Você está na página 1de 47

DISCIPLINA DE

INTERVENÇÕES
ANALÍTICO -
COMPORTAMENTAIS
DATA: 15/03/21
DISCIPLINA DE
• Retomando a aula anterior.
Intervenções
• Tema de hoje: Modelos experimentais de
Analítico- psicopatologias: depressão, ansiedade e
abuso de drogas.
Comportamentais
Aula de Hoje

Modelos experimentais de psicopatologias: depressão, ansiedade e abuso de drogas

• Hunziker, M. H. L.; Samelo, M. J. Controle Aversivo. In. N. B. BORGES & F. A. CASSAS


(org.). Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre:
Artmed, 2012, p. 49-63.
Depressão

 Sintomas: tristeza, pessimismo, impotência, ideação suicida

 DSM – V:
Pelo menos cinco de nove critérios
- Humor deprimido frequente
- Acentuada e frequente diminuição de interesse ou prazer nas atividades
- Alteração no peso, no sono, motricidade
- Fadiga
(...)

Sintomas devem persistir por pelo menos duas semanas


Depressão

 Visão organicista: causalidade e correlação


 Modelo médico, apenas mudanças fisiológicas.

“O hábito de buscar dentro do organismo uma explicação do


comportamento tende a obscurecer as variáveis que estão ao alcance de
uma análise científica. Estas variáveis estão fora do organismo, em seu
ambiente imediato e em sua história ambiental.” (Skinner, 1953)
Depressão

Envolve contingencias de:


1) Baixa densidade de reforço (reforço fraco)
2) Extinção (perda de reforçadores, morte, saída dos filhos)
3) Punição (depressão crônica = punição prolongada)
4) Reforço de Comportamento de Angustia (falta de repertorio efetivo,
alta ansiedade, lamentação, choro e irritabilidade.
Estímulo aversivo ou apetito, punitivo ou reforçador são funções dos estímulos que só podem ser
determinadas quando verificamos os efeitos que tais exercem sobre o comportamento como parte de
determinadas contingencias.
O que determina a função do estímulo como punitivo ou reforçador pode envolver aspectos filogenéticos
ou ontogenéticos.
Ex: Filogenético: comum a toda espécie; leite materno (reforçador) e baixa temperatura (aversivo).
Ontogenético: não são comuns a todos os indivíduos; bebe chorar mais ao ver a mãe e não chorar ao
ver o pai. (aprendido – mãe pega o filho no colo toda vez que ele chora, o pai não.
Experimento macacos masoquistas: Duas condições descritas abaixo:

antecedente resposta Consequência

Presença da barra Pressão a barra Choque ou alimento


Presença da barra Pressão a barra Sem choque ou alimento

A intensidade do choque e a intermitência do alimento foram sendo aumentadas gradualmente.


Respostas seguidas de choque sempre antecediam as respostas seguidas de alimento.
Respostas que não produziam choque nunca eram seguidas de alimento.
Retirada do reforçador positivo comida, obtendo alta taxas de resposta na condição em que ela produziam
choque e baixa frequência na condição em que as respostas não produziam choque.
O que o experimento dos macacos
masoquistas nos ensina?

1) Não são os estímulos que são aversivos os apetitosos em si, mas exercem
determinadas funções.
2) Essa função é determinada pela historia individual,
3) Mesmo funções filogenéticas do estímulo (aversividade do choque) pode ser
modificada pela historia de vida do individuo.
4) Embora o comportamento dependa diretamente de caraterísticas do organismo, é
na história de vida de interação com o meio que temos as explicações e
compreensão do comportamento.
5) Comportamentos patológicos, como masoquismo criam a ilusão de que explicamos o
comportamento, afastando-nos das busca pelas variáveis que são responsáveis pelo
comportamento em analise.
6) Não há indivíduos patológicos, mas sim contingencias que controlam o
comportamento que podem diferir daqueles considerados “normais”.
Além das contingencias operantes, há as contingencias respondentes em que a
resposta tem sua probabilidade aumentada por um estimulo que a antecede e
independe da consequência que ela produz.
Respondente
ANTECEDENTE S RESPOSTA R
CHOQUE CONTRAÇÃO MUSCULAR, DEFECAÇÃO,
PELOS ORIÇADOS

Respondente: relação reflexa inata ou aprendida


Aprendida: quimioterapia ---efeitos de ânsia e mal estar
Tomar sorvete de morango no dia da quimio.
Sorvete de morango ----elicia sintomas da quimio ---- passa a ser evitado pelo individuo
Perfume ---- gravidez---enjoo
A historia do individuo pode afetar a função dos estímulos inatos, devido a uma historia
individual de aprendizagem, exposição a contingencias.
Há uma interação entre relações respondentes e operantes
ESTUDOS DAS EMOÇÕES : PARADIGMA DA ANSIEDADE E DEPRESSÃO.

