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ANÁLISE FUNCIONAL - DIAGNÓSTICO COMPORTAMENTAL

O objetivo da análise funcional é identificar o comportamento-alvo da intervenção (aquele que está inadequado)
e os elementos do ambiente que estão ocasionando e mantendo esse comportamento. O diagnóstico é dado em ter-
mos de relações comportamentais. Ou seja, especifica-se quais elementos do ambiente estão produzindo o compor-
tamento inadequado.

DEFINIÇÃO:
Serve para controlar o comportamento de um organísmo- chamada também por Skinner de Análise Causal - identi-
ficação de variáveis externas (ambiente passado ou presente) onde comportamento é função.

HISTÓRICO:
objeto de estudo é a interação entre o organísmo e seu ambiente.
Formulação adequada:
Estímulos Antecedentes ( ocasiões ou situações que a resposta (comportamento) ocorre).
A própria Resposta (qualquer ação observável ou não do organísmo).
Estímulos Consequentes ( consequencias reforçadoras - ocorrem imediatamente após o comportamento).
Ambiente (conjunto de estímulos) - Estímulos (alteração detectável no meio em que o organísmo está inserido).

TIPOS DE ANÁLISE FUNCIONAL:


Idiográfica ( casos individuais, comportamentos dos mesmos).
Nomotética (categoria diagnóstica, exemplo: analíse funcional da depressão).
De Processos Psicológicos ( como imitação, desenvolvimento infantil).
De Sistemas Complexos ( organizações, ambiente terapêutico, prisões).

(1) ANALÍSE COMPORTAMENTAL(modelo):


(1)Dá orientações sobre o tratamento.
(1) Indica o que mantem o comportamento do organísmo em relação com o meio.
(1) Não responde á questão de categorias diagnósticas.
(1) Não dá resposta alternativa para o problema da classificação.
......................................................................................................
(2) TRADICIONAL (modelo):
(2)Coloca o indivíduo dentro de um padrão.
(2) Dá categorias.
(2) Trata o sintoma como algo interno.
(2) Sintoma de que algo está errado com ele.
(2) Poucas indicações do que se deve se feito.
(2) Sem respostas aos processos patológicos funcionais.

OBJETIVO DA ANÁLISE PARA O CLÍNICO:


1.Determinar as condições que se relacionam com um comportamento a outro.
2.Prever a ocorrência deste comportamento com certa probabilidade.
3.Especificar comportamentos substitutos para servir aquele função.
4.Espeficicar as consequências que mantêm o comportamento problema ( reforço+ e -).
5.Especificar *contigências que tem falhado em manter a resposta adaptativa.
*a probabilidade de um evento pode ser afetada ou causada por outros eventos.

5 PASSOS BÁSICOS PARA REALIZAR UMA ANÁLISE FUNCIONAL:


1.Definir o comportamento de interesse.
2.Identificar e descrever o efeito comportamental.
3.Identificar as relações ordenadas entre variáveis externos e o comportamento e outros já existentes.
4.Formular predições sobre efeitos de manipulações das variáveis e outros comportamantos sobre o de interesse.
5.Tratar essas predições.
TERAPIA COMPORTAMENTAL INFANTIL

Os terapeutas comportamentais geralmente consideram que a grande maioria dos comportamentos infantis é controlada
pelas contingências ambientais familiares. Nessa medida, ao tentarem auxiliar uma criança emocionalmente desajustada,
tais profissionais buscam a alteração dessas contingências, atuando sobre a família. A Orientação de Pais é uma modalidade
de atendimento infantil que pode ocorrer de forma exclusiva ou complementar ao atendimento da criança. Ela é caracteriza-
da por sessões nas quais o(s) responsável(is) pela criança participa(m) diretamente e discute(m) com o terapeuta estratégias
de modificação do comportamento da criança. A terapia comportamental infantil quase sempre envolveu os pais no processo
terapêutico de uma criança.São os pais os que têm mais condições de alterar as contingências controladoras pois dispõem
dos reforçadores envolvidos em tal manutenção.

1ª contato: Queixa dos pais ( o comportamento da criança se intensifica e foge ao controle - nível de tolerância
dos pais se altera - profissionais como médicos e professores indicam para o terapêuta)

COMPORTAMENTOS INADEQUADOS:
Contigências de reforçamento - Comportamentos governados por regras

2ª contato: Relação direta com a criança (instrumento de intervenção especial) - análise das relações que estabelece
com personagens fictícios retirados de fantasias e sonhos (analisar) - relato direto sempre incentivado por questões
formuladas pelo terapeuta - Levantar relações familiares ( procedimento) - analisar história de reforçamento e regras
familiares.

