Você está na página 1de 56

AMADURECIMENTO

E TRANSIÇÕES EM
DIFERENTES
IDADES, COM
ÊNFASE NA
MENOPAUSA
Anny Oliveira

Psicanalista clínica, Mestranda e Doutoranda em Psicanálise clínica


pela Fateb.
Terapeuta Quântica, Terapeuta Cristã, Hipnoterapeuta, Terapeuta
Master
Analista de Comportamental com Formações em Neurociências,
Epigenética e Medicina Germânica
Pós graduada em Coaching, e Especialista em Vigilância Sanitária e
Qualidade de Alimentos.
Neuropsicanalista em formação, Consteladora Familiar Sistêmica ,
Master Training e Mentora de Terapeutas

Idealizadora do projeto Terapia com Palavra


Presidente da SOBRAPPSI/RJ (Sociedade Brasileira de Psicanálise e
Psicoterapias)

(24) 99839-4599

@annyoliveira_psicoterapeuta
“TODOS OS SERES HUMANOS ANTES
DE NASCER; PRIMEIRAMENTE SE
FORMARAM DENTRO DE UMA
MULHER”
Ao ajudar Mulheres,
você estará
ajudando, homens,
mães, crianças,
adolescentes, filhas,
maridos, idosos,
genros, e toda
unidade familiar
pois estará
cuidando da
estrutura emocional
de uma família e
demais ambientes
Não existe nenhum só dia em que o
ciclo hormonal da mulher é igual ao
anterior

❑ Essa é uma das fundamentais características que tornam uma mulher cíclica

❑ É imprescindível considerar e trabalhar essa ciclicidade que ocorre em sua


fisiologia, nas suas emoções, nos seus sentimentos, mente e consequentemente
em sua qualidade de vida
INFÂNCIA
❑ As fases de transições da mulher apresentam diversas particularidades e dores características de
um período vivenciado. Ao longo da vida essas fases se desenham, desencadeando
transformações no corpo e na mente.
Elas nascem com milhares de folículos ovarianos que ficam “adormecidos” até que, através do
estímulo do hipotálamo, passam a se tornar “maduros”. Os hormônios femininos, estrogênio e
progesterona, são produzidos nos folículos ovarianos sob o controle de uma outra glândula, a
hipófise, que através da liberação dos hormônios FSH (hormônio folículo estimulante) e LH
(hormônio luteinizante) vai comandar toda a variação nos níveis desses hormônios em nosso
organismo, determinando as diferenças que ocorrem em cada fase da vida da mulher
Mundo “Rosa”
A relação do eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal, é diferente entre os sexos feminino e masculino,
As funções gonadais já estão presentes na vida fetal, ou seja, durante o desenvolvimento do bebê, e voltam
a se tornar importantes na puberdade, e durante toda a vida reprodutiva. Na puberdade é o momento onde
essa importância é mais visível, pois tanto o menino quanto a menina sofrem diversas mudanças físicas, e,
fisiológicas, passam , inclusive a capacidade de reproduzir. O LH e o FSH são hormônios produzidos e
liberados pela adeno-hipófise (o lobo anterior da hipófise). Essa produção ocorre, pelo estimulo da hipófise,
pelo hipotálamo.
O hipotálamo produz um hormônio, o GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas), que chega até a
hipófise anterior pela circulação sanguínea, por meio de uma rede de capilares que fazem essa
comunicação, e, então, estimula as células gonadotróficas a produzirem os hormônios LH e FSH. Estes são
secretados e vão realizar suas funções nas gônadas.
Os ovários são órgãos ativos durante a vida fetal, onde todos os óvulos são produzidos. Não,há, produção
após o nascimento, ao contrário os óvulos ficam inativos durante a infância, e, após o início da puberdade,
eles sofrem maturação. Ou seja, seus óvulos têm a sua idade, isto é, se você tem 20 anos, seus óvulos
também têm.
Fases Iniciais
No período fetal, os ovários produzem milhões de ovogônias, as primeiras linhagens germinativas que, ainda
no período fetal, evoluem para ovócito primário, o qual é circundado por células formando o folículo
primordial. Nesse ponto, há um “pause”, no qual os ovócitos permanecem por anos e alguns são eliminados,
até que a menina inicie a puberdade.

Quando ela entra na puberdade, esse ovócito completa sua evolução, para se tornar apto à fecundação pelo
espermatozoide. Os milhares de ovócitos que permanecem até a puberdade não são maturados no mesmo
momento. A cada mês ocorre a maturação de um, que fica apto a ser fecundado.

A meninas assim como os meninos passam pela Fase oral (entre 0 A 1 ano e 8 meses) e a Fase Anal
(entre 1 ano e 9 meses a 3 anos)
A fase oral é marcada pelo primeiro contato do bebê com o mundo exterior, que é através da
amamentação. É em contato com o seio da mãe que o bebê vai se alimentar, se saciar, sentir conforto
e prazer. Posteriormente na Fase Anal que corresponde à parte do desenvolvimento da criança
envolvendo o controle do próprio ânus, ela terá a construção de sua segurança psíquica e a criação dos
seus valores pessoais.
Fases Iniciais
Um dos fatos mais marcantes da fase anal é o da compreensão que a criança começa a nutrir sobre si
mesmo e a percepção que precisa seguir regras e obedecer os adultos ao seu redor. É evidenciando um
egocentrismo, apesar de ser construtivo.

