TEORIA DO

DESENVOLVIMENTO

PSICOSSEXUAL DE FREUD
 FASE ORAL
Bebê: 0 a 2 anos

• Zona erótica (para obtenção do prazer, da

satisfação): boca (lábios, língua dentes).
• A pulsão é apenas receber alimento para atenuar as tensões de fome e
sede.

Nesta Fase:
• O bebê é egocêntrico, narcisista e enxerga a mãe como extensão dele (como
se fosse um adendo). Como se o mundo fosse ele ou que gira ao redor dele.
• Dependência primária : precisa da mãe para
sobreviver física e emocionalmente.
• Quem ajuda a romper com esse egocentrismo
é a mãe.
SOFRIMENTOS PELOS PROCESSOS DE SEPARAÇÃO

1ª Separação – Nascimento: o bebê é expulso do

útero nutrido e aconchegante.

(Alguns bebês resistem a esse processo de

separação, percebendo que não são desejados.
Esses bebês possuem menor resistência física e/ou
emocional. Já nascem deprimidos ou com pouca
pulsão de vida).
• 2ª Separação - Bebê percebe a mãe como "outra" pessoa.
(Quando a mãe se volta aos outros papéis: mulher, esposa, profissional,
social).

• Muitas mulheres se agarram no papel de mãe porque se

sentem poderosas, reconhecidas e amadas. O filho traz a vida
que ela não tem.

• O processo de separação dá-se junto com o final da

amamentação. A mãe e criança sentem muito. Neste momento
o bebê vivencia ódio, frustração, raiva, angústia, dor, ansiedade,
impotência (Fase depressiva, descrita por M. Klein). A mãe
sente ansiedade, angústia, com a possibilidade do bebê não
precisar mais dela.
• Melanie Klein diz que nesta separação, a criança vive a cisão
do seio em seio bom e seio mau.

Exemplo: Quando a mãe sai (seio mau), a ansiedade é muito

grande. Se o bebê sabe que ela vai voltar, ele aprende a
esperar. Se ela demora demais ou mesmo que ela volte, mas
não está disponível, ele vive o sentimento de abandono e
rejeição e se torna muito ansiogênico. (Posição esquizo-
paranóide). Se somente o bom é ativado traz a dependência
pura ou simbiose.

• Esse processo é inconsciente e o ego

começa a se estruturar quando ocorre a
separação mãe-filho.
 FASE ANAL
2 a 4 anos (aprox.)

• Zona erótica: ânus.

• A criança geralmente aprende a controlar os

esfíncteres anais e a bexiga.

• Novas áreas de tensão e gratificação são trazidas à

consciência: a obtenção do controle fisiológico é
ligada à percepção de que esse controle é uma nova
fonte de prazer.
 Nesta Fase, a criança:

• Aprende sobre limites. São dois movimentos: expulsão (doar/

eliminar/ excluir/ separar) e retenção (ter/ segurar/ reter/
controlar/ guardar); tem bebê que demora a reter (faz xixi e cocô
na calça) e tem bebê que fica segurando (fica dias sem fazer
cocô).

• Aprende o equilíbrio em dar e receber.

• Formação do SUPEREGO: o NÃO é internalizado (começou a ser

introduzido na 1ª fase e aqui é introjetado de vez ).

• Aprende o que é autoridade: a criança testa a autoridade dos

pais; o NÃO é acompanhado de testes . Quanto mais desconfia
do amor do pai e da mãe, mais testa sua autoridade; quer ver
se pode “ confiar" nestas pessoas.
 Nesta fase, é para a criança:

• Início do Complexo de Édipo: testando a

coerência e a autoridade dos pais, a criança
está testando o AMOR.

• Testa também a relação do casal, se tem

coerência, se o casal tem afinidades, se estão
verdadeiramente juntos ou não.

• O desequilíbrio: é a resistência de sair do

narcisismo, do egoico, da dependência.
 FASE FÁLICA
4 – 5/6 anos (aprox.)

Focaliza as áreas genitais do corpo

como zona erótica.

Nesta Fase, a criança:

• Se dá conta de seu pênis (falo) ou da falta de um.
• Se torna consciente das diferenças sexuais.
• Vivencia o complexo de castração: (medo de perder o falo).
• Entende" que a mãe tem um outro "objeto de desejo" que é o seu pai. Neste
momento que vai acontecer a "triangulação" ou a questão "edipiana", onde:

Complexo de Édipo: amor erótico pelo genitor do sexo oposto e rivalidade contra o
genitor do mesmo sexo; (Esta é a primeira etapa; a segunda será vivenciada
na adolescência).
 Menino

• Primeiro amor do filho é heterossexual: a mãe, que ele disputa com o pai.

• Seduz a mãe: havendo o primeiro choque entre pai e filho.

• O pai faz o corte: que depende da relação estabelecida entre o casal. Essa é a
oficialização do PAI INTERNALIZADO.

• Ocorre a identificação masculina: o menino quer ficar poderoso como o pai

para ter uma mulher como a que o seu pai tem. (Pai deve ser tranqüilo do seu
papel masculino; casal saudável).

• Na ausência da figura do pai: outro “homem” (tio, padrinho, avô, namorado da

mãe) deve fazer o corte.

• Na infância, todo complexo é reprimido. Mantê-lo inconsciente, impedi-lo de

aparecer, evitar até
mesmo que se pense a respeito ou que se reflita
sobre ele, essas são algumas das primeiras
 Menina

• Complexo de Electra: o primeiro amor é homossexual (a

mãe).

• Depois ela se apaixona e seduz o pai (trai seu primeiro amor

que é a mãe; sente-se culpada).

• Quem vai fazer o corte é a mãe.

• A filha rivaliza com a mãe, mas depois faz uma aliança com a
mãe (passa batom, põe sapato da mãe). Aqui fecha o
complexo de Electra.
 FASE DA LATÊNCIA
5 - 6 anos (aprox.)

• Inicia na idade de 5 a 6 anos e dura até o

começo da puberdade.

• Os desejos sexuais não-resolvidos da fase fálica

não são atendidos pelo ego, cuja
repressão é feita pelo superego.

• A sexualidade (desejos eróticos)

permanece adormecida.
• Surgem atitudes do ego como pudor
(vergonha), repulsa e moralidade.

• A libido da criança assume caráter intelectual:

interesse nos estudos.

• Atividades prazerosas são encontradas também

no grupo de amigos.
 FASE GENITAL
11/12 até 14-18 anos de idade (aprox.)

• Fase final do desenvolvimento biológico e psicológico, que

ocorre com o início da puberdade.

• Retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais (zona erótica).

• Meninos e meninas estão conscientes de suas identidades sexuais distintas

e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e
interpessoais.

• Resolução da primeira etapa do complexo de

Édipo, onde o amor erótico da fase fálica
direcionado aos pais da infância, agora
serão direcionados a novos
parceiros sexuais.
 Fonte
1. Ana Carina Duarte – Psicologia do Desenv. IV -http://www.exames.org/index.php?
option=com...task...

2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_desenvolvimento_psicossocial

3. Jaqueline Cássia de Oliveira-Curso Prática Sistêmica- fev/2002:

http://jcassia.sites.uol.com.br/textdesenvpsicosex.htm
Fases do desenvolvimento Psico-Sexual.