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Universidade são Tomás de Moçambique

Licenciatura em Psicologia Clínica

Metodologia de Investigação Cientifica

Projeto de pesquisa Experimental e não experimental

Discentes:
Laila Bete Mucavele
Hanguissania Nhataba
Leontina Americo Mbeule

Docente: Ernesto Manjate

Maputo, Setembro de 2023

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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3
1.2 Objectivos..............................................................................................................................4
1.2.1 Objectivo Geral...............................................................................................................4
1.2.2 Objetivos especificos.......................................................................................................4
2. Metodologia.................................................................................................................................4
3. Revisão da literatura....................................................................................................................5
4. Pesquisa científica.......................................................................................................................5
5. Pesquisa Experimental.................................................................................................................5
5.1 O delineamento de uma pesquisa experimental.....................................................................6
5.1.1 Formulação do problema.................................................................................................6
5.1.2 Construção de hipóteses (Gil, 2008):..............................................................................6
5.2 Exemplos de Pesquisa Experimental.....................................................................................7
6. Projetos de pesquisa não experimental........................................................................................7
6.1 Diferenças com projetos experimentais.................................................................................8
6.2 Características........................................................................................................................8
6.3 Tipos de pesquisa não experimental......................................................................................9
6.3.1 Design transversal ou longitudinal..................................................................................9
6.3.2 Design longitudinal.......................................................................................................10
7. Vantagens e desvantagens da pesquisa não experimental.........................................................10
8. Conclusão..................................................................................................................................11
9. Revisão bibliográfica.................................................................................................................12

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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa enquadra-se na cadeira de Métodos de investigação científica, e
tem como propósito debruçar sobre projetos de pesquisa experimental e não experimental.
Para saber o que é uma pesquisa experimental basta saber que é uma abordagem científica que
busca investigar relações de causa e efeito entre variáveis. Nesse tipo de investigação
experimental, o pesquisador manipula deliberadamente uma ou mais variáveis independentes
para observar os efeitos resultantes na variável dependente. Na pesquisa não experimental é o
tipo de pesquisa que não possui uma variável independente. Em vez disso, o pesquisador observa
o contexto em que o fenômeno se desenvolve e o analisa para obter informações.

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1.2 Objectivos
1.2.1 Objectivo Geral
MARCONI e LAKATOS (2001:102) referem que os objectivos gerais "estão ligados a uma
visão global e abrangente do tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos
e eventos, quer das ideias estudadas vincula-se directamente a própria significação da tese
proposta pelo projecto."
Assim o trabalho tem como objectivo geral debruçar projetos de pesquisa experimental e não
experimental.

1.2.2 Objetivos especificos

2. Metodologia
Para o presente trabalho, iremos fazer o uso da pesquisa documental.
Segundo Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa documental é a coleta de dados em fontes
primárias, como documentos escritos ou não, pertencentes a arquivos públicos; arquivos
particulares de instituições e domicílios, e fontes estatísticas

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3. Revisão da literatura

4. Pesquisa científica
A pesquisa científica é o resultado de um inquérito ou exame minucioso, realizado com o
objetivo de resolver um problema, recorrendo a procedimentos científicos. Lehfeld (1991)
refere-se à pesquisa como sendo a inquisição, o procedimento sistemático e intensivo, que tem
por objetivo descobrir e interpretar os fatos que estão inseridos em uma determinada realidade.

5. Pesquisa Experimental
O estudo experimental segue um planejamento rigoroso. As etapas de pesquisa iniciam pela
formulação exata do problema e das hipóteses, que delimitam as variáveis precisas e controladas
que atuam no fenômeno estudado (TRIVIÑOS, 1987).

Para Gil (2007), a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar
as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação
dos efeitos que a variável produz no objeto.

Já segundo Fonseca (2002, p. 38):


A pesquisa experimental seleciona grupos de assuntos coincidentes, submete-os a tratamentos
diferentes, verificando as variáveis estranhas e checando se as diferenças observadas nas
respostas são estatisticamente significantes. [...] Os efeitos observados são relacionados com as
variações nos estímulos, pois o propósito da pesquisa experimental é apreender as relações de
causa e efeito ao eliminar explicações conflitantes das descobertas realizadas.
Sendo assim, a elaboração de instrumentos para a coleta de dados deve ser submetida a testes
para assegurar sua eficácia em medir aquilo que a pesquisa se propõe a medir.

A pesquisa experimental pode ser desenvolvida em laboratório (onde o meio ambiente criado é
artificial) ou no campo (onde são criadas as condições de manipulação dos sujeitos nas próprias
organizações, comunidades ou grupos).

Para Fonseca (2002), as duas modalidades de pesquisa mais comuns são:


Pesquisas experimentais apenas com dois grupos homogêneos, denominados experimental e de
controle. Aplicado um estímulo ao grupo experimental, no final comparam-se os dois grupos
para avaliar as alterações.

