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Modelos Comportamentais
Qual foi a grande mudança que surgiu com o comportamentalismo?
A leitura do funcionamento humano (a forma como lemos o comportamento humano).
Pavlov (1849-1936)
Fisiologia animal: tema central dos seus estudos (atividade nervosa superior).
Os cães salivavam na presença de comida, e na presença de outros estímulos (E) que lhes apareciam associados.
Emparelhamento repetido de ENC (comida) e EN (campainha) = EC (som), desencadeando RC (salivação) - Resposta aprendida
pela mera associação de E.
Grande Descoberta de Pavlov: É possível condicionar respostas reflexas: um estímulo condicionado com
a associação a um estimulo neutro conseguimos condicionar uma resposta reflexa, que neste caso era a
salivação
Através da manipulação dos estímulos, conseguimos regular a aprendizagem
Mostrou que comportamentos essencialmente biológicos (salivação/reflexo inato) podiam ser controlados/condicionados por
fatores ambientais e psicológicos – manipulação de E.
Fez vários trabalhos com animais, como o estudo da aprendizagem em ratos de laboratório.
Grande contributo de Watson para a prática psicológica – descrição dos processos básicos de medo.
Pavlov, ao descobrir que era possível condicionar respostas reflexas, como a salivação, significa que vai inspirar Watson, que
através dos seus experimentos vai descobrir que é possível condicionar respostas emocionais.
Alberto de 9 meses era estável física e emocionalmente. Não mostrava evitamento ou medo perante coelhos, ratos brancos, etc. -
E neutros em relação a desencadear uma resposta emocional de medo.
Passou a exibir uma resposta de medo a outros E com alguma semelhança com o E condicionado (e.g., coelhos, máscara de pai
natal, novelo de lã) – generalização do E.
Conclusão: as respostas emocionais obedecem a processos de aprendizagem equivalentes a qualquer outra resposta animal ou
humana.
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O comportamentalismo traz-nos o foco no que é objetivo, mensurável e medível, por isso que temos experimentos. Foco no
comportamento por ser observável.
Pedro, com 2 anos e 10 meses, demonstrava uma resposta emocional de medo a um rato branco que era generalizada para
outros E (coelhos, casacos de pele e novelos de algodão).
1ª. Pedro era gradualmente colocado numa sala com outras crianças que brincavam com o coelho, sem que exibissem
resposta de medo.
2ª. Foi utilizado o “condicionamento direto”, emparelhando a comida com a presença do coelho, ao longo de uma
hierarquia (desde ver o coelho numa gaiola até tocar no coelho com as mãos).
O “descondicionamento” verificou-se não só para o coelho, mas também para os outros E fóbicos.
Pressuposto do Condicionamento Clássico: grande parte dos comportamentos humanos e animais são aprendidos por uma
cadeia complexa de emparelhamento entre EN e ENC, dando origem a vários condicionamentos (RC).
Pressuposto do Condicionamento Emocional: as respostas emocionais e patológicas, tais como quaisquer outras respostas, são
aprendidas e explicadas com base nos mesmos princípios e leis que regulam o comportamento “normal”.
Conceitos Fundamentais
1. Estímulo NC: produz uma R natural, espontânea, inata, não aprendida (e.g., comida; ruído).
2. Resposta NC: R natural e espontânea, automática, não aprendida ao ENC (e.g., salivar; medo).
3. Estímulo condicionado: E, que sendo previamente neutro, passa a provocar uma R semelhante à do ENC após um
emparelhamento repetido com este (e.g., som; rato).
4. Resposta condicionada: R estruturalmente semelhantes à RNC, mas produzida na sequência da apresentação de um EC,
aprendidas em associação com respostas espontâneas (campainha – salivação; rato - medo).
5. Generalização do E: produção de uma RC para E que apresentam algum grau de semelhança com o EC (coelho – medo), isto é,
podemos aprender a ter medo a um objetivo específico, mas teremos medo de outros objetos que apresentam semelhanças.
6. Generalização da resposta: diferentes R, ligadas entre si por algum tipo de associação estrutural ou funcional, para o mesmo E
(e.g., dores de estômago, tonturas).
7. Discriminação: quando somente o EC é suscetível de desencadear a RC, ou seja, quando não temos a generalização do estímulo,
vai apenas reagir de maneira mal adaptativa a um estímulo.