❑É o momento em que ela aprende as bases éticas de sua vida

❑Compreensão literal das coisas

❑A incompreensão pode gerar angústia

Acontecendo entre os 4 aos 6 anos a próxima será a a fase fálica se trata da construção da formação
do reconhecimento. Nisso, a criança buscará ser aceita pelos outros, especialmente os pais, valorizada,
amada e ter provisões. O sistema límbico, responsável pelas respostas emocionais, tem sua ação
amenizada e se inicia o medo da perda no aspecto psíquico. É o momento crucial em relação à nossa
afetividade e é exatamente aqui que ocorre o complexo de Electra
Complexo de Electra
O Complexo de Electra também chamado por alguns de “Complexo do Édipo Feminino”, é o termo
utilizado pelo psicanalista e psicoterapeuta Carl Gustav Jung para o que seria forma de expressar o
inconsciente dos afetos da menina o desejo livre pelo pai e a mãe como sua concorrente preferência,
ocorre uma repentina e exacerbada busca da aprovação do pai, sempre se posiciona em defesa
do pai, sente ciúmes do pai com a mãe ou com qualquer outra mulher, cria uma dependência com
o pai (exemplo: só o pai sabe fazer a mamadeira ou dar banho). A menina passa ter uma complexa
relação de “amor e ódio” com a mãe que chega ao ponto de desejar excluí-la para que o pai seja
somente dela. Acontece geralmente entre os três a seis anos da menina (podemos ver por aí algumas
divergências quanto a faixa de idade exata). É um momento de intenso conflito, onde ela vai
identificando que já não é mais o centro das atenções.

Sigmund Freud recusou a ideia de Jung sobre um Complexo de Electra. Freud preferia conceber que o
Édipo se aplicava tanto para meninos quanto para meninas.
NA PSICANÁLISE O FOI ELECTRA NA
COMPLEXO DE ÉDIPO É MITOLOGIA GREGA
UM CONCEITO QUE RESUMIDAMENTE ELECT
USAMOS PARA EXPLICAR RA, PARA A MITOLOGIA
COMO FUNCIONAM A GREGA FOI A FILHA DE
RELAÇÃO ENTRE FILHO E AGAMEMNON, QUE FOI
PAI. FOI DESCRITA POR MORTO PELO AMANTE
SIGMUND FREUD. ATÉ DE SUA ESPOSA. ANOS
HOJE É USADO NA ÁREA APÓS A MORTE DE
DE PSICOLOGIA, AGAMEMNON, A JOVEM
MOSTRA QUE AS ELECTRA COM AJUDA DE
CRIANÇAS NECESSITAM SEU IRMÃO, ORESTES,
SE COMPLETAR EM DECIDE PLANEJAR UM
AFETOS QUE PLANO TERRÍVEL PARA
ENCONTRAM EM VINGAR A MORTE E
OUTRAS DEFENDER A HONRA DE
PESSOAS, COMO OS SEU PAI, NO QUAL TINHA
PAIS. EXPLICA QUE O UM IMENSO
PRIMEIRO AMOR DE UM SENTIMENTO DE
MENINO É SUA MÃE E, ADORAÇÃO, ADMIRAÇÃO
ELE CRIA UMA E DO QUAL SENTIA
COMPETIÇÃO E MUITA FALTA. COM ISSO,
RIVALIDADE COM O PAI ACABA MATANDO
PARA QUE A MÃE SEJA CRUELMENTE SUA MÃE
SOMENTE DELE. E O AMANTE DELA.
Complexo de Electra
Essa etapa costuma terminar quando a menina tem entre 6 e 7 anos de idade, que é quando elas voltam
a querer estar perto e a se identificar com a mãe, tendem a imitar e ter curiosidades pelos trejeitos e
comportamentos femininos que a mãe demonstra no dia-a-dia.

Quando a rivalidade com a mãe e a predileção exagerada pelo pai não diminuem e se estendem até a
juventude ou fase adulta, pode se tratar como chamamos na Psicanálise de um “Complexo de Electra
tardio ou mal resolvido”. Mas é preciso saber que existem as consequências deixadas em casos de
complexo de Electra tardio. É comum que já na fase adulta, que mulheres deixem de viver seus sonhos e
seus desejos reais para buscar eternamente a aprovação do pai, até mesmo em decisões que só dizem
respeito a vida dela. Por não superarem esses comportamentos na fase correta, da infância, elas muitas
vezes acabam em buscam de relacionamentos que a remetam a relação e imagem paterna, como com
um homem mais velho, que tenha personalidade e imagem que lembrem de seu próprio pai, caindo
também em relações abusivas, submissas, dependentes emocionalmente do homem com o qual escolhe
viver. É um caminho que sempre gera na mulher dependência seja emocional ou financeira.
Término do Ciclo Infantil
Posteriormente as energias psíquicas serão canalizadas para atividades intelectuais e sociais. A menina
começa a conviver com novas colegas; surge o início a fase de latência dos 6 aos 10 anos
(aproximadamente), quando ela passa a deixar de lado o desejo pelo pai e deixa de rivalizar com a mãe.
Com um maior grau de autonomia a criança focalizam suas energias nas interações sociais que começam
a estabelecer com outras crianças, e nas atividades esportivas e escolares, com a superação ou
suspensão do Complexo de Electra.

