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Modelagem e Simulação de Sistemas

Aula 5: Conceitos Lógicos

Apresentação
Nesta aula, aprenderemos sobre as relações dos conceitos lógicos aplicadas à teoria dos conjuntos estudada na aula
anterior.

Iniciaremos o aprendizado sobre inferência a partir da base de regras de um sistema, através da interpretação da teoria
Fuzzy.

Objetivos
Relacionar os conceitos lógicos à teoria dos conjuntos;

Aplicar a inferência a partir da base de regras de um sistema;

Interpretar na perspectiva Fuzzy os conceitos da lógica clássica.

Lógica Clássica
Para estudar o modelo de sistemas Fuzzy, é importante abordar os conceitos de lógica, pois a base de conhecimento dos
sistemas Fuzzy é fundamentada nesses conceitos, sendo que o conceito de maior interesse nesse estudo é o de Proposição
1
.

Exemplo
Exemplos de proposições:

A mentira tem pernas curtas.

Eu gosto de cinema.

1+1>3.

É comum simplificar as proposições, de forma a evitar a escrita de muitas palavras.

Na representação das proposições com letras minúsculas, utilizando os exemplos anteriores, a letra minúscula substitui a
proposição:

p: A mentira tem pernas curtas.

q: Eu gosto de cinema.

r: 1+1>3.

As proposições podem ser simples ou compostas. As proposições simples são entendidas como aquelas que não contêm
mais de uma proposição na mesma sentença, como parte integrante de si mesma, enquanto as proposições compostas
também podem ser chamadas de fórmulas proposicionais e são a integração de duas ou mais sentenças utilizando conectivos
e, ou, não, se.... então e se.... somente se, conforme os exemplos:

Vou ao cinema e como pipoca..

Se chover amanhã, então não irei ao parque.

4  =  2 + 2 ou 4 =  2 ∙ 2.

O desenvolvimento do estudo de lógica foi iniciado na Grécia Antiga por Aristóteles e continuado por vários pensadores nos
séculos seguintes. Os juízos de valor atribuídos nesse contexto são ou verdadeiros, que podem ser representadas por 1, ou
falsos, que são representados por 0. Ainda na perspectiva clássica, não existe alguma proposição que possa, ao mesmo
tempo, ser verdadeira e falsa, pois vale-se de alguns princípios que devem ser obedecidos, que são:

Princípio da identidade Princípio da não contradição

Uma proposição verdadeira é verdadeira, uma proposição Nenhuma proposição poderá ser verdadeira e falsa ao
falsa é falsa mesmo tempo.

Princípio do terceiro excluído

Uma proposição ou será totalmente verdadeira ou será


totalmente falsa, nunca acontecendo um terceiro caso.
A atribuição de valor lógico para as proposições compostas é o principal
desafio do estudo da lógica e depende de dois fatores, o valor lógico das
proposições componentes e qual tipo de conectivo que as une é utilizado
nas sentenças.

Atenção

Existe um comparativo dos conceitos lógicos às noções de conjuntos, pois um conjunto de elementos pode ser identificado como
sendo uma coleção de elementos considerados estritamente verdadeiros ou estritamente falsos. Portanto, as proposições são
elementos de conjuntos que possuem grau de pertinência ao conjunto das proposições verdadeiras ou ao conjunto das
proposições falsas.

Considerando que os conjuntos A e B e a proposição “p” medem a verdade da afirmação de que um elemento x pertence ao
conjunto A , e a verdade da afirmação “q” de que o elemento x pertence ao conjunto B ou, mais convencionalmente:

p :  x ∈ Aq :  x ∈ B

Há um grau de veracidade que pode ser representado por uma função de pertinência (μ) para representar verdade e falsidade,
respectivamente, 0 e 1, para determinar a pertinência do elemento, que é uma proposição ao conjunto de proposições
verdadeiras V. Sendo assim:

() () () ()
Se x ∈ A, μ V p = 1;  caso contráriox ∉ A, μV p = 0Se x ∈ B,  μ V q = 1;  caso contráriox ∉ B, μV q = 0

Pelo princípio da não contradição da lógica tradicional surge a noção de exclusividade mútua. Para a situação envolvendo as
proposições p e q, onde:

V(p) ∩ V(q) = ∅,

pode-se perceber que a verdade de p sempre implica a falsidade de q vice-versa. Portanto, p e q são proposições mutuamente
exclusivas.

