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Antíteses geográficas

-Mundo Superpovoado
O mundo está superpovoado.  As ruas estão entupidas, o trânsito está sempre irritantemente congestionado, e as
pessoas estão vivendo — tanto figurativa quanto literalmente — uma em cima das outras.  É raro você encontrar um
espaço livre para sequer dar uma volta com seu cachorro.
Certo?
Errado.
O mundo não está de modo algum superpovoado.  Ao redor do globo, há enormes espaços de terra totalmente
desabitados. Canadá, Austrália, África, Rússia, EUA e Brasil possuem uma inacreditável quantidade de espaços
abertos e não-povoados.  [No Brasil, apenas 0,2% do território está ocupado por cidades e infraestrutura].  Com
efeito, toda a população do planeta caberia confortavelmente no estado americano do Texas.  [E se toda ela fosse para
o estado do Amazonas, a densidade populacional seria equivalente à da cidade de Curitiba].
Sendo assim, por que tantas pessoas ainda acreditam tão piamente nesse mito do superpovoamento?  A razão é
simples: a maioria delas — especialmente aquelas que têm tempo e predisposição para reclamar do excesso de
pessoas — vive em áreas de alta densidade populacional, as quais não são uma amostra nada representativa da real
situação do mundo. 
Essas áreas de alta densidade populacional são chamadas de 'cidades', e o motivo pelo qual as pessoas vivem em
cidades — não obstante suas constantes lamúrias — é que há enormes benefícios gerados quando um grande número
de pessoas convive em proximidade.
É muito conveniente viver em um local repleto de pessoas simplesmente porque cada uma dessas pessoas tem o
potencial de ofertar vários bens e serviços para você.  Quanto mais pessoas à sua volta, maior a oferta de pessoas
dispostas a fazer coisas como lavar e passar suas roupas, consertar seus sapatos, consertar seu carro, cozinhar suas
refeições, oferecer variadas opções de entretenimento, curar uma eventual doença, e, talvez ainda mais importante,
oferecer a você um emprego que remunera bem. 
Tente viver isolado do mundo, no meio do mato, e você descobrirá quão "simples" é se alimentar, subsistir e
sobreviver a problemas de saúde.  A divisão do trabalho significa que, quanto mais pessoas houver por perto, mais
fácil será satisfazermos nossos desejos e necessidades.  Igualmente, maior será a nossa comodidade para resolvermos
certos problemas.  Daí as cidades superpovoadas.
Esse mito de que o mundo está superpovoado — em conjunto com a errônea conclusão de que isso está gerando
problemas — fez com que várias pessoas celebrassem a notícia de que a taxa de natalidade está caindo em todo o
mundo, mais acentuadamente nos países mais ricos. 
Em 2012, os casais nas cinco maiores economias do mundo — EUA, Japão, Alemanha, França e Reino Unido —
tiveram 350 mil filhos a menos do que em 2008, uma queda de quase 5%.  A ONU prevê que as mulheres desses
países terão uma média de 1,7 filhos ao longo de suas vidas.  Demógrafos dizem que a taxa de fecundidade tem de ser
de pelo menos 2,1 apenas para compensar as mortes e, com isso, manter a população constante.
A expectativa de que essa redução da natalidade irá gerar mais conforto e mais ar respirável para o resto do mundo
ignora completamente os impactos econômicos decorrentes de um declínio populacional.   Isso tem a ver com uma
compreensão incompleta sobre a ação humana.
Aqueles que se preocupam com uma superpopulação tendem a ver os seres humanos como nada mais do que meros
consumidores de recursos.  A lógica é simples: os recursos são finitos; os seres humanos consomem recursos.  Logo,
menos seres humanos significa mais recursos disponíveis.  Esse é o cerne de todas as ideias contrárias à expansão
populacional. 
Porém, embora as premissas desse silogismo sejam verdadeiras, elas são calamitosamente incompletas, fazendo com
que a conclusão seja igualmente (e perigosamente) incorreta.
Em primeiro lugar, os seres humanos não são apenas consumidores.  Cada consumidor é também um produtor.  Por
exemplo, eu só consigo almoçar (consumir) porque produzi (trabalhei) e alguém me remunerou por isso.  E foi
justamente essa nossa contínua produção o que aprimorou sobremaneira o nosso padrão de vida desde o nosso
surgimento até a época atual.  Todos os luxos que usufruímos, todas as grandes invenções que melhoraram nossas
vidas, todas as modernas conveniências que nos atendem, e todos os tipos de lazer que nos fazem relaxar foram
produzidas por uma mente humana. 
Logo, a conclusão óbvia é que, quando mais mentes existirem, mais inovações surgirão para melhorar nossas vidas. 
Uma simples reductio ad absudum revela a óbvia verdade de que a cura para o câncer tem mais chances de ser
descoberta em uma sociedade com um bilhão de pessoas do que em uma com apenas um punhado de indivíduos.
Ainda mais importante é o fato de que essas inovações resultam em uma multiplicação de recursos, de modo que o
silogismo sofre uma importante alteração: os recursos são finitos; os seres humanos consomem recursos; os seres
humanos produzem recursos; logo, se os seres humanos produzirem mais recursos do que consomem, um aumento
populacional será benéfico para a nossa espécie.
Que nós produzimos mais do que consumimos é um fato autoevidente: basta olharmos para o padrão de vida que
usufruímos hoje e compará-lo àquele que tínhamos há 50, 100 ou 1.000 anos.  À medida que a população aumentou,
aumentou também a nossa prosperidade, e a redução no sofrimento humano foi impressionante.
Tendo tudo isso em mente, a conclusão é que a acentuada queda nas taxas de natalidade é algo alarmante.  
Ironicamente, o primeiro arranjo a ser atingido será justamente aquele que é tão caro às esquerdas que defendem o
controle populacional: a seguridade social.  E isso não é nem uma questão ideológica ou econômica, mas sim
puramente matemática: uma população crescente tem um número suficiente de pessoas trabalhando para sustentar os
idosos.  Já uma população declinante simplesmente não terá mão-de-obra jovem para pagar a aposentadoria desses
idosos.  Uma coisa é você ter 10 pessoas trabalhando para pagar a Previdência de um aposentado; outra coisa é você
ter apenas 2 pessoas trabalhando para pagar a Previdência desse mesmo aposentado.  Alguém terá de ceder.
Nos países onde há uma generosa rede de seguridade social, um encolhimento na população significa que uma fatia
cada vez maior dos recursos será consumida pelos idosos, uma vez que as gerações mais jovens estarão em número
insuficiente para compensar essa diferença.  A consequência inevitável é que, à medida que a força de trabalho vai
declinando, toda a produção vai junto.  Se a força de trabalho encolhe, máquinas e equipamentos deixam de receber
manutenção, começam a se deteriorar e caem em desuso.  Fábricas são abandonadas.  Empreendimentos imobiliários
não são vendidos e os imóveis ficam desocupados. 
Tudo isso resulta em menos crescimento econômico, menos criação de riqueza, e menos prosperidade para todos.  
Até mesmo os keynesianos, que são obcecados com a tal "demanda agregada", deveriam entender esse conceito.  
Menos pessoas significa menos atividade econômica.
A celebração de que a população está crescendo menos advém majoritariamente do movimento ambientalista, cujo
sentimento anti-humano é frequentemente explícito.  No entanto, até mesmo naqueles círculos menos cáusticos o
preconceito contra a humanidade já se espalhou.  Hoje, é algo generalizado e que praticamente já adentrou a
consciência popular.  Entre as esquerdas, tal sentimento é predominante; há um instinto de que as pessoas são
naturalmente ruins.
Essa postura só é defensável se você for do tipo que anseia por um retorno à época da varíola, da inanição, da água
contaminada, e do perigo iminente de ser devorado por predadores famintos.  Se, por outro lado, você não vê essas
coisas como parte de uma existência idílica e natural, você deveria parar de propagar alguns mitos e ter mais
consideração pelos seres humanos.
______________________________________
Autores:
Walter Williams, professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros.  Suas colunas
semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos.
Logan Albright, escritor e economista, é diretor do Capital Policy Analytics, analista do Freedom Works, e
integrante do Ludwig von Mises Canadá.