Como um selo final da sua infância e determinação da vida adulta a fase genital surge e é a etapa do
desenvolvimento dentro da adolescência, indo do começo da puberdade até a fase adulta. Nela os sinais
mais evidentes dessa passagem se mostram dentro do amadurecimento dos sistemas hormonais,
trazendo mudanças físicas e mentais. Graças a isso que os impulsos se tornam mais intensos,
especialmente os de cunho sexual. A partir de agora um marco extremamente importante para as
meninas está para acontecer a Menarca
Um olhar psicanalítico
No decorrer das fases da infância é esperado o desenvolvimento psicossexual e psicológico de uma
menina.
É importante que se entenda que as ações da menina até então como no complexo de Electra, não é algo
que ela faz de forma consciente então não deve ser castigada pela preferência pelo pai ou seja impedida
de demonstrar esse amor por ele.
A fixação nessa fase (assim como nas demais), sempre gera prejuízos para mulher, pois ela se coloca
como objeto em uma relação, onde ela está sempre ali para servir e agradar e, acaba assim se anulando,
se diminuindo para atender expectativas sociais esperada e, consideradas corretas.
Para Freud e Lacan explicar e dar um lugar a feminilidade na psicanálise sempre foi um desafio. Quando
Lacan fala: “A mulher não existe.” É porque não há uma palavra, uma performance, um nome que define
mulher, todas são castradas. Ela não tem uma imagem totalitária de exclusividade. A lógica do feminino
é, em essência a lógica da diversidade, portanto a lógica inexplicável. E é, por isso que Lacan fala que ela
não existe.
A relação do emocional da mulher é muito mais profunda e sua consciência corpórea maior
A formação da mulher em sua estrutura física,
fisiológica oferece condições propícias para ela possuir
um sentimento íntimo e consciência corporal bem
desenvolvida, o que favorece maior capacidade de
vivenciar seu próprio corpo
AMADURECIMENTO E TRANSIÇÕES EM DIFERENTES IDADES C/ ÊNFASE EM MENOPAUSA
❑ O cérebro masculino é, em média, 12% maior e 10% mais pesado que o das mulheres.
Enquanto as mulheres possuem 13% de sinapses a mais
Acredita-se que seja por isto, que as mulheres conseguem cuidar de 20 coisas ao mesmo
tempo.
❑ O estrogênio tem um impacto direto sobre os neurotransmissores cerebrais dopamina, serotonina
e GABA. Ele ajuda a regular o humor, funções cognitivas, como pensamento e memória, e nos
permite administrar o stress.
❑ Quando a mulher fala, os dois lados dos lobos frontais são ativados, enquanto no homem,
apenas o lado esquerdo
ALGUMAS As mulheres apresentam melhor visão periférica, além de
olfato e audição mais apurados.
DIFERENÇAS
As mulheres têm maior facilidade para enxergar as situações num
❑Os homens enxergam melhor a distancia, contexto mais amplo e para memorizar detalhes(porque as mulheres são
seres emocionais,e a melhor forma de guardar algo na memória e
e possui visão mais focal, têm maior associar uma emoção a algum um fato,isso ajuda a fixa-lo na memória).
habilidade motora-espacial.

❑Os homens conseguem focalizar a


atenção numa única questão e empenhar- Mulheres socializam-se e se identificam com as emoções
se em resolvê-la. alheias com maior facilidade

❑Os homens envolvem-se mais em


situações de risco e são mais competitivos.

