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 Arranjo e Combinação

- No estudo da permutação, tratamos de problemas nos quais os números de elementos


dispostos no problema, era exatamente o número que utilizávamos para representar um tipo
de configuração, exemplo:

“ De quantas maneiras podemos juntar 4 amigos de maneira que Júlio sempre fique perto de
Ana? “

- Veja que no cálculo os 4 amigos estarão envolvidos, embora haja uma restrição, estamos
falando de troca entre 4 personagens.

- No estudo do Arranjo e da Combinação teremos AGRUPAMENTOS, ou seja, o número de


elementos fornecidos, NÃO é o mesmo do número de elementos que precisamos para
realizar uma configuração. Em ambos os casos, chamaremos de “n” o número de elementos
totais e “p” o número de elementos que precisamos.

1) Arranjo

-Ocorre quando ao testarmos uma configuração notamos que a ordem importa, ou seja, a
cada grupo, devemos contar a troca de posições entre os elementos do grupo.

Exemplo: Quantos números de três algarismos distintos podem ser formados com os
elementos do conjunto {1, 2, 3, 4}?

Note que para resolver este problema, podemos usar o princípio fundamental da contagem,
sabendo que para primeira posição temos quatro elementos, para segunda temos três e para
terceira, temos dois.

1° Posição 2° Posição 3° Posição


4 elementos 3 elementos 2 elementos

Pelo Princípio Multiplicativo temos:

4 x 3 x 2 = 24 números de algarismos distintos

Então temos a possibilidade de formar 24 números conforme o problema requisitou, e


podemos identificar pelo número de possibilidades que se trata de um arranjo, pois para um
mesmo grupo, contamos as permutações entre os 3 elementos.
A saber das possibilidades totais temos:

123 124 132 134 142 144


213 214 231 234 241 244
312 314 321 324 341 342
412 413 421 423 431 432

Perceba que contamos as configurações possíveis que mostram quantos números distintos temos, de
3 algarismos formados por 4 elementos. Note que temos números que embora possuam os mesmos
algarismos, eles estão posicionados de forma diferente exemplo, o “412” possui os mesmos
algarismos que o “421” mas eles são números distintos pois, trocar as posições dentre eles, resultam
em uma nova configuração, PORTANTO: PARA O ARRANJO A ORDEM IMPORTA, LOGO ESSE
PROBLEMA FOI UM CASO DE ARRANJO.

- O arranjo pode ser calculado pelo PFC ou pela sua fórmula, tendo que resultar na mesma coisa:

n!
A n , p=
( n− p ) !

n = número de elementos totais fornecidos


p = número de elementos que precisamos, número de elementos agrupados.

- No exemplo anterior “n” foi o número de elementos fornecidos para realizarmos as configurações.
Dentro dessas configurações tínhamos que botar o número de elementos do agrupamento que era
o “p”. Então “n” foi igual a 4 e “p” foi igual a 3.

2) Combinação

- Considere um trio inseparável da sala, Luiza, Clara e Camila. O professor Breno sabia que
elas eram amiguíssimas, quase irmãs e “só de pirraça” decretou que o trabalho seria
formado em duplas para compor a primeira nota. As meninas surtaram e não sabiam o que
faziam, mas, como eram amigas de mesma intensidade, decidiram fazer um sorteio onde em
cada papelzinho tinha uma dupla diferente (exemplo: papel 01 = Camila e Clara, papel 02=
Luiza e Clara). A aula passada tinha sido de Arranjo e elas foram usar arranjo para
contabilizar quantos papéis tinham.
- Pensaram: “somos 3 elementos e temos que ser agrupadas em 2, vamos jogar na fórmula
de Arranjo. ”

(Faça o Cálculo substituindo “n” por 3 e “p” por 2 na fórmula de arranjo)

Note que o resultado encontrado vai dar origem às seguintes configurações:

Clara e Camila Luiza e Camila Clara e Luiza


Camila e Clara Camila e Luiza Luiza e Clara

Quando elas terminaram de visualizar isso, chegaram na conclusão imediata de que tinham
desperdiçado papel, pois formar uma dupla do tipo “Clara e Camila” é a mesma coisa do que
formar uma dupla do tipo “Camila e Clara”. Quando viram isso, notaram que a ordem em que
as meninas estão dispostas em um grupo de 2 elementos NÃO IMPORTA, então notaram que
aquilo NÃO ERA UM ARRANJO e sim um caso de COMBINAÇÃO.

Podemos pensar primeiro em fazer um problema desse tipo por arranjo, mas depois temos
que saber que estamos contando as permutações dentro de um agrupamento, então
dividimos o valor do Arranjo pelas permutações em cada grupo de elementos, para que
possamos contar esses grupos como se fossem UM SÓ.

A fórmula então é a do arranjo só que dividida pelas permutações dos elementos de um grupo:

n!
C n , p=
p ! ( n− p ) !

n = número de elementos totais

p = número de elementos que preciso

Então para o problema do sorteio das meninas, usamos uma combinação onde n = 3 e p = 2.
 Praticando

Questão 01.

Dispomos de 8 cores e queremos pintar uma bandeira de 5 listras, cada listra com uma cor.
De quantas formas isso pode ser feito?

Questão 02.

Uma linha ferroviária tem 20 estações. Quantos tipos de bilhetes devem ser impressos, se
cada tipo deve assinalar a estação de partida e de chegada respectivamente.

Questão 03.

Um sorveteiro vende sorvetes de quatro bolas, de sabores escolhidos dentre os de coco,


manga, graviola, cajá, morango, tamarindo e pitanga. Calcule o número de possibilidades de
escolha de três sabores distintos para compor um sorvete.

Questão 04.

Com as letras {a, e, i, o, b, c, d, f, g} quantas palavras (com ou sem sentido) de seis letras
distintas podem ser formadas, usando-se três vogais e três consoantes?

Questão 05.
Dez pessoas se encontram e todas se cumprimentam com um aperto de mãos. Qual é o total
de cumprimentos?

Questão 06.
Quantas diagonais possui um polígono de 9 lados?
Questão 07.

Num hospital, há 3 vagas para trabalhar no berçário, 5 no banco de sangue e 2 na


administração. Se 6 funcionários se candidatam para o berçário, 8 para o banco de sangue e
2 na administração, de quantas maneiras distintas essas vagas podem ser preenchidas?

Questão 08.

Considere que um celular tem um código PIN formado por 4 algarismos. De quantos modos
podemos formar esse código em nosso celular?

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