2) Respostas de evitamento
Uma REC é reforçada pelo evitamento, que por sua vez reforça a crença do cliente de
que não consegue lidar com o objeto ou situação ameaçador. O padrão de evitamento
deve ser rompido para o cliente superar a ansiedade.
Tratamento
Se um indivíduo se expuser a um E fóbico vai sentir medo, mas o medo geralmente tem tempo limitado, já que a excitação
fisiológica não pode ser mantida num estado elevado infinitamente. Ocorre fadiga e na ausência de outras fontes de excitação, o
indivíduo começa a adaptar-se à situação.
Com a repetição da exposição, a resposta fisiológica à situação temida deve diminuir à medida que conclui que o E pode ser
enfrentado e controlado.
Fazemos isto através da Exposição Gradual e Mediatizada
Exposição gradual, pois vamos usar hierarquias; de forma lenta de acordo com o que a pessoa é capaz de fazer,
e Mediatizada, pois vamos usar o relaxamento.
2) Extinção ou Habituação
Em termos terapêuticos interessa saber que as repostas emocionais condicionadas e as respostas de evitamento mantêm os
comportamentos disfuncionais. Ambas levam e conduzem a manutenção do problema, e o objetivo do terapeuta é extinguir com
estas respostas emocionais condicionadas (aprendemos os medos, as fobias, seja diretamente ou indiretamente) que temos
perante algo que nos causa desconforto.
Extinguir estes padrões através da exposição às situações fobicas, ex: fobia social, “tenho medo de apresentar aulas”, então
quanto mais me expor e enfrentar esse receio vai ajudar a desconformar cognitivamente.
Princípio da Inibição recíproca: se uma R contrária à que provoca ansiedade é emitida em presença de E produtores da mesma
reação, a associação entre esses E e a ansiedade diminui
Relaxamento muscular - Inibidor a que mais se recorre na maioria das utilizações da dessensibilização sistemática.
2. Construção de hierarquias de cenas geradoras de ansiedade (é feito pelo cliente, pois ele é nos diz o que é uma cena 0
ansiedade e uma cena 100 ansiedade);
Objetivo: adquirir competências de coping/controlo perante as respostas fisiológicas ou vegetativas da ansiedade. [Tensão
muscular durante estados emocionais – propôs a diminuição progressiva da atividade muscular para restaurar sensações fisiológicas e
para diminuir a tensão psíquica.]
O relaxamento corresponde a uma resposta integrada do hipotálamo, que deprime a atividade do Sistema Nervoso Simpático.
Previne ou melhora as perturbações mediadas pelo stress.
A ativação simpática observa-se na resposta de fuga ou luta que prepara o indivíduo para a ação.
Resposta de relaxamento:
Descobriu que contraindo e relaxando sistematicamente vários grupos musculares e aprendendo a ter em atenção e a
discriminar as sensações resultantes da tensão e da descontração, uma pessoa podia eliminar, quase completamente, a
contração muscular e experienciar um estado de relaxamento profundo.
Durante o treino o cliente não deve atribuir importância a possíveis pensamentos ou imagens intrusivos que perturbem a
concentração.
Não deve esperar resultados imediatos, estes são graduais e advêm de uma prática repetida.
Indução de um estado de relaxamento usando a imaginação; Através de uma cena que tenha ocorrido na vida do indivíduo e que
lhe tenha sido agradável e induzido uma sensação de bem-estar.
Variam muito de pessoa para pessoa. Podemos sugerir, mas deve ser o cliente a escolher a sua.
Hierarquias: temáticas (e.g. exames), espaciais (locais específicos) ou temporais (x tempo antes de...).
Eficácia
“Novas respostas” é a grande diferença do condicionamento clássico para o operante. No clássico tínhamos respostas que
o indivíduo já possuía.
Clássico – foco nas respostas reflexas (inatas) -> medo (mecanismo de aprendizagem)
Operante – novas respostas, isto é, olhar para o repertório comportamental de um sujeito e perceber o que falta ou o que
está em excesso -> Consequências como mecanismo regulador da aprendizagem.
E.L. Thorndike (1874-1949) introduziu uma nova perspetiva nos estudos de aprendizagem.
Colocou gatos em complexas gaiolas com comida no exterior e das quais os animais podiam
escapar se ativassem mecanismos variados.
