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1.

Considerações Iniciais

O ramo da matemática que se optou chamar de Teoria das Probabilidades surgiu no


século XVI, com a publicação da obra Liber de Ludo Aleae, escrito por Cardano. Nele, o
matemático definia probabilidade como o quociente do número de casos favoráveis sobre o
número de casos possíveis. Nesse mesmo sentido, Laplace escrevera que

A teoria do azar consiste em reduzir todos os acontecimentos do mesmo gênero a


um certo número de casos igualmente possíveis, ou seja, tais que estejamos
igualmente inseguros sobre sua existência, e em determinar o número de casos
favoráveis ao acontecimento cuja probabilidade é buscada. A razão deste número
para o de todos os casos possíveis é a medida dessa probabilidade, a qual é,
portanto, uma fração cujo numerador é o número de casos favoráveis e cujo
denominador é o número de todos os casos possíveis.

Dessa forma, finalizando essa breve introdução, a Teoria da Probabilidade cuida do


estudo de fenômenos aleatórios, ou seja, aqueles que, mesmo reproduzidos sob as mesmas
condições, terão resultados diferentes.

2. Espaço Amostral e Eventos

Ao tratar da noção ingênua dada pelos matemáticos Cardano e Laplace, falamos na


construção de uma razão ou quociente formado pelo número de casos favoráveis e o número
de casos totais possíveis. Em outras palavras, falamos na construção, em abstrato, do
conjunto de todos os “mundos possíveis” e o conjunto dos “mundos que nos interessam”. Na
linguagem adotada pelos probabilistas, o conjunto de todos os eventos possíveis é
denominado espaço amostral, cujos elementos são chamados de eventos elementares, e o
conjunto de eventos possíveis, que também pode ser entendido como um subconjunto do
espaço amostral, é denominado evento.

O espaço amostral de um dado experimento pode ser categorizado, segundo sua


cardinalidade, como finito, infinito contável ou infinito não-contável.

(Talvez fazer um resumo de todo o apêndice sobre conjuntos)

2.1. Cardinalidade de um Conjunto

Resumir os conceitos no apêndice A.1.5 do livro


3. Definição ingênua de probabilidade

Do ponto de vista ingênuo, define-se a probabilidade como a razão entre o número


de possíveis resultados favoráveis e o número de resultados possíveis. A razão de ser chamada
de definição ingênua resta sobre as fortes assunções necessárias para sua consistência. Em
primeiro lugar, deve-se assumir que todos os eventos do conjunto S de possíveis resultados
sejam igualmente prováveis, ou seja, deve-se assumir que todos eles possuem massas de
probabilidade iguais. Em segundo lugar, para que o resultado seja consistente com a
realidade, S deve ser um conjunto necessariamente finito, caso contrário o cálculo de
probabilidade torna-se ineficaz.

4. Da Contagem

Sendo o conjunto finito, surge o problema da contagem de todos os seus elementos,


bem como da contagem dos elementos de nosso interesse. Esse problema é o objeto de estudo
do ramo matemático da Combinatória.

4.1. Princípio Básico da Contagem

Segundo o princípio básico da contagem, se tivermos um experimento A com a


resultados possíveis e, para cada experimento de A, um experimento B com b resultados
possíveis, então o número total de resultados será ab. Ou nas palavras do mestre Morgado,

Se uma decisão d1 pode ser tomada de x maneiras e se, uma vez tomada a decisão
d1, a decisão d2 puder ser tomada de y maneiras, então o número de maneiras de
se tomarem as decisões d1 e d2 é xy.

Sobre o tema, ainda é importante a escolha de qual decisão tomar primeiro. Em


alguns casos, essa ordem decisória não trará nenhum prejuízo ou dificuldade, porém, em
outros, a escolha de uma determinada ordem tornará um problema impossível em um possível
ou vice-versa. Dessa forma, Morgado diz

Pequenas dificuldades adiadas costumam transformar-se em grandes dificuldades.


Se alguma decisão é mais complicada que as demais, ela deve ser tomada em
primeiro lugar.

[Dissecar alguns exemplos dos três livros usados]

Tratando de escolhas feitas com substituição, o princípio da multiplicação nos dirá


que, em um experimento com n objetos, dos quais queremos fazer k escolhas, o número total
de possibilidades é n^k. Por outro lado, retirando a substituição, o número de possibilidades
torna-se n*(n-1) *...*(n-k+1).

4.2. Arranjos e Permutações

Uma permutação representa uma ordenação específica de n objetos. Quando


queremos calcular o número total de permutações de n objetos, devemos encontrar todos os
modos de ordená-los, com ou sem restrições. Fazendo uma escolha por vez, é possível
demonstrar que o número total de permutações de n objetos é equivalente ao fatorial de n.

O Arranjo é uma generalização em que a ordenação dos n elementos não precisa,


necessariamente, usar todos os elementos, podendo, em contrário, limitar-se ao uso de p
elementos apenas. Seu cálculo é feito pela razão entre o fatorial de n e o fatorial de (n – p).
Uma coisa a se frisar é que, como se trata de uma espécie de ordenação, a ordem dos
elementos é um fator a ser considerado. Isso é, mudando-se a ordem dos elementos,
considera-se mudado o conjunto.

4.3. Etiquetando objetos

[Resumir direto do texto]

4.4. Coeficiente binomial, “N-Choose K” e Combinações Simples

O problema da combinação simples surge com a pergunta “de quantos modos


podemos escolher p objetos distintos entre n objetos distintos dados?”. Ou, analogamente,
quantos são os subconjuntos com p elementos de um conjunto S?

Para resolver esse problema, usa-se o coeficiente binomial, cuja função é justamente
contar o número de subconjuntos de tamanho p de um conjunto qualquer. Na combinação
simples, a ordem dos objetos não é relevante, de forma que dois subconjuntos formados pelos
mesmos elementos serão tratados como uma única coisa e contados apenas uma vez.

4.5. Exemplo de Bose-Einstein e Combinações Completas (?)

[Decidir depois se será incluso]

5. Story proofs
O método de story proofs consiste em, antes de realizar cálculos algébricos para
demonstrar ou construir um raciocínio, buscar uma interpretação explicativa e gramatical
acerca do problema em mãos. Dessa forma, além de transmitir e compreender o problema
numa linguagem mais intuitiva, o processo de reconhecimento de sua solução torna-se mais
simples.

6. Definição não-ingênua de Probabilidade

Generalizando o conceito de probabilidade, temos que um espaço de probabilidade


consiste em um espaço amostral S e uma função de probabilidade P que usa um evento A em
S como input e retorna P(A), um valor real entre 0 e 1, como output. Essa função P deve
satisfazer os seguintes axiomas:

[descrever os axiomas]

6.1. Propriedades da Probabilidade

6.2. Princípio da Inclusão-Exclusão

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