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Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de
Matemática
Disciplina: Lógica e Teoria de Conjuntos

Método dedutivo, argumento, regras de inferência e validade mediante tabelas -


verdade

Nome do aluno: Muanacha Suluho Muhammad Arame


Código do estudante: 81232328

Nampula, aos 12 de Setembro de 2023


Universidade Aberta Isced

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

Disciplina: Lógica e Teoria de Conjuntos

Método dedutivo, argumento, regras de inferência e validade mediante tabelas - verdade

Trabalho de Campo, da cadeira de


Matemática Escolar, a ser submetido na
Coordenação
Nome do aluno: Muanacha Suluho MuhammaddoArame
Curso de Licenciatura
em Ensino de Matemática da UNISCED.
Código do estudante: 81232328
O Tutor:

Dr. Acácio da Conceição Guebuza

Nampula, aos 12 de Setembro de


1
Índice
Introdução.........................................................................................................................................3

Método Dedutivo..............................................................................................................................4

Argumentos.......................................................................................................................................6

Validade De Um Argumento............................................................................................................7

Critério De Validade De Um Argumento.........................................................................................7

Argumentos Válidos Fundamentais..................................................................................................8

Regras De Inferência........................................................................................................................8

Validade Mediante Tabelas-Verdade.............................................................................................12

Conclusão.......................................................................................................................................15

Referência Bibliográfica.................................................................................................................16

2
Introdução
O presente trabalho da cadeira de Lógica e Teoria de Conjuntos, foi realizado no âmbito do
cumprimento exigido pela Universidade Aberta –UnISCED, no seu III Bloco, para aquisição
de alguns créditos académicos.

Com o trabalho pretende-se abordar o seguinte tema: Método dedutivo, argumento, regras de
inferência e validade mediante tabelas – verdade.

Nele tem os seguintes objectivos:

Geral

 Conhecer o método dedutivo, os tipos de argumentos, regras de inferências e validades


dos argumentos mediante a tabela-verdade estudados na cadeira de lógica Matemática.

Específicos:

 Identificar as estruturas formais que possam ser empregadas nas representações e


dedução de conhecimento.
 Descrever os argumentos válidos fundamentas e as regras de inferências.

No que concerne a estrutura, o trabalho compõe elementos pré-textuais, textuais e pois


textuais. Para além da estrutura que o trabalho compõe, foi privilegiado o método
bibliográfico, que consiste em consulta de obras, teses, artigos inerentes com o tema que se
pretende abordar.

3
Método Dedutivo
Para Filho (2002, p. 75), «Todas as implicações e equivalências foram demonstradas até aqui
pelo ― Método das tabelas-verdade‖.

Por sua vez, Ledón & Hernandez (p. 14), afirmam que "o método dedutivo" é utilizado
para demonstrar implicações (→) e equivalências lógicas (-).

O «método dedutivo» são de muita importância as equivalências relativas à álgebra de


proposições assim como nos argumentos validos fundamentais que abordaremos
posteriormente neste trabalho.

No entanto, o método dedutivo - é um tipo de raciocínio lógico que parte de premissas ou


princípios gerais para chegar a conclusões específicas. Ele segue uma abordagem de cima
para baixo, onde se aplicam regras estabelecidas ou princípios para chegar a um resultado
lógico e válido.

De acordo com Ledón & Hernandez (p. 14), "o método dedutivo é uma forma de
demonstração mais eficiente se comparado à construção de tabelas-verdade, este que, como
sabemos, é um processo demorado e com possibilidade de erros".

Exemplo 1: Demonstrar a implicação: 𝑝 𝖠 q → 𝑝 (Simplificação)

Esta implicação será verdadeira se e somente se a condicional 𝑝 𝖠 𝑞 → 𝑝 for uma tautologia.


Se formos a demonstrar o seu resultado será verdadeiro (V).

