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Introdução ..................................................................................................................................................... 4
Método dedutivo ........................................................................................................................................... 5
Argumento .................................................................................................................................................... 7
Validade de argumento ................................................................................................................................. 8
Métodos de validação de argumentos ........................................................................................................... 8
Validade de argumentos mediante tabela-verdade........................................................................................ 9
Validade de argumentos mediante regras de inferência .............................................................................. 10
Regras de inferências ................................................................................................................................. 10
Conclusão.................................................................................................................................................... 11
Referencias Bibliográficas .......................................................................................................................... 13
Introdução
O presente trabalho de pesquisa aborda conteúdos relacionados com o tema “método dedutivo,
argumento, regras de inferência e validade mediante tabelas – verdade”, onde de forma
parcial desenvolve se cada item que constitui o tem.
O pensamento lógico teve forte presença no cerne da Civilização Grega. Aristóteles (384-322
A.C) é tido como o primeiro sistematizador do conhecimento lógico da época. Presume-se que a
partir de uma análise das discussões, que eram comuns no seu tempo, o filósofo teria procurado
caracterizar um instrumento de que se serviria a razão, na busca da verdade. Aristóteles teve seu
trabalho registrado por seus discípulos e a obra de Lógica, intitulada o Organon, serviu de
fundamentação para a Lógica Simbólica. Aristóteles classificou as proposições em quatro
grupos, dois originários de uma consideração qualitativa e dois de considerações quantitativas.
Segundo a quantidade, tem-se proposições afirmativas ou negativas e, segundo a qualidade, em
universais e particulares. Assim é que na lógica de Aristóteles aparecem expressões como todo,
nenhum, algum, etc; e frases tipo "Todo homem é mortal " (universal afirmativa) e "Alguns
homens não são sábios" (particular negativa).
O método dedutivo foi proposto pelos principais racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz,
cujos filósofos fundamentaram que este método tem o silogismo como base principal, o que
significa que há uma construção lógica a partir de duas proposições e após isso chega-se a uma
conclusão, que seria a terceira proposição do argumento.
Por exemplo:
Então, o fundamento da dedução é a investigação das duas proposições (ou premissas) para
verificar se ambas são verdadeiras, podendo assim obter uma conclusão lógica de um
determinado tema.
Dentro desse contexto, René Descartes afirma que a razão e o bom senso estão sempre presentes
em qualquer ser humano. Ninguém possui um dom maior ou menor de clarividência, porém os
melhores resultados vêm das pessoas que escolhem o melhor caminho para pensar; ou seja, o
melhor método a ser escolhido é o que leva ao melhor aproveitamento da razão acima referida.
Para ele somente a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.
Descartes entende, ainda, que o homem não deve ficar restrito somente aos ensinamentos
teóricos dos seus mestres, e sim deve criar o hábito de associar o conhecimento teórico ao
conhecimento prático; e deve utilizar o raciocínio lógico (que incluem processos físicos,
matemáticos, geométricos e químicos) aliado à dedução, para então obter uma conclusão sobre
determinado assunto, deixando sempre de lado qualquer argumento que seja de natureza
subjectiva (que seja individual ou pessoal).
Ou seja, para o filósofo o método dedutivo nada mais é que a união do pensamento lógico com a
dedução racional, que resulta numa conclusão a respeito de um determinado assunto. Em outras
palavras, é a análise de duas proposições/premissas (uma maior e outra menor), que através de
uma construção lógica retira-se uma terceira, denominada de conclusão (ou solução/desfecho).
O método dedutivo parte da compreensão da regra geral para se chegar a conclusão em casos
específicos - ele é o inverso do método indutivo. Para compreendermos melhor este conceito,
podemos citar o exemplo clássico de Lakastos e Marconi:
Neste exemplo verificamos que a veracidade da conclusão ocorre somente porque as duas
premissas anteriores são verdadeiras, e que a verdade da conclusão já estava implícita nessas
duas premissas.
Aqui observamos de forma simples a convicção na conclusão que foi retirada das duas premissas
verdadeiras (maior e menor) analisadas previamente. Não há que se falar em meio-termo no
método dedutivo. Ou está correto ou está incorrecto, ou as premissas se completam e formam um
desfecho ou não se forma desfecho algum.
Assim, no método dedutivo para que a conclusão de um fato seja falsa, as premissas ou uma das
premissas devem ser falsas; diferente do que ocorre no método indutivo, por exemplo, que é
possível que a ideia inicial seja verdadeira e a conclusão (ou resultado) seja falsa.