Inicialmente, quando um gato com fome era colocado na caixa, arranhava e mordia
freneticamente as paredes da caixa para fugir e alcançar a comida.
Contudo, quando o gato finalmente repetia a R correta, a latência desta resposta era geralmente menor do que no 1º ensaio.
A recompensa da comida era gradualmente gravada/imprimida numa associação entre as pistas da caixa e a R de fuga.
Thorndike repetiu esta experiência com outras R e com outras espécies (pintainhos, cães e macacos), e o padrão básico destes
resultados era quase sempre o mesmo: uma melhoria gradual ao longo dos vários ensaios experimentais.
E que estas ligações eram fortalecidas ou enfraquecidas em função das consequências ou efeitos do comportamento.
1. Lei da Prática: o fortalecimento das conexões entre um E e uma nova R depende do número de vezes que o E é
emparelhado com a nova R – quanto maior este aparelhamento, mais fácil a pessoa efetuar a nova resposta.
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2. Lei do Efeito: é através das consequências do comportamento que se reforçam as ligações entre E e R.
Conceitos Fundamentais
Reforço: consequência de um comportamento que tem como efeito aumentar a frequência, duração ou intensidade desse
comportamento.
Punição: consequência de um comportamento que tem como efeito diminuir a frequência, duração ou intensidade desse
comportamento.
Sistemas de reforço
2) Modificar comportamentos.
Extinção: retirada dos reforços contingências à R (os que são responsáveis pela sua manutenção).
Comportamento respondente: (estudado por Pavlov) provocado involuntariamente em reação a um E; explica apenas
uma pequena porção de todos os comportamentos.
Skinner colocava animais em situações controladas e observava as mudanças no seu comportamento, produzidas por
mudanças sistemáticas nas consequências do seu comportamento.
“Caixa de Skinner”
1. O rato/pombo iniciava vários movimentos exploratórios até que casualmente tocava na alavanca que acionava a distribuição do
alimento;
Ao fim de alguns ensaios o rato/pombo passava a acionar a alavanca unicamente após a apresentação da luz – o animal acaba por
perceber que a comida apenas surge quando há o sinal luminoso.
Através deste conjunto de experiências, Skinner (1938) formulou as suas principais leis do paradigma operante:
2. Quando a ocorrência de um comportamento, anteriormente fortalecida por um processo de condicionamento, deixa de ser
seguida de uma consequência reforçadora, a força do comportamento diminui.
3) É possível através da manipulação contingencial (imediato) e sistemática (frequente, não pode ser só uma vez) das C,
produzir novas aprendizagens e extinguir aprendizagens anteriormente adquiridas.
Pressupostos
Pressuposto da Extinção
Sempre que um determinado operante deixa de ser seguido de um acontecimento reforçador, diminui progressivamente a
probabilidade de emissão desse operante.
É possível identificar as Consequências que mantêm esses comportamentos, bem como a presença de E discriminativos
indicadores da probabilidade de ocorrência dessas C.
Conseguindo identificar as consequências que mantêm os comportamentos, conseguimos alterar a ocorrência desses
comportamentos.
Assim, torna-se possível desencadear planos terapêuticos e educacionais tendo em vista o aumento ou diminuição da
probabilidade desses comportamentos, através da manipulação dos E discriminativos e respetivas C.
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Implicações Terapêuticas
De acordo com este paradigma a grande parte do comportamento humano, resume-se a 2 grandes temas:
1. O repertório comportamental do sujeito não inclui determinado comportamento ou este comportamento tem uma
duração, intensidade ou frequência insuficiente;
2. O repertório comportamental do sujeito inclui um comportamento em excesso, cuja eliminação ou redução é necessária.
1. Avaliação e conceptualização comportamental, ou seja, nos através de entrevista fazemos toda a recolha de informação
necessária. Temos que perceber quais são os comportamentos que queremos alterar.
1. Definição operacional dos comportamentos – o terapeuta deve operacionalizar o repertório comportamental do cliente, com
particular foco nos comportamentos em défice e/ou excesso;
2. Avaliação das relações contingenciais para identificar os fatores responsáveis pela sua regulação – o que mantém um dado
comportamento? Que E discriminativos? Que consequências?
3. Conceptualização das estratégias operantes – que comportamentos se pretende fortalecer? Que comportamentos se pretende
diminuir? Que E discriminativos e consequências regulam cada comportamento?
