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Método Dedutivo..............................................................................................................................4
Argumentos.......................................................................................................................................6
Validade De Um Argumento............................................................................................................7
Regras De Inferência........................................................................................................................8
Conclusão.......................................................................................................................................15
Referência Bibliográfica.................................................................................................................16
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Introdução
O presente trabalho da cadeira de Lógica e Teoria de Conjuntos, foi realizado no âmbito do
cumprimento exigido pela Universidade Aberta –UnISCED, no seu III Bloco, para aquisição
de alguns créditos académicos.
Com o trabalho pretende-se abordar o seguinte tema: Método dedutivo, argumento, regras de
inferência e validade mediante tabelas – verdade.
Geral
Específicos:
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Método Dedutivo
Para Filho (2002, p. 75), «Todas as implicações e equivalências foram demonstradas até aqui
pelo ― Método das tabelas-verdade‖.
Por sua vez, Ledón & Hernandez (p. 14), afirmam que "o método dedutivo" é utilizado
para demonstrar implicações (→) e equivalências lógicas (-).
De acordo com Ledón & Hernandez (p. 14), "o método dedutivo é uma forma de
demonstração mais eficiente se comparado à construção de tabelas-verdade, este que, como
sabemos, é um processo demorado e com possibilidade de erros".
Demonstração:
- (∼ 𝑝 V ∼ 𝑞 ) V 𝑝
- (∼ 𝑝 V 𝑝) V ∼ 𝑞
- 𝑇 V ∼𝑞
- 𝑇
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Exemplo 2: Demonstrar a implicação: 𝑝 𝖠 q → 𝑝 V q
Demonstração:
- (∼ 𝑝 V ∼ 𝑞 ) V (𝑝 V 𝑞)
- (∼ 𝑝 V 𝑝) V (∼ 𝑞 V 𝑞)
- 𝑇 V 𝑇
- 𝑇
Demonstração:
(𝑝 → 𝑞) 𝖠 𝑝 - 𝑝 𝖠 ( ∼𝑃 V 𝑞) - (𝑝 𝖠 ∼ 𝑝 ) V (𝑝 𝖠 𝑞) - 𝐶 V (𝑝 𝖠 𝑞) - 𝑝 𝖠 𝑞 →
𝑞
Demonstração:
(𝑝 → 𝑟 ) 𝖠 (𝑞 → 𝑟 ) - ( ∼ 𝑝 V 𝑟 ) 𝖠 ( ∼ 𝑞 V 𝑟 )
- (∼𝑝𝖠 ∼𝑞)V𝑟
- ∼(𝑝V 𝑞)V𝑟
- 𝑝 V𝑞→ 𝑟
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Exemplo 5: Demonstrar a equivalência: (𝑝 → q) V (𝑝 → 𝑟) - 𝑝 → q V 𝑟
Demonstração:
(𝑝 → 𝑞) V (𝑝 → 𝑟) - ( ∼ 𝑝 V 𝑞) V (∼ 𝑝 V 𝑟) - (∼𝑝 V ∼𝑝) V (𝑞 V 𝑟)
- ∼ 𝑝 V ( 𝑞 V 𝑟) - 𝑝 → 𝑞 V 𝑟
a) ∼ 𝑝 - 𝑝 𝗍 𝑝
b) 𝑝 𝖠 𝑞 - (𝑝 𝗍 𝑞) 𝗍 (𝑝 𝗍 𝑞})
Demonstração:
a) ∼ 𝑝 - ∼𝑝 V ∼𝑝 𝗍 𝑝
b) 𝑝 𝖠 𝑞 - ∼ (∼𝑝 V ∼𝑞) - ∼(𝑝 𝗍 𝑞) - (𝑝 𝗍 𝑞) 𝗍 (𝑝 𝗍 𝑞)
Os exemplos dos números 3, 5 e 6 foram colhidos dos exemplos do livro de Filho (2002).
Argumentos
Segundo Nolt & Rohathy (1991, p. 1), "um argumento é uma sequência de enunciados na qual
um dos enunciados é a conclusão e os demais são premissas, as quais servem para provar ou,
pelo menos, fornecer alguma evidência para conclusão."
