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ESCOLA SECUNDARIA GERAL DE ESTORIL – BEIRA

MATEMÁTICA 12ª CLASSE / OPÇÃO:A01

Curso: Diurno

TEMA:
 Arranjos sem repetição;
 Definição;
 Fórmula de arranjos.

Nome do estudante: Docente:

Edna da Páscoa Laitone Jeque

Beira aos, Fevereiro de 2024


Índice

Introdução..........................................................................................................................3
Análise Combinatória........................................................................................................4
Exemplo:............................................................................................................................4
Características....................................................................................................................4
Símbolo do Arranjo...........................................................................................................5
Tipos de Arranjos e quando usá-los..................................................................................6
Exemplo:............................................................................................................................6
Solução:.............................................................................................................................6
Arranjo com Repetição......................................................................................................6
Arranjo Condicional......................................................................................................7
Conclusão..........................................................................................................................9
Referências bibliográficas...............................................................................................10
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Introdução

Os arranjos sem repetição são um conceito fundamental na matemática discreta, frequentemente


aplicado em problemas de contagem e organização de elementos. Eles representam todas as
maneiras possíveis de organizar um número específico de elementos distintos, sem repetições.
Por exemplo, ao escolher uma equipe de 3 pessoas a partir de um grupo de 5, os arranjos sem
repetição seriam úteis para calcular o número total de combinações possíveis. Além disso, são
essenciais em contextos como permutações e combinatória. Compreender os arranjos sem
repetição é crucial para resolver problemas práticos que envolvem organização e seleção de
elementos distintos. Dominar esse conceito pode ser útil em diversas áreas, desde matemática e
estatística até ciência da computação e engenharia. Espero que esta breve explicação tenha sido
útil!
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Análise Combinatória

A Análise Combinatória é a área da Matemática que estuda as formas de resolver problemas com
contagem de elementos ou possibilidades de algo ocorrer. Ela vai nos dizer quais as técnicas e
métodos para cada tipo de situação. O Princípio Fundamental da Contagem (PFC) e o Fatorial
são contas que aprendemos a fazer desde o Ensino Fundamental, pois eles são a base da análise
combinatória e seu raciocínio. Não deixe de ler antes de continuar!

Em outras situações, os cálculos tendem a se tornar complexos. Para facilitar o desenvolvimento


das ideias, nós dividimos as técnicas de acordo com as situações. Elas podem ser um caso de
Permutação, Arranjo ou Combinação.

O que é Arranjo?

O Arranjo é a quantidade de grupos que podemos fazer com “p” elementos retirados de um
conjunto de “n” elementos.

Quando escolhemos alguns elementos de um conjunto, podemos organizá-los de diferentes


formas. Neste caso, a ordem com que organizamos e as trocas de suas posições fazem com que
tenhamos resultados diferentes.

Exemplo:

Vamos tomar como base um conjunto “n” formado por 4 elementos (1, 2, 3 e 4). Se nós
queremos agrupar esses elementos de 3 em 3, teremos um arranjo p com 24 resultados:

123, 124, 132, 134, 142, 143, 213, 214, 231, 234, 241, 243, 312, 314, 321, 324, 341, 342, 412,
413, 421, 423, 431 e 432.

Cada um desses números é um arranjo diferente dos 4 elementos do conjunto, em grupos de 3


elementos.

Características

Outra característica importante é notar que os Arranjos levam em conta a ordem e a natureza dos
elementos. Vamos explicar:
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Olhando os números acima, você percebe que todos os arranjos têm os mesmos elementos (1, 2, 3
e 4), mas formam números diferentes. Isso acontece por causa da ordem em que estão colocados,
ou seja, a ordem importa.

Você também é capaz de perceber que, se estivéssemos arranjando os mesmos elementos desse
conjunto em grupos de 2 em 2, nós teríamos uma quantidade diferente no resultado de arranjos.

Portanto:

Se compararmos os arranjos 342 e 324, perceberemos que eles são diferentes pela ordem dos seus
elementos.

Se compararmos os arranjos 342 e 341, perceberemos que eles são diferentes pela natureza de
seus elementos.

Símbolo do Arranjo

O símbolo que representa a definição de Arranjo é: Anp

Lemos assim: “Arranjo de n elementos, de p em p.”

Em que:

n = número de elementos do conjunto inicial.

p = número de algarismo que os agrupamento deverão ser feitos.

A = quantidade de arranjos possíveis dentro dessas condições.

Isso é válido desde que n ≥ p, pois é impossível eu querer arranjar 3 números em grupos de 4
algarismos, por exemplo.

Dessa forma, representamos o exemplo do primeiro tópico como:

4! 4!
A3
4
= ( 4−3 ) ! = 1 ! = 4! = 4. 3. 2. 1 = 24
Assim, não é necessário gastar tempo montando todos os arranjos possíveis, basta aplicar a
n!
fórmula: A p
n
= ( n− p ) !
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Explicaremos a outra fórmula e os tipos de arranjos. Lembre-se: a exclamação (!) na frente do


número remete à operação de Fatorial.

