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Domingos Faria
CV Research Teaching # News
Silogismo
Nesta notação, "A" representa o termo predicado, "B" o termo sujeito, e expressões
como "ax," "ex," etc, representam a cópula. Nos primeiros sete capítulos do livro
"Analíticos Anteriores," Aristóteles desenvolve um sistema dedutivo dessas
proposições baseado nas regras de conversão e nos silogismos perfeitos da primeira
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22/01/2023 12:16 Domingos Faria, PhD | Blog Silogismo
Para Aristóteles só existiam estas três figuras (vale a pena salientar que a quarta
figura, bem com as regras tradicionais de validade silogísticas, ou a distribuição dos
termos, etc, são invenções posteriores a Aristóteles, sobretudo medievais). Ora, ao
substituirmos "x," "y" e "z" por cópulas concretas, obtemos os chamados "modos" do
silogismo. E alguns desses modos são válidos de acordo com Aristóteles, enquanto
outros são inválidos. Na lógica silogística os modos válidos da primeira figura são os
seguintes:
Aristóteles não só considera que estas quatro formas são válidas, mas também
perfeitas. Ou seja, ele considera a sua validade como evidente, não sendo preciso
qualquer prova para mostrar a sua validade. Todavia, os modos que ele identifica
como válidos na segunda e na terceira figura não são perfeitos e, por isso, precisam de
prova. De forma a provar a sua validade, Aristóteles faz uso dos silogismos perfeitos
da primeira figura e das seguintes regras de conversão:
A prova desses modos válidos é feita por Aristóteles por deduções diretas ou por
deduções indiretas (i.e. com recurso à redução ao absurdo). Este sistema dedutivo
aristotélico baseia-se em sete regras de dedução, nomeadamente: as três regras de
conversão e os quatro silogismos perfeitos da primeira figura. Neste sistema, as
deduções diretas começam com as proposições que são as premissas de um dado
argumento, e cada uma das proposições subsequentes é derivada a partir das
proposições precedentes por meio de alguma das sete regras de dedução. A última
proposição será a conclusão da dedução. Por exemplo, em 1.5 27a9-14 dos "Analíticos
Anteriores" existe uma dedução direta de Aristóteles para provar a validade do modo
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Portanto, como se pode ver, a validade de Camestres foi provada, pois a partir das
premissas 1 e 2, e utilizando as regras de dedução do sistema aristotélico,
conseguimos chegar à conclusão da linha 5. Ou seja, a conclusão "nenhum pecado é
virtude" é uma consequência lógica das premissas "toda a virtude é louvável" e
"nenhum pecado é louvável."
Bibliografia
Aristóteles. 1989. Prior Analytics (tr. Robin Smith). Hackett Publishing Co, Inc.
Malink, Marko. 2013. Aristotle's Modal Syllogistic. Cambridge: Harvard University Press.
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