FASE ORAL

• COM O DESENVOLVIMENTO O SUJEITO SUBSTITUI O OBJETO


ORIGINÁRIO DE PRAZER (SEIO DA MÃE) POR OUTROS SUBSTITUTOS
(CHUPETA, DEDO, CIGARRO, ÁLCOOL, FALA, ETC) NA TENTATIVA DE
ALCANÇAR O MESMO PRAZER.

• FASE ORAL
• NESTA FASE A CRIANÇA NÃO FAZ DISTINÇÃO CLARA ENTRE SI
MESMA E OS OUTROS OBEJTOS (MÃE, ALIMENTO, ETC).

• ELA PROCURA INCORPORAR TUDO.

• A PULSÃO É AUTO ERÓTICA.

• FASE DO EGOCENTRISMO

• NARCISISMO PRIMÁRIO.

• MARCA TRAÇOS NA SUBEJTIVIDADE


FASE ORAL = traços na subjetividade

• 1) “Incorporar o alimento” – traços que no adulto é de “incorporar” o saber ou


o poder e também como a capacidade de se identificar com outras pessoas
ou de se integrar em grupos

• 2) Segurar o seio, não querendo se separar dele, se mostra posteriormente


como persistência e perseverança – ou ainda decisão.
FASE ORAL = traços na subjetividade

• 3) Morder é protótipo da destrutividade, do sarcasmo, cinismo, tirania...

• 4) o fechar a boca impedindo a alimentação, conduz à rejeição, negatividade


e a introversão.

2 – O Estagio Anal

Faixa etária: Nascimento – 1 à 3 Anos

Zona erógena: Ânus Entranhas e controle da bexiga

- O foco principal da libido estava no controle da bexiga e evacuações. O


grande conflito nesta fase é o treinamento do toalete – a criança tem de
aprender a controlar suas necessidades corporais.
- A família inteira dirige o interesse para o controle esfincteriano da criança.
- A criança renuncia ao prazer imediato por amor à mãe...

De acordo com Freud, as respostas parentais inadequadas podem resultar em


resultados negativos. Se os pais levam uma abordagem que é muito branda,
Freud sugeriu que poderia se desenvolver uma personalidade anal-expulsiva, em
que o indivíduo tem uma personalidade confusa ou destrutiva. Se os pais são
muito rigorosos ou começam o treinamento do toalete muito cedo, Freud
acreditava que uma personalidade anal-retentiva se desenvolveria, na qual o
indivíduo é rigoroso, ordenado, rígido e obsessivo.
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FASE ANAL

• 1 ao 3 ano de vida

• Pulsões direcionadas a região anal em função da demanda da família –


pedagogia – educação - social

• A satisfação das pulsões se dirige ao anus e ao controle da tensão


intestinal.

• A criança precisa aprender a controlar a defecação e aprender a lidar com o


desejo de satisfazer suas necessidade imediatamente

• A criança começa a observar que ela mesma faz xixi e cocô, pode ter o
controle, não é mais natural.

• Primeiros experimentos psíquicos do próprio corpo

• A pulsão sai da região oral e vai para a região anal.

• A principal temática é o controle: movimentação voluntária por tensão


fisiológica e por preocupação social.

• A criança controla é a dona do controle = defecar ou não, dar ou não,


reter ou não!

• Primeiro modelo dessa relação é satisfazer o outro

• Adiar a satisfação ou o prazer de aliviar uma tensão é para satisfazer a


mamãe. POR AMOR
Ser um bom menino!!
• Organização sádico anal – a vida sexual é ainda não é feminino e
masculino, mas
ATIVO E PASSIVO

• Ativo: Atividade de prazer pela pulsão de dominação da musculatura do


corpo e

• Passivo: pelo prazer do órgão

• Os mecanismos de desenvolvimento dessa fase, também vão contribuir


com traços da vida. Retenção de fezes = afeto = dinheiro, etc

• A valorização pelo fato da criança conseguir esperar e ir até o banheiro, pode


emergir uma relação entre dar e receber afeto, podendo desenvolver a
generosidade e a agressividade mesquinha, colecionar, produtividade,
criatividade – reter.

FASE ANAL

• A criança controla é a dona do controle – não defecar (reter, ter para si,
não dar...)

• As características de muito controle comum da neurose obsessivo


compulsivo tem raiz nessa fase – criar rituais e ato compulsivo.

• Produtividade, criatividade, controle, reter, mesquinhes, (tio Patinhas),


desordem, bagunça e desorganização

• FASE ANAL

• FASE QUE OCORRE POR VOLTA DOS 18 MESES – SOMENTE QUANDO


A CRIANÇA ESTÁ MAIS DESENVOLVIDA NEUROLOGICAMENTE.

• LENTAMENTE A CRIANÇA PERCEBE O INTERESSE DO OUTRO PELAS


SUAS FEZES (OBSERVAM, APLAUDEM, DESPENDEM-SE).