Os conectivos lógicos utilizados para a determinação dos valores lógicos das funções compostas são definidos em: disjunção,
conjunção, negação, implicação e equivalência.
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Disjunção (∨) 

A disjunção conectiva, o termo lógico ou, é o termo usado para representar o que geralmente é chamado de inclusivo ou.
Essa afirmação é importante, pois o termo da linguagem natural é diferente do termo lógico, já que na linguagem natural o
termo implica exclusão.

Por exemplo, no pedido de chá ou café, sugere a escolha de uma ou outra opção, mas não de ambas, enquanto o
inclusivo ou é o mais frequentemente empregado na lógica.

O inclusivo ou indica que uma proposição composta é verdadeira se uma das proposições simples for verdadeira ou
ambas forem verdadeiras. Equipara-se à união da teoria dos conjuntos e se utiliza o mesmo símbolo da união “∨” para
representar a operação.

p ∨ q : x ∈ A ou x ∈ B

(
Portanto,  μ V(p ∨ q) = max μ V(p),  μ V(q) )

Conjunção (∧) 

A conjunção de duas ou mais proposições ou termo conectivo lógico e considera a veracidade apenas quando existe
veracidade de duas proposições juntas, acarretando a ideia de simultaneidade, pois a proposição composta só pode ser
verdadeira se todas as proposições componentes forem verdadeiras concomitantemente. Assemelha-se à operação de
interseção da teoria de conjuntos, sendo utilizado o mesmo símbolo “∧”, da interseção, para representar o conectivo:

p ∧ q : x ∈ A e x ∈ B

(
Portanto,  μ V(p ∧ q) = min μ V(p),  μ V(q) )

Negação (-) 

Negar uma proposição significa trocar o seu valor lógico, utilizando o conectivo não, o que quer dizer que a negação de
uma proposição verdadeira é uma proposição falsa e a negação de uma proposição falsa é uma proposição verdadeira.
Identifica-se com a operação complementar do estudo de conjuntos, sendo o operador idêntico.

μ V (pˉ ) =  μ V(p) - 1p : x ∈ A tem μ V(p) = 1pˉ : x ∉ A tem μ V (pˉ ) = μ V(p) - 1 = 0


Implicação (→) 

A implicação conectiva lógica ou condicional é conhecida como implicação clássica para distingui-la de uma forma
alternativa criada na década de 1930 por Lukasiewicz, um matemático polonês, que foi creditado por pioneiramente
explorar lógicas que não sejam aristotélicas.

Conforme introduzido na aula anterior, na implicação, uma proposição p também é referida como hipótese ou antecedente
e uma proposição q é referida como conclusão ou consequente.

p → q :  x ∈ A implica em x ∈ B

A regra típica se… então em substituição a implica em é usada para determinar se um antecedente (causa ou ação) infere
um consequente (efeito ou reação).

Tal proposição composta é verdadeira em todos os casos, exceto quando um antecedente p verdadeiro aparece com um
consequente q falso, ou seja, uma hipótese verdadeira não pode implicar uma conclusão falsa.

Não há um paralelo direto dessa operação com a teoria dos conjuntos, portanto essa forma clássica de implicação requer
alguma explicação. Para todas as proposições de p e q, é equivalente, exceto para aquelas proposições que estão no
conjunto de verdade de p e no conjunto falso de q. Em outras palavras, linguisticamente, p → q equivale a pˉ ∨ q.

r: A pessoa está viva.

s: A pessoa pode respirar.

Aplicando o conceito que r → se é equivalente a   ˉr ∨ s, pode-se dizer que: A pessoa está viva implica que a pessoa pode
respirar, é equivalente à Pessoa não está viva ou Ela pode respirar.

Se for descoberto que a pessoa não pode respirar, ambas as sentenças são falsas, caso contrário, são ambas
verdadeiras.

Na formulação da teoria dos conjuntos, a união do complemento do conjunto verdade das proposições p Aˉ com os ()
elementos do conjunto verdade q(B).

p  →  q ≡ Aˉ ∪ B

De forma que se pode escrever:

p  →  q :  x ∉ A ou x ∈

(
Portanto,  μ V(p  →  q)  =  max μ V (pˉ ),  μ V(q) )
Equivalência (↔) 

A equivalência conectiva ou a operação bicondicional surge da dupla implicação. Isto é, só existe veracidade se os valores
lógicos de duas proposições forem iguais, pois assim não haverá a situação de uma hipótese verdadeira implicar uma
conclusão falsa em nenhuma das implicações. Sendo as proposições p e q, escreve-se:

Se p → q e q → p,  entãop ↔ q. p ↔ q :  x ∈ A se e somente se x ∈ Bμ V p ↔ q   =


( ) { 1, para μV(p) = μV(q)
0, para μV(p) = μV(q)
Relação de inferência
Para a elaboração do esquema de inferência em sistemas especialistas baseados em regras, é importante considerar também
a implicação envolvendo dois universos de discurso diferentes, logo é possível realizar a relação de inferência, supondo as
proposições:

p :  x ∈ A ⊂ Xq :  y ∈ B ⊂ Y

São respectivamente proposições descritas pelo conjunto A, em um universo X; e pelo conjunto B, no universo Y. Então, a
implicação p → q é descrita linguisticamente como:

Se x ∈ A onde A ⊂ X,  então y ∈ B onde B ⊂ Y

Segundo Ross (2010), em termos da teoria de conjuntos, pode-se representar a implicação por uma relação R, como definido
por vários autores do tema.

( ) (
R = A × B ∪ Aˉ × Y )
O primeiro termo da união é diretamente esclarecido devido ao fato de os pares ordenados A×B existirem explicitamente, pois
da definição descrita linguisticamente, conclui-se que, para todos os elementos x∈A, por consequência, existem os elementos
y∈B, mas também existem outros elementos não considerados somente por esse produto cartesiano, por isso a operação
união.

ˉ que também devem ser levados em consideração, mas


Sob outra perspectiva, o segundo termo apresenta os elementos x ∈ A,
a implicação não apresentou qualquer regra para o caso contrário (x ∉ A). Nesse sentido, subentende-se que esses elementos
formam pares ordenados com todos os elementos do universo Y (y ∈ Y).

A expressão pode ser representada em termos de função de pertinência:

( ) ( ( )
μ R x, y = max min μ A(x), μ B(y) ,  min ((1 - μA(x) ), 1 ))
O grau de pertinência de qualquer elemento do universo Y ao universo é máximo, ou seja, 1. Realizando a operação do mínimo,
pode-se apresentar a expressão simplificada:

( ) ( ( )(
μ R x, y = max min μ A(x), μ B(y) , 1 - μ A(x) ))
Caso exista um terceiro conjunto C, também no universo Y, dado pela proposição

t: y ∈ C ⊂ Y

Linguisticamente, pode ser elaborada a implicação

Se A,  então B,  senão C

ˉ  então C
Podendo expressar a proposição composta e sua respectiva representação lógica.
Se A,  então B e Se A,

  (p → q ) ∧ (pˉ → t )

A relação equivalente da implicação, considerando este terceiro conjunto, é dada por:

( ) ( ) ( ) ( (
R = A × B ∪ Aˉ × C μ R x, y = max min μ A(x), μ B(y) ,  min ) ((1 - μA(x) ), μC(y) ))
Como a regra sobre o caso contrário foi expressa na implicação, sabe-se que Aˉ não formará pares ordenados com todos os
elementos do universo Y, mas apenas com os elementos do conjunto C.
As regras de inferência são argumentos válidos, ou seja, uma sequência de
afirmações, onde todas, excluindo-se a última proposição, são denominadas
premissas ou hipóteses.

A última afirmação ou proposição final é denominada conclusão, pois as primeiras implicam na última, sendo que, nesse
sentido, o conectivo de implicação ganha a conotação de relação das premissas ao invés da operação.

Supondo uma sequência de proposições na qual todas as premissas são verdadeiras, a conclusão será verdadeira, pois a
conjunção de todas as premissas tem relação de implicação com a última.

p1 ∧ p2 ∧ … ∧ pn - 1 ⟹ pn

Uma das regras de inferência de especial interesse é conhecida como dedução pelo modus ponens (modo de afirmar). É um
esquema de inferência em sistemas especialistas baseados em regras. É uma operação cuja tarefa é encontrar o valor de
verdade de um consequente, dado o valor de verdade antecedente na regra.

Utilizando as preposições já apresentadas anteriormente:

p : x ∈ Ap → q :  Se x ∈ A,  então y ∈ B

Se ambas as proposições são verdadeiras, a verdade da proposição consequente q é automaticamente inferida, conforme a
expressão:

(p ∧ (p → q)) ⟹ q

Como era de se esperar, o consequente é que y ∈ B.