Só fazem sentido quando usadas em consonância com estratégias para fortalecer comportamentos desejáveis.
Custo de Resposta
Os custos devem ser realistas e aplicados imediatamente após o comportamento problema. Os reforços não devem ser de
fácil reaquisição.
Time-out
É necessário que o lugar ou a atividade, do qual o sujeito é retirado, seja reforçador para ele. A área de time-out deve ser
livre de qualquer reforço positivo.
Passar para a área livre por um período de duração média (1 minuto por cada ano de vida).
Punição
Deve ser de intensidade média e aplicado imediatamente após a realização de um comportamento problema.
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Reforço positivo
Iniciado pela aplicação imediata e contínua do reforço, passando depois para a sua administração intermitente variável, isto
é, espaçar (dar um intervalo maior) o reforço positivo.
Moldagem
Reforço dos comportamentos que são aproximações sucessivas do comportamento desejável. Reforço imediato e
contingencial a cada aproximação.
Deve reforçar cada aproximação imediata e continuamente, passando-se de seguida para um reforço intermitente variável.
Avaliação
Grande eficácia na resolução dos mais variados problemas clínicos e educacionais do comportamento humano adulto e infantil.
APRENDIZAGEM SOCIAL
Aprendizagem Social
Comportamentos dos outros: uma das mais importantes fontes de aprendizagem em crianças e adultos.
É possível aprender uma grande variedade de comportamentos, dos mais simples aos mais complexos, sem que se torne necessária
a experiência direta e as respetivas consequências (diferença entre o clássico e o operante).
Grande parte do repertório comportamental da pessoa pode ser adquirido através da imitação ou daquilo que a pessoa observa
nos outros (modelos sociais e suas consequências). APRENDIZAGEM VICARIANTE.
Múltiplos modelos – era de acesso à informação – a internet é uma janela para o mundo, isso significa que os jovens podem
aprender e modelar através daquilo que vêm na internet (ex: tiktok).
O reforço funciona como antecedente – direciona a atenção do observador - e não como consequente como no Paradigma do
Condicionamento Operante – por outras palavras, contrariamente ao operante aqui temos um reforço como antecedente, no operante
temos a regulação como consequência e aqui temos um antecedente
Ex: quando reforças o aluno que participou estou a aumentar a probabilidade de voltar a repetir a participação pois é um
reforço positivo, contudo aquilo que os outros alunos observaram já entra no social pois aumenta a probabilidade de
participação dado que entendem que é algo valorizado.
Situação observada e processos cognitivos do observador são o fulcro de grande parte da aprendizagem.
Os processos cognitivos de ATENÇÃO e de REPRODUÇÃO são os mecanismos reguladores da aprendizagem por observação
(teoria da cognição social).
Bandura (1965) estudou o papel da observação e do reforço na aquisição e desenvolvimento de novos comportamentos.
1ª
Bandura veio estudar o papel da observação e do reforço na aquisição e desenvolvimento de novos comportamentos.
Qual a diferença/semelhanças com o operante e clássico? Vamos introduzir novos respostas tal como no operante
(no operante, respostas instrumentais/novas, e aqui novos comportamentos, clássico respostas inatas (medo) e
reflexas).
fase - Apresentou a um grupo de crianças um modelo filmado que exibia uma série de comportamentos agressivos em três condições
experimentais distintas.
Após a exposição a uma destas três condições, as crianças eram colocadas numa situação semelhante à do modelo e eram
registados os seus comportamentos imitativos.
Resultados:
As crianças que tinham observado o modelo a ser reforçado ou o modelo que não recebia quaisquer C, reproduziam um
número significativamente maior de comportamentos agressivos VS as crianças que tinham observado o modelo a ser
punido.
2ª fase da experiência: Após a 1ª avaliação todas as crianças foram diretamente reforçadas pela reprodução de comportamentos
imitativos semelhantes aos comportamentos agressivos observados.
Todas as crianças passaram a demonstrar um elevado número de comportamentos agressivos, esbatendo-se as diferenças entre
os três grupos.
Conclusão:
A aprendizagem de comportamentos verifica-se pela simples observação de um modelo, independentemente das C da sua
execução.
O reforço ou a punição contribuem para a inibição ou desinibição do comportamento aprendido.
