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Indice

1.Capitulo I:Introdução.................................................................................................................. 2
1.1. Objectivo: ............................................................................................................................... 3
1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................................. 3
1.1.2. Objetivo Especifico .......................................................................................................... 3
2.Capitulo II: Referencial Teórico .................................................................................................. 4
2.1. Análise Combinatória ............................................................................................................. 4
2.2. Princípio fundamental da contagem ...................................................................................... 4
2.3. Tipos de Combinatória ........................................................................................................... 6
2.4. Fatorial.................................................................................................................................... 6
2.5. Arranjos .................................................................................................................................. 8
2.6.Permutações............................................................................................................................ 8
2.6.1. Permutação simples ........................................................................................................ 9
2.6.2. Permutação com repetição ........................................................................................... 10
2.7. Combinações ........................................................................................................................ 11
2.8. Probabilidade e Análise Combinatória ................................................................................. 12
Conclusão .................................................................................................................................... 15
Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 16
1.Capitulo I:Introdução

O cálculo combinatório é uma disciplina matemática fundamental que trata da contagem


e organização de elementos em conjuntos finitos. Suas aplicações são vastas,
encontrando-se em diversas áreas, como probabilidade, estatística, teoria dos jogos,
ciência da computação, entre outras. Neste trabalho, exploramos os conceitos básicos do
cálculo combinatório, incluindo o Princípio Fundamental de Contagem, permutações
simples e permutações com repetição. Além disso, apresentamos exemplos detalhados
para ilustrar a aplicação desses conceitos em situações do mundo real.
1.1. Objectivo:

1.1.1. Objetivo Geral


O objetivo geral deste trabalho é explorar os conceitos fundamentais do cálculo
combinatório, incluindo permutações simples, permutações com repetição e o Princípio
Fundamental de Contagem, e demonstrar sua aplicação em situações práticas.

1.1.2. Objetivo Especifico


1.Apresentar os conceitos básicos do cálculo combinatório de forma clara e acessível.
2.Explorar o Princípio Fundamental de Contagem e sua aplicação na contagem de
resultados em experimentos compostos.
3.Discutir o fatorial de um número e seu papel na contagem de permutações.
4.Demonstrar como calcular permutações simples e aplicá-las em problemas do mundo
real.
5.Introduzir o conceito de permutações com repetição e mostrar como calculá-las.
6.Fornecer exemplos detalhados para ilustrar a aplicação dos conceitos em diferentes
contextos.
7.Destacar a importância do cálculo combinatório em diversas áreas, como probabilidade,
estatística, teoria dos jogos e ciência da computação.
2.Capitulo II: Referencial Teórico

2.1. Análise Combinatória

A análise combinatória ou combinatória é a parte da Matemática que estuda métodos


e técnicas que permitem resolver problemas relacionados com contagem.

Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz a análise das possibilidades e das
combinações possíveis entre um conjunto de elementos.

2.2. Princípio fundamental da contagem

O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio multiplicativo, é


utilizado para encontrar o número de possibilidades para um evento constituído de n
etapas. Para isso, as etapas devem ser sucessivas e independentes.

Se a primeira etapa do evento possui x possibilidades e a segunda etapa é constituída de


y possibilidades, então existem x . y possibilidades.

Portanto, o princípio fundamental da contagem é a multiplicação das opções dadas para


determinar o total de possibilidades.

Esse conceito é importante para a análise combinatória, área da Matemática que reúne os
métodos para resolução de problemas que envolvem a contagem e, por isso, é muito útil
na investigação de possibilidades para determinar a probabilidade de fenômenos.

Exemplo 1

João está em um hotel e pretende ir visitar o centro histórico da cidade. Partindo do hotel
existem 3 linhas de metrô que levam ao shopping e 4 ônibus que se deslocam do shopping
para o centro histórico.

De quantas maneiras João pode sair do hotel e chegar até o centro histórico passando pelo
shopping?

Solução: O diagrama de árvore ou árvore de possibilidades é útil para analisar a estrutura


de um problema e visualizar o número de combinações.

Observe como a constatação das combinações foi feita utilizando o diagrama de árvore.
Se existem 3 possibilidades de sair do hotel e chegar até o shopping, e do shopping para
o centro histórico temos 4 possibilidades, então o total de possibilidades é 12.

Outra maneira de resolver o exemplo seria pelo princípio fundamental da contagem,


efetuando a multiplicação das possibilidades, ou seja, 3 x 4 = 12.

Exemplo 2

Um restaurante possui em seu cardápio 2 tipos de entradas, 3 tipos de pratos principais e


2 tipos de sobremesas. Quantos menus poderiam ser montados para uma refeição com
uma entrada, um prato principal e uma sobremesa?

Solução: Utilizaremos a árvore de possibilidades para entender a montagem dos menus


com entrada (E), prato principal (P) e sobremesa (S).
Pelo princípio fundamental da contagem, temos: 2 x 3 x 2 = 12. Portanto, poderiam ser
formados 12 menus com uma entrada, um prato principal e uma sobremesa.