PESQUISA DE ESTES E SKINNER (1941) SOBRE O EFEITO DA SUPRESSÃO


CONDICIONADA.
Condição experimental: 1) ratos eram condicionados a pressionar a barra para
obter comida como reforçamento, em esquema de intervalo fixo de quatro
minutos.
2) Uma sequência som – choque é introduzida de tempos em tempos. O som
tinha duração de 5 minutos e sempre antecedia a resposta de choque.
3) Pressão a barra era operante apenas em relação ao alimento e não se
relacionava ao choque ou ao tom, que eram incontroláveis.
4) Dado pareamento som – choque o som tornou-se um estimulo aversivo
condicionado, chamado pré-aversivo.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA-NC
O som, no início, não tinha efeito apreciável sobre a freqüência do pressionar a
barra, mas assumiu um papel depressivo em cada apresentação, do qual havia
uma recuperação imediata após a aplicação do choque.
Efeitos sobre os animais:
1) Houve uma depressão geral na freqüência de pressão à barra durante o
intervalo entre o som e o choque.
2) Bastava a apresentação do som para que houvesse a supressão de
comportamentos.
3) A resposta foi suprimida na presença do som (S1) que anteriormente não
possuía efeito sobre a freqüência de respostas. A supressão tornou-se
condicionada e o índice de supressão passou a indicar a magnitude da
ansiedade. (Keller e Shoenfeld, 1953).
De acordo com Estes e Skinner (1941), a ansiedade tem duas características que a
definem: S1 som S2 choque
1) um estado emocional semelhante ao medo e
2) um estímulo perturbador que antecipa conseqüência futura.
Em 1, o estímulo perturbador é um estímulo presente (S1), que no passado foi
condicionado a outro (S2) e não é a ocorrência de S2 que produz reação, mas o
estímulo presente S1.
Conclui-se que apresentações repetidas de um som que precede um choque elétrico
produziram um estado de ansiedade em resposta ao som. PRE- AVERSIVO.
Esta relação foi analisada como um modelo de ansiedade, considerada como um
comportamento emocional (respondente eliciado pelo estimulo aversivo) que produz
perda de reforçadores positivos.
Modelo experimental de Depressão: Desamparo Aprendido

 Teve origem com as investigações voltadas para a análise de interações


entre contingências respondentes e operante, numa linha de investigação
sobre esquiva (Hunziker, 1997)

 Estímulos controláveis (contingentes): ocorrência depende da resposta.


 Estímulo incontrolável (ou não contingente): ocorre independente da
resposta.
Desemparo Aprendido
O efeito comportamental chamado de Desamparo Aprendido, mimetiza aspectos
da depressão humana: tanto a baixa frequência de respostas e de reforçadores
quanto as alterações neuroquímicas demonstradas pelos animais submetidos aos
esquemas de incontrolabilidade.

A exposição a choques incontroláveis, ou a situações de incontrolabilidade, geram


consequências como dificuldade em aprender novas respostas reforçadas
negativamente (fuga-esquiva).

Esta dificuldade não ocorre se os choque iniciais forem controláveis , ou seja,


modificadas pela resposta do sujeito.
Experimento Maier e Seligman, 1976.
 Condição inicial: 3 grupos

Controlabilidade Incontrolabilidade Grupo Controle


Grupo de Escape Grupo Acoplado (yoked)
Permaneceu na
Choques não sinalizados foram Recebiam os mesmos choques que caixa experimental
apresentado em intervalos de 90s. o grupo de escape, no mesmo sem a apresentação
momento e com a mesma duração. de choques.
Se durante o choque o cão
pressionasse um painel a sua frente Porém, não podiam evitá-los
com o focinho, o choque terminava. diretamente pressionando o painel
com o focinho.
Se não o fizesse, o choque
terminava após 30s.
Experimento
 Condição 2: Teste da aprendizagem em uma contingência de fuga

- 24h depois, os cães receberam 10 tentativas de treinamento de fuga.