Modelagem Cognitiva
Goodwin e Mahoney (1975) estudaram os efeitos da modelagem cognitiva em comportamentos agressivos de três crianças
impulsivas.
1ª fase: as crianças viam unicamente o modelo a verbalizar cognitivamente algumas autoinstruções positivas (Não vou
deixar que eles me aborreçam; Não vou perder o controlo).
2ª fase: as crianças viam de novo o modelo, mas desta vez o discurso interno era discutido e sublinhado pelo
experimentador, pedindo-se no final a cada uma que tentasse reproduzir tanto quanto possível as autoinstruções de que se
lembravam.
Várias medidas das respostas dos sujeitos numa situação semelhante, avaliações do seu comportamento na sala de aula,
demonstraram que:
Todos os sujeitos melhoraram SIG, mas só após a 2ª fase da modelagem em que eram fornecidas instruções e
oportunidades de prática.
Em suma:
Na redução de comportamentos agressivos os observadores podem aprender um discurso interno de controlo por um
processo de modelagem e estão capazes de o generalizar, desde que instruídos e desde que lhes seja proporcionada prática.
Investigação posterior demonstrou que uma combinação de modelagem cognitiva e de modelagem comportamental produz
uma aprendizagem mais eficaz.
Teoria da Autoeficácia
São os julgamentos que as pessoas fazem acerca da sua eficácia pessoal que constituem os melhores preditores do seu
envolvimento e persistência em diferentes tarefas.
As aprendizagens dos indivíduos constituem fontes para a generalização de perceções de autoeficácia em diversos contextos e
tarefas.
Porque não basta o que experienciamos diretamente? Porque uma pessoa com elevada autoeficácia vai influencias a nossa
perceção sobre a autoeficácia.
Porque a nossa autoeficácia pode ser diferente do outro? Comparação social, pois, pode influenciar negativamente deixando
aquém, ou pode influenciar a pensarmos que se pessoa consegue também conseguimos.
Conceitos Fundamentais
Atenção,
Retenção,
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Reprodução,
Motivação.
Processos de atenção: regulam a direção das perceções do observador em relação aos objetos e ações observadas.
Depende de características do observador (e.g., capacidade cognitiva); atividade que está a ser observada; características
do modelo (e.g., valência afetiva, saliência); recompensas que acompanham a atividade.
Depende de transformação das observações em representações mentais; exercício mental de um comportamento aumenta a
probabilidade de ser retido; competências cognitivas dos sujeitos.
Depende de conversão das representações mentais em ações; prática, feedback, capacidade do sujeito desempenhar a
atividade.
Processos de motivação: as pessoas imitarão o modelo se acreditarem que esse comportamento aumentará a probabilidade de
serem reforçadas.
Reforço externo; reforço vicariante; autorreforço; preferências de incentivo e padrões internos (o que é motivador para
aquele sujeito, para que os processos de incentivo sejam adequados às características de cada um).
Pressupostos
Da Aprendizagem Social
1) Atenção,
2) Retenção (instrução e modelagem),
3) Iniciação,
4) Monitorização,
5) Aperfeiçoamento (prática e reforço).
Do Determinismo Recíproco
Da Autoeficácia
As aprendizagens, diretas e indiretas, são mediadas cognitivamente através da construção de teorias de autoeficácia que
regulam o nosso comportamento, predizendo as nossas escolhas, o nosso esforço e a nossa persistência.
Estratégias Terapêuticas
Visam a aquisição de respostas
Inibição/desinibição de respostas
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Facilitação de respostas
No clássico temos a exposição direta (mais bruta) ou gradual e mediatizada (mais usada).
Do operante se queremos introduz novas respostas temos estratégias que permitem diminuir intensidade, duração e frequências
do problema ou ao contrário que é aumentar, por isso temos reforço positivo etc.
Objetivo: procura-se uma aprendizagem e iniciação do comportamento, com a ajuda do terapeuta, no consultório.
Temos que ter um modelo e a pessoa tem que praticar o que aprendeu.
1.1. Instruções: para cada comportamento alvo o terapeuta deverá iniciar a terapia fornecendo instruções detalhadas acerca
dos objetivos e processos característicos do comportamento.
1.2. Modelagem: o utente deverá observar o terapeuta ou outros modelos (simbólicos ou reais) na execução do
comportamento.
1.3. Prática: o utente deverá ser levado a reproduzir, no momento, o comportamento. O terapeuta deverá guiar esta
execução, fornecendo pistas.