-A população do mundo cabe na cidade de São Paulo? artigo de José Eustáquio Diniz
Alves

Os céticos do clima costumam dizer que toda a população mundial caberia dentro, por exemplo, da cidade de São
Paulo. Será?

Vamos então fazer as contas. O mundo tem atualmente 7,1 bilhões de habitantes. A cidade de São Paulo tem uma
área de 1.552,986 km2 ou 1.552.986.000 m2 (um bilhão e quinhentos e cinquenta e dois milhões e novecentos e
oitenta e seis mil metros quadrados). Fazendo a divisão, temos 4,7 pessoas por metro quadrado. Se pussermos estas
pessoas em pé, uma bem do lado da outra, como em um show de um cantor popular ou no réveillon de Copacabana,
poderíamos sim colocar toda a população mundial, metro por metro, na área da cidade de São Paulo (inclusive nos
morros, no rio Tietê, no parque do Ibirapuera, no aeroporto de Congonhas, na represa de Guarapiranga, etc.). Mesmo
que a população mundial aumente para 14 bilhões de habitantes ainda caberia na cidade de São Paulo se todas
ficassem juntinhas (9 pessoas por metro quadrado) como no metrô, em horário de pico. Portanto, os céticos estão
certos, pois toda a população mundial caberia na vertical, ombro a ombro, no território paulistano.
-Quanto espaço ocupam todos os seres humanos da Terra?
Depende, porque a distribuição de pessoas pelas áreas habitáveis não é homogênea. Saiba mais.

Depende, porque a distribuição de pessoas pelas áreas habitáveis não é homogênea. Se todo mundo se
“apertasse” na mesma proporção que os habitantes do principado europeu de Mônaco, por exemplo, seria possível
colocar todos os 7,2 bilhões de habitantes do planeta em Barbados, um pequeno conjunto de ilhas no Caribe! Por
outro lado, se fôssemos distribuir os 148.647.000 km2 de área dos continentes entre todos os terráqueos, cada um
teria direito a 0,02 km2 (cerca de três campos de futebol) para chamar de seu. O índice que mede a taxa de ocupação
de uma determinada área é chamado de “densidade demográfica” e pode variar radicalmente entre países – e mesmo
entre cidades num mesmo país.
APERTADOS OU APARTADOS?
Realocamos a população do Brasil pelo mundo segundo a densidade populacional de algumas capitais

-Mapa mostra que 50% da população mundial vive em 1% do território do planeta


Metade da população do mundo está concentrada na zona amarela, 1% do território. Crédito Reprodução/Metrocosm
Diogo Bercito

Quando vocês entram no ônibus de manhã, rumo à universidade ou ao trabalho, talvez tenham a impressão de que o
mundo está insuportavelmente lotado. Então leem estudos prevendo que a população mundial ultrapassará 11
bilhões de habitantes em 2100 e podem pensar –mas há espaço para MAIS pessoas?

Sim, há. O crescimento é dramático por outras questões, incluindo a exaustão dos recursos naturais, mas não é um
problema de falta de território. O site Metrocosm compilou recentemente o mapa acima, demonstrando que 50% da
população mundial vive em apenas 1% do planeta.

O mapa foi criado com dados da agência espacial americana NASA. A informação foi dividida em 28 milhões
de quadradinhos de 23 quilômetros quadrados cada um. Os quadradinhos com mais de 8.000 pessoas foram pintados
de amarelo. Aqueles com menos de 8.000 habitantes ficaram pretos.

Como resultado, o mundo foi dividido em duas partes iguais, uma amarela e outra preta –e é possível ver que 50% da
população está concentrada em apenas 1% do território, em especial na região que inclui a Índia e a China.

O cenário no norte da África é dramaticamente distinto. Há uma imensidão de zonas escuras –e apenas uma extensa
região amarela, seguindo o curso do rio Nilo. A cor corresponde, ali, ao Egito, o país árabe mais populoso. Ao Cairo,
capital egípcia, cabe o recorde mundial de quadradinho com o maior número de pessoas –1 milhão de habitantes em
apenas 23 quilômetros quadrados.

Agora imaginem que seu ônibus passa por ali.


-Produção de alimentos

A produção de comida é mais elástica do que Malthus pensou

Estes dados ajudam a demonstrar a inconsistência da tese sobre a estreita e desfavorável correlação entre produção de
alimentos e crescimento demográfico. Em 1984, Banco Mundial mostrou que, nas condições da época, se a produção
mundial de grãos passasse da média de então, de duas toneladas por hectare, para cinco toneladas, algo considerado
perfeitamente possível com as condições técnicas disponíveis, o mundo poderia abrigar 11,5 bilhões de pessoas – o
dobro de sua população existente. A ONU, por sua vez, demonstrou que, melhorando as condições da agricultura,
com o uso de insumos, fertilizantes etc., ela poderia alimentar uma população quatro vezes maior que a projetada para
o ano 2000 – algo em torno de 24 bilhões de pessoas.

Isso sugere que a capacidade de crescimento da produção agrícola é muito mais elástica do que Malthus supunha e
seus seguidores apregoam. No final do século 20, dos 13 bilhões de hectares da superfície da Terra, pouco mais de
um décimo era cultivado. Como, segundo os especialistas, 11% da superfície dos continentes é arável, e 24% é
potencialmente arável, nas condições técnicas existentes a superfície da Terra dedicada à agricultura poderia ser
multiplicada por três!

O descompasso entre população e alimentos não aconteceu

O desenvolvimento acelerado do capitalismo a partir do século 18 contrariou as expectativas de Malthus. Não ocorreu
o descompasso entre a produção de alimentos e a produção de novos seres humanos, pelo menos nos países onde o
capitalismo industrial teve seu forte impulso inicial. A indústria, num nível de tecnologia ainda baixo, empregava
gigantescos contingentes de mão de obra. A florescente economia dos EUA foi, alias, o grande sorvedouro do
excesso populacional europeu.

A partir de meados do século 20, o alto nível de desenvolvimento material nos EUA e países capitalistas europeus
repercutiu sobre seus hábitos levando, como se viu, a uma mudança na dinâmica populacional. Enquanto a
expectativa de vida se expandia, alcançando os 80 anos; a taxa de nascimentos reduziu-se e a população dos países
ricos estagnou então, ou mesmo entrou em declínio, como ocorreu em países como a Alemanha ou a Hungria, que
viram o tamanho de suas populações diominuir a partir das últimas décadas do século 20.