2.3. Tipos de Combinatória

O princípio fundamental da contagem pode ser usado na maioria dos problemas


relacionados com contagem. Entretanto, em algumas situações seu uso torna a resolução
muito trabalhosa.

Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver problemas com determinadas
características. Basicamente há três tipos de agrupamentos: arranjos, combinações e
permutações.

Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo, precisamos definir uma


ferramenta muito utilizada em problemas de contagem, o fatorial.

2.4. Fatorial

Fatorial é um número natural inteiro positivo, o qual é representado por n!

O fatorial de um número é calculado pela multiplicação desse número por todos os seus
antecessores até chegar ao número 1. Note que nesses produtos, o zero (0) é excluído.

O fatorial é representado por:

𝑛! = 𝑛. (𝑛 − 1). (𝑛 − 2). … . (𝑛 − (𝑛 − 1))!

Exemplos de números fatoriais

Fatorial de 0: 0! (lê-se 0 fatorial)


0! = 1

Fatorial de 1: 1! (lê-se 1 fatorial)

1! = 1

Fatorial de 2: 2! (lê-se 2 fatorial)

2! = 2 . 1 = 2

Fatorial de 3: 3! (lê-se 3 fatorial)

3! = 3 . 2 . 1 = 6

Fatorial de 4: 4! (lê-se 4 fatorial)

4! = 4. 3 . 2 . 1 = 24

Fatorial de 5: 5! (lê-se 5 fatorial)

5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120

Fatorial de 6: 6! (lê-se 6 fatorial)

6! = 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 720

Fatorial de 7: 7! (lê-se 7 fatorial)

7! = 7 . 6 . 5 . 4. 3 . 2 . 1 = 5040

Fatorial de 8: 8! (lê-se 8 fatorial)

8! = 8 . 7 . 6 . 5 . 4. 3 . 2 . 1 = 40320

Fatorial de 9: 9! (lê-se 9 fatorial)

9! = 9 . 8 . 7 . 6 . 5 . 4. 3 . 2 . 1 = 362.880

Fatorial de 10: 10! (lê-se 10 fatorial)

10! = 10 . 9 . 8 . 7 . 6 . 5 . 4. 3 . 2 . 1 = 3.628.800

Obs: O número fatorial também pode ser representado da seguinte maneira:

5!

5.4!
5.4.3!
5.4.3.2!
Esse processo é muito importante quando se utiliza a simplificação de números fatoriais.

2.5. Arranjos

Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da ordem e da natureza dos


mesmos.

Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte


expressão:

𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 =
(𝑛 − 𝑝)!

Exemplo

Como exemplo de arranjo, podemos pensar na votação para escolher um representante e


um vice-representante de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o
representante e o segundo mais votado o vice-representante.

Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá ser feita? Observe que nesse
caso, a ordem é importante, visto que altera o resultado.

Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes.

2.6.Permutações

As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número de elementos (n) do


agrupamento é igual ao número de elementos disponíveis.

Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando o número de elementos é


igual ao número de agrupamentos. Desta maneira, o denominador na fórmula do arranjo
é igual a 1 na permutação.

Assim a permutação é expressa pela fórmula:

Exemplo

Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras diferentes 6 pessoas podem se


sentar em um banco com 6 lugares.
Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número de lugares é igual ao número
de pessoas, iremos usar a permutação:

Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas sentarem neste banco.

2.6.1. Permutação simples


Uma permutação simples é a ordenação dos elementos de um conjunto finito, quando
seus elementos não se repetem, são distintos. É utilizada para determinar a quantidade
dessas ordenações.

A quantidade de permutações de um conjunto de n elementos é igual a n! (lê-se n


fatorial).

A fórmula para determinar a quantidade de permutações simples é

Considere um conjunto com n elementos. Para organizá-los em uma fila, precisamos


escolher o primeiro e, para isso, temos n possibilidades. Para escolher o segundo, temos
(n-1) possibilidades, uma menos, pois, já usamos uma opção ao escolher o primeiro. Esse
processo continua até que só reste um elemento.

Para determinar a quantidade total de permutações, multiplicamos a quantidade de


possibilidades existentes na escolha de cada elemento. Dessa forma:

A expressão acima é chamada fatorial de n e usamos o símbolo n!.

Exemplo
Os diferentes modos de organizar as letras de uma palavra são chamados de anagramas.
Quantos anagramas existem para a palavra PATO?

Essas são as possibilidades:


Assim, como a palavra PATO possui 4 letras, temos que

Portanto, há 24 permutações simples para a palavra PATO.

2.6.2. Permutação com repetição


Uma permutação com elementos repetidos acontece quando em um conjunto de n
elementos, alguns destes são iguais.

Na fórmula para determinar o número de permutações com repetição, dividimos o fatorial


do número total n de elementos, pelo produto entre os fatoriais dos elementos que se
repetem.