❑Ao fato dos homens serem mais Nas mulheres, o estrogênio tende a deixá-las mais delicadas
na comparação com eles.
agressivos e impulsivos, essas
características têm mais relação com o
hormônio testosterona.
AMADURECIMENTO E TRANSIÇÕES EM DIFERENTES IDADES C/ ÊNFASE EM MENOPAUSA 19
Menarca
O início da puberdade ocorre quando o hipotálamo começa a secretar o GnRH, que estimula as células
gonadotróficas da hipófise anterior a produzirem LH e FSH. Antes disso, durante a infância, não há
liberação do hormônio pelo hipotálamo.
Após alguns anos do início da secreção hormonal, cerca de 3 anos, iniciam-se os ciclos menstruais, e
assim a menina tem um marco, que é a menarca (a primeira menstruação), marcando o início da vida
reprodutiva. Não existe uma idade fixa para que ela aconteça, mas varia dos 10 aos 15 anos.
Essa fase é conhecida por fase folicular pois estimula o desenvolvimento e maturação do folículo, mas
também é conhecida como fase estrogênica por ser os estrogênios os principais hormônios envolvidos
no processo. Também pode ser chamada de fase proliferativa, pois é o momento que o endométrio se
espessa, e se desenvolve.
Diversos processos ocorrem para interromper a fase folicular, e assim o ovócito ser liberado pelo
folículo. Quando o ovócito é liberado a mulher se encontra em período fértil, pois seu ovócito pode ser
fecundado por um espermatozoide. Esse processo de liberação do ovócito é conhecido como ovulação,
e entre os diversos mecanismos envolvidos há o pico de LH que é o mais importante deles. Após a
ovulação outra fase se inicia.
Menarca
A menstruação dura em torno de 3 a 8 dias. Os ciclos podem ser irregulares no início, mas normalizam
com o passar do tempo, após o amadurecimento do eixo hormonal. Essas as mudanças nos níveis de
hormônios, perda ou ganho de peso, alterações na alimentação
Nessa fase, ocorrem inúmeras mudanças no corpo feminino, já que tem início a produção de
hormônios pelos ovários (estrogênio e progesterona). Essas alterações podem ser visíveis ainda na
puberdade: estirão de crescimento, aumento dos quadris, aparecimento de pelos pubianos e
desenvolvimento das mamas.
Algumas garotas também apresentam um fluxo menstrual intenso, o que gera grande desconforto. A
primeira menstruação indica que a adolescente está ovulando, por isso já é possível engravidar.
Nesse momento a moça começa a construir sua própria opinião e sua forma de expressão, ou seja,
sua identidade, questionando verdades que lhes foram impostas. Combinado com essas alterações
hormonais, físicas e consequentemente psicológicas também podem gerar sentimentos
de ansiedade, uma vez que se sentem mais frágeis e vulneráveis.
Auto Imagem Adolescente
Por tais razões hormonais, as adolescentes passam por transformações em sua aparência de modo
bastante abrupto. Ainda que internamente as mudanças também sejam radicais, a questão estética
costuma afetar mais, uma vez que é o que todos percebem primeiro.
Desde o crescimento dos seios nas meninas até problemas com acne ou estrutura corporal, pode
existir uma certa dificuldade de lidar com tudo isso até mesmo pela preocupação com o visual.
As insatisfações e inseguranças de sua autoimagem acabam refletindo em baixa autoestima, além de
outros efeitos psicológicos e emocionais. Em meio a uma fase da vida onde a adolescente passam a
sentir a necessidade de se encaixar nos chamados padrões sociais (reforçados amplamente pelas
mídias), o que está vinculado à vontade de ser aceito pelos grupos dos quais fazem parte.
Além disso, essa fase de transição, ela não mais se reconhece como criança, mas também ainda não
atingiu a maturidade desejada para a vida adulta. Por isso apesar de formar suas vontades individuais,
fica impedida de tomar decisões que considera relevantes, somado ao fato de muitas das vezes ter
que corresponder a determinadas expectativas; pode desencadear comportamentos mais revoltosos
ou até quadros depressivos.
Isolamento Social
As meninas como os demais adolescentes desejam serem aceitas e integradas aos grupos. No
entanto, muitas jovens têm dificuldades para construir amizades e ficam isoladas na maior parte do
tempo.
Em casa os assuntos de interesse destoam muito do universo dos pais e o sentimento de
incompreensão aumenta quando o diálogo não é estimulado. Em muitos casos a adolescente ainda
precisa lidar com o que ela pensa ser uma “invasão de território", pelo anseio de privacidade, o que só
torna o quadro mais complexo
Os sentimentos podem ficar confusos e as emoções afloradas (estimuladas pelas alterações
hormonais), aliado a dificuldade de inclusão nas “tribos” e sentimento de “incompreensão” em casa.
A falta de identificação ou a timidez são exemplos de barreiras que precisam ser reconhecidas,
trabalhadas e superadas para que exista um convívio social saudável. Viver sempre sozinha pode ser
preocupante nessa fase, fora que a solidão é capaz de desencadear outros problemas, como um
quadro depressivo.
Falta de Disposição e Interesse
É muito comum que as adolescentes sintam-se frequentemente cansadas. Isso também está
relacionado às transformações metabólicas. Por essa razão, apresentam maior necessidade de
repouso prolongado.
Vale lembrar também que essas mudanças no metabolismo tornam a digestão deles mais lenta,
fazendo com que fiquem mais letárgicas e sem disposição após as refeições.
Como nesse momento os interesses já não são mais os mesmos bem como a conexão com as
propensões da família, é comum surgir desinteresse por algo que era muito estimado anteriormente.
Essa trajetória igualmente trabalhosa, além de ser um momento de muitas transformações corporais,
é também quando lidamos com a aquisição de novas habilidades intelectuais, capacidade de lidar
com abstrações, autocontrole e da troca ou amadurecimento dos papéis sociais e sedimentação da
identidade que caracterizam essa fase do desenvolvimento. É um momento em que todos os
sentimentos são intensos, nada fica no meio termo: a raiva é muita raiva, o amor é eterno, o carinho é
infinito e o cansaço, exaustão.
Relações Amorosas
Baseado no incessante culto à beleza e à altivez, a imagem que caracterizaria a sociedade pós-moderna
seria a da jovem atraente, forte, decidida que está apenas iniciando as conquistas pessoais. Entretanto,
habitar um corpo em transformação e experimentar uma nova configuração mental, é uma experiência
solitária e passiva que interfere significativamente na relação dela com o mundo. Na medida em que há
a curiosidade e desenvolvimento da atração e sexualidade, surgem os desafios de uma relação a dois.

Na visão de Erikson (1971) o amor adolescente se caracteriza pela ausência de uma relação madura e
adulta entre iguais, sendo que o sujeito se define a partir do outro, ou seja, há intensa projeção no
objeto: “… em grande parte, o amor adolescente é uma tentativa de chegar a uma definição de
identidade projetando a própria imagem difusa do ego em outra pessoa, para, assim, vê-la refletida e
gradualmente definida…” (p. 241).

Entretanto, o envolvimento em relações amorosas é um ponto central na vida dos adolescentes. Sejam
reais ou fantasiosas, essas relações são as causas mais comuns dos ápices emotivos nesta fase.
Relações Amorosas
Para os autores, as experiências românticas influenciam o desenvolvimento do ‘self’ e da identidade de
duas maneiras. Primeiramente, por meio destas, a jovem seria capaz de desenvolver percepções distintas
de si mesmo; do mesmo modo que desenvolve nas relações de pares e de grupos. De forma que ao manter
experiências positivas, a adolescente teria uma visão de si mesmo como uma pessoa atraente, capaz de ser
amada e amar; ao modo que aqueles que se encontram em relações desajustadas teriam menos confiança
na própria habilidade de satisfazer o parceiro e de manter relações bem-sucedidas.
Consequentemente, esse conceito influenciaria diretamente a construção da autoestima, de forma que se
irradiaria para outras áreas da vida da jovem (Furman & Shaffer, 2009). Santos (2011) explica que é a partir
dos relacionamentos na adolescência, principalmente nos amorosos, que o jovem vivencia e internaliza as
regras de gênero e dos chamados scripts sexuais, ou seja, os comportamentos que são socialmente aceitos
e valorizados como diferenciais entre os gêneros masculino e feminino. Para o autor, uma demonstração
clara da internalização desses scripts é a diferença do comportamento amoroso e sexual estabelecido entre
os gêneros. Enquanto discursos e atos femininos centram-se na contextualização afetivo – romântica, os
discursos masculinos enfocam a capacidade técnica corporal para o desempenho do ato sexual. Para a
psicanálise, a identidade do sujeito é psicossexual e tem seu início no nascimento. Porém, seu
desenvolvimento é lento e gradual
Menacme
É o período em que a jovem se encontra em idade fértil. Inicia-se com a puberdade e vai até a
menopausa.

