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Cálculo de Probabilidades I
(conceitos e aplicações no Setor Público)
curso em três aulas
autor: Euro de Barros Couto Junior
RF: 644.969.7
—2—
(3) Alguns conceitos básicos (e necessários)
1
Axioma — 1. substantivo masculino; (fil.) premissa considerada necessariamente evidente e verdadeira, fundamento de uma
demonstração, porém ela mesma indemonstrável, originada, segundo a tradição racionalista, de princípios inatos da consciência
ou, segundo os empiristas, de generalizações da observação empírica [O princípio aristotélico da contradição (“nada pode ser e
não ser simultaneamente” — Lógica Clássica) foi considerado, desde a Antiguidade, um axioma fundamental da filosofia.]. 2. por
extensão: máxima, provérbio, sentença.
—3—
(3.3) Evento
Evento — é o fato sobre o qual depositamos nossa atenção, como observadores
da Natureza. Um evento, em termos probabilísticos, é passível de receber um va-
lor de probabilidade de sua ocorrência.
Evento probabilístico (matemático) — é um conjunto de resultados do experi-
mento, e é um subconjunto de U (conjunto de todos os resultados possíveis, ou,
conjunto universo). Em particular, U e (conjunto vazio) são eventos. U é dito o
‘evento certo’, e , o ‘evento impossível’.
Se usarmos as operações com conjuntos, podemos formar novos eventos:
a) A B — intersecção entre A e B — é o evento que ocorre, se A ocorre ‘e’ B
ocorre;
b) A B — união de A e B — é o evento que ocorre, se A ocorre ‘ou’ B ocorre;
c) Ā — é o evento que ocorre, se A não ocorre, é denominado de ‘evento com-
plementar’.
—4—
(3.5) Princípio Fundamental da Contagem
O ‘Princípio Fundamental da Contagem’ é um princípio combinatório que indica
de quantas formas se pode escolher um elemento de cada um de ‘n’ conjuntos fi-
nitos. Se o primeiro conjunto tem k 1 elementos, o segundo tem k2 elementos, e
assim sucessivamente, então o número total ‘T’ de escolhas é dado por:
T = k1 x k2 x k3 x ... x kn
Podemos dizer que o ‘Princípio Fundamental da Contagem’ é o mesmo que a
‘Regra do Produto’, um princípio combinatório que indica quantas vezes e as di-
ferentes formas que um acontecimento pode ocorrer.
Isto é muito comum! Veja!... Seja um evento formado por dois estágios carac-
terizados como sucessivos e independentes:
• O primeiro estágio pode ocorrer de ‘m’ modos distintos.
• O segundo estágio pode ocorrer de ‘n’ modos distintos.
Desse modo, podemos dizer que o número de formas diferente que pode ocor-
rer em um acontecimento é igual ao produto ‘m’ x ‘n’.
—5—
(3.6) ‘Regra da Multiplicação’ e eventos dependentes e independentes
Definições:
P(A e B) = P(A) x P(B) — ‘Regra da Multiplicação’ (somente se A e B são inde-
pendentes)
P(A e B) = P(A) x P(B|A) — ‘Regra da Multiplicação’ (eventos dependentes)
Conclusão:
Para eventos independentes (com reposição de cartas), temos:
P(A e B) = P(A) x P(B)
E para eventos dependentes (sem reposição de cartas), temos:
P(A e B) = P(A) x P(B|A)
Veja o exemplo clássico, acima. E lembre-se: toda vez que dois eventos ocorre-
rem em sequência, você deve prestar atenção sobre se eles são dependentes ou
independentes: isso é muito importante!!!
—6—
(4) Processos Elementares de Medida da Probabilidade Matemática 2 — tex-
to para leitura ‘em casa’
—8—
Tais pesquisas começaram a consolidar-se com os traba-
lhos notáveis do físico e advogado Amedeo Avogadro (Itá-
lia, 1776-1857).