• HÁ PRAZER DE RETER E EXPULSAR AS FEZES.


• FASE ANAL

• O PRAZER É ASSOCIADO AO INTERESSE DA MÃE.

• ASSIM ADQUIRE VALOR SIMBÓLICO.

• A PARTIR DAÍ AS FEZES PODER SER SINAL DE CARINHO OU DE


AGRESSIVIDADE.

• A CRIANÇA PODE DAR OU RETER AS FEZES PARA A MÃE COMO UM


PRESENTE.

• FASE ANAL

• O PRAZER ANAL OCORRE COMUMENTE COM A MANIPULAÇÃO


FECAL.

• O CONTROLE DOS ESFÍNCTERES É TAMBÉM UMA RENÚNCIA DO


PRAZER ANAL.

• A RENÚNCIA OCORRE QUANDO A CRIANÇA SE COLOCA COMO


OBEDIENTE PARA OCUPAR O LUGAR DE AMADO JUNTO À MÃE -
RECONHECIMENTO.

• INAUGURAÇÃO DOS SENTIMENTOS AMBIVALENTES – AMOR X ÓDIO.

• FASE ANAL

• A PULSÃO DEIXA DE SER AUTO ERÓTICA (DEIXA O INVESTIMENTO EM


SI MESMO) E PASSA SER OBJETAL (ENCONTRA OUTRO OBEJTO DE
AMOR = A MÃE).

• PASSA-SE A AGRADAR O OUTRO PARA SER AMADO


(CARACTERÍSTICA DOS NEURÓTICOS OBSESSIVOS).

• O CONTROLE ESFINCTERIANO MARCA A SUBJETIVIDADE.


• FASE ANAL

• É SOLICISTADA À CRIANÇA O CONTROLE DA SUAS FEZES, O QUE


SIMBOLICAMENTE É O CONROLE DA SUA AGRESSIVIDADE.

• INICIA-SE O CONTATO COM AS IMPOSIÇÕES, COM A LEI, COM A


CASTRAÇÃO.

• INICIA-SE COM ISSO A SOCIALIZAÇÃO.

• POIS, SÓ OCORRE SOCIALIZAÇÃO SE ALGUMAS LEIS FOREM


CUMPRIDAS
(incesto – homicídio – canibalismo)

3 – A Fase Fálica

Faixa etária: Nascimento – 3 à 6 Anos

Zona erógena: Genitais

O foco principal da libido é sobre os órgãos genitais. Nessa idade, as


crianças também começam a descobrir as diferenças sexuais anatômicas.

Freud também acreditava que os meninos começam a ver seus pais como
rivais pelo afeto da mãe.
O complexo de Édipo descreve esses sentimentos de querer possuir a mãe e
o desejo de substituir o pai.

No entanto, a criança também teme ser punida pelo pai por estes
sentimentos, um medo que Freud denominou de angústia de castração.
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FASE FÁLICA

• 3 AOS 5 ANOS DE VIDA

• Se caracteriza pela percepção da presença ou ausência do falo

• As dificuldade dessa fase estão relacionadas ao direcionamento da


pulsão sexual aos genitores: do mesmo sexo e do sexo oposto e dos
problemas resultantes

• Freud observa sexualidade nessa fase - não no ato sexual e nem na


região genital - observa e conclui a partir da curiosidade da criança na
diferença sexual anatômica
FASE FÁLICA

• A percepção do pênis tem valor simbólico e emocional – a ausência e


presença equivale ao ver o sujeito plenamente satisfeito ou não.

• Não se dá a nomenclatura do pênis, mas sim, falo – representação


simbólica dessa presença, além da física, a simbólica – do que o outro
pode ser portador ou não

PREMISSA UNIVERSAL DO PÊNIS.

FASE FÁLICA

• A criança se instrumentalizar para as reflexões, para além do físico, para o


campo simbólico.

• Dentro do campo imaginário a crianças vê que alguns são mais satisfeitos


que outros pode ser atribuído ao fato de uns serem portador de algo e outros
não (há diferença)

• As crianças direcionam a pulsão para o sexo oposto: o pai ou a figura


masculina é portador do falo e a mãe é castrada, perdeu

• Há atração pelo sexo oposto, mas não sexual.


FASE FÁLICA

A resolução do conflito está ligada ao Complexo de Édipo e a identificação com o


genitor do mesmo sexo

Identificação é um mecanismo de defesa, se identifica com um dos sexo, um olhar


com sexualidade primária, existe uma paixão

O complexo de édipo é um passo importante na construção do superego e na


socialização da criança, uma vez que aprende a seguir os valores dos pais

O ego é parcialmente satisfeito pela diminuição do medo e o id parcialmente


satisfeito pelo fato de “possuir a mãe” indiretamente por meio da identificação com
o pai

FASE FÁLICA
Vai ser resolvido de forma e de complexidade distinta para o menino e para a
menina.