De acordo com Alencar Filho (2002, ). ― […] Chama-se argumento toda a afirmação de que
uma dada sequência finita 𝑃1, 𝑃2, . . . , 𝑃𝑛 (𝑛 > 1) de proposições tem como consequência ou
acarreta uma proposição final Q".
𝑃1, 𝑃2, . . . ,
𝑃𝑛 𝑄
▶ 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑠ã𝑜
Premissas
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No entretanto, chamamos de argumento a um conjunto de proposições operadas por
conectivos lógicos, as quais uma proposição é a conclusão e as demais são premissas. Isto é,
um argumento é constituído pelas proposições 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 chamadas premissas, nas quais
nos baseamos segundo os conectivos lógicos para garantir uma proposição 𝑄 chamada
conclusão.
Validade De Um Argumento
Um argumento 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 ▶ 𝑄 será considerado válido se, e somente se a conclusão 𝑄
for verdadeira todas as vezes que as premissas 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 forem verdadeiras. Um
argumento não-válido diz-se um sofisma.
Na lógica proporciona, podemos empregar por exemplo, os seguintes meios para demonstrar
que um argumento é válido: tabelas verdade; princípios de demonstração
Há várias formas simples para determinar se um argumento é válido ou não, que consiste em
verificar se a condicional correspondente para o argumento é uma tautologia ou não – se for
tautologia, tal argumento será valido.
Para filho (2002, p. 88) "Um argumento 𝑃1, 𝑃2, 𝑃3 . . . , 𝑃𝑛 ▶ 𝑄 é válido se e somente se a
condicional: (𝑃1 𝖠 𝑃2 𝖠 𝑃3 . . . ,𝖠 𝑃𝑛) → 𝑄 é tautológica".
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Argumentos Válidos Fundamentais
São argumentos que não precisariam de demonstração, dado que são verdadeiros, de modo
que podemos confiar em sua verdade.
𝑝 → q ▶ 𝑝 → (𝑝 𝖠 q) 𝑝 → 𝑞, 𝑟 → 𝑠, 𝑝V𝑟▶𝑞 V𝑠
(𝑝 → 𝑞), 𝑝 ▶ 𝑞 𝑝→ 𝑞, 𝑟 → 𝑠, 𝑝 V 𝑟▶𝑞 V𝑠
Regras De Inferência
As regras de inferências são implicações semânticas. Elas são utilizadas para fazer
inferências, ou seja, executar os "passos" de uma demonstração ou dedução.
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Quadro 2: Regra de inferência
(i) 𝑝
(ii) q 𝑝→q
𝑝VO qV𝑝 ∼q
∼𝑝
𝑝𝖠q 𝑝𝖠q 𝑃V 𝑞 𝑝V 𝑞
(i) (ii) ∼𝑝 ∼𝑞
𝑝 q (i) (ii)
𝑞 𝑝
𝑝 𝑝 𝑝→ 𝑞
q q
(i) (ii) 𝑞→𝑟
𝑝𝖠q q𝖠𝑝
𝑝→𝑟
𝑝→q 𝑝→𝑞
𝑝 → (𝑝 𝖠 q) 𝑟→𝑠
𝑝V𝑟
𝑞V𝑠
𝑝→q 𝑝→𝑞
𝑝 𝑟→𝑠
q ∼𝑞 V ∼𝑠
∼𝑞 V ∼𝑟
1. Regra da Adição: dada uma proposição verdadeira qualquer 𝑝, podemos deduzir sua
disjuncao com qualquer outra proposicao 𝑞, isto é, 𝑝 V 𝑞.
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Exemplo:
Exemplo:
(𝑝V∼𝑞)
(𝑥>0)𝖠𝑥❜1
(𝑝V∼𝑞)
(𝑥>0)𝖠𝑥❜1
∼𝑞
(𝑥❜1)
∼𝑞 se deduz de 𝑝 𝖠 ∼𝑞 (premissa); ou
∼𝑞 se infere de 𝑝 𝖠 ∼𝑞: ou
𝑝 𝖠 ∼𝑞 correcta ∼𝑞.
