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Disciplina que tem como objetivo descobrir o número (total) de maneiras possíveis de se realizar
determinado “evento”, sem que seja necessário descrever todas essas maneiras. Iremos aprender a
“contar” por meio de fórmulas.
Exemplo:
Quais todos os resultados possíveis para o lançamento de um dado 2 vezes seguidas.
Resolução:
(1º lançamento, 2º lançamento)
(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4),
(3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2),
(6,3), (6,4), (6,5), (6,6).
n! = n . (n – 1) . (n – 2) . (n – 3) . ... . 3 . 2 . 1
Logo, fatorial de um número nada mais é do que a multiplicação desse número por seus antecessores, em
ordem, até o número 1.
5! = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120 4! = 4 x 3 x 2 x 1 = 24
Obs.: 0! = 1
1! = 1
A análise combinatória que estudaremos de fato a partir de agora é composta por 4 vertentes, cada uma com
suas particularidades. São elas:
É a estrutura básica da análise combinatória, usada sempre que os elementos envolvidos nos cálculos
puderem ser repetidos ou que a ordem faça diferença no resultado.
Observando o ocorrido, vemos que o evento tem duas etapas com 2 possibilidades em uma e 6 em outra,
totalizando 2 x 6 = 12 possibilidades.
Exemplo 2:
Quantos números de 3 algarismos podemos escrever com os algarismos 2, 4 e 6 ?
E de algarismos distintos ?
Exemplo 3:
De quantas maneiras distintas podemos formar placas de automóveis, com 3 letras e 4 algarismos?
Considere as letras do alfabeto e os algarismos de 0 a 9.
COMBINAÇÃO DE ELEMENTOS
Aqui começa um dos pesadelos de muitos estudantes: saber quando se deve utilizar combinação ou arranjo.
Para isso iremos colocar algumas características básicas de cada vertente.
Exemplo 1:
Seja I um conjunto formado por {a, b, c, d}, tomando os elementos de 3 em 3, encontre quantos combinações
simples podemos obter.
Conjunto: I = {a, b, c, d}
n=4
p=3
C(n,p) = n! / p!⋅(n−p)!
C(4,3) = 4! / 3!⋅(4−3)!
Exemplo 2:
Para cumprimento de um mandado de busca e apreensão serão designados um delegado, 3 agentes (para a
segurança da equipe na operação) e um escrivão. O efetivo do órgão que fará a operação conta com 4
delegados, entre eles o delegado Fonseca; 12 agentes, entre eles o agente Paulo; e 6 escrivães, entre eles
o escrivão Estêvão.
Em relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Considerando todo o efetivo do órgão responsável pela operação, há mais de 5.000 maneiras distintas de se
formar uma equipe para dar cumprimento ao mandado.
Resolução: CERTO
A equipe será formada por: 1 Delegado E 3 Agentes E 1 Escrivão. Logo, o número total de possibilidades
será a multiplicação das combinações possíveis para cada cargo.
C(4,1) = 4 * 3! / 1 * (3)!
C(4,1) = 4 possibilidades
Agente: C(12,3) = 12! / 3! * (12-3)!
C(4,1) = 12 * 11 * 10 * 9! / (3 * 2) * (9)!
C(4,1) = 6 * 5! / 1 * (5)!
C(4,1) = 6 possibilidades
Exemplo 3:
Um jornalista foi designado para cobrir uma reunião de ministros de Estado. Ao chegar ao local da reunião,
descobriu que havia terminado. Perguntou ao porteiro o número de ministros presentes e ele disse: “Ao
saírem, todos os ministros se cumprimentaram mutuamente, num total de 15 apertos de mão”.
Com base nessa informação, qual foi o número de ministros que estiveram presentes na reunião?
Resolução:
Novamente trata-se de elementos de natureza diferente, pois o fato de o ministro A apertar a mão do
ministro B é o mesmo acontecimento do ministro B apertar a mão do ministro A, portanto, trata-se de um
problema envolvendo combinação.
Essa quantidade de ministros é o nosso fator de combinação, ou seja, quantos ministros eu tenho que
combinar, dois a dois, de modo que eu tenha um total de 15 apertos de mão. Transcrevendo isso na
linguagem matemática:
Deveremos desenvolver esta equação envolvendo fatorial para que possamos encontrar o valor de m.
S = {m = 6 ou m = -5}
Como m é a quantidade de ministros, não é possível ter uma quantidade negativa, logo, teremos que o
valor de m é 6. Então, o número de ministros presentes na reunião foi de 6 ministros.
