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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA/CCET


CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROFESSORA CYNTHIA MOREIRA LIMA
METODOLOGIA CIENTÍFICA

DÁVILLA KAROLAYNE COSTA DUTRA

MÉTODO CIENTÍFICO: DEDUTIVO, INDUTIVO E HIPOTÉTICO-DEDUTIVO

SÃO LUÍS
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA/CCET
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
PROFESSORA CYNTHIA MOREIRA LIMA
METODOLOGIA CIENTÍFICA

DÁVILLA KAROLAYNE COSTA DUTRA

MÉTODO CIENTÍFICO: DEDUTIVO, INDUTIVO E HIPOTÉTICO-DEDUTIVO

Trabalho apresentada a disciplina de Metodologia Cientifica


do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do
Maranhão, sob a orientação da Profa. Cynthia Moreira Lima,
como requisito para obtenção da terceira nota.

SÃO LUÍS
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4
2. MÉTODO DEDUTIVO ............................................................................5
3. MÉTODO INDUTIVO ..............................................................................6
4. MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO......................................................7
5. CONCLUSÃO..........................................................................................8
6. REFERÊNCIAS.......................................................................................9
1. INTRODUÇÃO

A palavra método refere-se ao procedimento ou caminho tendo origem


grega e segundo o dicionário Liddell-Scott (grego-inglês) de Oxford, essa palavra
se decompõe em meth + odou, atribuindo ao prefixo “meta” o sentido de
mudança, sucessão, posterioridade, já o hodos ou odou significa caminho.
Assim, o significado mais correto para a palavra método é “com caminho”. O
método representa a busca de segurança e um critério de validade daquilo que
se faz, seja uma experiência, análise ou interpretação.
Existem diversos tipos de métodos, assim como existe um número quase
ilimitado de objetos para pesquisa onde cada objeto ou campo de objetos exige
um método, tendo assim várias formas de se classificar as ciências, levando em
conta vários fatores como a natureza do objeto da ciência e também o seu
método se distingue as classificações.
Os métodos gerais ou de abordagem permitem ao pesquisador normas
genéricas destinadas a estabelecer uma ruptura entre objetivos científicos e não
científicos. Quando escolhido, esses métodos esclarecem os procedimentos
lógicos que deverão ser seguidos no processo, são então, métodos
desenvolvidos a partir de elevado grau de subjetividade, que possibilitam ao
deliberar acerca do alcance de sua investigação, das regras de explicação dos
fatos e da validade de suas generalizações.
Nesse primeiro momento podemos dividir os métodos em: dedutivo,
indutivo e hipotético-dedutivo. Cada um deles se conecta a uma das correntes
filosóficas que se propõem a explicar o processo do conhecimento na realidade.
O método dedutivo relaciona-se ao racionalismo, o indutivo, ao empirismo e o
hipotético-dedutivo, ao neopositivismo.
A utilização de um ou outro método depende de muitos fatores: da
natureza do objeto que pretendemos pesquisar, dos recursos materiais
disponíveis, do nível de abrangência do estudo e, sobretudo, da inspiração
filosófica do pesquisador.
2. MÉTODO DEDUTIVO
O método dedutivo, de acordo com o entendimento clássico, é o método
que parte da generalização e quer confirmá-la na particularidade. A partir de
princípios, leis ou teorias, pressupõe a ocorrência de casos particulares com
base na lógica. “Parte de princípios reconhecidos como verdadeiros e
indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de maneira puramente formal, isto
é, em virtude unicamente de sua lógica. ” (GIL, 2008, p. 9).
Conhecimento científico procura conhecer, além do fenômeno observado,
utilizando-se da razão como caminho para chegar à certeza sobre a verdade do
fenômeno sondado. Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e
Leibniz pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.
O método dedutivo parte das teorias e leis consideradas gerais e universais
buscando explicar a ocorrência de fenômenos particulares. O exercício metódico
da dedução parte de enunciados gerais (leis universais) que supostos
constituem as premissas do pensamento racional e deduzidas chegam a
conclusões. O exercício do pensamento pela razão cria uma operação na qual
são formuladas premissas, usando o silogismo, a construção lógica para, a partir
de duas premissas, retirar uma terceira logicamente decorrente das duas
primeiras, denominada de conclusão.
Esse método encontra aplicação em ciências como a Física e a
Matemática, cujos princípios podem ser enunciados como leis. Já nas ciências
sociais, o uso desse método é bem mais fechado, pelo motivo da dificuldade
para obter argumentos gerais, cuja veracidade não possa ser colocada em
dúvida. Mesmo do ponto de vista puramente lógico, são apresentadas várias
objeções ao método dedutivo, como o raciocínio dedutivo é essencialmente
tautológico, no qual, permite concluir, de forma diferente, a mesma coisa, por
exemplo quando aceitamos que todo homem é mortal, colocar o caso particular
de Pedro nada adiciona, pois, essa característica já foi adicionada na premissa
maior.
“Outra objeção ao método dedutivo refere-se ao caráter apriorístico de
seu raciocínio. ” (GIL, 2008, p. 10). A partir de uma afirmação geral significa
supor um conhecimento prévio. Esse conhecimento não pode derivar da
observação repetida de casos particulares, pois isso seria indução.
3. MÉTODO INDUTIVO
Partindo do pressuposto que para Lakatos e Marconi (2007, p. 86),
indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados
particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos
argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do
que o das premissas nas quais se basearam.
O método indutivo parte das observações particulares para chegar a
conclusões gerais. A constância e a regularidade dos fenômenos produzem uma
generalização, querem levar a uma lei geral e universal. Induzir é chegar a uma
conclusão a partir de dados particulares, sendo a conclusão é maior do que a
realidade particular. Por isso, o cuidado estatístico, por exemplo, nas pesquisas
de opinião eleitorais. Esse método foi e é muito questionado do ponto de vista
de sua fundamentação lógica (cf. FREIRE-MAIA, 2007, p. 30-43).
Entretanto, é muito utilizado nas ciências experimentais e há autores,
como Hume, que fala de uma tendência psicológica do ser humano em fazer
induções (FREIRE-MAIA, 2007, p. 39-40). O método indutivo é o método
proposto por autores empiristas como Hume, Locke, Bacon e Hobbes. Para eles
o conhecimento está fundamentado apenas na experiência e não deve partir de
princípios preestabelecidos. A conclusão indutiva é provável e não
necessariamente verdadeira. O esquema de uma variante desse método,
chamado de “indutivo-confirmável”: a observação do fenômeno e seus
elementos - análise da “relação quantitativa entre os elementos” – “indução de
hipóteses quantitativas” – teste experimental de verificação das hipóteses –
generalização dos resultados (KÖCHE, 2009, p. 56).
Pode-se concluir que a trajetória do pensamento vai de casos particulares
a leis gerais sobre os fenômenos investigados. Nessa perspectiva, o exercício
metódico do conhecer afirma uma posição indutiva do sujeito em relação ao
objeto, na qual a investigação científica é uma questão de generalização
provável, a partir dos resultados obtidos por meio das observações e das
experiências. Francis Bacon foi o “sistematizador do Método Indutivo, pois a
técnica de raciocínio da indução já existia desde Sócrates e Platão”, conforme
(LAKATOS; MARCONI, 2000, p. 71).
4. MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO

