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Raciocínio Lógico: um resumo


não extensivo
Publicado em 18 de maio de 2020

Everton da Rosa 6 artigos


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Lógica, ou raciocínio lógico é a parte da filosofia que trata das formas


do pensamento em geral (dedução, indução, hipótese, inferência etc.) e
das operações intelectuais que visam à determinação do que é
verdadeiro ou não.

Conceitos fundamentais:

Sentença: é qualquer oração com sujeito e predicado.

Enunciados ou proposições: são sentenças declarativas que expressam


ideias ou significados. São espécies de ideias verdadeiras ou falsas.

Argumento: é uma sequência de enunciados no qual um dos


enunciados é a conclusão e os demais são as premissas.

Premissas: são enunciados que servem para provar ou, pelo menos,
fornecer alguma evidência para a conclusão.

Argumento complexo: é aquele formado por premissas que são


conclusões de etapas anteriores (premissas não básicas ou conclusões
intermediárias). As premissas que não são conclusões de etapas
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anteriores são premissas básicas.

Argumento convergente: é o argumento que contém várias etapas de


raciocínio, as quais sustentam a mesma conclusão.

Enunciado ou proposições lógicas

É uma oração declarativa que admite um dos dois valores lógicos


(verdadeiro ou falso), mas não ambos ao mesmo tempo.

Partes das proposições lógicas

Sujeito: termo a respeito do qual se declara alguma coisa.

Predicado: o que se declara sobre o sujeito.

Tipos de proposições lógicas

Simples ou atômica: não contém nenhuma outra proposição fazendo


parte integrante de si.

Composta ou molecular: formada por duas ou mais proposições


ligadas por operadores ou conectivos lógicos.

Princípios das proposições lógicas

Identidade: uma proposição verdadeira sempre será verdadeira; uma


proposição falsa, sempre será falsa.

Não contradição: uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao


mesmo tempo.
Terceiro excluído: uma proposição admite somente dois valores
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lógicos: verdadeiro ou falso.

Processos indutivo e dedutivo

Processo indutivo: parte do particular para o geral; no menor para o


maior.

Processo dedutivo: parte do geral para o particular; do maior para o


menor.

O processo dedutivo é geralmente utilizado para testar hipóteses já


existentes (axiomas) para, assim, provar teorias (teoremas). Por isso é
chamado de método hipotético-dedutivo.

Indicadores de inferência

Indicador de premissa: introduz a causa.

Um indicador de premissa no início de uma sentença composta


(molecular) denota que a primeira é uma premissa sustentando a
segunda.

Os indicadores de premissa ocorrem principalmente no início de


sentenças simples (atômicas). Quando isso acontece, eles demonstram
que a sentença é uma premissa sustentando uma conclusão previamente
estabelecida.

Exemplos: pois, desde que, como, porque, assumindo que, visto que,
admitindo que, isto é verdade porque, a razão é que, em vista que,
como consequência de, como mostrado pelo fato que, dado que,
sabendo que, supondo que, etc.
Indicadores de conclusão: introduz o efeito
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Um indicador de conclusão no início de uma sentença revela que ela é


uma conclusão de premissas anteriores.

Exemplos: portanto, por conseguinte, assim, dessa maneira, neste caso,


daí, logo, de modo que, então, consequentemente, assim sendo, segue-
se que, o qual implica que, o qual acarreta que, o qual prova que, o qual
significa que, do qual inferimos que, resulta que, podemos deduzir que,
etc.

Tabela-Verdade

É uma tabela onde são combinadas todas as possibilidades das


proposições simples e compostas.

O número de linhas da tabela-verdade é dado por 2 elevado ao número


de proposições simples.

Exemplo de tabela-verdade

Tautologia, contradição e contingência

Tautologia

São proposições compostas (moleculares) que apresentam tabela-


verdade sempre com valores lógicos verdadeiros, independentemente
dos valores lógicos das proposições simples (atômicas) que a compõe.

Contradição

São proposições compostas (moleculares) que apresentam tabela-


verdade sempre com valores lógicos falsos, independentemente dos
valores lógicos das proposições simples (atômicas) que a compõe.
Contingência
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São proposições compostas (moleculares) onde o valor lógico depende


dos valores lógicos das proposições simples (moleculares) que a
compõe.

Tautologia => P(v/f) + Q(v/f) = v

Contradição => P(v/f) + Q(v/f) = f

Contingência => P(v/f) + Q(v/f) = v/f

Conectivos lógicos

São expressões lógicas que permitem ligar várias proposições simples


(atômicas) obtendo proposições compostas (moleculares) cuja verdade
ou falsidade depende da verdade ou falsidade das proposições iniciais e
da natureza dos conectivos envolvidos.

Os conectivos lógicos são:

Conjunção: a∧b (a e b): a ∩ b (intersecção);

Disjunção inclusiva: a∨b (a ou b): a ∪ b (união);

Disjunção exclusiva: a⊻b (ou a, ou b): a ≠ b (diferente);

Condicional: a→b (se a, então b): a ⊂ b (está contido);

Bicondicional: a↔b (a se, e somente se, b): a = b (igual);

Negação: ~a ou ¬b (não a);

Equivalência: a⇔b (a equivale b);


Expressões e seus conectivos
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Eis uma breve lista de expressões e seus conectivos relacionados:

mas: conjunção;

é uma consequência de: condicional;

é correto concluir que: equivalência;

Quando A, B: condicional;

não A: negação;

não é verdade que A: negação;

é falso que A: negação;

Equivalência lógica

É a correspondência entre duas proposições que possuem o mesmo


valor-verdade e ocorre quando a tabela-verdade de ambas são iguais.