Vou ser igual a este (pai) que tem, para eu também ter e a menina culpa a mãe
por ter sido castrada.

FASE FÁLICA
O menino deseja ter a mãe só para si, mas receando que em função disso seja
castrado pelo pai
Ameacador, vivencia a perda de algo que é imaginariamente gerador de prazer e a
menina já perdeu
Posteriormente, há identificação do menino com o pai, ocorrendo a internalização
dos valores, convicções, interesses e posturas do pai.

• A repressão desse conflito é a repressão do desejo libidinoso pela mãe como


também dos sentimentos agressivos pelo pai.

• FASE FÁLICA

FALO X CASTRAÇÃO
PRESENÇA X AUSÊNCIA

Questão: ter ou não ter o pênis (falo).

• FASE FÁLICA

• Freud diz que toda criança, seja homem ou mulher, parte da premissa
universal do pênis, isto é, admite que todos tem o órgão masculino: o pênis.

• Defini este período como primazia do falo, elevando o falo como


estatuto de fase, fase fálica.

• Diz que em seguida vem o complexo de castração, justamente, nessa


fase de primazia do falo.

• FASE FÁLICA

• A partir da percepção da diferença sexual anatômica, a criança vai construir


teorias e tomar uma posição fundante na sua estrutura psíquica,
absolutamente irreversível.

• Essa problemática não é uma “fase” ou um “conflito” superável e


esquecível, é, ao contrário, expressão daquela problemática da
oposição – Falo X Castração – diante da qual o sujeito se constrói.
(CABAS, p. 13)

• FASE FÁLICA

• O conceito do falo, então, traz consigo esses dois polos contraditórios


(Falo X Castração) que precisam coexistir e habitar na mesma estrutura
psíquica de cada criança.

• O mito do Édipo possibilita a organização desse paradoxo – já que os mitos


tem função de mediar teses diferentes ou articular opostos.
• Portanto, o complexo de Édipo, enquanto mito, é uma tentativa do pequeno
sujeito de resolver o enigma da sua origem, o enigma da sua relação com os
dois pais e o enigma de alguns não terem o pênis.

• Contudo, a solução não é simples, porque o pequeno sujeito tem que admitir
a existência da castração, representada na diferença sexual, além de aceitar
uma relação em que ele não está presente, está excluído.

• Isso leva a ideia de que a estrutura é constituída pela oposição falo x


castração.
CABAS

• Antonio Godino Cabas ressalta que “o falo é uma organização cujo


ponto de apoio, cujo pivô é o pênis”. O falo é o pênis na medida em que
o concerne, ainda que seja a título de elemento parcial. O falo não é o
pênis na medida em que se trata de uma organização e, portanto, o
transcende. Por isso é possível compreender o dilema freudiano,
segundo o qual, o falo é e não é o pênis. “Não existe, portanto, uma
primazia genital, mas uma primazia do falo” (CABAS apud FREUD, p.23).

O falo não pode ser reduzido ao nível do órgão, visto que funciona como um
mito.
Num conjunto de relações ele é um organizador das muitas partes que se
relacionam aleatoriamente, mas, que na repetição oferece um entendimento
e uma saída ao conflito inicial, a saber:

A sua majestade, a criança, não é o centro da relação dos pais.

“o inconsciente é um sistema de significantes, capazes de girar em torno de


um significante axial: o significante fálico.”
CABAS

• Saída do Complexo de Édipo


Neurose
Menino

• Acredita que tem o falo, mas tem medo de perdê-lo.


• Ambiguidade perante o pai (amor e ódio):
- rivalidade (quer ocupar o seu lugar)
- identificação ao modelo (quer ser igual)

FASE FÁLICA
meninas
No conflito vivenciado pelas meninas, existe um desejo pelo próprio pai, portador
do falo;
Sente-se castrada culpando a mãe, posteriormente se identificando com a mesma.
Complexo de electra

• Saída do Complexo de Édipo


Neurose
Menina

• Acredita ser castrada por não tem o falo. Sente inveja de quem tem. A inveja
se transforma em desejo de ter um filho, assim, o objeto de desejo deixa de
ser o pai.

• Ambiguidade perante a mãe (amor e ódio):

- hostilidade para quem a privou do falo.

- identificação ao modelo (quer ser igual para também ter um filho).

equação simbólica feminina: falo = filho

• A importância da castração
Neurose:
Em ambos os sexos, a interdição ou a proibição do incesto - simbolização da Lei -
possibilita a separação com a mãe e promove a identificação secundária.

Somente assim, o sujeito pode fazer outras escolhas (substitutas) de objetos de


amor.
FASE FÁLICA

O resultado dessa fase é a identificação com os pais.


