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No início do século XV, a Europa recuperava de uma época de devastação devido à crise que
sofreu no século XIV.
Ouro
Cereais
Mão-de-obra
Mas Portugal tinha falta de ouro e prata e por isso teve a necessidade de encontrar novas
rotas comerciais que lhes permitissem ter o acesso directo aos produtos do oriente e de África,
como as sedas, as especiarias, os cereais e as porcelanas.
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1.2 Condições que possibilitaram o arranque da expansão portuguesa
No inicio de século XV, Portugal reuniu condições que lhe permitiram satisfazer as suas
necessidades através da expansão marítima:
Condições Politicas
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1.3 Motivações para o arranque do processo de expansão
Motivações Politicas
D. João I queria reforçar o seu poder junto da nobreza e do clero e de outros monarcas
europeus
A conquista de novos territórios e a aquisição de novas fontes de riqueza aumentariam
o prestígio da sua dinastia
Motivações económicas
Motivações Sociais
Motivações religiosas
Era o local por onde passavam as principais rotas comerciais (rota do ouro, rota das
cidades italianas e rota das especiarias)
Era uma cidade bem localizada em termos estratégicos, localizada entre duas vias
marítimas e dois continentes,
Era uma terra fértil em pão, vinho, frutas, carnes, peixe, etc.
Militarmente permitia controlar a pirataria muçulmana no estreito de Gibraltar
Dava-nos acesso aos cereais, às especiarias e produtos vindo do oriente
Possibilitava o acesso às rotas do ouro, das especiarias e outros produtos vindo do
Oriente
Permitia a expansão do cristianismo
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A conquista de Ceuta foi um êxito militar, mas foi um fracasso económico, pois quando os
portugueses lá chegaram depararam-se com:
Em conclusão:
A conquista de Ceuta não teve grande proveito económico devido aos elevados custos com a
defesa contra os ataques muçulmanos e devido ao desvio das rotas comerciais
Após o fracasso económico de Ceuta a Coroa portuguesa tinha duas opções, dois rumos que
poderia tomar:
Acabaram por optar pela segunda opção e Portugal partiu à descoberta e exploração de novos
territórios.
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Arquipélago da Madeira:
Madeira Açores
Sistema de Administração Capitanias-donatárias (3) Capitanias-donatárias (7)
Pequena nobreza portuguesa Pequena nobreza portuguesa
Colonos portugueses Colonos portugueses e
Povoamento
Escravos estrangeiros
Escravos
Agricultura Agricultura e Pecuária
Cerais Cereais
Exploração económica
Açúcar Gado
Vinho Plantas tintureiras
Em 1434 Gil Eanes conseguiu dobrar o cabo Bojador. Desta forma, abria-se o caminho para a
exploração marítima e geográfica da costa ocidental africana.
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1441 – Antão Gonçalves e Nuno Tristão chegam ao Cabo Branco
1443 - Nuno Tristão chega a Arguim
1444 – Dinis Dias a Cabo Verde
1455-1456 – Luis de Cadamosto ao arquipélago de Cabo Verde
Guiné
1460 - Pedro Sintra chega à Serra Leoa
Em Arguim criou-se uma feitoria para estabelecer contactos e comércio com as populações
locais. A esta feitoria chegavam escravos, ouro, marfim e malagueta.
O Infante D. Henrique passou a deter o monopólio comercial a sul do cabo Bojador.
Em 1460 o infante D. Henrique morreu e a chegada à Serra Leoa marcou o fim da expansão
henriquina (1434-1460)
Depois da morte do Infante D. Henrique sobe ao poder D. Afonso V. Este rei tinha um interesse
diferente e abranda o ritmo da exploração marítima e interessa-se mais pelas conquistas no
Norte de África, salvaguardando, os antigos interesses da nobreza.
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Durante o seu reinado, D. Afonso V resolver arrendar a exploração marítima e o direito ao
comércio da costa litoral africana a Fernão Gomes.
Fernão Gomes era um rico mercador de Lisboa. O contrato, de 5 anos, que fez com o rei D.
Afonso V permitia-lhe fazer comércio nas terras que descobrisse e em troca tinha de :
Pagar uma importância em dinheiro
Descobrir, para sul, em cada ano, cem léguas de costa
Fernão Gomes descobriu todo o território desde a Serra Leoa até ao Cabo de Santa Catarina.
Explorou todo o Golfo da Guiné, incluindo a costa da Mina, onde adquiriu bastante ouro. Em
Mina criou a feitoria de São Jorge da Mina onde chegavam ouro, malagueta, escravos e
marfim.