Tipos de Arranjos e quando usá-los

Nós sempre usaremos o Arranjo quando a questão der importância à ordem e à natureza. Ainda
assim, existem várias situações diferentes que esses 2 fatores aparecem. É daí que surgem os 3
diferentes tipos de Arranjo: Simples, com Repetição e Condicional.
Arranjo sem repetição
O arranjo será simples sempre que não houver um elemento repetido no conjunto inicial. Nessa
situação, cada elemento só pode ser usado uma vez.
Exemplo:
Uma turma do Ensino privado tem 15 alunos e a professora pediu que eles se juntassem em
duplas para criar uma chapa com representante e vice-representante. Quantas são as
possibilidades totais de chapas?
Solução:
Se estamos falando em representante e vice-representante, a ordem dos alunos importa. Afinal,
ter João como representante e Maria como vice é diferente de ter Maria como representante e
João como vice.
Além disso, sabemos que não haverá repetições, pois cada pessoa é única. Com base nessa
análise, sabemos que se trata de um A 15,2.
Agora, basta substituir na fórmula e resolver:

A 15,2 = 15! / (15 – 2)!


A 15,2 = 15! / 13!

A 15,2 = 15.14.13! / 13!

A 15,2 = 15.14

A 15,2 = 210

Arranjo com Repetição


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Os arranjos com repetição são aqueles em que se aceitam elementos repetidos. Por isso, cada
posição poderá ser preenchida por qualquer um de todos os elementos do conjunto inicial.

Perceba que nós estaremos multiplicando o “n” por ele mesmo na quantidade de “p” que for
pedido. Então a fórmula a ser usada é:

Acr n,p = np

Exemplo:

José quer formar uma senha de 6 dígitos para sua conta no banco e ela só pode ser feita com os
números de 0 a 8. Quantas são as possibilidades de senha que ele tem?

Solução

Se estamos falando em senha e números, com certeza a ordem importa e usaremos arranjo. Além
disso, não foi mencionado nada sobre proibir repetição, então se trata de um arranjo com
possibilidade de repetição.

Se José só pode usar números de 0 a 8, então temos 9 elementos disponíveis no conjunto inicial
(n). Além disso, a senha deve conter 6 dígitos, então os agruparemos de 6 em 6. Isso nos dá um
Ar 9,6.

Então a fórmula a ser usada é:

Acr 9,6 = 96

Acr 9,6 = 531 441


Arranjo Condicional

Este tipo de arranjo é marcado por alguma condição extra que foi dada naquele exemplo.
Precisamos avaliar caso a caso para ver quais métodos iremos usar.

Exemplo:

Quantos arranjos com quatro elementos do conjunto {I, J, K, L, M, N}. Começam com duas
letras do subconjunto {L, M, N}?

Solução:
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Observe que nessa situação as duas primeiras letras tem uma condição específica, por isso, vamos
separar o raciocínio em dois momentos: selecionamos as duas primeiras letras e depois as
possibilidades para as últimas.

A escolha das duas primeiras letras precisa ser parte do conjunto {L, M, N}, então se trata de um
arranjo simples de 3 elementos 2 a 2, ou seja, A 3,2.

Se foi pedido um arranjo total de 4 letras, então falta escolher as duas últimas letras. Isso deve ser
feito pelo arranjo das letras {I, J, K, L, M, N}.

Porém, devemos retirar as duas que já foram escolhidas. Então será um arranjo simples de 4
elementos 2 a 2 (A 4,2), não um arranjo de 6 elementos 2 a 2.

Pelo princípio multiplicativo, podemos dizer que a resposta final será encontrada por A3,2 x
A4,2.

Vamos resolver as contas separadamente para não confundir e depois multiplicar seus resultados.

3! 3!
3
A2 = ( 3−2 ) ! = 1! =3!=3.2.1=6

4! 4! 4.3 .2!
A2
4
= ( 4−2 ) ! = 2 ! = 2! =12

Então: A3,2 x A4,2

=6 x 12

=72.
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Conclusão

Os arranjos sem repetição desempenham um papel crucial na matemática e em diversas outras


áreas. Eles permitem organizar elementos distintos de maneira sistemática, sem repetições, o que
é fundamental para resolver problemas de contagem e seleção. Compreender e aplicar os
conceitos relacionados aos arranjos sem repetição é essencial para lidar com situações do
cotidiano, bem como para avançar em disciplinas acadêmicas e profissionais. A capacidade de
calcular arranjos sem repetição é uma habilidade valiosa que pode ser aplicada em contextos
variados, desde probabilidade e estatística até engenharia e ciência da computação. Portanto,
dominar esse conceito é vantajoso para quem busca compreender e solucionar problemas que
envolvem a organização de elementos distintos. Espero que esta breve explanação tenha
esclarecido a importância dos arranjos sem repetição.
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Referências bibliográficas

NEVES, Maria Augusta Ferreira, FARIA, Luísa Monteiro, Exercícios Matemática 12° ano, porto
editora, 2000

SPIEGEL, Murray R., Logica Matemática e Álgebra, Makron Books do Brasil, São Paulo, 1994.

BUCCHI, Paulo, Matemática – volume único, Editora Moderna, 1992.

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