Mesmo assim, o crescimento da população mundial vai se manter ainda por algumas décadas, mesmo se todas as
mães resolverem ter apenas dois filhos. Em muitos países em desenvolvimento, o número de mulheres jovens que
alcança a idade fértil é tão grande quanto antes, diz um balanço publicado pela revista The Economist no início de
1990. Portanto, o número de bebês continuará alto por muito tempo depois que as taxas de nascimento começaram a
cair. Isso ocorre porque há uma defasagem entre a desaceleração das taxas de fertilidade e o número de nascimentos.
Assim, os especialistas da ONU dizem que somente em meados do século 21 essas taxas se equilibrarão,
estabilizando a população mundial.

-Sociedade Indígena como um modelo de sociedade comunista


Em 1964, o antropólogo americano Napoleon A. Chagnon mudou-se para a Amazônia venezuelana, a fim de estudar
os índios ianomâmis que viviam isolados no coração da floresta. Sua pesquisa de campo, feita durante vários anos e
em condições difíceis e arriscadas, resultou em conclusões surpreendentes, que, ao serem publicadas pela primeira
vez, provocaram a ira de outros antropólogos e de entidades ligadas à questão indígena.

Para Chagnon, os ianomâmis nada tinham do "bom selvagem" de Rousseau, pois viviam em estado de guerra
permanente. O motivo principal das agressões entre os índios era a disputa por mulheres e a luta por vantagens na
reprodução. A violência estava relacionada à questão evolutiva, concluiu o antropólogo.

Um dos mais polêmicos estudos antropológicos já realizados, Nobres selvagens é também a narrativa arrebatadora da
experiência de Chagnon na Amazônia e a defesa contundente de seu trabalho e de uma antropologia de base
científica.

-Determinismo Geográfico atualmente

A geografia sempre vence


Entrevista
Ian Morris em 05/12/2011
 
Autor de um livro excepcional, o historiador e arqueólogo fala das lições da história e prevê que o Ocidente está a
menos de um século de perder a supremacia para a Asia
 