No entanto, definitivamente, isso só foi possível de se
conseguir com o auxílio do Método Estatístico. Eis a razão
por que a Estatística passou por desenvolvimentos notá-
veis: novas concepções invalidaram antigas teorias, afaga-
das durante séculos, e a ciência sentiu-se impotente para
explicar diversos fenômenos. A Mecânica Clássica, por
exemplo, não chegou ao âmago das coisas, e todos os seus princípios se desmo-
ronaram. Veio substituí-la, com vantagem, a Mecânica Estatística, que rapida
mente fez carreira, desde James
Clerk Maxwell (Inglaterra, 1831-
1879) e Ludwig Boltzmann (Áus-
tria, 1844-1906), que consideravam
as propriedades da matéria como
resultantes dos átomos, até Willard
Gibbs (EUA, 1839-1903).
Na teoria cinética dos gases, considera-se um gás como sendo formado de um
número infinitamente grande de moléculas animadas de movimentos em todos os
sentidos, as quais se entrechocam e chocam as paredes do recipiente que as con-
tém, grande número de vezes por segundo. Considerando tais moléculas como
pontos materiais obedientes às leis da Mecânica, encontramos as propriedades
clássicas da Termodinâmica. Dados um número muito grande de moléculas em
movimento, não é possível estudá-las individualmente. Surge o problema funda-
mental: — Estando repartidas as velocidades moleculares segundo as leis do aca-
so, sendo, porém, constante a força viva total, qual será a repartição mais prová-
vel das velocidades? A resposta a essa pergunta é dada pelo Cálculo das Probabi-
lidades.
“Os gases — diz Poincaré — são formados de moléculas que circulam em todos
os sentidos e com grandes velocidades; as suas trajetórias seriam retilíneas, se, de
vez em quando, elas não se encontrassem ou não batessem contra as paredes do
vaso. Os acasos desses choques acabam por estabelecer certa distribuição média
das velocidades, distribuição essa que tende a restabelecer-se por si mesma, des-
de que é perturbada, de sorte que o observador só pode ver médias, unicamente
percebe leis muito simples, efeito do jogo das probabilidades e dos grandes nú-
meros. Ele observa o equilíbrio estatístico” (Últimos Pensamentos, p.139).
Entre os estudos recentes que fizeram apelo ao Cálculo das Probabilidades, po-
demos citar o movimento browniano ou a agitação incessante de partículas sóli-
—9—
das em suspensão num líquido, a qual pode ser considerada como sendo devida
aos choques das moléculas do líquido sobre as partículas. Essa agitação perpétua
que se pode observar ao microscópio foi analiti-
camente estudada por Albert Einstein (Alemanha,
1879-1955), cujas conclusões concordam, de mo-
do assaz notável, com as verificações experimen-
tais de Jean Baptiste Perrin (França, 1870-1942).
Paul Langevin (França, 1872-1946) e Louis de
Broglie (França, 1892-1987) alargaram considera-
velmente a aplicação do Método Estatístico às Ci-
ências Físicas, e a Mecânica Estatística ou Proba-
bilística — ciência nova — constitui um possante
instrumento moderno de investigação e do qual
podemos ainda esperar novos resultados.
— 13 —
(5) Texto da Lei Nº 15.937 de 23/12/2013
Publicado no DOC em 24 de dezembro de 2013.
Proíbe o uso de aparelhos sonoros ou musicais no interior de veículos de trans-
porte coletivo nas condições que especifica e dá outras providências.
(...)
Faz saber que a Câmara Municipal, em sessão de 27 de novembro de 2013, de-
cretou e eu promulgo a seguinte lei:
Art. 1º Fica proibido, para fins de preservação do conforto acústico dos usuários
e combate à poluição sonora, o uso de aparelhos musicais ou sonoros, salvo me-
diante o uso de fone de ouvido, no interior de veículos de transporte coletivo, pú-
blicos e privados, independentemente do órgão ou ente responsável por sua ad-
ministração, que circulam dentro do Município.
§ 1º A proibição constante do “caput” abrange os ônibus, micro-ônibus, vans, pe-
ruas, lotações e todos os tipos de veículos sobre trilhos.
§ 2º Aplica-se a proibição contida no “caput” aos aparelhos celulares, quando uti-
lizados como aparelhos musicais.
Art. 2º Quando constatada inobservância do preceituado no art. 1º, serão adota-
das, na ordem elencada, as seguintes medidas:
I - o infrator será convidado a desligar o aparelho;
II - em caso de recusa de desligar o aparelho, o infrator será convidado a se reti-
rar do veículo;
III - caso frustradas as medidas previstas nos itens I e II, será solicitada a inter-
venção policial.