Exemplo:
a) (𝑥 < 5), (𝑥 > 1) 𝖼 (𝑥 < 5) 𝖠 (𝑥 > 1), uma vez que trivialmente (𝑥 < 5) 𝖠 (𝑥 > 1)
é consequência lógica da conjunção das premissas.
4. Regra da Absorção: permite, a partir de uma condicional 𝑝 → 𝑞 dada como premissa
deduzir uma outra condicional com o mesmo antecedente 𝑝, mas cujo consequente é a
conjunção de 𝑝 com 𝑞, isto é, 𝑝 → (𝑝 𝖠 𝑞).
Exemplo:
𝑥=2→𝑥<3 𝑃
a) 𝑥 − 2 → 𝑥 − 2𝖠𝑥 < 3
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Exemplo:
∼𝑝 V 𝑟 → 𝑠 𝖠 ∼𝑞
∼𝑝 V 𝑟
𝑠 𝖠 ∼𝑞
𝑠 𝖠 ∼𝑞 que é a conclusão infere-se das duas premissas anteriores (ou seja, as duas premissas
anteriores acarretam 𝑠 𝖠 ∼𝑞.
Exemplo:
𝑥 G 0 → −𝑥 = 𝑦
𝑥 G0
𝑥=𝑜
Exemplo
∼(𝑝 → 𝑞)V𝑟
∼∼(𝑝 → 𝑞) 𝑥=0 V 𝑥 = 1
𝑥❜0
𝑟
𝑥=0
Exemplo
1
Exemplo:
Exemplo:
De acordo com Filho (2002, p. 99), "as tabelas-verdade podem ser usadas para demonstrar,
verificar ou testar a validade de qualquer argumento".
Para a verificação da construção de um argumento por meio desse método, temos que:
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Exemplos
𝑝 q 𝑝→q
V V V
V F F
F V V
F F V
O argumento dado não é válido, ou seja, é um sofisma, pois, a falsidade da conclusão é
compatível com a verdade das premissas.
𝑝 q 𝑝→q
V V V
V F F
F V F
F F V
Fonte: Autor
O argumento dado é válido. As premissas são ambas verdadeiras (V) somente na linha 1, e
nesta linha a conclusão também é verdadeira (V), isto é, não é possível ter premissas
verdadeiras c conclusão falsa.
Se 𝑥 = 0, entao 𝑥 + 𝑦 = 𝑦
Se 𝑦 = 𝑧, entao 𝑥 + 𝑦 G 𝑦
Logo, se 𝑥 = 0, entao 𝑦 G 𝑧
𝑝 → q, 𝑟 →∼ q ▶ 𝑝 →∼ 𝑟
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A forma condicional do argumento é dado por:
𝑃 = (𝑝 → q) 𝖠 (𝑟 →∼ q) → (𝑝 →∼ 𝑟)
𝑝 𝑞 𝑟 ∼ 𝑞 ∼ 𝑟 (𝑝 → 𝑞) (𝑟 →∼ 𝑞) (𝑝 → ¬𝑟) (𝑝 → 𝑞) 𝖠 (𝑟 →∼ 𝑞) P
V V V F F V F F F V
V V F F V V V V V V
V F V V F F V F F V
V F F V V F V V F V
F V V F F V F V F V
F V F F V V V V V V
F F V V F V V V V V
F F F V V V V V V V
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Conclusão
Chegados ao término da abordagem do presente trabalho, conclui-se que "o método dedutivo"
é um método, utilizado para demonstrar implicações e equivalências lógicas.
Na lógica proporciona, podemos empregar por exemplo, os seguintes meios para demonstrar
que um argumento é válido: tabelas verdade; princípios de demonstração, extensão do
princípio da demonstração.
Portanto todo argumento válido goza da seguinte propriedade característica: a verdade das
premissas é incompatível com a falsidade da conclusão.
As regras de inferências, são utilizadas para fazer inferências, ou seja, executar os "passos" de
uma demonstração ou dedução.
Portanto, a tabela verdade é o método mais geral para testar a validade de um argumento. Para
a verificação da construção de um argumento por meio desse método, temos que: construir a
tabela-verdade do argumento e depois verificar se a proposição é tautológica.
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Referência Bibliográfica
Alancar filho, E. de. (2002). Iniciação à lógica Matemática. São Paulo: Nobel.