Mesmo falando e escrevendo apenas em inglês, mesmo dando aulas em Stanford, mesmo tendo nascido
na inglesa Stoke-on-Trent, e como tal ser herdeiro do primeiro império global, o historiador e arqueólogo Ian Morris,
51 anos, não caiu na armadilha de ver o mundo apenas através da lente anglo-saxônica. Num livro estupendo, Why
the West Rules - For Now (Por que o Ocidente Domina o Mundo - Por Enquanto), Morris narra os últimos 15000
anos da história humana entrelaçando biologia, sociologia e geografia, com destaque para a geografia, e explica por
que impérios caem e o que o futuro nos reserva. "A geografia é a razão das mudanças mais profundas", diz. Mantido
o atual compasso, ele arrisca: a Ásia vai superar o Ocidente em 2103. A seguir, sua entrevista a VEJA.
O senhor afirma que a história humana tem três forças motrizes: a biologia, a sociologia e a
geografia. Elas são igualmente relevantes?
São diferentes. A biologia não nos deixa esquecer que somos animais, só que símios inteligentes. Temos
necessidades parecidas com as de outros animais e fazemos coisas semelhantes. A grande diferença está no modo
como nos adaptamos ao mundo. Os demais animais se adaptam através da biologia, da evolução genética, que é
extremamente lenta. Nós, com nosso cérebro grande, contamos com a evolução cultural. Quando acabou a última era
do gelo, há 15000 anos, todos os animais fizeram a mesma coisa, inclusive os humanos: alimentaram-se da repentina
fartura de plantas e animais menores. Só que nós, mais por acidente que por esperteza, inventamos a agricultura. A
população começou a crescer, surgiram as comunidades agrárias, inventamos as cidades, os estados, os impérios, e
aqui estamos. A biologia explica por que estamos tentando melhorar nosso padrão de vida constantemente, mas não
como fazemos isso. É onde entra a sociologia. Ela nos ensina que somos muitíssimo parecidos uns com os outros,
não importa de que lugar do planeta viemos, não importa a cor da pele. Temos um modo próprio de fazer as coisas.
Em geral, somos movidos por ganância, preguiça ou medo. Estamos sempre em busca do meio mais lucrativo, mais
fácil e mais seguro de fazer as coisas.
A biologia e a sociologia explicam as semelhanças globais, enquanto a geografia explica as
diferenças regionais?
Sim. A geografia determina em que lugares o nível de desenvolvimento será maior ou menor. Se
colocarmos 50 0000 pessoas no Brasil e 50 0000 na Alemanha, elas vão se desenvolver de forma desigual porque
estarão em locais distintos, diante de desafios diversos, e não porque brasileiros e alemães tenham diferenças de
natureza biológica ou sociológica.
Então somos premiados com boa geografia, ou punidos com má geografia, e nada podemos fazer para
interferir no nosso destino?
A geografia determina o nível de desenvolvimento, mas o nível de desenvolvimento, à medida que se
materializa, provoca um efeito tal que acaba mudando o significado da geografia. A má geografia pode virar boa
geografia.
Onde a má geografia está virando boa geografia hoje?
No Oceano Pacífico. A enorme extensão do Pacífico sempre foi uma barreira física, mas está se
transformando numa imensa avenida. O Pacífico é gigantesco. Acabei de sobrevoá-lo ao ir para Hong Kong. São
horas e horas dentro de um avião vendo mar, só mar. Mas o desenvolvimento dos transportes e das comunicações
está encolhendo o Pacífico, e assim mudando seu significado. O Atlântico passou pela mesma mutação nos séculos
XVIII, XIX e XX. O encolhimento do Pacífico começou depois da II Guerra, em 1945. É a principal razão da atual
ascensão da Ásia. Com a redução das distâncias entre a Ásia e a costa oeste da América, as vantagens das economias
asiáticas estão entrando em cena. Nas décadas de 70 e 80, vimos a explosão econômica do Japão, que depois
tropeçou numa série de problemas. São acidentes de percurso, que acontecem a toda hora, pois a história não é linear.
Mas as forças geográficas que operaram a favor do Japão há quarenta anos seguem em plena ação, favorecendo
outras economias asiáticas.
Hoje, a principal corrente de pensamento atribui o progresso material e social à presença de
instituições abertas e de valores democráticos numa sociedade. Isso não é mais relevante do que a geografia?
As instituições e os valores são essenciais para explicar o passado recente, mas, a longo prazo, as coisas
são dirigidas por forças materiais mais profundas, especialmente a geografia. Não há dúvida de que os países do
Atlântico Norte chegaram ao domínio global nos últimos 200 anos porque tinham sociedades mais abertas,
instituições mais livres e sistemas legais de proteção da propriedade privada e dos direitos individuais. Por isso a
Holanda e a Inglaterra foram os grandes poderes do século XIX, e não a Espanha ou Portugal. No entanto, para
sabermos por que essas instituições mais livres floresceram na Holanda e na Inglaterra, e não na Polônia, na Itália ou
no Império Otomano, temos de recorrer às forças materiais. A geografia foi o fator decisivo que alçou Portugal e
Espanha à condição de líderes no descobrimento e na colonização das Américas. Os portugueses e espanhóis, como
todo colonizador, saquearam suas novas possessões territoriais. Os ingleses, franceses e holandeses adorariam ter
feito o mesmo. Mas, nas terras que hoje fazem parte do Canadá e dos Estados Unidos, a geografia era outra. Não
havia mina de prata ou ouro, não havia império asteca ou inca. Na ausência dessas riquezas, os colonizadores da
América do Norte precisaram encontrar outra saída, e criaram uma coisa nova: economias conectadas, economias
complementares entre dois continentes, América e Europa. Trata-se de economias baseadas no mercado, em torno da
costa atlântica. Por sorte, esse tipo de economia funciona muito bem em países com instituições mais aberas. No
século XVI, Holanda e Inglaterra já eram países um pouco mais abertos que Espanha ou Itália. Integradas ao
comércio atlântico, essas instituições mais abertas e livres se revelaram adaptações perfeitas à economia de mercado.
E desabrocharam.
A China virou a locomotiva do mundo, mas os chineses vivem sob um regime autoritário, com
instituições fechadas. Dá para um país assim, impermeável a novas ideias, chegar ao topo do mundo?
A democracia, por ser um regime de liberdade e abertura, é muito superior em termos de geração de
novas ideias. Mas simplesmente não sabemos se a ausência de democracia será um obstáculo intransponível para a
China. Há cinquenta anos, parecia impossível ter um mercado financeiro capitalista num estado comunista de partido
único. Mas os chineses mostraram que era possível adaptar um ao outro. Claro que, na prática, os chineses deixaram
de ser comunistas. Dizem que são, mas não são, embora mantenham o regime de partido único. Quem hoje poderá
dizer que eles não conseguirão compatibilizar a regra do partido único com alguma forma de mercado intelectual? O
que posso dizer é que não será fácil.
Quando os regimes comunistas ruíram, surgiu a tese do "fim da história", que seria o triunfo final
do capitalismo e da democracia liberal. A ascensão da China é a negação dessa tese?
No fim da década de 80, com a ascensão do Solidariedade na Polônia, a queda do Muro de Berlim e a
dissolução da União Soviética, a maior parte do mundo concluiu que, num planeta tão conectado e rápido, só as
democracias liberais seriam bem-sucedidas. Os chineses, vendo aqueles mesmos acontecimentos, e principalmente as
manifestações na Praça da Paz Celestial, chegaram a outra conclusão, a de que aquilo tudo parecia a Revolução
Cultural de duas décadas antes, e decidiram que não voltariam àquele caos sob hipótese alguma. Foi aí que se saíram
com essa solução tão imaginativa de conjugar mercado capitalista com regime de partido único. Cederam ao
capitalismo, mas, querendo ficar no poder, não cederam à democracia. Em 1930, muita gente concluiu que a saída
eram os regimes totalitários. Pensava-se que o melhor eram países de extensão continental, industrialização pesada e
processo de decisão centralizado. Ou seja: a saída era a União Soviética. Nessa época, o jornalista americano Lincoln
Steffens (1866-1936) voltou da URSS e disse: "Eu vi o futuro, e ele funciona". Muita gente sensata e inteligente
pensava assim. Pode ser que, dentro de meio século, as pessoas olhem para trás e vejam semelhanças entre 1930 e
1980. Em 1930, era o triunfo do totalitarismo. Estava errado. Em 1980, foi o triunfo da democracia liberal. Estará
certo? Sem dúvida, as democracias ocidentais fecharam o século XX em posição de liderança. Mas não sabemos
como será no XXI. Até agora, o pedaço que faz sucesso na experiência da China não é sua conversão à democracia,
mas sua abertura ao capitalismo.
Com o epicentro da economia mundial se deslocando para a China, o Brasil, que fica
geograficamente longe, sairá perdendo?
A distância geográfica será cada vez menos importante. À medida que o espaço físico vai cedendo em
direção ao espaço digital, a geografia adquire outro significado. Já se disse que o mundo ficou plano, o que é
obviamente um exagero. Ainda faz uma tremenda diferença nascer em Cambridge ou em Kinshasa. Mas o espaço
cibernético está claramente mudando o antigo significado das grandes distâncias.
O senhor previu que, mantido o passo atual, a Ásia superará o Ocidente em 2103. Um mundo sob o
domínio da China será muito diferente do mundo sob a supremacia americana?
Alguns cientistas políticos dizem que a China, ao se tomar mais importante, ficará mais parecida com um
poder tradicional. Os EUA, no século XIX, gostavam de ver a si mesmos como um país diferente de todos os outros,
mas, depois da II Guerra, quando começaram a ascender, ficaram parecidos com um poder tradicional. Empurrados
para situações moralmente ambíguas, fizeram o que todo grande poder faz: apoiaram ditaduras repulsivas e líderes
cujos valores são perfeitamente antagônicos aos valores americanos. É difícil dizer o que vai acontecer com a China,
mas o comportamento do país na região sob sua influência direta, o Leste Asiático, já tem semelhanças com o
relacionamento dos EUA com a Europa e a América Latina. Os EUA procuram administrar seu império mundial sem
administrar diretamente os países. Preferem trabalhar com aliados a trabalhar com súditos. Creio que a China, apesar
da cultura milenar e do jeito próprio de pensar e agir, fará algo semelhante.
Os momentos mais terríveis na história da humanidade são causados pela chegada do que o senhor
chamou de "cinco cavaleiros do Apocalipse": migração, doença, fome, falência do estado e mudança
climática. Qual deles é o mais perigoso hoje?
A resposta fácil seria dizer que não podemos fazer distinções, pois o que os transforma em "cavaleiros do
Apocalipse" é o fato de aparecerem juntos. Há períodos históricos em que um ou outro surgiu, com efeitos
desastrosos, mas sem provocar um colapso. Nos colapsos, eles estão juntos. É o caso da queda do Império Romano,
da dinastia Han na China, da dizimação dos nativos das Américas com a colonização europeia. Mas, em geral, um
dos cavaleiros deflagra o processo. No Império Romano, eu diria que tudo teve início com as doenças. No século
XXI, minha aposta é que, se tivermos um colapso, ele começará com a mudança climática. O aquecimento global em
si não é um desafio insuperável. Podemos nos adaptar ao pior cenário, que prevê elevação de 5 graus em algumas
décadas. É um aumento enorme, mas não varrerá a humanidade do planeta. O colapso virá se o aquecimento global
abrir a porta para os demais cavaleiros do Apocalipse.
De 1 a 10, qual o risco de um colapso mundial?
Inferior a 5. Com a globalização, nossos maiores problemas passaram a operar em escala global. A
mudança climática, o terrorismo, os desequilíbrios comerciais, nada disso afeta apenas um país. O problema é que
estamos enfrentando a nova realidade com instituições anacrônicas, de 200 anos atrás. A mais poderosa de todas
segue sendo o velho estado-nação. É ele que detém armas nucleares, não as Nações Unidas. Quando a economia
mundial começou a ir para o ralo em 2008, a ajuda não veio do FMI. Veio dos governos nacionais. Mas os governos
nacionais ainda não aprenderam a superar as preocupações locais. O fracasso da conferência ambiental de
Copenhague, em 2009, é um retrato disso.