Demonstração:

𝑝 𝖠𝑞 →𝑝 - ∼ (𝑝 𝖠 𝑞) V 𝑝 «é uma transformação da condicional»

- (∼ 𝑝 V ∼ 𝑞 ) V 𝑝

- (∼ 𝑝 V 𝑝) V ∼ 𝑞

- 𝑇 V ∼𝑞

- 𝑇

A implicação lógica demonstrada é verdadeira. É tautologia

4
Exemplo 2: Demonstrar a implicação: 𝑝 𝖠 q → 𝑝 V q

Demonstração:

𝑝𝖠 𝑞 →𝑝V 𝑞 - ∼ (𝑝 𝖠 𝑞) V (𝑝 V 𝑞) «é uma transformação condicional»

Utilizando a regra de Morgan:

- (∼ 𝑝 V ∼ 𝑞 ) V (𝑝 V 𝑞)

- (∼ 𝑝 V 𝑝) V (∼ 𝑞 V 𝑞)

- 𝑇 V 𝑇

- 𝑇

A implicação lógica demonstrada é verdadeira. É tautologia

Exemplo 3: Demonstrar a implicação: (𝑝 → q) 𝖠 𝑝 → q (Modus ponens)

Demonstração:

(𝑝 → 𝑞) 𝖠 𝑝 - 𝑝 𝖠 ( ∼𝑃 V 𝑞) - (𝑝 𝖠 ∼ 𝑝 ) V (𝑝 𝖠 𝑞) - 𝐶 V (𝑝 𝖠 𝑞) - 𝑝 𝖠 𝑞 →
𝑞

Portanto, (𝑝 → q) 𝖠 𝑝 → q é logicamente verdadeiro. É tautologia.

Denotamos com T as proposições logicamente verdadeiras (tautologia), e com C proposições


logicamente falsas condicionais.

Exemplo 4: Demonstrar a equivalência: (𝑝 → 𝑟) 𝖠 (q → 𝑟) - 𝑝 V q → 𝑟

Demonstração:

(𝑝 → 𝑟 ) 𝖠 (𝑞 → 𝑟 ) - ( ∼ 𝑝 V 𝑟 ) 𝖠 ( ∼ 𝑞 V 𝑟 )

- (∼𝑝𝖠 ∼𝑞)V𝑟

- ∼(𝑝V 𝑞)V𝑟

- 𝑝 V𝑞→ 𝑟

5
Exemplo 5: Demonstrar a equivalência: (𝑝 → q) V (𝑝 → 𝑟) - 𝑝 → q V 𝑟

Demonstração:

(𝑝 → 𝑞) V (𝑝 → 𝑟) - ( ∼ 𝑝 V 𝑞) V (∼ 𝑝 V 𝑟) - (∼𝑝 V ∼𝑝) V (𝑞 V 𝑟)
- ∼ 𝑝 V ( 𝑞 V 𝑟) - 𝑝 → 𝑞 V 𝑟

Exemplo 6: Demonstrar as equivalências:

a) ∼ 𝑝 - 𝑝 𝗍 𝑝
b) 𝑝 𝖠 𝑞 - (𝑝 𝗍 𝑞) 𝗍 (𝑝 𝗍 𝑞})

Demonstração:

a) ∼ 𝑝 - ∼𝑝 V ∼𝑝 𝗍 𝑝
b) 𝑝 𝖠 𝑞 - ∼ (∼𝑝 V ∼𝑞) - ∼(𝑝 𝗍 𝑞) - (𝑝 𝗍 𝑞) 𝗍 (𝑝 𝗍 𝑞)

Os exemplos dos números 3, 5 e 6 foram colhidos dos exemplos do livro de Filho (2002).

Argumentos
Segundo Nolt & Rohathy (1991, p. 1), "um argumento é uma sequência de enunciados na qual
um dos enunciados é a conclusão e os demais são premissas, as quais servem para provar ou,
pelo menos, fornecer alguma evidência para conclusão."

De acordo com Alencar Filho (2002, ). ― […] Chama-se argumento toda a afirmação de que
uma dada sequência finita 𝑃1, 𝑃2, . . . , 𝑃𝑛 (𝑛 > 1) de proposições tem como consequência ou
acarreta uma proposição final Q".

𝑃1, 𝑃2, . . . ,
𝑃𝑛 𝑄
▶ 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑠ã𝑜
Premissas

Que poderá ser lido ou interpretando da seguinte maneira, tais como:

i) "𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 acarretam 𝑄"


ii) ―𝑄 decorre de 𝑃1 , 𝑃2 , 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 ;‖
iii) "𝑄 se deduz de 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛"
iv) "𝑄 se infere de 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛"

Um argumento que consiste em duas premissas e uma conclusão chama-se silogismo.