O método hipotético-dedutivo inicia-se com um problema ou uma lacuna


no conhecimento científico, passando pela formulação de hipóteses e por um
processo de inferência dedutiva, o qual testa a predição da ocorrência de
fenômenos abrangidos pela referida hipótese.
O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper a partir de
críticas à indução, expressas em A lógica da investigação científica, obra
publicada pela primeira vez em 1935 (GIL, 2008). De acordo com Popper, toda
investigação tem origem num problema, cuja solução envolve conjecturas,
hipóteses, teorias e eliminação de erros; por isso, Lakatos e Marconi (2007)
afirmam que o método de Popper é o método de eliminação de erros.
O problema surge de lacunas ou conflito em função do quadro teórico
existente. A solução proposta é uma conjectura (nova ideia e/ou nova teoria)
deduzida a partir das proposições (hipóteses ou premissas) sujeitas a testes. Os
testes de falseamento são tentativas de refutar as hipóteses pela observação
e/ou experimentação. Além das críticas inerentes ao método dedutivo, ao
hipotético-dedutivo acrescenta-se aquela que questiona o fato de as hipóteses
jamais serem consideradas verdadeiras; quando corroboradas, são apenas
soluções provisórias. Esse método desfruta de notável aceitação, em especial
no campo das ciências naturais.
Freire-Maia cita o exemplo de Charles Darwin que teve a ideia da teoria
da evolução, lendo um livro sobre sociologia e economia. Ele usava tanto o
método indutivo (coletar muitos dados para formular uma hipótese) quando
hipotético-dedutivo (partia de uma hipótese e buscava deduzi-la na verificação
dos fatos e fenômenos (FREIRE-MAIA, 2007, p. 43).
5. CONCLUSÃO
A Metodologia é compreendida como uma disciplina que consiste em
estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis para a realização
de uma pesquisa acadêmica. Portanto, em um nível aplicado, examina, descreve
e avalia métodos e técnicas de pesquisa que possibilitam a coleta e o
processamento de informações, visando ao encaminhamento e à resolução de
problemas e/ou questões de investigação.
O método é fundamental, mas ele sozinho não é suficiente para garantir
que a ciência progrida. Além dele, é preciso criatividade, imaginação e o
exercício da inteligência e da reflexão do pesquisador.
Para entender as características da pesquisa científica e seus métodos, é
preciso, previamente, compreender o que vem a ser ciência. Em virtude da
quantidade de definições de ciência encontrada na literatura científica, serão
apresentadas algumas consideradas relevantes para este estudo.
Assim, foram apresentados os principais métodos da ciência e suas
características básicas. Onde foi observado que não há conhecimento científico
sem método e que ao longo da história da ciência foram criados e testados vários
deles. Para cada tipo de fenômeno ou objeto percebeu-se que era necessário a
utilização de um método adequado.
6. REFERÊNCIAS

BERVIAN, P. A.; CERVO, A. L. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo:


MAKRON Books, 1996. ERREIRA, R. A. A pesquisa científica nas ciências
sociais: caracterização e procedimentos. Recife, PE: UFPE, 1998.
LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A. Metodologia Científica. 3. ed. rev. ampl.
São Paulo: Atlas, 2000

BARBOSA DA SILVA, I. Célia Regina Diniz. [s.l.] , [s.d.]. Disponível em:


<http://ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/geografia/metodologia_cientifica/M
et_Cie_A04_M_WEB_310708.pdf>.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social - 6 ed. Porto Alegre:
Atlas, 2008.

Metodologia Científica A CIÊNCIA E SEUS MÉTODOS OS DIVERSOS


MÉTODOS DE PESQUISA A RELAÇÃO ENTRE TEMA, PROBLEMA E
MÉTODO DE PESQUISA. [s.l.] , [s.d.]. Disponível em:
<http://ppg.fumec.br/ecc/wp-content/uploads/2016/12/MetodCientifica_02.pdf>.

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