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Pesquisas experimentais antes-depois com um único grupo, definido previamente em função de
suas características e geralmente reduzido.

5.1 O delineamento de uma pesquisa experimental


Segundo (Gil, 2008), segue o seguinte delineamento:
 Formulação do problema;
 Construção das hipóteses;
 Operacionalização das variáveis;
 Definição do plano experimental;
 Determinação dos sujeitos (objetos);
 Determinação do ambiente;
 Coleta de dados;
 Análise e interpretação dos dados;
 Apresentação de conclusões.

5.1.1 Formulação do problema


Segundo (Gil, 2008), a pesquisa deve iniciar com algum tipo de problema ou indagação. De
acordo com Gil, a pesquisa experimental, mais que qualquer outra, exige que o problema seja
colocado de maneira clara, precisa e objetiva.

5.1.2 Construção de hipóteses (Gil, 2008):


Segundo (Gil, 2008), as hipóteses representam relações casuais entre variáveis. Na pesquisa
experimental se busca clareza, precisão e parcimônia, então frequentemente se tem apenas uma
única hipótese e que é normalmente confundida com o problema. O que as diferencia é a forma
interrogativa da hipótese (?).

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5.2 Exemplos de Pesquisa Experimental
Podemos usar como exemplo de pesquisa experimental, quando os objetos em estudo são
entidades físicas, tais como porções de líquidos, bactérias ou ratos, nestes casos, não se
identificam grandes limitações quanto à possibilidade de experimentação. Quando, porém, se
trata de experimentar com objetos sociais, ou seja, com pessoas, grupos ou instituições, as
limitações tornam-se bem evidentes. A complexidade do ser humano, sua historicidade e,
sobretudo, implicações éticas dificultam a realização de pesquisas experimentais nas ciências
humanas.

Constata-se, no entanto, a utilização cada vez mais frequente de experimentos com seres
humanos no âmbito da Psicologia (exemplo: estudos sobre aprendizagem), da Psicologia Social
(exemplo: mensuração de atitudes, comportamento de pequenos grupos, efeitos da propaganda
etc.) e da Sociologia do Trabalho (exemplo: influência de fatores sociais na produtividade).

Segundo o modelo clássico da pesquisa experimental, o pesquisador precisa manipular pelo


menos um dos fatores que se acredita ser responsável pela ocorrência do fenômeno que está
sendo pesquisado. Nem sempre, porém, verifica-se nas pesquisas o pleno controle da aplicação
dos estímulos experimentais ou a distribuição aleatória dos elementos que compõem os grupos.
(GIL, 2019).

Convém esclarecer que a pesquisa experimental não se resume a pesquisas realizadas em


laboratório, assim como a descritiva não se resume a pesquisas de campo. Os termos de campo e
laboratório indicam apenas o contexto em que elas se realizam. Uma pesquisa pode ser
experimental tanto em contexto de campo quanto de laboratório. O mesmo acontece com a
descritiva. Pode-se dizer que, no contexto de laboratório, realizam-se mais pesquisas de natureza
experimental. (CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007).

6. Projetos de pesquisa não experimental


Ao contrário do que acontece com a pesquisa experimental, no não-experimental as variáveis
estudadas não são deliberadamente manipuladas. A maneira de proceder é observar os
fenômenos a serem analisados como eles são apresentados em seu contexto natural.

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Desta forma, não há estímulos ou condições para os sujeitos que estão sendo estudados. Estes
são encontrados em seu ambiente natural, sem serem transferidos para qualquer laboratório ou
ambiente controlado.

As variáveis existentes são de dois tipos diferentes. As primeiras são as chamadas independentes,
enquanto os chamados dependentes são uma conseqüência direta das anteriores.
Neste tipo de pesquisa, as relações entre causas e efeitos são investigadas a fim de tirar
conclusões válidas.

Dado que não são criadas situações exprofesas para investigá-las, pode-se afirmar que os
desenhos não experimentais estudam as situações já existentes desenvolvidas sob suas próprias
regras internas.
De fato, outra denominação que é dada é a das investigações ex post facto; isto é, sobre fatos
cumpridos.
6.1 Diferenças com projetos experimentais
A principal diferença entre os dois tipos de pesquisa é que nos desenhos experimentais há uma
manipulação das variáveis pelo pesquisador. Uma vez criadas as condições desejadas, os estudos
medem os efeitos delas.

Por sua vez, em investigações não experimentais, essa manipulação não existe, mas os dados são
coletados diretamente no ambiente em que os eventos ocorrem.

Não se pode dizer que um método é melhor que o outro. Cada um é igualmente válido
dependendo do que vai ser estudado e / ou da perspectiva que o pesquisador quer dar ao seu
trabalho.

Por suas próprias características, se a pesquisa for experimental, será muito mais fácil repeti-la
para garantir os resultados.