Supondo um novo antecedente A', é possível utilizar a dedução do modus ponens para inferir um novo consequente B', valendo-
se da mesma regra Se A,  então B.

p :  x ∈ A'p → q :  Se x ∈ A,  então y ∈ B(p ∧ (p → q)) ⟹ qq :  y ∈ B'

Na perspectiva de conjuntos, a lógica é implementada através do uso da operação de composição, pois a implicação
Se A,   então B, foi definida para universos de discursos diferentes. Logo, conforme vimos na aula anterior, formulando pela
teoria dos conjuntos, o novo consequente B' é resultado da composição da Relação R e do novo antecedente A', a saber:

B ' = A ' ∘ R = A' ∘ ((A × B ) ∪ (Aˉ × Y ))


É importante observar que a quantidade de linhas da matriz (n) de relação deve ser coincidente com a quantidade de elementos
do conjunto antecedente (n) para realização da operação min ou produto elemento por elemento. Para aplicação da expressão
da função de pertinência do consequente:

[ ( ( ) ( )), …, min (μA ' (xn ), μR (xn, y ))]


μ B ' (y) = max min μ A ' x 1 , μ R x 1, y

Também pode-se usar o mesmo princípio para a regra composta que considera mais um conjunto C e cuja relação foi
apresentada anteriormente:

Se A,  então B,  senão CR = (A × B) ∪ (A × C)

Logo, B ' = A ' ∘ R = A' ∘ ((A × B ) ∪ (Aˉ × C ))


Lógica Fuzzy
Os paradoxos surgem na lógica clássica, impedindo a solução de vários problemas lógicos. Isso se deve ao fato da restrição do
cálculo proposicional clássico a uma lógica bivalorada. Um exemplo interessante é a proposição:

s: Eu minto.

Quando respeitado o princípio da não contradição em que a proposição não pode ser verdadeira e falsa, se quem pronunciou
está dizendo a verdade, sua afirmação é falsa:

s → sˉ

Por outro lado, se sua afirmação é falsa, ele não está dizendo a verdade:

sˉ → s

Logo, s → sˉ

Como as proposições são equivalentes, seu grau de verdade também é equivalente:

μ V(s) = μ V (sˉ ) = 1 - μ V(s)

pois, μ V (sˉ ) = 1 - μ V(s)

logo, 2μ V(s) = 1μ V(s) = 1 / 2

Por isso, a solução para a questão lógica é superar os princípios da não contradição e do meio excluído aceitando a meia
verdade, em que a afirmação seja verdadeira e falsa simultaneamente. Como já é definido para os conjuntos Fuzzy, nesse
ponto trata-se da lógica Fuzzy, que também é multivalorada. Logo, uma função de pertinência apresenta o grau de valores de
verdade de uma proposição entre 0 e 1.

Seja uma proposição p : x ∈ A

[ ]
μ V : U → 0, 1 ou 0  ≤  μ V(p)   ≤  1

Exemplo
Um exemplo próximo ao cotidiano: Considere um copo com água de 300ml, que está cheio até o topo. Se for retirado menos de
1ml de água do copo, ele ainda está cheio? Ao se retirar precisamente 1ml de água do copo, pode-se dizer que está cheio? Se
forem retirados 150ml de água do copo, ele está cheio? Finalmente, no caso de se retirar quase 300ml de água do copo, ele está
cheio?

A resposta para todas as perguntas é: Sim, ele está cheio! Mas, essa verdade possui grau de veracidade respondendo cada
pergunta. Não existe um valor que determina a transição entre cheio e vazio, existe uma gradação entre uma verdade e outra.

Tanto os otimistas que dizem que o copo está meio cheio, quanto os pessimistas que dizem que o copo está meio vazio estão
corretos.

 Fonte: Shutterstock.

Declarações linguísticas que tendem a expressar ideias subjetivas e


que podem ser interpretadas de maneira ligeiramente diferente por
vários indivíduos geralmente envolvem proposições difusas. A
linguagem pode ser difusa, pois envolve termos vagos e imprecisos.

Quando as proposições são relativas à pertinência de um elemento a um conjunto Fuzzy, consequentemente o grau de verdade
da proposição é idêntico ao valor da função de pertinência do elemento ao conjunto, sem perda de sentido. Considerando a
proposição:

p : x ∈ Aμ V(p) = μ A(x)

As operações, quando no contexto da lógica Fuzzy, são linguisticamente idênticas, exceto a operação de equivalência.
Representa-se o grau de verdade das mesmas, considerando também a proposição q :  x ∈ A