- Estímulos pré-aversivos (CS) eram apresentados (luzes apagadas), com
intervalo de 10s até o choque.
- Se o cão pulasse a barreira o CS era interrompido e não havia choque.
- A falha em pular a barreira levava ao choque que permanecia até que
pulasse a barreira.
- Se não houvesse resposta em 60s (de choque) após CS (ou seja, 50s de
choque) a tentativa terminava e iniciava um intervalo de 60s para um novo
CS.
Experimento
Luz apagada avisa que
haverá um choque
Experimento
 Resultados

- Os animais dos grupos Escape e Controle conseguiram pular a barreira


(fuga) com tempos cada vez menores ao longo da sessão.
- Os animais do grupo choque incontrolável não aprenderam a pular barreiras
ou, quando o fizeram não produziam o término do choque.
- A esta dificuldade da aprendizagem foi dado posteriormente o nome de
desamparo aprendido (Seligman, 1975)
- Hipótese explicativa: na aprendizagem de que há uma independência entre
respostas e estímulos.
Visão Clínica a partir do Modelo de Desamparo Aprendido

 O DA é inferido dos relatos de eventos aversivos incontroláveis e a redução


do agir frente aos problemas atuais.
 Exemplos de incontrolabilidade aversiva no cotidiano:
Assedio moral

bullying
Relacionamento Abusivo
Violência sexual

Violência Infantil

Doença grave

Morte de ente querido

Covid 19
Os estudos mostram que mais do que a aversividade presente no ambiente o que
mais se relaciona aos comportamentos problemáticos é a impossibilidade do
indivíduo controlar e prever os eventos do seu ambiente.

Estudo de Queiroz(2009) analisou casos clínicos envolvendo pessoas submetidas a


sequestro que mostraram, posteriormente, efeitos denominados “transtornos de
estresse pós traumáticos” e concluiu-se que a magnitude do TEPT estava
diretamente relacionada a historias de vida com predominância de
incontrolabilidade sobre aspectos aversivos do ambiente do que com a gravidade
do sequestro em si.

A Incontrolabilidade dos eventos aversivos é a variável critica para p TEPT.


Determinantes da Depressão sob a ótica da AC
 Redução na frequência de reforçamento positivo
- Estímulo reforçador não mais efetivo: O que era bom deixa de ser bom.
- Estímulo reforçador não mais disponível: O que era bom não está mais disponível.
- Reforçador disponível e não mais alcançável: O que era bom continua lá, mas não
consigo mais alcançá-lo.
- Não há mais Sds (discriminações) disponíveis: Não há mais esperança.
- Razão fixa em taxa elevada (alto custo): Esforço duradouro, constante e repetitivo
para obtenção do reforço. Muito trabalho e pouco ganho.

 Aumento no reforçamento negativo


- Fuga e esquiva de conflitos no trabalho, responsabilidades, contatos sociais, etc.
Contingências produtoras de Depressão
 Perda de reforçamento (parcial ou total)
Falta de Habilidades Sociais

 Redução no valor de estímulos reforçadores, por habituação e saciação

 Formas variadas de controle aversivo

 Reforçamento positivo para comportamentos depressivos


Queixas, lamentações são reforçadas positivamente pelo aumento de atenção e apoio social.

 Reforçamento negativo (afasta punições sociais)


Silêncio, choro, inatividade
Queixas e observações comportamentais para depressão

Redução ou perda Aumento nas


de atividades reclamações,
realizadas no choro e
passado irritabilidade

Aumento nos
Tempo maior
períodos de
para responder
silencio e
aos outros
inatividade

Redução no
Ritmo lento nas
comportamento
tarefas rotineiras
verbal
Ansiedade
Ansiedade natural

- Função: preparar o organismo para o enfrentamento de situações potencialmente punidoras (nesse

sentido, situações aversivas – fuga ou esquiva), tais como um bebê que chora frente ao afastamento

dos pais, uma criança em seu primeiro dia de aula ou um adulto iniciando em seu primeiro emprego.

Ansiedade patológica: DSM - V

- Ansiedade e preocupações excessivas sobre algumas atividades ou alguns eventos

- Pacientes têm dificuldade em controlar as preocupações, que ocorrem por mais dias do que não por

≥ 6 meses.

- As preocupações também devem ser associadas a ≥ 3 dos seguintes: Agitação ou sensação de

nervosismo ou tensão / Cansaço fácil / Dificuldade de concentração / Irritabilidade (...)