PAPEL DOS PAIS:


1. Mais próximos e com mais contato com a criança.
2. Detêm controle da punição e de reforçamento.
3. Ajudam a generalizar o comportamento da criança para novos ambientes.
4. Tem falta de habilidades que necessitem ajuda.
5. Tem auto-regras ou conceitos prejudiciais á adaptação, crescimento e desenvolvimento da criança.
6. Podem estar submetidos a contextos que favoreçam relações indesejáveis com a criança.
7. Podem ter percepções impróprias em razão de seus problemas pessoais.
8. Podem não perceber a modificação e atrapalhar seu desenvolvimento.
9. Podem ter dificuldades sensoriais e estabelecer vínculos levando para a psicoterapia pessoal ou conjugal.

TAREFAS DO TERAPEUTA:
(1) Promover situações de encorajamento para a emissão de comportamentos de enfrentamento de situações difí-
ceis (eliminar fuga e esquiva) - (2) Impor limites sem confronto - (3) Habilidades: empatia e afeto, compreensão,
aceitação, diretividade, questionamento.

O USO DAS FANTASIAS:


1. Identificar: classes e cadeias de respostas dos personagens.
2. Eventos associados.
3. As relações (+-) apropriadas que a criança faz.
4. Rever o que foi visto na fantasia com o que ocorre no dia-a-dia.
TÉCNICAS COGNITIVO COMPORTAMENTAIS

As técnicas de relaxamento objetivam uma redução do estado de vigília pela redução dos níveis de ansiedade através de uma
série de técnicas de relaxamento muscular, derivadas de métodos como treinamento autogênico, dessensibilização sistemática
e biofeedback (várias técnicas).

TÉCNICAS DE RELAXAMENTO (alterar estado de consciência):


Farmacológico.
Não-Farmacológico: técnicas de relaxamento: refinamento e medida certa das técnicas desenvolvidas pelos tera-
peutas.

DEFINIÇÃO DE RELAXAMENTO:
Ausência completa de movimentos e total rigidez muscular no corpo.Nervos e parte dos músculos permanecem
inativos

(1) RELAXAMENTO MUSCULAR PROGRESSIVO:


Aprender a relaxar gradualmente, com a prática leva-se ao hábito do repouso (tranquilidade) automático mantido

APLICAÇÕES:
Ansiedade generalizada - Insônia - Dores de Cabeça e na nuca - Distúrbios Sexuais.

PRESSUPOSTO ( o que se espera):


Aprender a relaxar o SN voluntário para uma tranquilização semelhante nos orgãos internos (coração, vasos, cólon)
leva ao contracondicionamento - princípio da inibição recíproca - emoções se equilibram na medida e relaxa.

(2) RELAXAMENTO E TENSÃO RESIDUAL:


Contração sutil e contínua de musculos acompanhada de movimentos reflexos - relaxamento perfeito não haverá
tensão.

SINAIS: respiração irregular, pulso acelerado, temperatura corporal e pressão altas, movimentos ligeiros, mente
ativa.

(3) RELAXAMENTO AUTÓGENO:


Ensinar ao cliente um processo de auto-sugestão de que o corpo está pesado (relaxamento muscular) e quente (dila-
tação dos vasos sanguíneos) - criado por Schultz e Luthe em 1959.

PROCESSO:
“Meu braço está pesado...Estou calmo.” - terapeuta modela 1 afirmação e o cliente repeti para si mesmo, induz
sensações auto-sugestivas - tem indicações terapéuticas - induz a diminuição da insônia.

(4) IDEAL DE RELAXAMENTO: DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA:


Pareamento do relaxamento com a imaginação de cenas que retratam situações causadoras de ansiedade (ansiogê-
nicas) - Criado por Joseph Wolpe em 1958.

PRESSUPOSTO (como funciona):


Instrui o cliente a experimentar relaxamento ao invés de ansiedade, imaginando cenas ansiogênicas. Assim as situa-
ções de realidade causarão menos desconforto.

PRINCÍPIO:
2 estímulos competitivos (1 que provoca a ansiedade e outra que induz ao relaxamento) entre si presentes na mes-
ma situação = Há resposta de acompanhamento de supressão parcial (enfraquecido) ou total da ansiedade (quebra
do elo).
AO FINAL:
Contracondicionamento (estímulo inicial aversivo perde força de controle sobre a resposta de ansiedade).
Substituição deu um tipo de resposta por outro

APLICAÇÕES:
Tratamento de fobias social ou específica: medo de avião, cobra, multidões.
Tratamento de todo distúrbio de orgiem fóbica: seual, fala, ataque asmático.