Art. 3º É obrigatória a afixação de placas, no interior dos veículos de transporte
coletivo abrangidos pela presente lei, em letras de formato e tamanho legíveis,
contendo o número da presente lei, a proibição nela contida e o telefone do órgão
municipal responsável pelo transporte no Município, com os seguintes dizeres:
— 14 —
Exercício 5.1: Os 60 usuários (18 homens e 42 mulheres) de um ônibus são os
mesmos, em determinado horário. Todos eles usam aparelhos sonoros: 30, para
escutar música; 20, para escutar notícias; e 10, para estudar. Homens e mulheres
dividem-se, proporcionalmente, nessas três atividades sonoras.
(a) Use a seguinte tabela-resumo, para preencher as outras, que ajudarão nos cál-
culos dos itens solicitados:
Atividade
Sexo Total
música notícia estudo
Mulher 21 14 7 42
Homem 9 6 3 18
Total 30 20 10 60
— 15 —
Tabela B: distribuição percentual das quantidades de usuários, por sexo e por ati-
vidade, em relação ao total de usuários:
Atividade
Sexo Total
música notícia estudo
Mulher
Homem
Total
Tabela C: distribuição percentual das quantidades de usuários, por sexo e por ati-
vidade, em relação ao sexo:
Atividade
Sexo Total
música notícia estudo
Mulher
Homem
Total
Tabela D: distribuição percentual das quantidades de usuários, por sexo e por ati-
vidade, em relação à atividade:
Atividade
Sexo Total
música notícia estudo
Mulher
Homem
Total
— 16 —
Tabelas preenchidas:
Tabela B: distribuição percentual das quantidades de usuários, por sexo e por ati-
vidade, em relação ao total de usuários:
Atividade
Sexo Total
música notícia estudo
Mulher 0,35 0,23 0,12 0,70
Homem 0,15 0,10 0,05 0,30
Total 0,50 0,33 0,17 1,00
Tabela C: distribuição percentual das quantidades de usuários, por sexo e por ati-
vidade, em relação ao sexo:
Atividade
Sexo Total
música notícia estudo
Mulher 0,50 0,33 0,17 1,00
Homem 0,50 0,33 0,17 1,00
Total 0,50 0,33 0,17 1,00
Tabela D: distribuição percentual das quantidades de usuários, por sexo e por ati-
vidade, em relação à atividade:
Atividade
Sexo Total
música notícia estudo
Mulher 0,70 0,70 0,70 0,70
Homem 0,30 0,30 0,30 0,30
Total 1,00 1,00 1,00 1,00
— 17 —
(b) Qual a probabilidade de sortearmos um usuário, ao acaso, e ele estar escutan-
do música? E de estar escutando notícias? E de estar estudando?
(d) Qual a probabilidade de sortearmos, ao acaso, um usuário, e ele ser uma mu-
lher e que está estudando?
— 18 —
(e) Dado que sorteamos um usuário que está escutando música, qual a probabili-
dade de ele ser homem? E de ser mulher?
(f) Dado que sorteamos um usuário que é ‘mulher’, qual a probabilidade de ela
estar escutando música? E de estar escutando notícias? E de estar estudando?
(g) Agora, dado que sorteamos um usuário que é ‘homem’, qual a probabilidade
de ele estar escutando música? E de estar escutando notícias? E de estar estudan-
do?
— 19 —
Exercício 5.2: Com base no Artigo 2º da Lei 15.937, que diz:
(...)
Art. 2º Quando constatada inobservância do preceituado no art. 1º, serão adota-
das, na ordem elencada, as seguintes medidas:
I - o infrator será convidado a desligar o aparelho;
II - em caso de recusa de desligar o aparelho, o infrator será convidado a se reti-
rar do veículo;
III - caso frustradas as medidas previstas nos itens I e II, será solicitada a inter-
venção policial.
(...)