- Ansiedade e preocupação não podem ser explicadas pelo uso de substâncias ou outra doença clínica
Ansiedade

É um comportamento emocional, explicado a partir das


interações organismo- ambiente.

Refere-se a relatos internos de quem relata e processos


comportamentais a eles relacionados

É observada em situações relacionadas a eventos aversivos,


mas ocorre ocorre na espera de eventos agradáveis

As queixas clinicas presentes nos transtornos de ansiedade


referem-se aquelas relacionadas aos eventos aversivos.
Ansiedade sob a ótica da AC

 Estes e Skinner (1941)


- Ansiedade
a) Estado emocional
b) Estímulo perturbador que é o principal responsável não precede ou acompanha o
estado mas é “antecipado” no futuro.
Dificuldade: considerar compts que surgem em antecipação a eventos futuros
Como um estímulo que ainda não ocorreu pode atuar com causa??
Devemos procurar por uma variável atual?? História de Vida
De acordo com Estes e Skinner (1941), a ansiedade tem duas características que a
definem: S1 som S2 choque
1) um estado emocional semelhante ao medo e
2) um estímulo perturbador que antecipa conseqüência futura.
Em 1, o estímulo perturbador é um estímulo presente (S1), que no passado foi
condicionado a outro (S2) e não é a ocorrência de S2 que produz reação, mas o estímulo
presente S1.
Conclui-se que apresentações repetidas de um som que precede um choque elétrico
produziram um estado de ansiedade em resposta ao som. PRE- AVERSIVO.
Esta relação foi analisada como um modelo de ansiedade, considerada como um
comportamento emocional (respondente eliciado pelo estimulo aversivo) que produz
perda de reforçadores positivos.
Presença do som (S1) = elicia respostas de ansiedade e não a presença de S2 (choque)
Supressão de operantes
positivamente reforçados

PAREAMENTOS S1 S aversivo
Condicionado passa a ter como efeitos Facilitação de operantes
negativamente reforçados

Mudanças cardíacas,
respiratórias, digestivas
especiais
Ansiedade

Inoperância, solução de
problema prejudicado

PAREAMENTOS S1 S aversivo
Comportamentos de fuga e
condicionado esquiva

Batimentos cardíacos
acelerados, sudorese, diarreia,
tremores, falta de ar
Quando há possibilidade de fuga e esquiva do S
condicionado, ou fuga do S incondicionado, essas Rs tornam-
se mais prováveis de serem emitidas do que as Rs que
levariam ao reforço positivo. Quanto maior o nível de
aversividade maior a magnitude da ansiedade.

Se não há possibilidade de Rs de fuga e esquiva do S aversivo,


o efeito reflexo da estimulação condicional paralisa a emissão
de respostas operantes que produzem reforçadores positivos.
Quanto maior aversividade maior paralisia
NIVEL DE CONTROLE SOBRE A ESTIMULAÇÃO AVERSIVA

A variação na controlabilidade da estimulação aversiva (fuga-esquiva)


corresponde a uma variação (aumento ou redução) da ansiedade.

Uma falta de controle sobre os eventos aversivos internos (fisiológicos) e


externos (ambientais) desempenha um papel central no desenvolvimento e
manutenção de muitos transtornos de ansiedade
Ansiedade (Supressão Condicionada)
SD R S

Ex: Fobia Social

SD: Apresentar um trabalho, ir ao shopping


R: medo, sudorese, taquicardia
S: Fugir (passar mal) ou evitar (nem chegar a ir)
As respostas operantes têm função de eliminar, evitar ou postergar os estímulos
e as respostas classificadas como “sintomas”, isto é, as respostas são reforçadas
negativamente pela remoção ou pelo adiamento, pela minimização ou pela
postergação dos eventos desconfortáveis (aversivos), quer sejam públicos ou
privados.
Ansiedade sob a ótica da AC

Respostas
públicas de
medo que eram
inicialmente
reflexas podem
ser reforçadas
pela
aproximação dos
pares, atenção,
dentre outras
consequências,
produzindo uma
relação operante!
João queixa: paraliso, eu fico imóvel, paralisado com a sensação de que vou ter um troço e
morrer.
Coração dispara, falta ar, fico branco, suando. Precisam me levar para o hospital.

Procurando contingencias relacionadas a paralisia.


Quando ocorre?
Sempre que tenho que falar com algum dos meus superiores.
Sempre que acho que estão falando de mim
Sempre que acredito estar dando trabalho p eles ou que eles não esta gostando do meu
trabalho.
Sempre que acredito ter desagradado alguém.