é o número de permutações de n elementos.

são os números de elementos de cada tipo que se repetem.

é o fatorial do número total de elementos n.

Exemplo

Vamos determinar quantas permutações existem para a palavra OVO. Para facilitar
vamos colorir as letras. Vejamos os anagramas da palavra OVO.

O número de permutações simples com 3 elementos é dada por


No entanto, algumas permutações se repetem e não podemos contá-las duas vezes. Para
isso devemos dividir o valor de (pois a palavra possui três letras), por (pois a letra
O se repete duas vezes).

Dessa forma, o número de permutações para as letras da palavra OVO é igual a 3.

Vejamos este outro exemplo em que definiremos o número de permutações para as letras
da palavra BANANA.

Onde:

significa permutação com 6 elementos onde as letras A e N se repetem.

3! pois, a letra A se repete três vezes.

2! pois, a letra N se repete duas vezes.

Uma dica para facilitar o cálculo é desenvolver o 6! até chegar em 3!, fazendo a
simplificação com o denominador. Veja o desenvolvimento.

Sendo assim, o número de permutações para as letras da palavra BANANA é igual a 60.

2.7. Combinações

As combinações são subconjuntos onde a ordem dos elementos não é importante,


entretanto, são caracterizadas pela natureza dos mesmos.

Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos tomados p a p (p ≤ n),


utiliza-se a seguinte expressão:
Exemplo

A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de 3 membros para formar uma


comissão organizadora de um evento, dentre as 10 pessoas que se candidataram.

De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser formada?

Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem dos elementos não é
relevante. Isso quer dizer que escolher: Maria, João e José, é equivalente a escolher: João,
José e Maria.

Observe que para simplificar os cálculos, transformamos o fatorial de 10 em produto, mas


conservamos o fatorial de 7, pois, desta forma, foi possível simplificar com o fatorial de
7 do denominador.

Assim, existem 120 maneiras distintas formar a comissão.

2.8. Probabilidade e Análise Combinatória

A probabilidade permite analisar ou calcular as chances de obter determinado resultado


diante de um experimento aleatório. São exemplos as chances de um determinado número
sair em um lançamento de dados, ou, a possibilidade de ganhar na loteria.

A partir disso, a probabilidade é determinada pela razão entre o número de casos


favoráveis e número de casos possíveis, apresentada pela seguinte expressão:

Sendo:

P (A): probabilidade de ocorrer um evento A;


n (A): número de resultados favoráveis
n (Ω): número total de resultados possíveis

Para encontrar o número de casos possíveis e favoráveis, muitas vezes necessitamos


recorrer às fórmulas estudadas em análise combinatória.

Exemplo

Qual a probabilidade de um apostador ganhar o prêmio máximo da mega-sena, fazendo


uma aposta mínima, ou seja, apostar exatamente nos seis números sorteados?
Solução

Como vimos, a probabilidade é calculada pela razão entre os casos favoráveis e os casos
possíveis. Nesta situação, temos apenas um caso favorável, ou seja, apostar exatamente
nos seis números sorteados.

Já o número de casos possíveis é calculado considerando que serão sorteados, ao acaso,


6 números, não importando a ordem, de um total de 60 números.

Para fazer esse cálculo, usaremos a fórmula de combinação, conforme indicado abaixo:

Assim, existem 50063860 modos distintos de sair o resultado. A probabilidade de


acertarmos então será calculada como:

Exemplo
Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que 3?

Resolução
Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para cima.
Vamos então, aplicar a fórmula da probabilidade.
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6) e que o evento
"sair um número menor que 3" tem 2 possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou 2. Assim,
temos:

Para responder na forma de uma porcentagem, basta multiplicar por 100.

Portanto, a probabilidade de sair um número menor que 3 é de 33%.


Conclusão

O cálculo combinatório desempenha um papel crucial em várias áreas da matemática e


além. Os conceitos apresentados neste trabalho, como permutações simples, permutações
com repetição e o Princípio Fundamental de Contagem, são fundamentais para resolver
problemas de contagem e organização de elementos. Ao compreender esses conceitos e
sua aplicação prática, os estudantes e profissionais podem abordar uma ampla gama de
problemas em diversas disciplinas.
Referências Bibliográficas

• Rosen, K. H. (2018). Discrete Mathematics and Its Applications. McGraw-Hill


Education.
• Grimaldi, R. P. (2004). Discrete and Combinatorial Mathematics: An Applied
Introduction. Pearson Education.
• Graham, R. L., Knuth, D. E., & Patashnik, O. (1989). Concrete Mathematics: A
Foundation for Computer Science. Addison-Wesley.
• Aigner, M., & Ziegler, G. M. (2010). Proofs from THE BOOK. Springer Science
& Business Media.
• Stanley, R. P. (2011). Enumerative Combinatorics: Volume 1. Cambridge
University Press.

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