-O Ser Humano primitivo como parte integrante da natureza

A doutrina dos dois mundos é quase um tendência natural do espírito humano. Hoje vemos, dois mil e tantos anos
depois de Platão, que certo platonismo já aparecia na arte do homem das cavernas. Isto foi destacado por um grande
historiador da arte, chamado Wilhelm Worringer. Ele observou que o homem primitivo, longe de ser um cidadão
perfeitamente integrado na natureza, sentindo-se perfeitamente bem ali, é, ao contrário, um ente aterrorizado pela
natureza imensa que o cerca, cheia de imprevistos e ameaças incompreensíveis. Por isso mesmo, a arte dos povos
primitivos, longe de ser uma arte naturalista, uma arte que retrate a natureza com toda a sua variedade de formas e
cores e seres, é uma arte simplificadora, uma arte geométrica, que expressa um impulso abstrativo muito intenso.
Worringer explica assim este estilo de arte: quando o mundo real nos parece demasiadamente complicado ou
ameaçador, tendemos a nos refugiar num domínio intelectual puro, para podermos encontrar dentro dele os princípios
de organização simplificadora, com os quais mais tarde voltaremos a tentar nos instalar no mundo externo. Como
você não está entendendo o que se passa fora, recua para organizar os próprios pensamentos. Depois de os ter
organizado, volta à ação exterior. Ora, uma arte de ornamentação puramente geométrica é o que se observa em
praticamente todas as sociedades tribais; e uma arte naturalista, na qual o artista se deleita em copiar as formas da
natureza, só aparece nas sociedades organizadas, na polis. O naturalismo, a curtição da natureza, são próprios do
homem civilizado, e não do primitivo. Para este a natureza é um caos, porque ele não tem poder sobre ela. A partir da
hora em que consegue organizar o pensamento humano, e em consequência, a sociedade, coloca uma hierarquia,
coloca todo mundo para trabalhar, monta as cidades, cria sistemas de produção e defesa, e afinal sente-se mais seguro
e face desta natureza, então sim os aspectos terrificantes dela são atenuados e começam a aparecer os aspectos
estéticos. A beleza da natureza só é visível depois que você está a uma boa distância dela.
Esta arte primitiva tem também um sentido religioso, ritual, de modo que as formas puramente geométricas
expressam um realidade que, não sendo visível neste mundo, não estando na natureza, é no entanto superior a ele, e
na qual o homem se sente protegido contra o caos exterior. Expressa um mundo de relações puramente espirituais,
angélicas. São símbolos, signos mágicos ou religiosos. Podemos ver nestes fenômenos descritos por Worringer uma
espécie de platonismo primitivo, e aí entenderíamos o platonismo não apenas a filosofia de um certo cidadão, mas
como uma tendência constante do espírito humano, e que reaparece sempre que a situação fica caótica e o homem,
não conseguindo entender o que se passa, procura em primeiro lugar reordenar o seu mundo interior. Por isto dizia
Alain que Platão é o filósofo bom para os que estão em dificuldades interiores, ao passo que Aristóteles é para os
cientistas e pesquisadores do mundo.
Num outro contexto completamente diferente, Carl-Gustav Jung, que não levo muito a sério como teórico mas cujas
observações clínicas são primorosas, notou que sonhar com objetos geométricos acontece na hora em que a anima
está dialogando com o superego ( anima é a parte da psique que congrega desejos, aspirações de felicidade; superego
é senso imanente de autoridade, legalidade interna ), no sentido de obter autorização para fazer alguma coisa que ela
deseja. Na hora e que se estabelece este diálogo que visa reordenar a relação entre as leis e os desejos, é que o sujeito
começa a sonhar com figurar geométricas. O geometrismo expressa um princípio de reorganização da mente. Por um
motivo muito simples: o geométrico forma uma espécie de ponte entre o puramente matemático e o sensível. As
matemáticas começam a se desenvolver primeiro pela geometria e só depois chegam à aritmética pura. No tempo de
Platão, a geometria já estava bastante desenvolvida e a aritmética só começa a caminhar uns quatro séculos depois. É
mais fácil raciocinar matematicamente com figuras geométricas do que com números abstratos. O geometrismo
aparece como um diálogo, uma intermediação entre a parte sensível e a parte inteligível, ou como diria Jung, entre a
anima e o superego.
O geometrismo é um recuo para uma reorganização interior, um rearranjo entre as exigências da alma humana e o
senso de ordem, hierarquia lógica, realidade firme, etc.

