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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS


CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ACADÊMICOS: PÉRSIA KURTZ, DANIEL PARIZZOTO , ELIANDRA COSTA,
YASMIN TRICHES
DISCIPLINA: INICIAÇÃO AO CONHECIMENTO ACADÊMICO
PROFESSORA: BRUNA DE OLIVEIRA BORTOLINI

MÉTODO DEDUTIVO

1 INTRODUÇÃO
A presente pesquisa tem por finalidade demonstrar o significado, os exemplos e em
quais campos o método dedutivo é mais explorado.
Este método é compreendido como o método da lógica, e é bastante desfrutado no
meio acadêmico e em pesquisas de uma maneira geral quando o assunto ou o argumento
necessita de tal metodologia para ser analisado.

2 DESENVOLVIMENTO

O método dedutivo foi proposto pelos principais racionalistas Descartes, Spinoza e


Leibniz, cujos filósofos fundamentaram que este método tem o silogismo como base
principal, o que significa que há uma construção lógica a partir de duas proposições e após
isso chega-se a um conclusão, que seria a terceira proposição do argumento.
Por exemplo:
Para passar na prova da professora Bruna é preciso estudar.
Você não estudou para a prova.
Logo, você vai mal na prova.
Então, o fundamento da dedução é a investigação das duas proposições (ou
premissas) para verificar se ambas são verdadeiras, podendo assim obter uma conclusão
lógica de um determinado tema.
Dentro desse contexto, René Descartes afirma que a razão e o bom senso estão
sempre presentes em qualquer ser humano. Ninguém possui um dom maior ou menor de
clarividência, porém os melhores resultados vêm das pessoas que escolhem o melhor caminho
para pensar; ou seja, o melhor método a ser escolhido é o que leva ao melhor aproveitamento
da razão acima referida. Para ele somente a razão é capaz de levar ao conhecimento
verdadeiro.
Descartes entende, ainda, que o homem não deve ficar restrito somente aos
ensinamentos teóricos dos seus mestres, e sim deve criar o hábito de associar o conhecimento
teórico ao conhecimento prático; e deve utilizar o raciocínio lógico (que incluem processos
físicos, matemáticos, geométricos e químicos) aliado à dedução, para então obter uma
conclusão sobre determinado assunto, deixando sempre de lado qualquer argumento que seja
de natureza subjetiva (que seja individual ou pessoal).
Ou seja, para o filósofo o método dedutivo nada mais é que a união do pensamento
lógico com a dedução racional, que resulta numa conclusão a respeito de um determinado
assunto. Em outras palavras, é a análise de duas proposições/premissas (uma maior e outra
menor), que através de uma construção lógica retira-se uma terceira, denominada de
conclusão (ou solução/desfecho).
O método dedutivo parte da compreensão da regra geral para se chegar a conclusão
em casos específicos - ele é o inverso do método indutivo. Para compreendermos melhor este
conceito, podemos citar o exemplo clássico de Lakastos e Marconi:
“Todo mamífero tem um coração. (premissa maior)
Ora, todos os cães são mamíferos. (premissa menor)
Logo, todos os cães tem um coração.” (conclusão)”
Neste exemplo verificamos que a veracidade da conclusão ocorre somente porque as
duas premissas anteriores são verdadeiras, e que a verdade da conclusão já estava implícita
nessas duas premissas.
Outro exemplo muito utilizado no método dedutivo é o seguinte:
“Todo homem é mortal. (premissa maior)
Pedro é homem. (premissa menor)
Logo, Pedro é mortal." (conclusão)
Aqui observamos de forma simples a convicção na conclusão que foi retirada das
duas premissas verdadeiras (maior e menor) analisadas previamente. Não há que se falar em
meio termo no método dedutivo. Ou está correto ou está incorreto, ou as premissas se
completam e formam um desfecho ou não se forma desfecho algum.
Assim, no método dedutivo para que a conclusão de um fato seja falsa, as premissas
ou uma das premissas devem ser falsas; diferente do que ocorre no método indutivo, por
exemplo, que é possível que a ideia inicial seja verdadeira e a conclusão (ou resultado) seja
falsa.
O método dedutivo pode ser muito utilizado nas ciências que são orientadas por leis,
como por exemplo matemática, física, química e com aplicação na geologia. Essas ciências
recebem a denominação de ciências exatas porque não há variáveis em seus argumentos
(argumentos mutáveis) e sim há somente a lógica; diferente, por exemplo, das ciências sociais
onde há muita subjetividade e variabilidade (o que é instável/mutável) e o método dedutivo
não pode ser aplicado nessas últimas ciências, pois os argumentos variáveis não poderão
fornecer uma conclusão verdadeira.
Este método pode ser aplicado também em trabalhos e pesquisas acadêmicas através
da análise e crítica dos dados que foram coletados por meio de entrevistas, de análise de
campo, ou de qualquer outra forma que o dado foi coletado para a pesquisa, pois os mesmos
exigem uma revisão e uma verificação antes de sua exposição, para então serem apresentados
da maneira correta.

3 CONCLUSÃO
Ao analisarmos o conceito, como surgiu e como o método dedutivo é utilizado em
trabalhos e pesquisas, seja no mundo acadêmico ou não, concluímos que por mais que
algumas críticas ou abordagens negativas digam que ele é redundante e tentem minimizá-lo,
ele é, em verdade, fundamental para a correta análise e observação de alguns temas, em
algumas áreas específicas que exigem a lógica para melhor compreensão de seus reais
argumentos.

REFERÊNCIAS
Diniz, Célia Regina. Metodologia Científica/ Célia Regina Diniz; Iolanda Barbosa da Silva. -
Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN-EDNEP, 2008.

Lakastos, E. M; Marconi, M. De A. Metodologia Científica. 6. ed. Rev. Ampl. São Paulo:


Atlas, 2011.

Planeta Amazônia: Revista Internacional de Dto. Amb. e Políticas Públicas. ISSN 2177-1642;
Macapá; n.6; p. 85-101, 2014. http://periodicos.unifap.br/index.php/planeta

http://www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/geografia/metodologia_cientifica.pdf

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