Nessa fase da vida, a mulher pode ficar grávida e, quanto mais cedo, maior a chance de gravidez. O
declínio da chance ocorre depois dos 35 anos de idade.

Um ciclo menstrual tem início no primeiro dia da menstruação, e termina, dando lugar a um novo ciclo,
no primeiro dia da próxima menstruação. Dentro deste intervalo nosso corpo passa pelas fases do
ciclo menstrual, marcadas por transformações evidentes no nosso corpo, na nossa mente, nossos
sentimentos e emoções.

A duração de um ciclo menstrual completo pode variar muito de pessoa para pessoa, de um ciclo para
o outro, e ao longo da vida, em média um ciclo menstrual que dura em média 28 dias.
Ciclo Menstrual
O corpo biológico feminino possui uma ciclicidade natural, experimentando ciclos curtos de constantes
mudanças e transformações, tanto no próprio corpo quanto na mente, sentimentos e emoções.

Isso influencia todo estado de espírito feminino e muitas das vezes a cliente que estava evoluindo no
processo psicoterapêutico pode parecer ter retrocedido em questão de um dia ou dois; O ciclo
menstrual não é algo que acontece com a nossa vida, ele é a nossa própria vida, por isso precisa ser
levado em consideração. Junto com ele a adolescente agora precisará conviver com os efeitos dessa
ciclicidade hormonal; a TPM, cólicas menstruais, enxaqueca entre outros.

Durante esse período, podem aparecer além dos sintomas físicos, os sintomas psicológicos que
desaparecem no primeiro dia do fluxo menstrual e, em algumas mulheres, somente com o fim do fluxo.
Por essa razão, nosso ciclo menstrual e suas fases são uma ferramenta potente de autonomia e de
autoconhecimento.
A sociedade contemporânea tem vivenciado um fenômeno que
Transição tem sido chamado de “prolongamento” da juventude. As
mudanças que ocorreram na adolescência do ponto de vista
juventude/fase biológico já se estabilizaram, entretanto do ponto de vista
psíquico não se pode dizer o mesmo. A vida adulta hoje parece
dramaticamente diferente do passado, os indicadores históricos e
adulta cronogramas para se tornar um adulto não existem mais e estão
sendo substituídos por um conjunto de marcos e comportamentos
não padronizado em constante evolução, segundo especialistas.

Nesse cenário a mulher (que aprendeu que precisa ser forte e


autônoma)tem hoje buscado a sua independência financeira
antes ao casamento e o planejamento de ter filhos.
Ciclicidade
As mulheres desejam que o ciclo menstrual caiba no modelo de vida que decidiram adotar. Modelo este que
não raramente é linear, nos exige produtividade constante, desempenho crescente e nenhuma pausa e
descanso. Uma ideia de vida que pelo seu próprio conceito já está fadada ao fracasso. Ela precisará lidar
com tão inconveniente; TPM causada pela alteração hormonal durante o período menstrual, que interfere no
sistema nervoso central. Como se não bastasse também precisará conviver com as cólicas mentruais, (dor
pélvica), acompanhada por vezes de náuseas, vômitos, tonturas, dores de cabeça e até mesmo eem alguns
casos desmaios, levando à incapacidade produtiva da mulher.
Ainda existem aquelas que apresentam quadros de enxaqueca menstrual que é uma dor de cabeça que
pulsa, latejante e unilateral. Aumenta na presença da luz e pode ser acompanhada de náuseas e, às vezes,
vômitos É causada pela queda nas concentrações de estrógeno.
Natureza nenhuma tem compromisso com a produtividade, o desempenho e o crescimento constante. Em
toda a sua sabedoria, a natureza é cíclica, tem seus momentos de expansão e de retração. Por isso muitas
ficam furiosas, frustradas, exaustas e deprimidas quando o ciclo menstrual, naturalmente, não se adapta a
esse modelo de vida mecanizada.
Direitos Conquistados
lutas para a emancipação da mulher na sociedade transformaram sua configuração psicologica
Breve Contexto Histórico Cultural
❑1827 – Meninas são liberadas para frequentarem a escola
Atualmente as mulheres brasileiras são a maioria no que se refere ao acesso à formação superior – 25%
das mulheres no País ingressam nas universidades, enquanto o número de homens é apenas 18%
(segundo relatório Education of Glance 2019, divulgado pela Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico), não imaginamos que o acesso à educação básica por muito tempo foi
negado às meninas. Foi apenas em 1827, a partir da Lei Geral – promulgada em 15 de outubro – é que
mulheres foram autorizadas a ingressar nos colégios e estudassem além da escola primária.
❑1879 – Mulheres conquistam o direito ao acesso às faculdades
Se a possibilidade de ingressar em espaços de educação fundamental já foi tardio para as mulheres, o
acesso às faculdades demorou ainda mais. Somente em 1879 é que as portas das universidades foram
abertas à presença feminina. Mas isso não impediu que o machismo estrutural da sociedade ainda
oprimisse as mulheres que queriam estudar de realizarem seus objetivos, o preconceito ainda foi um mal
muito presente na vida das jovens estudantes daquela época.
Breve Contexto Histórico Cultural
❑1932 – Mulheres conquistam o direito ao voto

Em 1932, o voto feminino foi garantido pelo primeiro Código Eleitoral brasileiro: uma vitória da luta das
mulheres que, desde a Constituinte de 1891, pleiteavam o direito ao voto, influenciados, sobretudo,
pela luta das mulheres nos EUA e na Europa.