ARRANJO DE ELEMENTOS
A diferença entre quando usar os Arranjos ou as Combinações está na ordem dos elementos no grupo. Caso
a ordem dos elementos no grupo faça diferença no resultado, resolveremos a questão por Arranjo, caso a
ordem não faça diferença, resolveremos então por Combinação. Aqui vai alguns tópicos importantes:
Onde:
n é o número total de elementos do conjunto; (grupo maior)
p é o número de elementos utilizados. (grupo menor)
Exemplo 1:
Em época de eleição para o grêmio estudantil do colégio, tiveram 12 candidatos aos cargos de presidente,
vice-presidente e secretário. De quantos modos diferentes estes candidatos poderão ocupar as vagas deste
grêmio?
Resolução:
Cada combinação é diferente da outra neste caso, existe diferenciação entre o Candidato A ser presidente e
o Candidato B ser vice-presidente, com a possibilidade de B ser presidente e A ser vice. Por isso
usaremos Arranjo.
Exemplo 2:
No meio da “invasão tecnológica” que toma conta de nossas vidas, dona Antônia esqueceu sua senha
bancária justamente na hora de efetuar um saque. Ela lembra que a senha é formada por quatro algarismos
distintos, sendo o primeiro 5 e o algarismo 6 aparece em alguma outra posição. Qual é o número máximo
de tentativas que o banco deveria permitir para que dona Antônia consiga realizar o saque?
Resolução:
Primeiramente temos que identificar se este problema está relacionado a um ARRANJO ou a uma
COMBINAÇÃO. Basicamente devemos saber se a ordem dos elementos a serem combinados é importante ou
não. Em se tratando de senhas, a ordem de cada número é muito importante, pois a senha 5123 é diferente
da senha 5321.
Sendo assim, usaremos Arranjo.
O exercício nos informa que o primeiro dígito é o número 5, e o número 6 estará em algum dos outros 3
dígitos.
Esse número três é proveniente das possibilidades que existem para as posições do número 6 nesta senha.
PERMUTAÇÃO DE ELEMENTOS
Trata-se de um caso especial de ARRANJO, onde “p” é igual a “n”. Devemos associar as questões de
permutação em problemas que envolvem organização dos elementos dados´.
Onde:
n é o número total de elementos do conjunto;
O uso da permutação de elementos está associada, na maioria dos casos, ao cálculo de anagramas que
consiste em oferecer todas as palavras formadas com todas as letras de uma palavra, que podem ter ou não
significado na linguagem comum.
Onde:
x é o total de elementos do conjunto; e
y, z, w são as quantidades de elementos repetidos. DICA: Repetiu ? Dividiu!
Permutação Circular:
Quando os elementos estiverem distribuídos “ao redor” ou “em volta” de algo, usaremos essa técnica.
Onde:
n é o número total de elementos do conjunto.
Pc = permutação circular.
Exemplo 1:
Considerando que o anagrama da palavra ALARME seja uma permutação de letras dessa palavra, tendo ou
não significado na linguagem comum, a quantidade de anagramas distintos dessa palavra que começam por
vogal é 360.
Resolução: ERRADO
1) Começando pela vogal A, ficaram as letras L, A, R, M e E para serem permutadas. Como não há
repetição, teremos:
5! = 120.
2) Começando pela vogal E, sobraram as letras A, L, A, R e M para serem permutadas e há a repetição
de A, duas vezes. Assim, temos:
5! / 2! = 60.
Exemplo 2:
Considerando-se que um anagrama da palavra ANATEL seja uma permutação das letras dessa palavra,
tendo ou não significado na linguagem comum, que n1 seja a quantidade de anagramas distintos que é
possível formar com essa palavra e n2 seja a quantidade de anagramas distintos dessa palavra que
começam por vogal, então n2/n1 é igual a:
a) 1/2
b) 2
c) 1
d) 2/3
e) 3/2
Resolução: Letra A
Daí, n1 = 360
Caso 1. Nos casos onde a primeira letra é A, devemos calcular a quantidade de anagramas com as letras
restantes, ou seja, calcular a quantidade de anagramas da palavra NATEL.
Caso 2. Nos casos onde a primeira letra é E, devemos calcular a quantidade de anagramas da palavra
ANATL.
Como temos um total de 5 letras, sendo que a letra A se repete, podemos calcular da seguinte forma:
5! / 2! = 5.4.3.2.1 / 2.1 = 60