No entanto, o controle do ambiente faz com que algumas variáveis pareçam espontaneamente
mais difíceis de medir. É exatamente o oposto do que acontece com projetos não experimentais.

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6.2 Características
Como mencionado anteriormente, a primeira característica deste tipo de pesquisa é que não há
manipulação das variáveis estudadas.
Normalmente, estes são fenômenos que já ocorreram e são analisados a posteriori. Além dessa
característica, outras peculiaridades presentes nesses desenhos podem ser destacadas:
 A pesquisa não experimental é amplamente utilizada quando, por razões éticas (como dar
bebida aos jovens), não há opção de realizar experimentos controlados.
 Nenhum grupo é formado para estudá-los, mas estes já são pré-existentes em seus
ambientes naturais.
 Os dados são coletados diretamente e, em seguida, analisados e interpretados. Não há
intervenção direta sobre o fenômeno.
 É muito comum que projetos não experimentais sejam usados em pesquisa aplicada, uma
vez que eles estudam os fatos como eles ocorrem naturalmente.
 Dadas as características apresentadas, esse tipo de pesquisa não é válido para estabelecer
relações causais inequívocas.

6.3 Tipos de pesquisa não experimental

6.3.1 Design transversal ou longitudinal


Esse tipo de projeto de pesquisa não experimental é usado para observar e registrar os dados em
um momento específico e, por sua própria natureza, exclusivo. Desta forma, a análise é focada
nos efeitos de um fenômeno que ocorre em um determinado momento.

Como exemplo, podemos mencionar o estudo das conseqüências de um terremoto na habitação


em uma cidade ou as taxas de insucesso escolar em um determinado ano. Você também pode
pegar mais de uma variável, transformando o estudo em um mais complexo.

O desenho transversal permite cobrir diversos grupos de indivíduos, objetos ou fenômenos. No


momento de desenvolvê-los, eles podem ser divididos em dois grupos diferentes:

Descritivo
O objetivo é investigar esses incidentes e seus valores, nos quais uma ou mais variáveis
aparecem. Uma vez que os dados são obtidos, uma descrição deles é feita simplesmente.

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Causas
Nesses desenhos, tentamos estabelecer as relações entre diversas variáveis que ocorreram em um
dado momento. Essas variáveis não são descritas uma por uma, mas tentam explicar como estão
relacionadas.

6.3.2 Design longitudinal


Ao contrário do que acontece com o desenho anterior, no longitudinal os pesquisadores
pretendem analisar as mudanças sofridas por certas variáveis ao longo do tempo. Você também
pode investigar como as relações entre essas variáveis evoluem durante esse período.
Para atingir esse objetivo, é necessário coletar dados em diferentes momentos. Existem três tipos
dentro deste design:

Tendência
Eles estudam as mudanças que acontecem em algumas populações em geral.
Da evolução do grupo
Os sujeitos estudados são grupos ou subgrupos menores.
Painel
Semelhante aos anteriores, mas com grupos específicos que são medidos em todos os momentos.
Estas investigações são úteis para analisar as mudanças individuais em conjunto com o grupo,
permitindo saber qual elemento produziu as mudanças em questão.

7. Vantagens e desvantagens da pesquisa não experimental


Algumas vantagens da pesquisa são:
 É muito flexível durante o processo de pesquisa
 A causa do fenômeno é conhecida e o efeito que ela tem é investigado.
 O pesquisador pode definir as características do grupo de estudo.

Entre as desvantagens da pesquisa estão:


 Os grupos não são representativos de toda a população.

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 Erros podem ocorrer na metodologia.
A pesquisa não experimental baseia-se na observação de fenômenos em seu ambiente natural.
Desta forma, eles podem ser estudados posteriormente para chegar a uma conclusão.

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8. Conclusão
A ciência experimental evoluiu muito ao longo do tempo, a busca e análise de dados, tendo se
focado mais na observação e a influência de variáveis nos procedimentos, entre outras
características. A pesquisa experimental não é o único modelo existente. Cada tipo de pesquisa
tem um objetivo diferente, e o pesquisador é o responsável por conduzir o experimento
utilizando o método que mais lhe ajudará a chegar onde deseja. A pesquisa não experimental é
um tipo de pesquisa que não extrai suas conclusões definitivas ou seus dados de trabalho por
meio de uma série de ações e reações reproduzíveis em um ambiente controlado para obter
resultados interpretáveis, ou seja: por meio de experimentos. Não por isso, claro, deixa de ser
uma investigação séria, documentada e rigorosa em seus métodos

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9. Revisão bibliográfica
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planeamento e execução de
pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração e interpretação de dados. 3.ed. São
Paulo: Atlas, 1996.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em
educação. São Paulo: Atlas, 1987
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
EcuREd. Pesquisa não experimental. Retirado de ecured.cu
Metodologia2020. Pesquisa experimental e não experimental. Retirado de
metodologia2020.wikispaces.com

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