❑1962 – É criado o Estatuto da Mulher Casada

Em 27 de agosto, a Lei nº 4.212/1962 permitiu que mulheres casadas não precisassem mais da
autorização do marido para trabalhar. A partir de então, elas também passariam a ter direito à herança
e a chance de pedir a guarda dos filhos em casos de separação. No mesmo ano, a pílula
anticoncepcional chegou ao Brasil. Apesar de ser um método contraceptivo bastante polêmico, por
influenciar os hormônios femininos, não dá para negar que o medicamento trouxe autonomia à
mulher e iniciou uma discussão importantíssima sobre os direitos reprodutivos e a liberdade sexual
feminina.
Breve Contexto Histórico Cultural
❑1974 – Mulheres conquistam o direito de portarem um cartão de crédito

O Cartão de crédito, foi por muito tempo foi um direito exclusivo dos homens. Até 1974, os bancos
queriam ditar como as mulheres gastavam o próprio dinheiro. Mulheres solteiras ou divorciadas que
solicitassem um cartão de crédito ou empréstimo eram obrigadas a levar um homem para assinar o
contrato.

❑1977 – A Lei do Divórcio é aprovada

Até o dia 26 de dezembro de 1977, as mulheres permaneciam legalmente presas aos casamentos,
mesmo que fossem infelizes em seu dia a dia. Somente a partir da Lei nº 6.515/1977 é que o
divórcio tornou-se uma opção legal no Brasil. Porém, é importante ressaltar que anos após a
validação da lei, as mulheres divorciadas permaneciam vistas com maus olhos pela sociedade.
Esta pressão social fez muitas mulheres optarem por casamentos infelizes e abusivos em vez de
pedirem o divórcio.
Breve Contexto Histórico Cultural
❑1988 – A Constituição Brasileira passa a reconhecer as mulheres como iguais aos homens

Foi apenas na Constituição de 1988 que as mulheres passaram a ser vistas pela legislação
brasileira como iguais aos homens. Somente após as pressões da pauta feminista, aliada com
outros movimentos populares que ganharam as avenidas na luta pela democracia, é que
conseguimos vencer uma realidade opressora e fomos incluídas legalmente como cidadãs com
os mesmos direitos e deveres dos homens – pelo menos na Constituição.

❑2002 – “Falta da virgindade” deixa de ser motivo para anular o casamento

Apenas no início do século XXI é que o Código Civil brasileiro extinguiu o artigo que permitia que
um homem solicitasse a anulação do seu casamento caso descobrisse que a esposa não era
virgem antes do matrimônio. Até este momento, a não virgindade feminina era julgada como uma
justificativa aceitável para divórcios.
Como a identidade da mulher está
sendo formada em meio a todas essas
transformações?

O movimento feminista é uma das mais fortes correntes culturais construídas. Esse novo comportamento
deu origem a novas necessidades, dentre elas; intervenções que visam o processo reflexivo onde as
mulheres poderão ressignificar sua condição atual e formular um pensamento crítico sobre sua posição
social e sua existência enquanto mulher. O que trará um profundo efeito sobre a nossa futura evolução.
Dinâmicas da Modernidade
Dinâmicas da Modernidade
A partir da massificação dos meios de comunicação, da já citada revolução feminina, e dos avanços
tecnológicos, vem surgindo uma mudança significativa nas relações sociais, Mãe, esposa, profissional,
mulher; inúmeros são os papéis assumidos pelo público feminino desde a sua emancipação. Não
obstante, a pressão imprimida pela indústria da “beleza”, para o alcance de padrões estéticos cada vez
mais distantes da realidade, atua como fator adjunto à sobrecarga emocional. Diante disso, o grande
desafio é aprender como manter a saúde mental e, principalmente, a qualidade de vida apesar dos
diversos agentes internos e externos que contribuem para o surgimento de transtornos emocionais e
mentais femininos. Vive-se numa época onde tudo é relativo, é maleável, tudo muda conforme os ditames
da economia principalmente porque observa-se um potencial consumista feminino, significativamente,
superior em relação ao masculino

A constituição de identidade, o conceito de família e o desempenho de papéis nas relações de gênero,


atendem a uma ordem diferente da praticada até meados do século XX.
Mulher na Contemporaneidade
Menciona-se que vários são os fatores que influenciam a formação da identidade de uma pessoa:
determinismo biológico, aspectos psicodinâmicos, cultura, interação social, entre outros. Silva
(2000) defende que o determinismo biológico é um dos fatores que leva uma menina a ser vista e
sentir-se como um ser que falta algo, de acordo com a influência da civilização. Essa menina
cresceu em busca desse “algo”.

A mulher foi convocada para esse trabalho extra doméstico, tendo como consequência a revisão
de todos os seus papéis tradicionais. Segundo Toscano (1998), “tal revisão incluía novas atitudes
por parte do universo masculino quanto a outros protagonismos femininos, fora dos estritos
limites da casa e da família”. Essa revisão do masculino aconteceu?