6
No entretanto, chamamos de argumento a um conjunto de proposições operadas por
conectivos lógicos, as quais uma proposição é a conclusão e as demais são premissas. Isto é,
um argumento é constituído pelas proposições 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 chamadas premissas, nas quais
nos baseamos segundo os conectivos lógicos para garantir uma proposição 𝑄 chamada
conclusão.

Validade De Um Argumento
Um argumento 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 ▶ 𝑄 será considerado válido se, e somente se a conclusão 𝑄
for verdadeira todas as vezes que as premissas 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 forem verdadeiras. Um
argumento não-válido diz-se um sofisma.

Segundo Alencar Filho (2002, p. 88):

A validade de um argumento depende exclusivamente da relação existente


entre as premissas e a conclusão. Portanto, afirmar que um dado argumento é
válido significa afirmar que as premissas estão de tal modo relacionadas com a
conclusão que não é possível ter a conclusão falsa se as premissas são
verdadeiras.

Na lógica proporciona, podemos empregar por exemplo, os seguintes meios para demonstrar
que um argumento é válido: tabelas verdade; princípios de demonstração

Critério De Validade De Um Argumento

Há várias formas simples para determinar se um argumento é válido ou não, que consiste em
verificar se a condicional correspondente para o argumento é uma tautologia ou não – se for
tautologia, tal argumento será valido.

Para filho (2002, p. 88) "Um argumento 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 ▶ 𝑄 é válido se e somente se a
condicional: (𝑃1 𝖠 𝑃2 𝖠 𝑃3 . . . ,𝖠 𝑃𝑛) → 𝑄 é tautológica".

Demonstrando, as premissas 𝑃1, 𝑃2, . . . , 𝑃𝑛 Pn são todas verdadeiras se e somente se a proposição 𝑃1 𝖠


𝑃2 𝖠 𝑃3 . . . ,𝖠 𝑃𝑛) → 𝑄 é verdadeira. Logo, o argumento 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 ▶ 𝑄 é válido se e somente se a
conclusão 𝑄 é verdadeira todas as vezes que a proposição 𝑃1 𝖠 𝑃2 𝖠 𝑃3 . . . ,𝖠 𝑃𝑛 é verdadeira, ou seja,
se e somente se a proposição 𝑃1 𝖠 𝑃2 𝖠 𝑃3 . . . ,𝖠 𝑃𝑛 implica logicamente a conclusão 𝑄: 𝑃1 𝖠
𝑃2 𝖠 𝑃3 . . . ,𝖠 𝑃𝑛) → 𝑄, o que é equivalente, se a afirmar que a condicional 𝑄: 𝑃1 𝖠 𝑃2 𝖠 𝑃3 . . . ,𝖠
𝑃𝑛) → 𝑄 é tautológica.

7
Argumentos Válidos Fundamentais

São argumentos que não precisariam de demonstração, dado que são verdadeiros, de modo
que podemos confiar em sua verdade.

Quadro 1: Argumentos válidos fundamentais

6. Modus tollens (MT)


1. Adição (AD):
i) p▶p V q p → q, ∼q ▶ ∼p
ii) p▶q V p
7. Silogismo disjuntivo (SD):
2. Simplificação (SIMP):
i) 𝑝 V 𝑞, ∼ 𝑝 ▶ 𝑞;
i) (𝑝 𝖠 𝑞) ▶ 𝑝 ;
ii) 𝑝 V 𝑞, ∼ 𝑞 ▶ 𝑝
ii) (𝑝 𝖠 𝑞) ▶ 𝑞
8. Silogismo hipotético (SH):
3. Conjunção (CONJ):
i) 𝑝, 𝑞 ▶ 𝑝 𝖠 𝑞 ; 𝑝 → 𝑞, 𝑞→ 𝑟▶ 𝑝 → 𝑟
ii) 𝑝, 𝑞 ▶ 𝑞 𝖠 𝑃

4. Absorção (ABS): 9. Dilema construtivo (DC):

𝑝 → q ▶ 𝑝 → (𝑝 𝖠 q) 𝑝 → 𝑞, 𝑟 → 𝑠, 𝑝V𝑟▶𝑞 V𝑠

5. Modus Ponens (MP) 10. Dilema destrutivo (DD):

(𝑝 → 𝑞), 𝑝 ▶ 𝑞 𝑝→ 𝑞, 𝑟 → 𝑠, 𝑝 V 𝑟▶𝑞 V𝑠

Fonte: Alencar Filho (2002)

Regras De Inferência

As regras de inferências são implicações semânticas. Elas são utilizadas para fazer
inferências, ou seja, executar os "passos" de uma demonstração ou dedução.