-Geografia Critica como limitador da geografia


Uma obra contra o seu tempo, eis o que em essência é o livro Por uma crítica da geografia crítica, de Luis Lopes
Diniz Filho, publicado pela Editora UEPG, Ponta Grossa, 2013, 230p. Não obstante, o livro como um todo é um jogo
de ataques e defesas, principalmente ataques – por parte do autor – à Geografia contemporânea brasileira, nas duas
vertentes do conhecimento, ou seja, à geografia universitária, portanto acadêmica e de “planejamento” e à geografia
escolar; conquanto, com base na geocrítica. Uma corrente da Geografia que ganhou força a partir dos anos 1970-80 e
até os dias atuais influencia fortemente muitos geógrafos. Cada capítulo torna-se singular no sentido de expor
situações desafiadoras e, de certo, denunciadoras no que respeita à geografia hegemônica (geocrítica) e, por
conseguinte, dominante e “doutrinadora” no cenário brasileiro. Ademais, partindo de uma crítica à teoria social
crítica, o autor mostra o quanto à geografia brasileira (e seus intelectuais) está acorrentado a essa “promoção” de
ciência social de cunho marxista que, diante da realidade fantasiosa do mundo, ilustra muitos problemas sociais,
porém, não propõe soluções efetivas, mas apenas e tão somente realizações “utópicas”, conforme as análises no
contexto do livro em questão. De modo simples, Diniz Filho nos diz que “em todos os representantes da geocrítica se
manifesta uma profunda influência marxista” (p. 32). O que a faz uma ciência deficiente diante da complexidade
social, uma vez que sua abordagem se limita a colocar defeitos no capitalismo, em suma, no modelo econômico
vigente no mundo. Sem apresentar resultados eficientes e coerentes. Desse ponto de vista tudo se resume ao
econômico; algo empobrecedor e que rege a geografia como uma pseudociência do espaço. Segundo Diniz Filho, “a
geocrítica tornou-se epistemologicamente mais eclética para continuar sendo o que sempre foi” (p. 35). Quer dizer,
continua promovendo ações de um passado confuso num presente também caótico (de penumbra) por sua
complexidade cultural. Com isso, intelectuais da geocrítica estão debilitando a geografia, especificamente em relação
à formação social (educação). O livro de Diniz Filho é pontual nos aspectos de seus capítulos: dividido em cinco
partes, o material publicado enfatiza momentos diferentes, contudo, interligados no que tange à Geografia no Brasil,
em especial à Geografia Humana (Geocrítica ou Geografia Crítica). Aqui iremos nos deter, em específico, nos
capítulos 1, 3 e 4. Pois consideramos esses os capítulos de maior fôlego no todo do livro. A parte 3 e 4 são
complementares, ou, podemos dizer, a parte 3 é uma abordagem da teoria geográfico-educacional que será avaliado
na prática, isto é, na parte 4. Os demais capítulos também serão tratados, por vezes, com restrições. De modo bastante
simples e eficaz, a Introdução desenterra ao mesmo tempo em que busca por enterrar ainda mais profundo a velha
guarda da Geografia Crítica (marxista) dos nos 1970-1980 para mostrar o quanto os geógrafos daquele momento
histórico influenciaram e ainda influenciam “negativamente” os geógrafos contemporâneos. Do mesmo modo mostra
que tal herança ou os estudantes à época, hoje professores, não se distanciam daquela “nova geografia” tão
comentada e cambaleante na história do pensamento geográfico brasileiro. Citemos alguns autores brasileiros apenas
para efeito de ilustração: Milton Santos, Ruy Moreira, Rogério Haesbeart, José Willian Vesentini, Marcelo Lopes de
Souza, Ana Fani Alessandri Carlos entre outros. Além daqueles de outras ciências como da sociologia,
principalmente e da filosofia e economia. Não obstante, ainda acrescenta: “os pressupostos dessa corrente
conquistaram um predomínio tão amplo entre os geógrafos brasileiros que se pode falar efetivamente numa
hegemonia, pois mesmo autores que nunca se propuseram a desenvolvê-la reproduzem seus pressupostos básicos”
(DINIZ FILHO, 2013, p. 20). O primeiro capítulo – A geografia viúva da revolução – direciona uma crítica
convencional às abordagens de Ana Fani Alessandri Carlos no contexto do IX Colóquio Internacional de Geocrítica
realizado em 2007. Todo esse enfrentamento se efetiva em virtude de debates anteriores. Diniz Filho rebate críticas
de Carlos por ocasião de um artigo seu (Diniz Filho) publicado em 2002 sobre a desqualificação do marxismo na
geografia. Portanto, é nesse jogo de perguntas e respostas (ataques) que o primeiro capítulo se constitui. Algo que
enfraquece, em nosso entendimento, a pretensão do texto. Contudo, a obra traz muitas inovações e desafios para os
geógrafos contemporâneos: não se submeterem apenas a uma corrente de pensamento, pois é possível interpretar o
mundo por meio de outras epistemologias. Bem entendido, as leituras economicistas a partir de Marx são problemas
sérios, ou melhor, são problemas graves para os geógrafos, uma vez que estes não são economistas. Assim,
confundem as leituras que fazem do mundo. Marx nunca foi geógrafo, e seu olhar para o “espaço” era de economista.
As teorias econômicas não dão conta de explicar a produção material do e no espaço. Eis uma das razões para Diniz
Filho direcionar críticas calorosas a Carlos e a sua geografia do “bem maior”, que, em realidade é uma falsa ciência
social, pois a autora demonstra aniquilar o capitalismo em favor de uma sociedade igualitária, todavia, a mesma e não
dispensa os benefícios e os privilégios que o capitalismo “selvagem” lhe propõe na academia. Ironicamente Diniz
Filho nos mostra que a geografia, sendo incapaz de formular uma crítica social com fundamentos sustentados no
estudo do espaço, está condenada “a ser um simples apêndice da teoria social crítica” (p. 43). É notório dizer que a
geocrítica ou a geografia crítica se pauta em duas vertentes principais, a saber, na teoria do espaço e na teoria do
território. Ora, as demais categorias, como região, lugar e outros mais não servem? Assim, vê-se o quanto a geocrítica
é contraditória, fala de um espaço confuso, pois a idéia de espaço advém da física e da filosofia; bem como fala do
território, algo que viabiliza as angustiantes discussões de reforma agrária que nunca se realiza (utopia até então).
Mas porque os geógrafos críticos expressam tanto o que não acontece? Simples: para Diniz Filho, parafraseando-o, os
geógrafos possuem mais chances de exibir produtividade, de ter acesso a cargos, bolsas ou a verbas. Do mesmo
modo, tem maiores chances de participação em bancas, de publicações conjuntas e apresentarem conferências. Além
disso, os mesmos têm mais oportunidades de lucro, de faturar muito com vendas de livros (didáticos ou não),
transformando suas idéias em mercadorias altamente vendáveis (pp. 33-34). Numa palavra, eles enriquecem seus
egos. Com efeito, a produção das “geografias críticas” na verdade é uma produção de geografias anticapitalistas.
Nesse contexto, pode-se dizer que a geografia desde os anos 1970-80 ainda está em crise. E os geógrafos não
percebem isso. A Geografia deve contrapor suas análises, mas não as realiza. O que está levando-a a seu falecimento
de forma lenta. Principalmente da Geografia Humana. Embora reconheçamos sua importância e seus avanços. As
alternativas da geocrítica não aparecem. Ao menos não as vemos. Perguntemos então: a geocrítica está perpetuando
“cegueira ideológica travestida de ciência multicultural?” (p. 56). Certamente sim. Apesar de todas as críticas
desenvolvidas e contundentes, o capítulo 1 torna-se enfraquecido por se limitar apenas a criticar uma apresentação
oral de um evento, depois publicada nos anais. O autor reduz sua análise a um encontro. Apesar de citar autores
diversos para além daqueles que apresentaram resultados de pesquisas durante o evento. Mesmo assim, torna-se uma
seção cansativa para o leitor, pois ao autor se preocupa em atacar e se defender (quase amadorismo) O capítulo 2 – A
importância das teorias críticas do domínio prático e a lógica dos maus perdedores – realiza o mesmo propósito que o
capítulo anterior: faz uma crítica radical ao campo da geografia agrária e urbana. Mostrando suas deficiências para
com o real. O capítulo 3 – Das origens às novas gerações da geocrítia: a doutrinação do sistema de ensino – ressalta
com veemência a importância da geocrítica no sistema educacional. Para tanto, Diniz Filho busca realizar uma crítica
a partir das leituras de José Willian Vesentini. De certo, os livros didáticos publicados por Vesentini esbarram na
