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História

Havia 2 tipos de condições para a expansão portuguesa: as técnico-científicas e as


geográficas:

- as técnico-científicas eram os instrumentos de orientação (bússola,


quadrante, astrolábio e a balestilha), a caravela e a técnica de bolinar.

- as geográficas eram a extensa costa marítima, os portos naturais e a


experiencia em alto-mar (desde cedo dedicámo-nos à pesca e ao comercio
marítimo).

Os motivos para a expansão portuguesa eram políticos, sociais e económicos:

- políticas: estávamos em paz e em estabilidade política, necessitávamos


de reconhecimento internacional e solucionar a crise económica

. - sociais: NOBREZA- queria novos combates para ter terras, cargos e


títulos. BURGUESIA- queriam alcançar e controlar novos mercados e
produtos. CLERO- queriam expandir o cristianismo e mais terras.
H POVO- queriam melhorar as condições de vida (novos
empregos/cultivo de novas terras).

- económicos: precisávamos de metais preciosos, cereais e queríamos


produtos com grande procura nos mercados europeus, como as especiarias, o
açúcar e as plantas tintureiras.

Razões para a conquista de Ceuta (1415 [D. João I])

- a boa localização geográfica, junto ao estreito de Gibraltar, o que


permitia o controlo do comercio entre o O.Atlântico e o Mar Mediterrâneo.

- enfraquecimento da pirataria muçulmana e reforço da segurança da


navegação cristã.

Madeira e Açores (1419/20 [João Zarco e Tristão Vaz Teixeira]) (1427 [Diogo Silves])

- na Madeira exploraram-se a madeira e o peixe, depois os cereais, vinha,


plantas tintureiras e o açúcar.

- nos Açores desenvolveram-se as culturas de cereais, plantas tintureiras e


a criação de gado.

- Infante D. Henrique foi o principal responsável pela colonização dos


arquipélagos. As ilhas foram divididas em capitanias e cada uma entregue a um
capitão-donatário (um nobre que possuía poderes administrativos, judicias e
militares).

Rumos da expansão portuguesa em África

Data Acontecimento Responsável


1434 Dobragem do cabo Gil Eanes
bojador
1455/56 Descoberta do Luís de Cadamasco
arquipélago do cabo
verde
1460 Chegada à Serra Leoa Pedro de Sintra
1469 Contrato com Fernão D. Afonso V
Gomes Fernão Gomes
1472 Chegada a S. Tomé e João de Santarém
príncipe
1482 Chegada à foz do rio Diogo Cão
Zaire
1488 Dobragem do Cabo das Bartolomeu Dias
Tormentas

Exploração da costa ocidental africana

- a partir do cabo branco, torna-se uma região mais fértil e será Arguim que
se instalará a primeira feitoria portuguesa (entreposto comercial, junto a um
porto). Nesta zona da costa africana os principais produtos eram os escravos, o ouro,
o marfim e a malagueta.

A política de D. Afonso V

- influenciado pela nobreza, voltou-se para a conquista de novas praças no norte


de África: Alcácer Ceguer (1458), Arzila e Tânger (1471), mas esta estratégia não
cumpriu os resultados esperados.

- as viagens de descoberta apenas prosseguiram por iniciativa de Fernão


Gomes, um mercador rico, e em 1469, o rei arrendou-lhe a exclusividade do
comercio da costa africana por 5 anos. Em troca, Fernão Gomes comprometeu-se a
entregar, todos os anos, uma renda e descobrir 100 léguas de costa para sul,
onde se explorou o golfo da guine até ao cabo de Santa Catarina, criando uma
feitoria em S. Jorge da Mina.

A política expansionista de D. João II.

- em 1481, D. João torna-se rei de Portugal, com o principal objetivo de chegar


à Índia por mar, fez com que a coroa detivesse o monopólio comercial.
- para concretizar o seu objetivo, foram decisivas as viagens de:

-Diogo Cão com a chegada à foz do rio Zaire (1482)

- Pero da Covilhã e Afonso de Paiva, em 1487, foram pelo


Mediterrâneo e Mar Vermelho para conseguirem informações.

- Bartolomeu Dias, em 1488, dobrou o cabo das Tormentas, abrindo


a possibilidade de se alcançar a Índia por mar.

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