Existem dois "macetes" para, a partir de uma proposição condicional,


encontrar a sua equivalente:

Inverte e Nega: dado p→q, inverte o primeiro termo (p) com o


segundo (q) e nega o segundo (q): p→q ⇔ q→(~p)

NEyM
NEyMAR: dado p→q, nega a primeira parte (p), mantém a
segunda (q), e troca o conectivo por disjunção inclusiva (ou): p→q
⇔ (~p)∨q

Negação lógica
Para a negação de proposições lógicas, é necessário seguir algumas
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regras, chamadas de Leis de Morgan:

Negação de conjunção (~(p^q)): negue tudo e troque a conjunção


(^) por disjunção inclusiva (∨): ~(p^q)⇔~p∨~q;

Negação de disjunções inclusivas (~(p∨q)): negue tudo e troque a


disjunção inclusiva (∨) por conjunção(^): ~(p∨q)⇔~p^~q;

Negação de condicionais (~(p→q)): use o macete MANÉ, mantém


a primeira, nega a segunda, troca a condicional (→) por conjunção
(^): ~(p→q)⇔p^~q;

Negação de disjunção exclusiva (~(p⊻q)): troca a disjunção


exclusiva (⊻) por uma bicondicional (↔): ~(p⊻q)⇔p↔q;

Negação de bicondicional (~(p↔q)): troca a bicondicional (↔) por


uma disjunção exclusiva (⊻): ~(p↔q)⇔p⊻q;

Conjunções lógicas

Conjunções lógicas são conectivos de intersecção representando p e q:


p^q, cuja tabela-verdade é a seguinte:
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Observa-se que p^q somente será verdadeira se, e somente se, p e q o


forme, ou seja, tudo V, então V.

Disjunção lógica

Representa a união de conjuntos e é caracterizada pelo conectivo ou (p


∨ q) e tem como tabela-verdade:
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Observa-se que para que a disjunção p∨q seja verdadeira, ao menos p


ou ao menos q deve ser verdadeiro. Em outras palavras, tudo F, então
F.

Disjunção lógica exclusiva

Representa proposições onde não se permite o mesmo valor lógico para


ambas as premissas ao mesmo tempo. É representada por p⊻q
simbolizando seu conectivo ou p, ou q.

Tabela-verdade das disjunções exclusivas.


Podemos observar que p⊻q somente será verdadeira se p e q forem
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diferentes, ou seja, todos diferentes dá V.

Condicional lógico

Condicional lógico talvez seja o conectivo mais complexo de todos, o


qual é representado por p→q: se p, então q.

Tabela-verdade das condicionais.

Existe um macete muito conhecido para auxiliar na memorização da


condição que torna verdadeira a proposição p→q: Vera Fischer é Falsa.

Para que p→q seja falsa, é necessário que p seja V e q seja F. Em todas
as outras combinações p→q sempre será verdadeira.

Às condicionais lógicas associam-se os conceitos de condição


suficiente e condição necessária.

Condição suficiente é a parte independente da relação e condição


necessária é a parte dependente da primeira.

A condição suficiente é representada pela proposição que se liga ao se.


Já a condição necessária é aquela que se liga ao então.

Desta forma, dado p→q, p é condição suficiente e q é condição


necessária. Por sua vez, quando se diz, q, se p, deve-se trazer a
proposição para ordem normal, se p, então q. Assim, facilita-se a
identificação das condições suficiente e necessária da proposição
lógica.
Para determinar a equivalência entre proposições com uma condicional,
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adotam-se um dos seguintes procedimentos:

Inverte-se as proposições atômicas, negando-as (inverte e nega):


(p→q)⇔(~q→~p);

Nega-se a primeira parte, mantém-se a segunda, e troca-se a


condicional por disjunção exclusiva (NeyMaR):
NeyM (p→q)⇔(~p∨q);

Para a negação de condicionais lógicas, existe outro macete (MaNE):

Mantém-se a primeira parte, nega-se a segunda e troca-se a


condicional por uma conjunção: (p→q)⇔(p^~q).

Bicondicional lógica

Bicondicionais lógicas representam uma condição onde a relação é de


igualdade: p↔p, equivalente a se, e somente se, p, então q.

Tabela-verdade de bicondicionais.

Observe que o resultado de p↔q somente será verdadeiro se ambas, p e


q, ou forme verdadeiras, ou forem falsas: tudo igual dá V.

As bicondicionais possuem algumas expressões características:

p se, e somente se, q

p é equivalente a q

p e q possuem o mesmo valor verdade

se p, então q, e, se q, então p
As bicondicionais também possuem condição suficiente e condição
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necessária, porém tanto p quanto q são, ao mesmo tempo condição
suficiente e condição necessária, uma da outra, ou seja, uma não ocorre
sem a outra e uma é causa da outra, e vice-versa.

Precedência de conectivos

Assim como na Matemática existe a precedência de operadores, na


Lógica também existe uma ordem de resolução entre seus conectivos:

1º Negação (~)

2º Conjunção (^)

3º Disjunções (v e v)

4º Condicional (→)

5º Bicondicional (↔)

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#resumo #lógica #raciocíniológico

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Angela Santos •
3º+ 1 sem
Coordenadora Pedagógica na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro

Excelente artigo. Bem didático: foi direto no ponto! 😙

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Everton da Rosa
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