Por ‘observação histórica’, sabemos que, em determinada linha de ônibus, estes
são os valores encontrados:
. probabilidade de o usuário ser convidado a desligar o aparelho: 98%
. probabilidade de o usuário ser convidado a retirar-se do veículo: 40%
. probabilidade de intervenção policial: 90%
Pede-se:
— 20 —
Se os eventos fossem ‘independentes’ uns dos outros, en-
tão valeria o seguinte esquema:
Mas, os eventos não são independentes, visto que o item ‘II’ somente pode
ocorrer, se o item ‘I’, obrigatoriamente, ocorrer. E o item ‘III’ somente pode
ocorrer, se o item ‘II, obrigatoriamente, ocorrer. Como vimos, eventos sequen-
ciais que dependem da ocorrência uns dos outros são denominados de ‘eventos
dependentes’, e suas probabilidades serão calculadas em função dessa ‘depen-
dência’.
Seja, então, o seguinte esquema, que considera a dependência entre eventos:
— 21 —
(a) Qual a probabilidade de não ocorrer o item ‘I’?
P(não ocorrer ‘I’) = 1 – P(ocorrer ‘I’) = 1 – 0,98 =
= 0,02 = 2%
O próprio esquema permite a identificação imediata do valor buscado.
— 22 —
Agora:
. se quisermos passar a saber qual a probabilidade de ocorrência do item ‘III’,
mas, sem saber, se, previamente, ocorreram os itens ‘I’ e ‘II’, então tal valor de
probabilidade é dado por:
P(ocorrer ‘III’) = 0,98 x 0,4 x 0,9 + 0,98 x 0,6 x 0,0 + 0,02 x 0,0
x 0,0 + 0,02 x 1,0 x 0,0 = 0,3528 = 35,28%
Observação importante: toda atenção deve ser dada a cada problema, pois o ‘es-
quema’ adotado para encontrar-se sua solução deve cobrir as possibilidades lógi-
cas de cada situação.
— 23 —
(6) Diferença entre ‘chance’ e ‘probabilidade’
Exemplo:
‘Qual a PROBABILIDADE de o Time A vencer o Time B, no
próximo jogo?’
A resposta é um simples percentual; por exemplo, 80%. Logo, se a probabilidade
de o Time A vencer o Time B é de 80%; então, deduz-se, facilmente, que a pro-
babilidade de o Time B vencer o Time A é de 20% — vamos supor, neste caso
específico, que não valha o empate, ok? Isso facilita o entendimento; depois,
mais adiante, estabeleceremos regras para três ou mais resultados possíveis, ou
seja, de valores distintos de probabilidades para três ou mais eventos comple-
mentares. Lembremo-nos, que a soma de todas as probabilidades tem, sempre e
obrigatoriamente, de totalizar 100%. Em nosso exemplo, 80% + 20% = 100%.
— 24 —
RESUMO: a probabilidade requer ‘um único’ valor de percen-
tual; a chance requer ‘dois ou mais valores’, que formem uma
fração (uma relação entre as probabilidades).
Vejamos o caso em que três resultados são possíveis, como, por exemplo, o re-
sultado de ‘empate’ no jogo entre os Times A e B. Assim, uma situação possível
seria: o Time A tem probabilidade de vencer o Time B de 60%, e 10% de perder
para o Time B, e 30% de empatar. Quanto às probabilidades, não há o que fazer
ou ter dúvida: elas provêm das observações anteriores entre ambos os times, e no
geral, é estimada por esse tipo de observação, ao longo do tempo. Mas, as per-
guntas que queremos, agora, responder são:
— 25 —
Respondendo, então, a essas três perguntas, temos:
6
(a) 60% / (10% + 30%) = 60% / 40% = 4 = 1,5
Ou seja: a cada dez (6 + 4) jogos, o Time A deve ser o vencedor em seis.
3
(b) 30% / (10% + 60%) = 30% / 70% = 7 = 0,428571
Ou seja: a cada dez (3 + 7) jogos, o empate é esperado, entre ambos os times, em
três ocasiões.
1
(c) 10% / (30% + 60%) = 10% / 90% = 9 = 0,111111
Ou seja, a cada dez (1 + 9) jogos, o Time A deve ser o perdedor em um jogo.
— 26 —
(7) Exercícios extras (com base em casos reais)
(7.03) Em uma escola, existem 10 salas de aula, com 30 alunos em cada sala. A
probabilidade de um aluno ‘ir bem’ em uma prova qualquer é de 80%. Pergunta-
se:
. qual é a probabilidade de 2 alunos irem bem em um prova? E 3? E 4?