Descobriu:
Ilha de Fernando Pó em 1472
Ilha de São Tomé e Príncipe em 1472
Esta ambição expansionista portuguesa criou rivalidade entre Portugal e Castela. Ambos
queriam controlar os territórios ricos em ouro e escravos como os da Guiné e Mina na costa
africana e as Canárias.
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O grande objectivo de D. João II era chegar à Índia por via marítima , contornado o continente
africano. Para que tal acontecesse era necessário continuar as descobertas no continente
africano. Assim:
Depois de dobrado a Cabo das Tormentas em 1488 estava aberto o caminho marítimo para a
Índia.
Tratado de Tordesilhas
Em 1477 Cristóvão Colombo pediu a D. João II que financiasse o seu projecto para chegar à
Índia. Como o rei português negou o pedido, Cristóvão Colombo apresentou o seu projecto aos
reis de Castela, D. Isabel e D. Fernando, que o aceitaram.
Em 1492 Cristóvão Colombo chegou às Antilhas (América), pensando que tinha chegado à
Índia. Como as Antilhas, segundo o tratado de Alcáçovas-Toledo pertenciam a Portugal, D.
João II reclamou o direito a essas terras.
Esse assunto levou a um grade conflito entre Portugal e Castela, que chegou a ter o Papa como
intermediário das negociações. Assim, em 1494 assinaram o Tratado de Tordesilhas:
Este tratado dividiu o mundo em dois hemisférios a partir de um meridiano, que por
insistência de D. João II, passava a 370 léguas a ocidente de Cabo Verde.
Portugal ficava com as terras descobertas e a descobrir a oriente dessa linha e Castela
com as que fossem descobertas a ocidente.
Desta forma, o tratado formaliza o conceito de mare clausum, isto é, a navegação e a
exploração de determinadas áreas marítimas passam a ser exclusivo de um Estado.
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No entanto, quando lá chegamos a recepção não foi muito boa, pois o povo português
representava uma ameaça para a actividade comercial da região.
Sendo assim, D. Manuel I com o objectivo de reforçar a presença portuguesa na Índia resolveu
enviar para lá uma poderosa armada. Esta armada era comandada pelo capitão Pedro Alvares
Cabral. Mas esta armada comandada pelo capitão Pedro Álvares Cabral, por razões que ainda
hoje não são claras, desviou-se da rota indicada por Vasco da Gama e a 22 de Abril de 1500
chegou ao Brasil.
Todas estas novas descobertas permitiram “dar a conhecer novos mundos ao mundo” e
Portugal criou um imenso império colonial.
Eram:
D. Francisco de Almeida
Nomeado em 1505
Construiu feitorias-fortalezas na costa indiana
Com o apoio de armadas fortes conseguiu impedir o comércio das populações locais
com outros povos
Garantiu o comércio colonial das especiarias
Dividiu o território em 15 capitanias-donatárias
D. Afonso de Albuquerque
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de passagem das embarcações muçulmanas na rota do levante) e Malaca (controlo da
circulação das mercadorias vindas do Extremo Oriente)
Em 1500 na sequência da viagem de Vasco da Gama, D. Manuel I enviou uma segunda armada
para a Índia. O principal objectivo era garantir o domínio o domínio português do comércio das
especiarias.
A amada comandada por Pedro Alvares Cabral era composta por 13 navios para assim impor a
presença dos portugueses no Oriente.
Desde Lisboa até Cabo Verde, Pedro Alvares Cabral seguiu a mesma rota que Vasco da Gama
tinha utilizado. Mas quando se afastou da costa africana, para apanhar as correntes e ventos
favoráveis do Atlântico, distanciou-se um pouco mais da costa e acabou por avistar terra.
Descobriu assim o Brasil em 1500.
Pedro Álvares Cabral após a descoberta do Brasil, enviou uma embarcação de volta a Portugal
com uma carta de Pedro Vaz de caminha a visar o rei D. Manuel I sobre a descoberta do Brasil.
A restante armada volta ao objectivo inicial e dirigiu-se para a Índia.
A dúvida vai persistir para sempre: a descoberta do Brasil terá sido obra do acaso ou terá sido
intencional?
A mudança de rota pode ter resultado de uma tempestade que obrigou a um maior
desvio da costa?
Ou pode ter sido um desvio intencional de modo a reclamar a posse de um território
que já tinha sido descoberto em viagens anteriores?
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Portugal ficava com o direito
ao território do Brasil que só
foi oficialmente descoberto
em 1500.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, o território era ocupado por indígenas, com um
modo de vida recoletor.
Até 1534, a coroa portuguesa deu prioridade ao comércio com o Oriente e como tal entregou
a exploração do Brasil a particulares. Neste altura, o pau-brasil era o principal produto
comercializado para a Europa.
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