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O Assunto da Lógica: “Silogismos”

O silogismo é a estrutura básica de um argumento ou um raciocínio dedutivo, o qual é


formado por três proposições que estão interligadas. Na filosofia, o silogismo é parte
integrante da lógica aristotélica e está baseado na dedução. Ou seja, parte de afirmações
verdadeiras para uma nova afirmação também verdadeira.

Toda lógica de Aristóteles gira em torno de uma noção: a dedução (syllogismos). Uma
explicação completa do que uma dedução é, e do que ela é composta, necessariamente nos
levará a toda sua teoria. O que é então, uma dedução? Aristóteles diz:
Uma dedução é uma locução (logos) em que, uma vez que certas coisas tenham sido
supostas, algo distinto do que foi suposto resulta por necessidade, devido às suposições como
tais. (Analíticos Anteriores I.2, 24b18-20). Cada uma dessas “coisas supostas” é uma
premissa (protasis) do argumento, e o que “resulta por necessidade” é a conclusão
(sumperasma). O núcleo dessa definição é a noção de “resultando por necessidade” (ex
anankês sumbainein). Isso corresponde a uma noção contemporânea de consequência lógica:
X resulta necessariamente de Y e Z se for impossível X ser falso quando Y e Z forem
verdadeiros. Desse modo, poderíamos tomar isso como sendo uma definição geral de
“argumento válido”, ou seja parte de afirmações verdadeiras para uma nova afirmação
também verdadeira.
Indução e Dedução
Deduções são uma das duas espécies de argumento reconhecida por Aristóteles. A outra
espécie é a indução (epagôgê). Ele tem muito menos a dizer sobre esta do que sobre dedução,
fazendo apenas um pouco mais do que caracterizá-la como um “argumento do particular para
o universal”. Contudo, a indução (ou algo muito parecido com isso) cumpre um papel crucial
na teoria do conhecimento científico dos Analíticos Posteriores: é a indução, ou pelo menos,
um processo cognitivo que vai de particulares para suas generalizações, que é a base do
conhecimento dos primeiros princípios indemonstráveis das ciências.
Exemplos de Silogismo

Exemplo 1:

Todo homem é mortal.


Sócrates é homem.
Sócrates é mortal.

Exemplo 2:

Todo brasileiro é sul-americano.


Todo nordestino é brasileiro.
Logo, todo nordestino é sul-americano.

Exemplo 3:
Todo político é mentiroso.
José é político.
Logo, José é mentiroso.

Composição do Silogismo Aristotélico

A primeira e a segunda proposições são chamadas de premissas e a última é a conclusão:

 Premissa Maior (P1): declaratória, donde todo M é P.


 Premissa Menor (P2): indicativa, donde S é M.
 Conclusão: a união das duas primeiras premissas, é possível deduzir a terceira
proposição, donde S é P.

Termos do Silogismo

O silogismo é constituído de três termos:

 Termo Maior: também chamado de extremo maior, ele surge na premissa maior,
sendo o termo predicado da conclusão. É representado por P.
 Termo Menor: também chamado de extremo menor, ele surge na premissa menor,
sendo o termo sujeito da conclusão. É representado por S.
 Termo Médio: ele aparece em ambas as premissas, entretanto, não aparece na
conclusão. É representado por M.

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