Antecedente Resposta de paralisia Atenção social, socorro, esquiva das situações


aversivas,
Situações sociais (ficar calado
pre aversivo respondentes de medo)
Histórico: família muito pobre e pai super punitivo, histórico de
agressões de agressões físicas e verbais constantes e durante toda
sua infância e adolescência.
Pouco reforçadores disponíveis no ambiente familiar.
Pouca variabilidade comportamental.

Observação: paralisava nas sessões de terapia tbem.


Modelo experimental de Abuso de Drogas (Condicionamento
Respondente em interação com Operante)

O condicionamento pavloviano ou respondente, pode modular o efeitos das drogas.


Respostas antes eliciada por certas substancias no organismo podem passar a ser
eliciadas por eventos ambientais que sistematicamente acompanharam essas
substancias.
Estimulo condicionado Estimulo incondicionado Resposta incond.
Situação de aplicação de droga droga efeito da droga

Morfina = estimulo incondicional elicia a Resposta incondicional =analgesia


Entre os efeitos incondicionais das drogas estão reações que de certa forma
compensam seus efeitos iniciais. São efeitos opostos a droga. (Siegel &Allan)
Efeito Homeostase: diante de um distúrbio fisiológico, o organismo reage com
processos regulatórios, opostos aos iniciais, compensando seus efeitos e restabelecendo
o equilíbrio fisiológico anterior. (resposta incondicionada).
Pesquisas experimentais com condicionamento respondente demostram como o
processo regulatório, eliciado pela ação de uma droga pode passar a acontecer
diante de novos eventos ambientais.
Através do condicionamento respondente, o processo regulatório (compensatório)
pode ser eliciado por estímulos condicional que esteve associado aos efeitos iniciais
da droga (condicionamento de respostas regulatórias compensatórias).
Siegel (1975) Evidencias de ratos de que a tolerância á morfina é uma resposta
aprendida.
Rato colocado a superfície quente emite a resposta de lamber as patas.
A latência (tempo) entre o estimulo quente e o inicio da resposta de lamber as
patas é medida.
Linha de base: aumento na latência de lamber as patas = analgesia
Diminuição na latência = hiperalgesia (efeito contrario)
Primeira aplicação de Segunda e terceira aplicações + Quarta aplicação
morfina de teste na superfície quente
Efeito analgesia Efeito hiperalgesia

Aumento da latência de lamber Latência foi diminuindo Latência igual a linha de base
as patas
Tolerância aos efeitos da
morfina

Depois de 2 semanas sem receber morfina, o rato recebeu placebo e foi testado na superfície quente
A latência do lamber as patas foi mais curta do que a obtida em linha de base, indicando hiperalgesia, efeito oposto ao
eliciado pela morfina.
Depois do placebo, mais 3 tentativas de teste ocorreram, até que a latência de lamber as patas retornassem ao nível da linha
de base.

Morfina era US que eliciava a resposta de analgesia (teste)


Superfície quente CS que eliciava a resposta compensatória de hiperalgesia.
Tolerância a droga. Necessidade de utilizar doses cada vez maiores.
Modelo experimental de Abuso de Drogas (Condicionamento
Respondente em interação com Operante)

SD R S

SD: notícia ruim, algo aversivo


R: uso abusivo de drogas
S: Relaxar (reforço positivo) e aliviar consequências negativas relacionadas a
sua ausência no organismo (reforço negativo)

S R
S: contato com drogas
R: uso abusivo de drogas
Sugestões de vídeos

 Depressão: dos modelos experimentais à análise clínica molar:


https://www.youtube.com/watch?v=VmZ2l_lk1W4

 Ansiedade: dos modelos experimentais à análise clínica molar:


https://www.youtube.com/watch?v=hcZX6nBeh2I
PRÓXIMA AULA: 22/03/21

 Tema: O processo de Avaliação Comportamental

 Bibliografia:
• MARÇAL, J. V. S. Behaviorismo radical e prática clínica. In: A. K. C. R. de
FARIAS. Análise comportamental clínica: aspectos teóricos e estudos de
caso. Porto Alegre: Artmed, 2010, p. 30 – 43.
• LEONARDI, J. L.; BORGES, N. B.; CASSAS, F. A. Avaliação funcional
como ferramenta norteadora da prática clínica. In: In: N. B. BORGES & F.
A. CASSAS (org.). Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e
práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012, p. 105 – 109.

Você também pode gostar