8
Quadro 2: Regra de inferência

i) Regra da Adição (AD): vi) Regra Modus tollens (MT):

(i) 𝑝
(ii) q 𝑝→q
𝑝VO qV𝑝 ∼q
∼𝑝

ii) Regra de Simplificação (SIMP): vii) Regra do Silogismo disjuntivo (SD):

𝑝𝖠q 𝑝𝖠q 𝑃V 𝑞 𝑝V 𝑞
(i) (ii) ∼𝑝 ∼𝑞
𝑝 q (i) (ii)
𝑞 𝑝

iii) Regra da Conjunção (CONJ): viii) Regra do Silogismo hipotético (SH):

𝑝 𝑝 𝑝→ 𝑞
q q
(i) (ii) 𝑞→𝑟
𝑝𝖠q q𝖠𝑝
𝑝→𝑟

iv) Regra da Absorção (ABS): ix) Regra do Dilema construtivo (DC):

𝑝→q 𝑝→𝑞
𝑝 → (𝑝 𝖠 q) 𝑟→𝑠
𝑝V𝑟
𝑞V𝑠

v) Regra Modus ponens (MP): x) Regra do Dilema destrutivo (DD):

𝑝→q 𝑝→𝑞
𝑝 𝑟→𝑠
q ∼𝑞 V ∼𝑠
∼𝑞 V ∼𝑟

Fonte: Ledón & Hernandez (p. 14)

Exemplo de utilização das regras de inferência

1. Regra da Adição: dada uma proposição verdadeira qualquer 𝑝, podemos deduzir sua
disjuncao com qualquer outra proposicao 𝑞, isto é, 𝑝 V 𝑞.

9
Exemplo:

a) (𝑥 < 0) 𝖼 (𝑥 < 0) V (𝑥 = 2), pois (𝑥 < 0) V (𝑥 = 2) é consequência lógica de


(𝑥 < 0).
2. Regra da Simplificação: dada uma conjunção de duas proposições 𝑝 𝖠 𝑞, podemos
deduzir cada uma das proposicoes individuais, 𝑝 ou 𝑞.

Exemplo:

(𝑝V∼𝑞)
(𝑥>0)𝖠𝑥❜1
(𝑝V∼𝑞)
(𝑥>0)𝖠𝑥❜1
∼𝑞
(𝑥❜1)

No primeiro exemplo podemos afirmar que a conclusão.

∼𝑞 se deduz de 𝑝 𝖠 ∼𝑞 (premissa); ou

∼𝑞 se infere de 𝑝 𝖠 ∼𝑞: ou

𝑝 𝖠 ∼𝑞 correcta ∼𝑞.

3. Regra da Conjunção: permite, a partir de duas proposições dadas 𝑝 e 𝑞 (premissas),


deduzir sua conjunção 𝑝 𝖠 𝑞.

Exemplo:

a) (𝑥 < 5), (𝑥 > 1) 𝖼 (𝑥 < 5) 𝖠 (𝑥 > 1), uma vez que trivialmente (𝑥 < 5) 𝖠 (𝑥 > 1)
é consequência lógica da conjunção das premissas.
4. Regra da Absorção: permite, a partir de uma condicional 𝑝 → 𝑞 dada como premissa
deduzir uma outra condicional com o mesmo antecedente 𝑝, mas cujo consequente é a
conjunção de 𝑝 com 𝑞, isto é, 𝑝 → (𝑝 𝖠 𝑞).

Exemplo:

𝑥=2→𝑥<3 𝑃
a) 𝑥 − 2 → 𝑥 − 2𝖠𝑥 < 3

5. Regra Modus ponens, também chamada regra de separação: permite deduzir 𝑞


(conclusao) e a partir de 𝑝 → 𝑞 e 𝑝 (premissa).

1
Exemplo:

∼𝑝 V 𝑟 → 𝑠 𝖠 ∼𝑞
∼𝑝 V 𝑟
𝑠 𝖠 ∼𝑞

𝑠 𝖠 ∼𝑞 que é a conclusão infere-se das duas premissas anteriores (ou seja, as duas premissas
anteriores acarretam 𝑠 𝖠 ∼𝑞.