Cria-se o objeto da libido
Catexia energia desorganizada e libido com objeto.
Cria campo imaginário e simbólica

4–O Período de Latência

Faixa etária: Nascimento – 6 Anos – puberdade

Zona erógena: Sentimentos sexuais inativos

• Durante o período de latência, os interesses da libido são suprimidos. O


desenvolvimento do ego e do superego contribuem para este período
de calma. O estágio começa na época em que as crianças tornam-se
mais preocupadas com as relações entre colegas, hobbies e outros
interesses.
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• O período de latência é um tempo de exploração em que a energia


sexual ainda está presente, mas é direcionada para outras áreas, como
atividades intelectuais e interações sociais.
SUBLIMAÇÃO

• Esta etapa é importante para o desenvolvimento de habilidades sociais


e de comunicação e autoconfiança.
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Período de latência
Não é considerado uma fase
Depois da agitação dos primeiros anos de vida segue-se uma faze mais tranquila
que se estende até a puperdade.
Nessa fase as fantasias e impulsos sexuais são repremidos, tornando-se
secundários, e o desenvolvimento cognitivo e a assimilação de valores e
normas sociais se tornam a atividade principal da criança continuando o
desenvolvimento de ego e superego.
GRANDE APRENDIZADO

• FASE DA LATÊNCIA
- Interrupção no desenvolvimento sexual.

- Impulsos eróticos exercem menor influência.


- Há sublimação – os impulsos sexuais estão desviados para novas
motivações (amizades, jogos...).

- Utiliza a energia psíquica para fortalecer o ego.

• FASE DA LATÊNCIA - (5 aos 10 anos)


Quando os conflitos anteriores não encontraram solução, o que é bastante
comum, o período de latência passa a ser de muita turbulência: pré-adolescente
irritado, agressivo, exibicionista, masturbadora, pouco aproveitamento escolar,
pavor noturno, enurese, dificuldades alimentares, etc.

• FASE DA LATÊNCIA

Tarefa da adolescência: reviver o complexo permitindo que o


desenvolvimento sexual possa tornar-se completo, até que se escolha novos
objetos sexuais, ou, se faça novos investimentos pulsionais – objetos
substitutos às figuras parentais.

5–O Estagio Genital

Faixa etária: Puberdade à morte

Zona erógena: Amadurecendo interesses sexuais

• Durante a fase final de desenvolvimento psicossexual, o sujeito


desenvolve um forte interesse sexual no outro, do sexo oposto ou do mesmo
sexo. Esta fase começa durante a puberdade, mas passa por todo o resto da
vida de uma pessoa.

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• Em fases anteriores, o foco foi exclusivamente nas necessidades individuais,


porém o interesse pelo bem estar dos outros cresce durante esta fase.
• Se as outras etapas foram concluídas com êxito, o indivíduo deve agora ser
bem equilibrado, tenro e carinhoso. O objetivo desta etapa é estabelecer um
equilíbrio entre as diversas áreas da vida.

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Fase genital
Se dá durante a adolescência
As pulsões sexuais se despertam novamente voltando-se para um objeto sexual
A escolha do parceiro é influenciada pelas fases anteriores
Os conflitos internos mobilizados nas fases anteriores atingem uma relativa
estabilidade
A pessoa nessa fase é conduzida à fase adulta com uma estrutura de ego que
permite enfrentamento na vida

• A teoria do recalcamento

• São ideias ou representantes pulsionais psíquicos (amor e ódio pelas figuras


parentais) que não são toleráveis ou aceitáveis na sociedade, assim sofrem o
recalque, ou seja, exclusão dessas ideias da consciência.

• Sob forças de recalque o psiquismo resiste à tornar consciente conteúdos


inconscientes.

• Saída do Complexo de Édipo


NEUROSE - (Verdrängung) - recalque ou repressão.

PERVERSÃO - (Verleugnung) - desmentido ou denegação.

PSICOSE - (Verwefung) - exclusão, rejeição ou, para Lacan, foraclusão do Nome-


do-pai.

• A importância da castração
Neurose:
Em ambos os sexos, a interdição ou a proibição do incesto - simbolização da Lei -
possibilita a separação com a mãe e promove a identificação secundária.

Somente assim, o sujeito pode fazer outras escolhas (substitutas) de objetos de


amor.
• NARCISISMO

• Fase do desenvolvimento libidinal

• Fase intermediária entre as pulsões parciais e autoeróticas (libido do


ego) e a libido objetal

• Relação com o Piaget (estágio pré-operatório) animismo – realismo –


finalismo – artificialismo

• Delírios e alucinações – egocentrismo – narcisismo primário – normais


no desenvolvimento, mas “patológicos” depois da adolescência -
fixações

ÉDIPO
O MITO E O COMPLEXO

VERA LUCIA DA SILVA ALVES


Psicanalista

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