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Contextualização
Considerado o primeiro filósofo, entendia ser a água o elemento vital e que todas as
coisas vivas parecem depender dela para sobreviver. É notável o fato de que a vida surge
em superfícies úmidas. Por fim, reconhece-se que o que morre acaba por secar. Tales foi
também um matemático. Embora não tenha escrito livros ou estes tenham se perdido,
através da doxografia é possível reconhecer suas perspectivas em relação a realidade.
Na crítica moderna de Hegel e Nietzsche são reconhecidos em Tales alguns aspectos
fundamentais para o desfecho do pensamento ocidental, como o fato de propor um enun-
ciado para a origem do cosmos sem imagens ou fabulações, fixando-se na matéria. Além
disso, outro aspecto anunciado por Tales que é fundamental está na ideia, embora embri-
onária, de que tudo é UM.
Discípulo de Anaximandro, foi o primeiro a afirmar que a lua recebe a luz do sol. Afir-
mava que era um só o princípio da natureza, também ilimitado, mas não indeterminado.
Para Anaxímenes, o ar forma todo o cosmos através de um movimento que o transforma
nos demais elementos.
1. PLUTARCO, De Prim. Frig., 7, 947 F. O contraído e condensado da matéria ele
diz que é frio, e o ralo e o frouxo (é assim que ele se expressa) é quente.
2. AÉCIO, L 3. 4. Como nossa alma, que é ar, soberanamente nos mantém unidos,
assim também todo o cosmo sopro e ar o mantém.
2a. IDEM, II, 22. O sol largo como uma folha.
Hegel chama a atenção para o retorno da idéia de um elemento natural como o princí-
pio uno do cosmos, uma representação do sensível junto a liberdade observada no ar mais
que nos demais elementos.
Pitágoras ocupa um espaço místico destro da filosofia, pois nunca escreveu, assim
como seus discípulos. Na escola pitagórica os debates e ensinamento eram guardados
em segredo, por isso pouco pode se afirmar com propriedade. Sabe-se, no entanto, que
eles fundavam suas teorias física e religiosas com base na matemática, justificando que a
origem do todo é o número. Os pitagóricos defendiam que a alma se liberta pelo desen-
volvimento da intelectualidade.
Para Heráclito, que não teve tutores, o princípio que rege o cosmos é o conflito,
através de um embate constante dos opostos, que se reorganizam em um fluxo ordenado
pela necessidade e pelo próprio confronto. Tudo é movimento e tudo se move. O nome
desse vir-a-ser é logos.
49a. HERÁCLITO, Alegorias, 24. Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos
e não somos.
80. IDEM, ibidem, VI, 42. É preciso saber que o combate é o-que-é-com, 1 8 e justiça
(é) discórdia, e que todas (as coisas) vêm a ser segundo discórdia e necessidade.
Na crítica moderna de Hegel e Nietzsche o apelo pelo vir-a-ser de Heráclito é funda-
mental para compreender sua idéia de movimento. O processo de produção da realidade
pelo movimento contínuo do todo. O processo dialético do conflito.
Questões de vestibulares
A letra dessa canção de Lulu Santos lembra ideias do filósofo grego Heráclito, que vi-
veu no século VI a.C. e que usava uma linguagem poética para exprimir seu pensamento.
Ele é o autor de uma frase famosa: “Não se entra duas vezes no mesmo rio”. Dentre as
sentenças de Heráclito a seguir citadas, marque aquela em que o sentido da canção de
Lulu Santos mais se aproxima
a) Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.
b) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.
c) Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras.
d) Muita instrução não ensina a ter inteligência.
e) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidade.
REFERÊNCIAS