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Desta forma, a estatística constitui-se fundamentalmente como um método e não como uma
teoria, na medida em que o seu objetivo é descrever os fenómenos e não tanto explica-los.
Foram reconhecidos como responsáveis por criar a base para a teoria da probabilidade. As
cartas trocadas entre ambos, contendo reflexões sobre a resolução de problemas de jogos de
azar, são consideradas os documentos fundadores da Teoria das Probabilidades.
Em 1965 criou o critério de causalidade de Hills. Isso ajudou a determinar, usando evidências
epidemiológicas, a relação causal entre o que é visto como a causa de uma doença e como ela
está ligada a um efeito específico.
Vamos ver alguns exemplos sobre como a estatística pode ser utilizada para fins mentirosos.
O Engano da média:
Vamos observar como a média por ser enganosa e não ser representativa dos dados.
Imaginemos uma empresa com 5 funcionários. O presidente tem um vencimento de 35.000€,
o vice-presidente ganha 9.000€, o director ganha 6.000€, o chefe de divisão ganha 3.000€ e o
estagiário ganha 1.000€. A média dos vencimentos desta empresa é de 9.000€. Este valor está
sobrevalorizado, na medida em que está afectado pelo vencimento altíssimo do presidente.
Concluímos que, para que um valor médio possa ser representativo de um conjunto de valores
é necessário que a variabilidade seja pequena. Sem o devido cuidado, este erro comum pode
levar à compreensão equivocada de dados e estatísticas. Neste caso, seria melhor optar pela
mediana. A mediana colocaria todos os valores em ordem crescente e seleccionaria o valor
central. Desta forma, os valores extremos não pesariam na análise. Neste caso, a mediana é
6.000€, bem mais razoável que os 9.000€ proposto pela média.
O Problema da Amostra:
A forma como é realizada uma amostragem pode descrever algo que não condiz com a
realidade. Vamos imaginar que eu jogo a moeda ao ar 10 vezes e que em 7 dessas vezes saia
cara. Então, é possível afirmar que a moeda tem 70% de hipóteses de sair cara contra 30% de
sair coroa? Claro que não. Nesta situação, temos o problema do tamanho da amostra.
Segundo a Lei dos Grandes Números, à medida que se jogam cada vez mais moedas e se
anotam os resultados, a proporção de caras e coroas tende cada vez mais para o seu valor
verdadeiro, isto é, 50% de hipótese para cada resultado.
Esse é uns problemas clássicos que até os mais atentos acaba por passar por despercebido. A
forma como lemos um certo índice pode enganar. Vamos a um exemplo: digamos que, numa
suposta pesquisa eleitoral, o candidato A tem a preferência de 60% dos eleitores. Outro
candidato pode utilizar o mesmo dado de maneira inversa e publicar algo como “40% dos
eleitores não aprovam o candidato A, indicam pesquisas”. Ora, o dado é o mesmo, mas a
forma de representá-lo não.
Estes e muitos outros exemplos mostraram-nos de como é fácil mentir com a estatística. É
importante estarmos alerta e atentos a estas tácticas mal intencionadas que têm como
objetivo obter vantagem sobre algo ou alguém.
Bibliografia
http://alea-estp.ine.pt
http://www.prof2000.pt/users/cfaeem/acd/Estatistica.htm
http://ine.pt