teoria social crítica e, portanto, na geocrítica. Embora muitos autores dessa corrente geográfica não percebam ou
neguem tal filiação. Deveras, parafraseando Diniz Filho (p. 121), os geógrafos que trabalham com referencias
teórico-metodológicos não provenientes da teoria social crítica, parecem estar a serviço das classes dominantes, por
interesse ou por ingenuidade. – Ora, devemos salientar que todos os acadêmicos estão sujeitos às submissões desse
gênero. Uma vez que a Universidade é perversa. Não obstante ao que se expôs até aqui, é notório somar/acrescentar
que em relação à doutrinação em sala de aula, tanto a universidade quanto as escolas de nível fundamental e médio
realizam ou promovem tal procedimento. Uma vez que a arrogância e o autoritarismo se fazem presente durante todo
o envolvimento professor/estudante, docente/discente. Quer dizer, a doutrinação ideológica acontece por meio tanto
dos materiais didáticos quanto por meio das falas dos professores. Em outros termos, há uma ampla confusão entre os
discursos e as práticas geográficas em salas de aula. Devemos ressaltar que muitos professores utilizam as aulas para
distorcerem a realidade ou apresentarem visões políticas pessoais; ainda mais grave é observar que muitos
professores impõem aos estudantes coisas tão perversas que estes devem concordar com aqueles para conseguir notas
desejáveis, entre outras coisas. O capítulo 4 – A geografia escolar: doutrinação ideológica e incapacidade de
desenvolver competências – é uma parte da obra muito interessante no sentido do pensamento livre. Ou seja, o autor
delineia um diálogo singular da apreensão da realidade escolar no Brasil, sem se prender a escolas de pensamento.
Por conseguinte, a composição do referido capítulo é muito estranho quando pensamos naquilo no qual as pessoas
estão habituadas a se deparar. Quer dizer, as estratégias das palavras expostas podem convencer facilmente qualquer
leitor desatento. O que não distancia, por assim dizer, Diniz Filho dos demais autores por ele criticado. Em outros
termos, Diniz Filho nega sempre as colocações elaboradas ou desenvolvidas por Vesentini no que respeita a realidade
do mundo e do Brasil. Mas é curioso percebermos que Diniz Filho apesar de tal posicionamento teórico-
metodológico, faz germinar idéia do quão os estudantes (fundamental, médio ou graduação) são manobrados por
frases e eloqüências que na verdade dizem o não dito ou não diz o que se quer dizer. Quase uma psicologia reversa.
Eis o cuidado que devemos ter. Certamente a falta de respeito e de responsabilidade/compromisso efetivo de todos
aqueles que fazem funcionar a educação brasileira para com a sociedade, mutila a razão racional engendrando uma
razão maquinal promovendo um distúrbio grave e criando novas neuroses (no sentido da psicanálise). O
encantamento pelas mentiras e superstições, bem como o encantamento por coisas inúteis são os novos movimentos
da idolatria perversa. As ilusões fazem as pessoas serem cativas das camuflagens do real, das maquiagens que
estragam gerações inteiras presas nas garras de predadores populares na falsa harmonia existencial. Fazem as pessoas
terem alucinações por coisas insuspeitas. Assim diz-se: “por vedar aos alunos a oportunidade de conhecer pontos de
vista divergentes que o sistema de ensino tem funcionado como uma autêntica máquina de doutrinação ideológica”
(DINIZ FILHO, 2013, p. 190, grifo nosso). De modo explícito o autor nos alerta, nos adverte que embora a geocrítica
tenha a preocupação em sublinhar sua especificidade diante das outras ciências, “os conteúdos dos livros didáticos
escolares não provém de teorias elaboradas originalmente por geógrafos” (DINIZ FILHO, 2013, p. 153), mas de
fontes externas que advém da influência da economia, da sociologia e da historiografia dos anos 1960-70, e que ainda
persistem penetrando nas novas abordagens da geografia crítica. O último e quinto capítulo – Um balanço final e um
último questionamento – é uma avaliação dos capítulos anteriores. O autor pontua que o livro está nivelado em três
esferas complementares: a epistemológica, a do planejamento e a do ensino. Com isso, revela as fragilidades de
alguns geógrafos brasileiros quando de seus posicionamentos em aulas, debates de conferências ou materiais
publicados. Isto, em virtude da influência que a geocrítica promoveu e que ainda permeia os discursos e as práticas de
muitos dos geógrafos brasileiros. Chama-nos atenção uma passagem inquietante do autor: “já está na hora de encarar
o fato de que é impossível tecer uma crítica radical à sociedade capitalista com base no estudo do espaço sem cair em
algum tipo de fetichismo espacial, sendo que os raciocínios supostamente dialéticos usados para chegar a esse
resultado não passam de jogos de palavras” (DINIZ FILHO, 2013, p. 200). Tanto quanto possível, a obra constrói o
que podemos chamar de o contrapelo da geografia, quer dizer, coloca a Geografia Científica (universitária e
acadêmica) e a Geografia Escolar contra toda sua herança epistemológica (algo muito singular e raro). O que faz da
mesma (obra), um marco para os novos estudantes da ciência geográfica. A obra denuncia o delírio em que a
Geografia brasileira está envolvida. E no que respeita à educação, decifra a doutrinação ideológica no ensino, ou
melhor, traduz a prática da doutrinação teórica e ideológica nos três níveis de ensino – fundamental (básico), médio e
superior. Com efeito, devemos reconhecer que mesmo mostrando as contradições reais que envolvem a Geografia
Científica e a educação escolar e universitária no Brasil, o autor carece de esclarecimentos quanto ao seu
posicionamento e defesa de sua tesa. Isto é, em suas investigações o autor dialoga sempre por meio de estatísticas,
dados comprovados por instituições internacionais, nacionais ou regionais. Quer sejam governamentais ou não.
Entretanto, devemos indagar e alertar para o seguinte: esses dados são confiáveis? Ou melhor, dizendo, esses dados
não são alterados ou manipulados para legitimar o que visam? Tudo o que é oficial é seletivo. Aceitemos isso ou não.
Devemos ter cuidado com aquilo oriundo da política partidária e da mídia, posto que ambos os meios de divulgação
de massa mostrem ocultando e ocultem mostrando (anúncios), num perverso jogo do faz de contas, de fingimentos,
comoções, contaminações e convencimentos dos mais severos possíveis. O autor é muito seguro em suas palavras,
mas deixa escapar uma visão outra: critica um tipo de geografia que não lhe agrada, mas demonstra não respeitar as
variadas visões de mundo. Portanto, permanece como os demais: atuando emocionalmente ignorando o
racionalmente. O autor se preocupa demasiadamente em classificar direita e esquerda em seu discurso para com
outros discursos. Algo que torna o texto cansativo e em certa ocasião, desinteressante. Porém, sua obra é inovadora,
ousada, atrevida e desafiadora uma vez que ilustra passagens que outros geógrafos têm medo ou receio de falar – o
melhor, jamais falarão (escondendo suas tolices intelectuais). Nesse último contexto, o livro é um material muito rico
em termos de pensamento livre; o autor não se deixa intimidar por uma escola de pensamento (já defendido
anteriormente). E nem por autores hegemônicos que atuam no cenário nacional desde, aproximadamente, os anos
1980. Como dito, a obra é um marco de determinação em romper com teorias do passado que dominam a conjuntura
da geografia brasileira. O livro busca por trazer novas reflexões para com a geografia do século XXI. Todavia, a
mesma apresenta equívocos. Principalmente quando direciona críticas, de forma abrupta, aos estudantes que foram
usados como „cobaias‟ nas pesquisas comparativas quando da análise de alguns livros do Vesentini. De acordo com
as exposições ao longo do texto, o autor demonstra negar e não aceita que no Brasil existam desigualdades sociais
gritantes, o que nos conduz a considerar que a obra aqui tratada é um trabalho que, apesar de refutar a idéia de classes
sociais divergentes, assume de fato a existência do que rejeita. Portanto, a obra é uma contradição. Mesmo não
fazendo apologia à Geografia, a mesma apela para o absurdo social por meio da Geografia. Acreditamos que
emancipar a Geografia como ciência social respeitável é necessário demolir os vícios que a envolve. E, para tanto, a
obra de Diniz Filho se aproximou muito desse propósito. Desnudar a Geografia Crítica brasileira. Desmascará-la
mostrando sua verdadeira face. No mais, o livro é uma referência singular no que diz respeito à lógica objetiva da
crítica da geocrítica.