Essa cidadã do mundo pós-moderno, é destituída de uma identidade fixa, permanente; vem se
tornando fragmentada, compreendendo várias identidades, sendo por vezes contraditórias ou não
resolvidas.
Mulher na Contemporaneidade
“A identidade torna-se uma ‘celebração móvel’; formada e transformada continuamente em relação às
formas pelas quais somos representadas ou interpeladas nos sistemas culturais que nos rodeiam”
(Hall, 1987).

Entretanto de acordo com relatos e estudos de intervenções clínicas utilizados essas mulheres estão
em conflito, enfrentam desafios e novas vivências, sentindo-se, muitas vezes, profundamente solitárias,
sobrecarregadas, frustradas, cansadas e confusas

Muito mais que cansaço e estresse, a múltipla jornada pode desencadear sérios problemas à saúde
mental feminina. A emancipação feminina de fato mudou a forma de atuação da mulher na sociedade,
contudo, desempenhar muitas atividades ao mesmo tempo pode gerar ansiedade e até angústia, que
provoca sensações como palpitação e aperto no peito. Há momentos em que a ansiedade se torna
grave.
Maior propensão transtornos psíquicos
As mulheres se mostram mais propensas a desenvolverem transtornos de ansiedade, como síndrome do
pânico e fobias simples, porque a subjetividade se apresenta de maneira diferente entre os gêneros.
Qualquer pessoa está passível de sofrer um transtorno mental em alguma fase da vida, por questões
internas e externas. O que ocorre é que a mulher tem mais acesso aos seus conteúdos emocionais,
expressando mais livremente a sua emotividade do que o homem,

Do ponto de vista biológico, ela está sob todos os efeitos das oscilações hormonais que ocorrem na
menarca, gestação, climatério e menopausa. Mas este não pode ser considerado um fator exclusivo. A
herança genética é relevante, se o pai e a mãe tem depressão, o risco aumenta ainda mais. Dessa forma, o
fator hormonal é um dos elementos biológicos, assim como o genético, mas questões ambientais e sociais
influenciam o quadro. Mulheres com menor escolaridade estão mais vulneráveis porque têm menos
qualidade de vida (o que inclui a alimentação e condições de trabalho fora e em casa), e ainda têm pouco
acesso ao tratamento e diagnóstico precoces.
Inconvenientes Modernos
Elementos simples como por exemplo o salto alto, também trazem transtornos a qualidade de vida
dessa mulher. Para se adequarem no trabalho e aos padrões impostos, as mulheres não abandonam o
salto, mesmo com seus defeitos. O uso do salto concentra o peso de quem o usa apenas na ponta do
pé, duplicando a carga que os ossos da região conseguem suportar, e o resultado disso é a dor.
E quanto mais alto, pior! O uso diário desses sapatos pode estar prejudicando a sua saúde e aumentar
o cansaço e estresse

Assim como o peso das bolsas que fazem a alegria das mulheres, provocar uma série de problemas.
Essa prática é extremamente prejudicial à postura corporal. Carregar muito peso nas costas ou em um
dos ombros prejudica de uma só vez a musculatura lombar, coluna, pescoço, ombros, braços e quadril,
trazendo danos a qualidade de vida, contribuindo para a fadiga, tensão e esgotamento.

Confira onde dói mais:


ombros: 65%;costas: 22%;pescoço: 11%;braço: 2%.
Ferreira Gullar
Dilema
Culturalmente vivemos em grupos e inconscientemente sentimos necessidade de acolhimento e
pertencimento. Segundo a psicologia somos projetados para buscar relacionamentos significativos com outras
pessoas, e um relacionamento conjugal é um dos tipos mais comuns de relacionamento e, também, um dos
mais complexos.
Entretanto na sociedade contemporânea a instituição casamento é olhada com certa desconfiança por parte
da mulher. Existem muitas questões envolvidas nesse novo paradigma feminino; entre eles o desejo de
realização na carreia profissional, os exemplos de casamentos naufragados dentro do contexto familiar, a
desconfiança em relação a vínculos profundos, as várias demandas da mulher que é mãe e esposa, ter ou não
filhos, a educação dos mesmos, os meio irmãos e a nova dinâmica familiar, as exigências sociais em
convergência com as cobranças internas e em destaque o fato de que “a sociedade em que vivemos privilegia
a função social que produz dinheiro”. O mercado de trabalho abrigou a mulher, mas desabrigou os filhos e
reivindicou sua posição de mãe.
Gestação
Gestação
A maternidade implica necessariamente no nascimento de uma nova mulher, pois é uma etapa que marca
o início de um novo modo de ser, de pensar e de enxergar do eu e do mundo à nossa volta. E como
qualquer processo de ruptura, implica no luto de dar adeus a alguém que um dia fomos e na abertura para
vivenciar um novo “eu” que nasce, cheio de medos e expectativas.
A gestante neste momento pode desenvolver alguns adoecimentos mentais e muitas vezes não poder
contar com ninguém pelo medo de serem julgadas. Isso porque a sociedade só enxerga a grávida “feliz o
tempo todo”, mas nem sempre é o que acontece. Choro fácil, raiva, felicidade, tudo se alterna com uma
velocidade incrível. Alterações de apetite e do sono, oscilações bruscas de humor e cansaço extremo são
os sintomas mais evidentes do 1º trimestre da gravidez, fruto das mudanças hormonais que afetam todo o
corpo. O Cortisol aumenta progressivamente no organismo durante o período gestacional, alcançando
níveis, duas a três vezes maiores no final da gravidez.
Apesar de a ansiedade estar muito presente, a intensidade com que a gestante apresenta esta alteração
emocional precisa ser acompanhada. Pesquisas indicam que a alta ansiedade, ou seja, níveis muito
elevados de ansiedade na gestação podem ser um indicativo para ansiedade puerperal e até mesmo
depressão pós-parto (HERON et al., 2004; SCHIAVO, 2016; LANES)
Puerpério
O puerpério dura, em média, de 45 a 60 dias, mas para quem escolher amamentar por mais tempo que
o recomendado (6 meses), ele pode durar um pouco mais. Esse processo demanda bastante do
emocional, uma vez que houve uma queda hormonal significativa com a retirada do bebê.
O puerpério tem três fases:
•Imediato: do 1º ao 10º dia do pós-parto;
•Tardio: do 11º ao 42º dia do pós-parto;
•Remoto: a partir do 43º dia do pós-parto.
As alterações físicas, apresentam sangramento vaginal, barriga inchada, seios duros , dores nas costas e
cólicas. Existem também as alterações emocionais, pois, a partir desse momento a mulher busca
respostas de como ser uma boa mãe, de como voltar ao trabalho, como amamentar corretamente, cuidar
do recém-nascido e a vontade de voltar ao corpo que se tinha antes do parto.
Climatério
É o período de transição do período fértil para o período não reprodutivo. A primeira fase do climatério
ocorre a partir dos 40 anos, quando o ciclo menstrual reduz, embora o fluxo possa ser abundante.
Fisiologicamente, o hipoestrogenismo provoca aumento da ansiedade e labilidade emocional (VALENÇA,
2010). A segunda fase ocorre por volta dos 50 anos; nessa etapa, o ciclo fica mais longo, e o fluxo, bem
menor. É nessa fase que as ondas de calor e a irritabilidade começam a surgir, a mulher também pode
ganhar peso, .
Todas essas mudanças ocorrem por causa do estrógeno. A produção desse hormônio pelos óvulos é
drasticamente reduzida durante a fase de transição. A ausência do estrógeno é a responsável pelas
ondas de calor, alteração da libido e perda de massa óssea, o que aumenta o risco de osteoporose.
No quesito psicológico, em mulheres climatéricas, incluem depressão, irritabilidade, nervosismo,
intolerância e alterações no humor.
Perimenopausa

45 – 50- anos

Ocorre de 2 a 3 anos antes


da última menstruação.
Nessa fase surgem ondas de
calor, transpiração intensa,
dificuldade para dormir e
irritabilidade.
Perimenopausa
Com as quedas dos níveis de estrogênio, pode haver uma desregulação do sono.

Com as oscilações hormonais, cabelos e pele podem ficar fracos, podem ocorrer também problemas
ginecológicos, patologia na mama, quistos nos ovários e oscilações de humor e ansiedade.
Climatério ou perimenopausa é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma fase
fisiológica da vida e não um processo patológico, que compreende a transição entre o período reprodutivo e
o não reprodutivo da vida da mulher, sendo nesse período em que surgem as irregularidades menstruais e
queixas vasomotoras, antecedendo a menopausa, visto que é nesse período que se inicia a queda da
produção hormonal. A menopausa é a última fase do climatério, pois ocorre seguido por doze meses de
ausência do ciclo menstrual.
Menopausa
É outra importante fase na vida de uma mulher. Ela marca o fim da menstruação e da ovulação,
portanto já não é possível engravidar naturalmente. A menopausa é definida pela última menstruação
isso acontece aproximadamente aos 50 anos, porém pode variar entre 43 e 57 anos. É considerada
prematura ou precoce, a menopausa anterior à idade mínima prevista.

Nessa fase, também é comum aparecerem alguns desconfortos; ondas de calor intenso, aumento de
peso, atrofia vaginal e diminuição da libido, irritabilidade, dispareunia, alterações do sono e suores
noturnos, podendo causar até depressão, ansiedade, entre outros. É fundamental o acolhimento a
essas mulheres, pois é necessária a orientação sobre as mudanças físicas e psicológicas que ocorrem
nesse período.
Suscetibilidade a doenças
A queda nos hormônios pode gerar um risco aumentado de osteoporose (enfraquecimento ósseo,
caracterizada pela redução da massa óssea), e doenças cardiovasculares (que passaram a liderar as
causas de mortalidade feminina), como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto e hipertensão.

Entre os sintomas psíquicos, há grande suscetibilidade para a tristeza, desânimo, e depressão. Tendo
ainda como coadjuvantes a irritabilidade e labilidade emocional, ou seja, grande flutuação do
humor. Muitas se queixam, ainda, de insônia e alterações da memória.

Para a restauração do corpo precisa de tranquilidade, doença = conflito.


Pós Menopausa
Acontece no Período entre 48-65 anos, desencadeia alterações significativas no organismo da mulher,
como perda da libido, maior propensão a infecções urinárias, aumento do risco de câncer de mama,
osteoporose, doenças cardíacas e depressão.

Muitas mulheres optam pela reposição hormonal para suprir a falta do estrogênio e diminuir os efeitos
dessa ausência brusca no corpo, mas o acompanhamento psíquico é fundamental.

A fertilidade feminina envolve diversas fases que ocorrem durante toda a vida da mulher e está intrínseca
a ela. Somado aos aspectos emocionais envolvidos no decorrer da vida dessa mulher vai repercutir nessa
fase.
56
OBRIGADO
PRINCESAS!!

AMADURECIMENTO E TRANSIÇÕES EM DIFERENTES IDADES

Você também pode gostar