6. Regra Modus. Tollens: permite, a partir das premissas 𝑝 → 𝑞 (condicional) e ∼ 𝑞


(negação do consequente), deduzir como conclusão ∼𝑝 (negação do antecedente).

Exemplo:

𝑥 G 0 → −𝑥 = 𝑦
𝑥 G0
𝑥=𝑜

7. Regra do Silogismo disjuntivo: — Permite deduzir da disjunção 𝑝 V 𝑞 de duas


proposições e da negação ∼𝑝 (ou ∼𝑞) de uma delas a outra proposição 𝑞 (ou 𝑝).

Exemplo

∼(𝑝 → 𝑞)V𝑟
∼∼(𝑝 → 𝑞) 𝑥=0 V 𝑥 = 1
𝑥❜0
𝑟
𝑥=0

8. Regra do Silogismo hipotético: corresponde a propriedade transitiva do conectivo


(→).

Exemplo

a) (|𝑥| = 0 → 𝑥 = 0 ), (𝑥 = 0 → 𝑥 + 1 = 1 ) 𝖼 (|𝑥| = 0 → 𝑥 + 1 = 1 ), ou seja,


(|𝑥| = 0 → 𝑥 + 1 = 1) é consequência lógica de (|𝑥| = 0 → 𝑥 = 0) V
(𝑥 = 0 → 𝑥 + 1 = 1 ).
9. Regra do Dilema construtivo: a partir de três premissas, sendo duas condicionais
com antecedentes e consequentes distintos (𝑝 → 𝑞, 𝑟 → 𝑠), e a disjunção de seus
antecedentes, 𝑝 V 𝑟, esta regra opermite cocluir a disjuncao dos consequentes destas
condicionais, 𝑞 V 𝑠.

1
Exemplo:

a) Considere as premissas (𝑝 𝖠 𝑞) → ∼𝑟, 𝑠 → 𝑡 e, (𝑝 𝖠 𝑞) V 𝑠, aplicando a regra do


dilema construtivo podemos deduzir ∼ 𝑟 V 𝑡.
b) (𝑥 < 𝑦 → 𝑥 = 1), (𝑥 > 𝑦 → 𝑥 = 2), (𝑥 < 𝑦 V 𝑥 > 𝑦) 𝖼 (𝑥 = 1 V 𝑥 = 2), ou seja,
𝑥 = 1 V 𝑥 = 2) é consequência lógica de (𝑥 < 𝑦 → 𝑥 = 1) 𝖠 (𝑥 > 𝑦 → 𝑥 = 2) 𝖠
(𝑥 < 𝑦 V 𝑥 > 𝑦).
10. Regra do Dilema destrutivo: a partir de três premissas, sendo duas condicionais com
antecedentes e consequentes distintos (𝑝 → 𝑞, 𝑟 → 𝑠), e a disjuncao da negação de
seus consequentes ∼𝑞 V∼ 𝑠 esta regra permite concluir a disjunção da negação dos
antecedentes destas condicionais ∼𝑞 V∼ 𝑟.

Exemplo:

a) (𝑥 < 30 → 𝑥 = 3), (𝑥 > 40 → 𝑥 = 4), (𝑥 G 3 V 𝑥 G 4 ) 𝖼 (𝑥 ≥ 30 V 𝑥 ≤ 40), ou


seja, 𝑥 ≥ 30 V 𝑥 ≤ 40) é consequência lógica de (𝑥 < 30 → 𝑥 = 3) 𝖠 (𝑥 > 40

𝑥 = 4) 𝖠 (𝑥 G 3 V 𝑥 G 4.

Validade Mediante Tabelas-Verdade

As tabelas-verdade são ferramentas poderosas na verificação da validade de argumentos.

De acordo com Filho (2002, p. 99), "as tabelas-verdade podem ser usadas para demonstrar,
verificar ou testar a validade de qualquer argumento".

Para a verificação da construção de um argumento por meio desse método, temos que:

 Construir a tabela-verdade do argumento 𝑃1 𝖠 𝑃2. . . ,𝖠 𝑃𝑛 → 𝑄, e


 Depois verificar se 𝑃1 𝖠 𝑃2 𝖠 𝑃3 . . . ,𝖠 𝑃𝑛−1) → 𝑄, isto é, se a proposição 𝑃1 𝖠 𝑃2 𝖠
. . . ,𝖠 𝑃𝑛) → 𝑄 é tautológica.