MÉTODO:
Pequeno número de sessões para ocorrer uma melhora (16~23 - depende de cada caso).

PROCEDIMENTOS:
1. Treino em técnicas de relaxamento - uso de escala de ansiedade (escala que gradua as situações de estímulos
segundo seu potencial provocador de ansiedade).
2. Construção de hierarquia de medos ( medo de cachorro (original) - escala gradual: de pelúcia, na tv, na revista).
3. Aplicação do relaxamento nas situações de hierarquia (pareamento).

INDIVÍDUO DESSENSIBILIZADO: TREINO (COMPORTAMENTO) ASSERTIVO OU AFIRMATIVO:


Definido como a expressão adequada de qualquer emoção que não a ansiedade á outra pessoa.
Assegurar-se em treinar o comportamento auto-assertivo sozinho.
Tentativas iniciais deve ser escolhida por ser potencialmente promissora para dar devido reforço.

PROCEDIMENTO PASSO-A-PASSO:
Observar seu próprio comportamento, concentrado numa situação específica. Reveja suas respostas
Observe um modelo eficaz, considere respostas alternativas, imaginando-se lidando com a situação
Teste em situações reais, planeje antes. Obtenha feedback de alguém próximo ou terapeuta.
Procure alcançar situações reforço do seu meio social.

O emissor costuma ser:


Passivo ( inibido,permite que ostros escolham por ele, nega a si mesmo).
Agressivo ( expressa-se, desprecia os outros, atinge objetivos a todo custo, se põem acima dos outros).
Assertivo ( valoriza-se, expressa-se, escolhe por si, sente-se bem, atinge objetivos).

O Receptor costuma ser:


Passivo ( sente culpa ou raiva, desprecia o emissor, atinge os objetivos as custas do emissor).
Agressivo ( Repudia-se, sente-se ferido, humilhado, não atinge seus objetivos).
Assertivo ( valoriza-se, expressa-se, atingi seus objetivos)

APLICAÇÕES DO TREINO ASSERTIVO:


Escolar ( alunos agressivos ou passivos indicados por professores - treino ajuda a formular respsotas e discussões)
Empresas ( incorporado em grupos, programas dedesenvolvimento gerencial e treinamento pessoal).
Instituições ( treinamento de liderança em organizações comunitárias).
Clínica ( reduzir ansiedade, sintoma comum em pessoas com dificuldades emocionais, auto-estima baixa).

TÉCNICA DE EXPOSIÇÃO:
Definição: Contato direto ou imaginado (objetos, locais, situações) que não são perigosos mas que tem medo ou
provocam desconforto.
Efeito: Elevação da ansiedade nas primeiros exercícios, diminuição gradativa até desaparecer.

PREVENÇÃO DE RESPOSTAS:
Definição: não executar-se de ritual, compulsão mental ou manobras para reduzir ou neutralizar a ansiedade
Ex: Deixa de lavar as mãos apos tocar objeto cantaminado - não alinhar objetos.
PRINCÍPIO QUE FUNDAMENTA:
Habituação: esqueçemos ou deixamos de perceber estímulos incômodos. A diminuição da resposta a um estimulo
repetitivo. Pode ocorrer reações de medo, quando entramos em contato com objetos ou situações que provoquem
reações.

TERAPIA COMPORTAMENTAL

FAP: (do inglês Psicoterapia Analítica Funcional) é uma abordagem aos problemas clínicos segundo a teoria da análise do
comportamento. A FAP funciona pelo manejo dos comportamentos do cliente conforme eles ocorrem na própria sessão de
psicoterapia. Os princípios comportamentais já conhecidos como o reforçamento e a punição e ainda apresentam o conceito
de comportamento clinicamente relevante (CRB), que é aquele comportamento que ocorre dentro da sessão e é semelhante à
queixa ou tem causado sofrimento ao cliente. A FAP se difere das abordagens “comportamentais” tradicionais como a aná-
lise aplicada do comportamento e a terapia cognitivo-comportamental porque lida com queixas mais amplas, especialmente
as dificuldades com relacionamento interpessoal, e porque foca no manejo do comportamento assim como eles ocorrem na
sessão.