Disjunção
( )
μ V(p ∨ q) = max μ V(p), μ V(q)  x ∈ Aoux ∈ B

Conjunção

( )
μ V(p ∧ q) = min μ V(p), μ V(q)  x ∈ Aex ∈ B

Negação

μ V (pˉ ) = 1 - μ V(p)x ∉ A

Implicação

( )
μ V(p → q) = max μ V (pˉ ), μ V(q)  Se x ∈ A,  então x ∈ B

Seguindo o mesmo princípio da lógica tradicional, a implicação descrita na base de regra de conjuntos Fuzzy
Se x ∈ A,  então x ∈ B, pode ser representada na forma de relação da teoria de conjuntos, identicamente à lógica tradicional,
com sua respectiva expressão da função de pertinência simplificada:

( ) ( ) ( ) ( ( )(
R = A × B ∪ Aˉ × Y μ R x, y = max min μ A(x), μ B(y) , 1 - μ A(x) ))
Todo o conteúdo de lógica tradicional é apresentado com o objetivo de formar a base teórica para raciocinar sobre proposições
imprecisas, referido por Zadeh como raciocínio aproximado. O raciocínio aproximado é análogo ao que é realizado na lógica
clássica, mas tratando de verdades parciais.

Considerando que A e B são conjuntos Fuzzy de universos de discurso diferentes e as informações sobre esses conjuntos são
expressas na forma de implicação, em outras palavras, um formato baseado em regras:

Se x ∈ A,  então y ∈ B

Caso seja introduzido um novo conjunto Fuzzy antecedente A', e este se relaciona à regra:

Se x ∈ A',  então y ∈ B'

O novo consequente B' é obtido, identicamente ao realizado na lógica tradicional pela operação de composição:

B ' = A' ∘ R

Atividade
1. Considere as quatro proposições compostas e determine quais delas são implicações, sabendo que a implicação não pode
ter um consequente falso se o antecedente é verdadeiro:

p : Se 1 + 1 = 2,  então 2 > 1; q : Se 1 + 1 = 1,  então 2 > 1; r : Se 1 + 1 = 1,  então 2 < 1; s : Se 1 + 1 = 2,  então 2 < 1.

2. Determinar a relação de implicação R entre os conjuntos A e B, sabendo que o conjunto universo Y = {b, c, d}

A=
{ 1 0 1 0 1
, , , ,
a e i o u } {
 e B =
1 0 1
, ,
b c d }

3. Considere as proposições p :  x ∈ A, q :  x ∈ B. Relacione a operação do contexto à operação com as funções de pertinência


relativa ao estudo dos conjuntos.

(
a) Negação ( ) max μ V (pˉ ),  μ V(q))
b) Implicação ( ) min (μ V(p),  μ V(q) )

c) ( ) μ V (pˉ ) = μ V(p) - 1
d) ( ) μ V(p) = μ V(q)

(
e) ( ) max μ V(p),  μ V(q) )
f) (c) A conjunção é a interseção das duas proposições, por isso, o mínimo das pertinências das proposições ao conjunto verdade.
g) (a) A negação de uma proposição é o complemento da pertinência da proposição.
h) (d) A equivalência é a determinação de que a pertinência de uma proposição ao conjunto verdade é idêntica à pertinência de outra
proposição ao conjunto verdade.
i) (e) A disjunção é dada pela união entre as proposições, logo, é o máximo das pertinências ao conjunto verdade de duas proposições.

4. Inferir o consequente B', dada a relação de inferência R e o antecedente A' utilizando a composição max-min.
5. São conhecidos os conjuntos Fuzzy x ∈ A e y ∈ B, que são interpretados como a entrada e a saída de um sistema
especialista baseado em regras. Determine um consequente B' para o antecedente conhecido A' desse sistema, utilizando a
composição min-max.

A=
{ 0.2 0.5 0.9
P
,
T
,
V } {
,  B =
0.2 0.5
α
,
ω }
 e A' =
{ 0.8 0.1 0.7
P
,
T
,
V }

Notas

Proposição 1

Tal conceito carrega o significado de propor a avalição de valor. São necessariamente sentenças linguísticas declarativas sobre
um objeto. As proposições são expressas em termos simbólicos, como palavras, com atribuição de valores verdadeiros ou
falsos, estritamente, quando na perspectiva tradicional.

Referências

DAGHLIAN, Jacob. Lógica e álgebra de Boole. Rio de Janeiro: Atlas SA, 2000.

SHAW, Ian S.; SIMÕES, Marcelo Godoy. Controle e modelagem Fuzzy. São Paulo: Blucher, 1999.

ROSS, Timothy J. Fuzzy logic with engineering applications. New Jersey: John Wiley & Sons, 2005.

Próxima aula

Fuzzyficação de sistemas.

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