. qual é a probabilidade de todos os alunos (de uma sala) irem bem em uma pro-
va? (basta deixar indicado o resultado).
— 27 —
(7.06) Uma partitura (texto musical) original pode conter erros de impressão. A
probabilidade de encontrarmos ‘1’ erro de impressão vale 10-3 (0,001). Quantas
partituras devemos compulsar, para encontrarmos 10 erros de impressão?
(7.08) Em certo município, o Prefeito propõe uma nova lei e a Câmara aprova,
solicita ajustes, ou não aprova (rejeita). Tendo-se observado os últimos dois anos,
o Prefeito propôs 40 leis e a Câmara aprovou 23, solicitou ajustes em 11, e não
aprovou 6. Qual a probabilidade de que, nos próximos dois anos de mandato des-
se Prefeito, a Câmara aprove ou solicite ajustes nas leis propostas? E qual é a
probabilidade de rejeição (das próximas leis que vierem a ser propostas?
(7.09) Uma senha da PRODAM fornecida aos usuários da Prefeitura tem, no mí-
nimo, ‘8’ dígitos. Vamos considerar as senhas que têm exatamente ‘8’ dígitos.
Supondo-se que os dígitos sejam, nesta ordem, ‘1’ letra’, ‘1’ código especial’ e
‘6’ algarismos, pergunta-se: quantas senhas distintas podem ser formadas, se te-
mos ‘26’ letras, ‘17’ códigos especiais e ‘10’ algarismos? Qual a probabilidade
de digitarmos uma senha de 8 dígitos e acertarmos a senha de nosso colega?
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Soluções para os exercícios extras:
(7.01) É proibido conversar com o motorista de ônibus, porém, a probabilidade de um passageiro conversar com um motorista é
de 20%. Pergunta-se: qual é a probabilidade de, em um ônibus, 2 passageiros conversarem com o motorista? E 3? E 4? Qual é a
fórmula geral para essa probabilidade?
(7.02) Os cidadãos de uma região da cidade dirigem-se a um posto de saúde, com probabilidade de 25%, se forem as pessoas que
acompanham os doentes; já, os doentes dirigem-se ao mesmo posto de saúde, com probabilidade de 85%. Qual é a probabilidade
de encontrarmos um doente acompanhado? E qual é a probabilidade de encontrarmos um doente desacompanhado?
doente acompanhante
sim
0,25
sim
0,85 não
0,75
sim
0,00
não
0,15 não
1,00
P(doente acompanhado) = P(doente [sim]) x P(acompanhante [sim]) = 0,85 x
0,25 = 0,2125 = 21,25%
P(doente desacompanhado) = P(doente [sim]) x P(acompanhante [não]) = 0,85 x
0,75 = 0,6375 = 63,75%
— 29 —
(7.03) Em uma escola, existem 10 salas de aula, com 30 alunos em cada sala. A probabilidade de um aluno ‘ir bem’ em uma prova
qualquer é de 80%. Pergunta-se:
. qual é a probabilidade de 2 alunos irem bem em uma prova? E 3 alunos? E 4 alunos?
. qual é a probabilidade de todos os alunos (de uma sala) irem bem em uma prova? (basta deixar indicado o resultado).
P(2 alunos irem bem) = P(‘1’ ir bem) x P(‘1’ ir bem) = 0,8 x 0,8 = 0,64 = 64%
P(3 alunos irem bem) = P(‘1’ ir bem) x P(‘1’ ir bem) x P(‘1’ ir bem) = 0,8 x 0,8 x
0,8 = 0,512 = 51,2%
P(4alunos irem bem) = P(‘1’ ir bem) x P(‘1’ ir bem) = 0,8 x 0,8 x 0,8 x 0,8 =
0,4096 = 40,96%
P(todos alunos irem bem) = [P(‘1’ ir bem)]30
(7.04) O sistema SIGPEC é acessado, diariamente, por 70% dos servidores da PMSP. Em SMG, esse acesso é feito por 80% dos
servidores. No DERH, esse acesso é feito por 96% dos servidores. A probabilidade de um servidor qualquer imprimir um docu-
mento gerado pelo SIGPEC é de 40%. Calcule a probabilidade de um servidor do DERH acessar o SIGPEC e imprimir um docu-
mento. E se considerarmos que ele está em SMG? E se apenas soubermos que ele está na PMSP? Dica: estar na PMSP, ou na
SMG e ou no DERH são eventos independentes.