1.4. Auto-observação e reforço: deve ser fornecido feedback imediato e objetivo acerca das reproduções do utente,
reforçando positivamente todos os progressos verificados.
Objetivo: procura-se o aperfeiçoamento e generalização da resposta para as situações de vida diária do utente.
Envolve 2 processos:
2.1. Prática ao vivo: sempre que o utente esteja já capaz de executar o comportamento na presença e com a ajuda do
terapeuta (registos de auto-monitorização), deverá ser planeada a execução ao vivo dos comportamentos aprendidos.
2.2. Prevenção da recaída: proceder a uma programação das generalizações, de modo que as competências adquiridas não
desapareçam a médio ou a longo prazo.
Os estudos revelam grande eficácia das estratégias da aprendizagem social numa grande variedade de problemas das crianças e
dos adultos.
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Modelos Cognitivos
Terapia cognitiva é eficaz nas perturbações depressivas, esquizofrenia, dor em doentes deontológicos, casos de insónia, stress,
ansiedade.
Quando queremos saber a eficácia de estudos robustos temos de pegar em revisões sistemáticas (amostras clínicas, qual o grau de
eficácia, quem recebeu terapia combinada etc.).
Prémio científico APA: “O seu trabalho pioneiro sobre a depressão alterou profundamente o modo como esta perturbação passou
a ser conceptualizada, avaliada, diagnosticada e tratada” (1990).
Hoje em dia as suas formulações cognitivas constituem o núcleo organizador dos desenvolvimentos práticos e conceptuais das
terapias cognitivas.
Beck, criou vários instrumentos de avaliação que permite rastrear muitas perturbações.
Beck acreditava que teria de testar a intervenção de forma a poder dizer que o conceito é eficaz (empiricamente validadas).
Decidiu testar o conceito psicanalítico de que a depressão é o resultado da hostilidade retrofletida – ‘necessidade de sofrer’.
Investigou os sonhos de clientes deprimidos, que, esperava, iriam manifestar temas de hostilidade em vez do conteúdo dos
sonhos de sujeitos controlo, isto é, para puder confirmar esta hipótese, o conteúdo dos sonhos teria de possuir esta hostilidade.
Para sua surpresa, encontrou que os sonhos de clientes deprimidos possuíam poucos temas de hostilidade e níveis elevados de
defeito, privação e perda.
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Percebeu ainda que estes temas estavam presentes nos pensamentos dos clientes quando estes estavam acordados – os clientes
quando acordados verbalizavam isto mesmo, ou seja, não era uma informação obtida apenas través dos sonhos. Logo, não confirmou
a sua hipótese.
O resultado de outros estudos de Beck levaram-no a acreditar que uma ideia psicanalítica relacionada – os clientes deprimidos
tinham necessidade de sofrer – estaria errada.
Se estes conceitos psicanalíticos estavam errados, de que modo se poderia compreender a depressão?
Começou assim a ajudar os seus clientes a identificar, avaliar e responder aos seus pensamentos irrealistas e mal-adaptativos.
Um dos trabalhos que fazemos com as pessoas é tornar os seus pensamentos internos mais conscientes. Às vezes pedimos às
pessoas para registarem esses pensamentos. Pensamentos como, por exemplo, “não sirvo para nada” ou “não sou capaz” geram
emoções negativas. Ajudamos também a pessoa a identificar os erros cognitivos.
Ao fazê-lo, os clientes rapidamente melhoravam - trabalhando a componente disfuncional ou irrealista, os clientes com depressão
começavam a melhorar o seu estado afetivo.
Beck começou então a ensinar os psiquiatras residentes da Universidade da Pensilvânia a usar esta forma de tratamento. E estes,
por sua vez, também viram os seus clientes a melhorar.
Em 1977, Beck estudou a eficácia da terapia cognitiva comparando-a com a eficácia da terapia farmacológica, num estudo com
doentes deprimidos. Conclui que a terapia verbal era tão eficaz como a terapia farmacológica (imipramina). Ao passo que a terapia
farmacológica leva a um exponencial melhoramento de curto prazo, a terapia cognitiva faz com que os ganhos sejam de longo prazo,
isto é, que o melhoramento se mantenha ao longo do tempo. A medicação toma-se, não se trabalha os processos.