O método dedutivo pode ser muito utilizado nas ciências que são orientadas por leis, como por
exemplo matemática, física, química e com aplicação na geologia. Essas ciências recebem a
denominação de ciências exactas porque não há variáveis em seus argumentos (argumentos
mutáveis) e sim há somente a lógica; diferente, por exemplo, das ciências sociais onde há muita
subjectividade e variabilidade (o que é instável/mutável) e o método dedutivo não pode ser
aplicado nessas últimas ciências, pois os argumentos variáveis não poderão fornecer uma
conclusão verdadeira.
Este método pode ser aplicado também em trabalhos e pesquisas académicas através da análise e
crítica dos dados que foram colectados por meio de entrevistas, de análise de campo, ou de
qualquer outra forma que o dado foi colectado para a pesquisa, pois os mesmos exigem uma
revisão e uma verificação antes de sua exposição, para então serem apresentados da maneira
correta.
Argumento
Para o Gustavo Augusto Lima de Campos & Jerffeson Teixeira de Souza Argumentos são
proposições descritas no formato de implicações.
Exemplo de argumentos
1. Argumento em Português
P1 - “Se Platão estiver disposto a visitar Sórates então Sócrates está disposto a visitar
Platão”
P2 - “Se Sócrates está disposto a visitar Platão então Platão não está disposto a visitar
Sócrates”
P3 - “Se Sócrates não está disposto a visitar Platão então Platão está disposto a visitar
Sócrates”
q - “Sócrates está disposto a visitar Platão”
2. Argumento em Linguagem Proposicional
Considerando:
Temos:
i. 𝒑𝟏 − 𝑟 → 𝑝
ii. 𝒑𝟐 − 𝑝 → ¬ 𝑟
iii. 𝒑𝟑 − ¬ 𝑝 → 𝑟
iv. 𝒒 − 𝑝.
Validade de argumento
Um argumento P1, P2, P3, …, Pn-1 ‘ Pn é dito válido se e somente se P1, P2, P3, …, Pn-1 j=
Pn, ou seja, se e somente se Pn é uma consequência lógica de P1, P2, P3, …, Pn-1, o que
acontece se (P1 ^ P2 ^ P3 ^ … ^ Pn-1) ! Pn for uma tautologia.
Desta forma, um argumento é válido se a sua conclusão é uma consequência lógica de suas
premissas, ou seja, a veracidade da conclusão está implícita na veracidade das premissas.
1. Tabela-verdade (semântico)
2. Prova por dedução (sintáctico)
3. Prova por refutação (sintáctico)
Onde:
Assim, para verificar se o argumento ´e válido, basta verificar se sua forma condicional ´e uma
tautologia (ou seja, verificar se a conclusão ´e consequência lógica das premissas). A forma
condicional do argumento ´e dada por:
Regras de raciocínio.
Argumentos válidos notáveis.
Operações básicas para realização de inferências lógicas.
Consideraremos uma tabela fixa de regras de inferência.
O processo de derivação nada mais ´e que a definição de uma lista de proposições
lógicas.
Inicialmente, lista encontra-se vazia. Primeiramente, incluímos as premissas (fatos
conhecidos).
Novas proposições obtidas através da aplicação das regras de inferências são inseridas até
que a conclusão seja obtida.
Regras de inferências
Considerando o argumento seguinte.
a. p : as uvas caem
b. q : a raposa come as uvas
c. r : as uvas estão maduras
O presente trabalho de campo apresentou o conceito do metodo dedutivo e argumento válido, bem como duas
abordagens distintas de se verificar a validade de argumentos em geral: a primeira, baseada na construção de
tabelas-verdade, e a segunda, mais geral e eficiente (pois é viável mesmo quando o n´úmero de proposições
atómicas cresce), através da utilização de um conjunto pré-estabelecido de regras de inferências, o que ºe
essencialmente o cálculo proposicional.
DINIZ, Célia Regina. Metodologia Científica/ Célia Regina Diniz; Iolanda Barbosa da Silva.
Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN-EDNEP, 2008.
CAMPOS, Gustavo Augusto Lima & SOUZA, Jerffeson Teixeira. Noções de Lógica. Secretaria
de Educação a Distância (SEAD/UECE) 2010.
Planeta Amazônia: Revista Internacional de Dto. Amb. e Políticas Públicas. ISSN 2177-1642;
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Http://www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/geografia/metodologia_cientifica.pdf