— 30 —
(7.05) Em cada uma das subprefeituras, a probabilidade de um ‘veículo pesado’ falhar (não ‘pegar’ na primeira tentativa de igni-
ção) é de 1%.
(a) calcule a probabilidade de um veículo não falhar;
(b) calcule a probabilidade de 2 veículos falharem.
(a) Como:
P(veículo pesado ‘falhar’) = 1% = 0,01
Logo:
P(veículo pesado ‘não falhar’) = 1 - P(veículo pesado ‘falhar’) = 100% - 1% =
99% = 0,99
(b) Como:
P(veículo pesado ‘falhar’) = 1% = 0,01
Então:
P(‘2’ veículos falharem) = P(‘1’) x P(‘1’) = 0,01 x 0,01 = 0,001 = 0,1%
(7.06) Uma partitura (texto musical) original pode conter erros de impressão. A probabilidade de encontrarmos ‘1’ erro de impres-
são vale 10-3 (0,001). Quantas partituras devemos compulsar, para encontrarmos 10 erros de impressão?
(7.07) A probabilidade de uma secretaria municipal ser escolhida para representar a Prefeitura de São Paulo em um evento é dada
pela tabela, a seguir:
Secretaria SA SB SC SD SE SF SG SH SI
Tendo-se sorteado três secretarias para representar a PMSP, e sabendo-se que a probabilidade (acumulada) encontrada está acima
de 60%, quais são as combinações das três secretarias que puderam ser sorteadas?
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(7.08) Em certo município, o Prefeito propõe uma nova lei e a Câmara aprova, solicita ajustes, ou não aprova (rejeita). Tendo-se
observado os últimos dois anos, o Prefeito propôs 40 leis e a Câmara aprovou 23, solicitou ajustes em 11, e não aprovou 6. Qual a
probabilidade de que, nos próximos dois anos de mandato desse Prefeito, a Câmara aprove ou solicite ajustes nas leis propostas? E
qual é a probabilidade de rejeição (das próximas leis que vierem a ser propostas?
(7.09) Uma senha da PRODAM fornecida aos usuários da Prefeitura tem, no mínimo, ‘8’ dígitos. Vamos considerar as senhas que
têm exatamente ‘8’ dígitos. Supondo-se que os dígitos sejam, nesta ordem, ‘1’ letra’, ‘1’ código especial’ e ‘6’ algarismos, per-
gunta-se: quantas senhas distintas podem ser formadas, se temos ‘26’ letras, ‘17’ códigos especiais e ‘10’ algarismos? Qual a pro-
babilidade de digitarmos uma senha de 8 dígitos e acertarmos a senha de nosso colega?
(7.10) As novas placas de veículos — propostas para uso de veículos registrados no Mercosul — têm a seguinte ‘forma’ (com al-
garismos e letras): LLLNLNN. Pergunta-se: qual a quantidade de placas possíveis?
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TESTE
Nome do(a) Aluno(a): _________________________________________
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Agora, por favor, resolva:
Q4. Em uma sala de aula, temos 18 meninas e 12 meninos. Sabemos que 6 meni-
nas e 4 meninos têm estojos amarelos. Dica: construir uma tabela-resumo.
(a) [1,0 ponto] calcule a probabilidade de sortearmos um aluno e ele ser me-
nina ‘e’ ter estojo amarelo.
(b) [1,0 ponto] dado que sorteamos uma menina, calcule a probabilidade de
ela ter estojo amarelo.
(c) [1,0 ponto] dado que sorteamos um aluno que tem estojo amarelo, calcule
a probabilidade de esse aluno ser menina.
(b) [1,5 ponto] a reposição de produtos vencidos é feita todos os dias, antes
de o supermercado abrir. É por isso que a probabilidade de encontrarmos
produtos vencidos é muito pequena (0,25%). Então, qual é a probabilidade
de encontrarmos produtos vencidos, em dois dias consecutivos?
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