Os componentes importantes da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) para a depressão incluem um foco em:
Ajudar os clientes a resolver problemas;
Tornarem-se comportamentalmente ativos;
É fundamental, quando estamos a lidar com pessoas deprimidas, ajudá-los a tornarem-se comportamentalmente
ativos. Se tivermos alguem deprimido que não sai de casa e passa o tempo a dormir, por isso que pedimos para
ela se movimentar, sair de casa, etc, pois isto leva á ativação mental e as emoções serão mais positivas do que
negativas.
Identificar e responder aos seus pensamentos depressivos (pensamentos negativos sobre si, os outros e o mundo).
No final da década de 70, Beck e os seus alunos de pós-doutoramento começaram a estudar a ansiedade e verificaram que era
necessário um foco diferente.
Os clientes com ansiedade precisavam de avaliar melhor o risco das situações temidas, para considerar as fontes internas e
externas e melhorar.
Também precisavam de diminuir o seu evitamento e de confrontar as situações temidas para poderem testar as suas predições
negativas comportamentalmente.
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A partir dessa altura, o modelo cognitivo da ansiedade tem sido refinado para as diferentes perturbações de ansiedade, e tem sido
demonstrada a eficácia da TCC para as perturbações da ansiedade.
Mundialmente continua-se a estudar, teorizar, adaptar e a testar o tratamento para pacientes que sofrem uma lista sem fim de
problemas.
Identificou as cognições negativas distorcidas (pensamentos e crenças) como a característica primária da depressão e
desenvolveu um tratamento breve.
Desenvolveu uma psicoterapia da depressão estruturada, breve, orientada para o presente, direcionada para a resolução de
problemas atuais e modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais.
As cognições estão organizadas em esquemas - organizações cognitivas mais profundas, estáveis e mesmo inconscientes.
A ativação dos esquemas disfuncionais/negativos leva aos erros cognitivos – o psicólogo psicoeduca o cliente para os erros
cognitivos:
1. Inferência arbitrária: formular conclusões na ausência de evidência (ex: “não sirvo para nada”);
2. Abstração seletiva: abstrair um detalhe do seu contexto, ignorando as suas características mais importantes;
3. Sobre-generalização: generalizar as conclusões de diversas situações com base num assunto isolado;
4. Magnificação/minimização: distorção do grau de importância de um acontecimento por sobrevalorização ou
subvalorização;
5. Personalização: atribuição pessoal inapropriada de acontecimentos externos;
6. Pensamento dicotómico: avaliação dos dados da experiência em termos de categorias mutuamente exclusivas (pensamento
tudo ou nada, ou corre daquela maneira ou é uma catástrofe).
O objetivo é o de conduzir à REESTRUTURAÇÃO (vamos a ajudar o cliente a pensar de forma mais lógica e a testar as suas
cognições) dos esquemas cognitivos, corrigindo erros de processamento de informação mediante o TESTE EMPÍRICO
(consiste em colocar a pessoa a analisar as evidências dos seus próprios pensamentos) das cognições disfuncionais do cliente.
Estratégias Cognitivas
Análise da evidência – evidência para cada uma das cognições através de análise lógica e teste de hipóteses. Que evidências
sustentam esta forma de pensar?
Formulação de pontos de vista alternativos (processo de descentração – o cliente assume papel de observador externo) - mediante
a identificação dos erros cognitivos, vai tentar chegas às cognições racionais alternativas.
Estratégias Emocionais
Treinar o cliente na identificação, avaliação, descentração e aceitação de diferentes emoções, fazendo com que seja capaz de
discriminar, qualificando e quantificando, os diferentes sentimentos.
Estratégias Comportamentais
O cliente é instruído a testar ao vivo as novas formas de pensamento, confrontando-se progressivamente com situações mais
delicadas e exigentes.
Uma outra coisa essencial na TCC são os registos de automonitorização, pedimos à pessoa para registar a situação, o PAN, as
emoções, pensamentos racionais alternativos (PRA), emoção e o resultado. Ensinamos a pessoa a identificar estes automatismos e a
racionalizá-los.
6. É educativa, tem como objetivo ensinar o cliente a ser o seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaídas;
9. Ensina o cliente a identificar, avaliar e a responder aos seus pensamentos e crenças disfuncionais;
10. Usa uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e comportamento.
Os clientes,
Do tipo de perturbação.