REFERÊNCIAS DINIZ FILHO, Luis Lopes. Por uma crítica da geografia crítica. Ponta Grossa: Editora UEPG,
2013. 230p.

-A maior Parte do Planeta é formado por vazios Demográficos


-A farsa do Aquecimento Global

O aquecimento global é uma fraude

À medida que os anos vão passando e os dados vão se acumulando, torna-se cada vez mais evidente que o
aquecimento global é uma fraude.  A mudança climática é algo natural e permanente, mas a Terra não se aqueceu
significantemente ao longo dos últimos trinta anos.  Tampouco houve algum efeito único e negativo, de qualquer
tipo, que possa ser inequivocamente atribuído ao aquecimento global.
No presente momento, dados de satélite mostram que a temperatura média global é a mesma do ano de 1979.  A
extensão do gelo marítimo global também segue imutável desde 1979.  Desde o final da última Era do Gelo, o nível
do oceano já subiu mais de cem metros.  Mas nos últimos três anos, não houve qualquer aumento no nível do mar.  Se
as calotas polares estão derretendo, por que o nível dos oceanos não está subindo?  Ademais, o aquecimento global
supostamente deve aumentar a severidade e a freqüência das tempestades tropicais.  Mas a ocorrência de furacões e
tufões está em níveis historicamente baixos.
Nos EUA, por exemplo, a cada ano morrem mais de quarenta mil pessoas em acidentes de trânsito.   Mas nem uma
única pessoa já morreu em decorrência do aquecimento global.  O número de espécies já extintas por causa do
aquecimento global é exatamente zero.  Tanto as calotas glaciais da Antártica quanto as da Groelândia permanecem
estáveis.  A população de ursos polares está aumentando.  Não houve nenhum aumento na ocorrência de doenças
infecciosas que possa ser atribuído à mudança climática.  Não estamos vivenciando mais enchentes, secas ou
incêndios florestais.
O fato é que durante os últimos 11 anos, a Terra, ao contrário do que dizem, tem esfriado, e não esquentado — apesar
do aumento das emissões de dióxido de carbono.  E embora a Terra esteja mais quente do que há cem anos, estamos
falando de aproximadamente 0,7 graus Celsius.  As temperaturas ainda estão abaixo daquelas observadas durante
o quente período medieval, e ainda muito menores do que aquelas ocorridas durantes vários outros períodos de
temperaturas altas, como por exemplo durante a Idade do Bronze (antes da época do ferro, época da história do
homem primata) — períodos durante os quais não havia emissões de carbono significativas (essencialmente não
havia outras emissões que não o dióxido de carbono que naturalmente exalamos).
Em resumo, não há qualquer tipo de evidência de que estamos entrando em uma era de significativa alteração
climática, e que essa alteração irá causar a deterioração do meio ambiente ou dos padrões de vida humano.
Mas por que as pessoas pensam que o planeta está se aquecendo?  Uma razão é que os dados de temperatura das
estações meteorológicas parecem estar irremediavelmente contaminados por efeitos urbanos geradores de calor.  
Uma inspeção das 1221 estações nos EUA, feita pelo meteorologista Anthony Watts e seus colegas, está hoje mais de
80% completa.  A magnitude do suposto aquecimento global durante os últimos 150 anos é de aproximadamente 0,7
°C.  Porém, o problema é que somente 9% das estações meteorológicas nos EUA podem apresentar erros de
temperatura menores do que 1 °C.  Mais de dois terços dos sensores de temperatura utilizados para se estimar o
aquecimento global estão localizados próximos a fontes artificiais de calor, como respiradouros de ar condicionado,
concreto de asfalto e edifícios.  Essas fontes provavelmente introduzem erros artificiais maiores do que 2 °C nos
históricos de temperatura.
Outra causa dessa histeria aquecimentista é a infiltração da ciência por fanáticos ideológicos que colocam a política
acima da verdade.  No início de junho de 2009, a administração Obama soltou um relatório que concluía que o
aquecimento global teria uma série de efeitos deletérios sobre os EUA.  Em 1995, um dos principais autores desse
relatório disse a mim que teríamos de alterar o registro do histórico de temperaturas — mais precisamente, teríamos
de "deletar" o Quente Período Medieval.
Esse relatório faz referências — seis vezes — ao trabalho de um cientista climático chamado Stephen H. Schneider. 
Em 1989, Schneider disse à revista Discovery que "temos de criar e apresentar cenários, fazer declarações
simplificadas e dramáticas, e não fazer menções a qualquer dúvida que possamos ter".   Schneider concluiu que "cada
um de nós tem de se decidir entre ser efetivo e ser honesto".  Essa posição de Schneider não é atípica.  Em 2007,
Mike Hulme, o diretor fundador do Tyndall Center for Climate Change Research, na Grã-Bretanha, disse ao
jornal The Guardian que "cientistas e políticos devem trocar a verdade pela influência".
Ao mesmo tempo em que emitia um relatório que prostituía a ciência pela política, a administração Obama suprimia
um relatório interno da EPA (Agência de Proteção Ambiental) que concluía haver "inconsistências fragorosas" entre
os dados científicos e a hipótese de que as emissões de dióxido de carbono estavam alterando o clima.
Se tivéssemos alguma apreciação pela história, não seríamos enganados tão facilmente assim.  Tudo isso já aconteceu
antes, embora em escala menor e numa época em que as pessoas tinham mais senso comum.  Em 19 de maio de 1912,
o Washington Post propôs as seguintes perguntas: "O clima do mundo está mudando? Está ficando mais quente nas
regiões polares?"  Em 2 de novembro de 1922, a Associated Press relatou que "o Oceano Ártico está se aquecendo, os
icebergs estão se tornando mais escassos e, em alguns lugares, as focas estão achando as águas muito quentes".  Em
25 de fevereiro de 1923, o New York Times concluiu que "o Ártico aparentemente está se aquecendo".  Em 21 de
dezembro de 1930, o Times notou que "as geleiras dos Alpes estão em completa retração".  Alguns meses mais tarde
o Times concluiu que havia "uma mudança radical nas condições climáticas e uma tepidez até então inédita" na
Groenlândia.  A única coisa que mudou no Times desde 1930 é que, atualmente, ninguém que trabalha ali é literato o
suficiente para utilizar a palavra "tepidez".
Após o clima morno dos anos 1930 ter dado lugar a uma tendência de resfriamento que começou já nos anos  1940,
a mídia começou a especular sobre a iminente chegada de uma nova Era do Gelo.  Já na década de 1970, o bicho-
papão do resfriamento global estava a toda.  Este artigo da Revista Time é um bom exemplo.  Para não ficar pra trás,
a Newsweek também entrou no clima (com o perdão do trocadilho).  O artigo alertava: "Os climatologistas estão
pessimistas quanto à capacidade de os líderes políticos tomarem decisões efetivas que possam compensar a mudança
climática, ou mesmo aliviar seus efeitos".  Quer mais exemplos?  Clique aqui.
Tanto naquela época quanto atualmente, tudo se baseava em ciência espúria.  Para ambos os casos, a solução era a
mesma: controle estatal da economia.  O objetivo nunca se altera: gerenciamento governamental de toda a economia.
Já demos a volta completa e voltamos hoje ao ponto de partida, envoltos em um desanimador ciclo de reencarnada
ignorância.  H. L. Mencken entendeu esse processo quando explicou que "todo o objetivo da política é manter o
populacho alarmado por uma infindável série de espantalhos, a maioria deles imaginária."

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