1
Exemplos

Exmplo 1: Quadro 3: Verificar se é valido o argumento 𝑝 → q, q ▶ 𝑝

𝑝 q 𝑝→q
V V V
V F F
F V V
F F V
O argumento dado não é válido, ou seja, é um sofisma, pois, a falsidade da conclusão é
compatível com a verdade das premissas.

Exemplo 2: Quadro 4: Verificar se é valido o argumento 𝑝 → q, q ▶ ∼𝑝

𝑝 q 𝑝→q
V V V
V F F
F V F
F F V

Fonte: Autor

O argumento dado é válido. As premissas são ambas verdadeiras (V) somente na linha 1, e
nesta linha a conclusão também é verdadeira (V), isto é, não é possível ter premissas
verdadeiras c conclusão falsa.

Exemplo 3: Verificar mediante a tabela-verdade se é valido o argumento seguinte:

Se 𝑥 = 0, entao 𝑥 + 𝑦 = 𝑦

Se 𝑦 = 𝑧, entao 𝑥 + 𝑦 G 𝑦

Logo, se 𝑥 = 0, entao 𝑦 G 𝑧

Contudo, chamamos as proposições simples 𝑥 = 0 de p, 𝑥 + 𝑦 de 𝑞 e 𝑦 = 𝑧 de 𝑟, o agumento


pode se escito na linguagem da logica proporcional como:

𝑝 → q, 𝑟 →∼ q ▶ 𝑝 →∼ 𝑟

1
A forma condicional do argumento é dado por:

𝑃 = (𝑝 → q) 𝖠 (𝑟 →∼ q) → (𝑝 →∼ 𝑟)

Quadro 5: A tabela verdade para a proposição resultante é dada por:

𝑝 𝑞 𝑟 ∼ 𝑞 ∼ 𝑟 (𝑝 → 𝑞) (𝑟 →∼ 𝑞) (𝑝 → ¬𝑟) (𝑝 → 𝑞) 𝖠 (𝑟 →∼ 𝑞) P
V V V F F V F F F V
V V F F V V V V V V
V F V V F F V F F V
V F F V V F V V F V
F V V F F V F V F V
F V F F V V V V V V
F F V V F V V V V V
F F F V V V V V V V

Fonte: Fonte: Alencar Filho (2002)

1
Conclusão

Chegados ao término da abordagem do presente trabalho, conclui-se que "o método dedutivo"
é um método, utilizado para demonstrar implicações e equivalências lógicas.

A validade de um argumento depende exclusivamente da relação existente entre as premissas


e a conclusão

Na lógica proporciona, podemos empregar por exemplo, os seguintes meios para demonstrar
que um argumento é válido: tabelas verdade; princípios de demonstração, extensão do
princípio da demonstração.

Portanto todo argumento válido goza da seguinte propriedade característica: a verdade das
premissas é incompatível com a falsidade da conclusão.

As regras de inferências, são utilizadas para fazer inferências, ou seja, executar os "passos" de
uma demonstração ou dedução.

Portanto, a tabela verdade é o método mais geral para testar a validade de um argumento. Para
a verificação da construção de um argumento por meio desse método, temos que: construir a
tabela-verdade do argumento e depois verificar se a proposição é tautológica.

O método da tabela-verdade permite demonstrar ou testar a validade de qualquer argumento,


mas o seu emprego torna-se cada vez mais trabalhos a medida que aumenta o número de
proposições simples componentes dos argumentos.

1
Referência Bibliográfica

Cunha, F. G. M. & Castro, J. K. de Sousa. (2017), Matemática descritiva. UAB/IFCE -


Fortaleza.

Ledón, M. F. P. & Hernandez, C. C. Material Teórico: Argumentos, Regras de Inferência e


Método dedutivo.

Alancar filho, E. de. (2002). Iniciação à lógica Matemática. São Paulo: Nobel.

Levada, A. L. M. (2011). Fundamentos de Lógica Matemática. São Carlos.

Nolt, J & Rohatyn, D. (1991). Lógica. São Paulo: McGraw-Hill.

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