A cinco regras que descrevem a técnica terapêutica da FAP e são elas:

1) prestar atenção aos CRBs;

2) evocar CRBs;

3) reforçar CRBs;

4) observar os efeitos potencialmente reforçadores do comportamento do terapeuta em relação aos CRBs do cliente;

5) fornecer interpretações das variáveis que afetam o comportamento do cliente.

CRB1 = Diagnóstico.

CRB2 = Apresentação de melhora do paciente. Terapeuta percebe sua evolução.

CRB3 = Paciente descreve a melhora. Tornou-se consciente. Verbaliza e reforça o comportamento.

* CRB = Coportamento Clinicamente Relevante


O termo “comportamento clinicamente relevante - CRB” inclui tanto os comportamentos-problema como os com-
portamentos finais desejados.

ANÁLISE FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO

É a explicação de um evento comportamental dada pela descrição das relações que este evento sustenta com outros eventos
(presentes ou passados). O que define a prática do analista do comportamento é a investigação de efeitos (conseqüências)
cumulativos (dimensão histórica) de contingências ou interações (passadas e atuais) sobre o desempenho atual do organismo
através de um recurso metodológico (análise funcional, experimental ou não experimental). Baseia-se na identificação de
relações funcionais, cujo objetivo é identificar e descrever o efeito comportamental, buscar relações ordenadas entre variá-
veis ambientais e a ação de um organismo, formular predições confiáveis baseadas nas descrições dessas relações e produzir
controladamente esses efeitos previsíveis.
Para Skinner, um evento comportamental é o produto conjunto da história anterior de reforçamento do sujeito. Por reforça-
mento, entende-se qualquer estímulo que aumenta a probabilidade de respostas. Assim, pode-se dizer que o ambiente (externo
- físico, social; interno - biológico, histórico) seleciona grandes classes de comportamento.

(Ler caso Marcos, Dona Raquel, Ana - casos clínicos)


Reforço (+): Aumenta a probabilidade de um comportamento pela presença de uma recompensa.
Reforço (-): Também aumenta a probabilidade de um comportamento pela retirada de um estímulo aversivo.

Fuga: Remoção de um estímulo aversivo no ambiente.


Esquiva: Evitação do contato com o estímulo aversivo.

Punição (+): Redução da frequência pela adição de um estímulo aversivo ao ambiente.


Punição (-): Redução da frequencia pela retirada de um estímulo reforçador do ambiente.

O condicionamento operante é composto por um estímulo seguido por1comportamento que terá uma consequência.
Estimulo ----> Comportamento ------> Consequência (S-R-S)

A extinção e a punição tendem a diminuir a frequência dos comportamentos. Na extinção, o comportamento ten-
de a diminuir de frequência em função da retirada de reforçadores contingentes a resposta (aqueles que são
responsáveis pela sua manutenção).

ESQUEMAS DE REFORÇO:

Reforço: o que está sendo apresentado. Exemplo: Biscoito


Reforçamento: O conjunto todo, o que mantém esse comportamento (s-r-s: esquema de reforçamento)

Intermitentes (tempo) = comportamento que não é reforçado o tempo todo, há intervalos.


Contínuo (tempo) = Toda resposta é seguido de reforçador. São comuns (Ex: carro novo)

Razão: R (número) Número de vezes que o reforlo é emitido. O motivo de roforço.


Razão Fixa: VF (número) Tá determinado por horário fixo que vai ser reforçado e um grande índice de respostas.
Quanto mais o indivíduo responder, mas será reforçado (padrão)
Razão variável: VR (número) Reforçador não tem tempo fixo para acontecer. Variáveis pode modificar.
Não dá para o indivíduo perceber o número de vezes que o comportamento será reforçado.

É um tempo de uma coisa para outra: Intervalo.

Intervalo: FI Tempo fixo - padrão: não faz diferença de responder num padrão antes ou depois. Tem padrão
estabelecido.
Intervalo variável: Similar ao tempo fixo, porém o tempo não é exato, pode variar. Produzir uma resposta relati-
vamente alta.

Na prática, o que não se reforça não está disponível.

Formas das questões:


A quantidade de vezes....
O tempo de em que....

Estes dois tipos de esquemas não diferem não só apenas no seu funcionamento, mas também sobre seus efeitos no
comportamento. Ou seja qual é o impacto da resposta.

Esquemas intermitentes: Frequência de respostas + do que o contínuo. Algumas vezes a resposta será reforçada.

Esquemas contínios: Se eu reforço continuamente, pode-se saturar e extinguir a respostas (adaptação.potenciação).

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