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Modelos

Comportamentalistas
e Cognitivistas
ANO LETIVO 2020/2021 Marisa Matias
O paradigma do
condicionamento
clássico
Conteúdos
 Conceitos fundamentais
 Estudos empíricos (Watson & Reyner, 1920; Cover Jones,
1924)
 Implicações para Intervenção Psicológica
 Conceção do funcionamento psicológico

 Estratégias de intervenção
 Extinção ou habituação - Exposição direta (imersão ou
implosão);
 Contracondicionamento ou inibição recíproca - Exposição
gradual e mediatizada ou dessensibilização sistemática.
Conceitos fundamentais
do CC
 Estímulo Incondicionado
 Estímulo Condicionado
 Estímulo Neutro
 Resposta Incondicionada
 Resposta Condicionada
 Generalização do Estímulo
 Generalização da Resposta
 Discriminação
 Extinção
Aquisição da resposta
condicionada

Estímulo Neutro Resposta Indefinida

Estímulo Condicionado

Resposta
Estímulo Incondicionada
Incondicionado

Resposta Condicionada

EN- Metrónomo, campaínha R Indefinida - observar, olhar para o lado


EI – Alimento RI – Salivação
EC – Metrónomo, campaínha RC – Salivação
Processos essenciais no CC
Aquisição
• Aumento progressivo na frequência da RC
em função da presença de um EC

Extinção
• Diminuição progressiva do desempenho
quando o EC deixa de ser seguido por EI.

Recuperação espontânea
• Após um periodo de descanso, o
aparecimento do EC (mesmo sem o EI) é
suficiente para reaparecer a RC.
Processos essenciais no CC

Generalização
• Capacidade para reagir a novos estímulos e situações
que revelam semelhanças com situações passadas
(Gradiente de generalização)

Discriminação (Diferenciação)
• Capacidade para distinguir e reagir a pequenas
diferenças entre estímulos
Condicionamento de
respostas emocionais
Condicionamento de
respostas emocionais
 Respostas emocionais como ansiedade ou felicidade que
ocorrem em resposta a uma pista preditiva

 Processo de emparelhamento entre estímulos é idêntico ao


condicionamento que resulta em respostas musculo-
esqueléticas.
 Mais tempo entre o sinal e o EC (2-10 segundos vs 0,5 seg)
 Maior número de associações E-R
Experiência do pequeno Albert
Watson & Rayner (1920)

 Albert – 9 -11 meses


 Vários estímulos: Coelho branco, rato,
macaco, mascaras, jornais a arder.

 Rato branco + som forte e metálico (7


associações)
Resposta emocional
condicionada
 Coelho branco, lã branca…

Generalização
 Não reage a blocos de madeira e
máscara pai natal

Discriminação
Experiência do pequeno Peter
Mary Cover Jones (1924)

 1897-1987
 Mãe da terapia comportamental
 Jones, M. C. (1924). A laboratory
study of fear: The case of Peter.
The Pedagogical Seminary, 31,
308-315
Extinção de uma RC de
medo
 O caso de Peter ilustra como um medo pode ser removido
em condições laboratoriais.
 Peter começou a ser estudado aos 2 anos e 10 meses de
idade.
 Tinha medo de um rato branco, coelho, casaco de peles,
pena, algodão, etc.
 Não temia os blocos de madeira e brinquedos similares.

 A experiência de Mary Cover Jones tinha dois objetivos:


 Verificar se se poderia descondicionar uma resposta de
medo de um animal
 Verificar se o descondicionamento a um estímulo se estende
aos outros estímulos na ausência de treino
Extinção de uma RC de
medo
 Mary Cover Jones decidiu
começar por descondicionar o
medo de Peter face ao coelho
(mais intenso que face ao rato).

Contra-condicionamento:
Sentar o Peter numa cadeira alta e
dar-lhe comer que ele gostava. O
experimentador trazia então o
coelho numa gaiola e
aproximava-o a uma distância
que não provocasse uma reação
que interferisse com o
comportamento de comer.
Extinção de uma RC de medo
A Coelho numa gaiola em qualquer lugar da sala causa reacção de medo
B Coelho a 3,66 metros na gaiola é tolerado
C Coelho a 1,22 metros na gaiola é tolerado
D Coelho a 0,91 metros na gaiola é tolerado
E Coelho perto, dentro da gaiola é tolerado
F Coelho à solta na sala é tolerado
G Coelho pode ser tocado quando o experimentador o segura
H Coelho pode ser tocado quando está solto na sala
I Coelho desafiado por cuspidelas, objectos atirados, imitações
J É tolerado o coelho no tabuleiro da cadeira alta
K Agacha-se ao lado do coelho numa posição não defensiva
L Ajuda o experimentador a pôr o coelho na gaiola
M Segura o coelho ao colo
N Permanece sozinho na sala com o coelho
O Permite que o coelho brinque com ele no recinto
P Acaricia o coelho carinhosamente
Q Deixa o coelho mordiscar os dedos
Graus de tolerância

Nr sessões
Extinção de uma RC de
medo
 Forma inicial do método de dessensibilização
sistemática

 Presença de outras crianças e adultos

 Método detalhado, grau de tolerância avaliado


por juízes (diminuir bias)
Conclusões dos estudos empíricos
de Watson e colaboradores

 Há aprendizagens que não são inatas, mas


aprendidas por condicionamento;

 Os comportamentos disfuncionais ou neuróticos


obedecem também a estes processos de
aprendizagem e condicionamento;

 É possível, através de estratégias análogas


(processos e leis de aprendizagem),
“descondicionar” aprendizagens anteriores.
Conceção de
Funcionamento Psicológico
 Pressuposto do condicionamento clássico: grande
parte dos comportamentos são aprendidos através
de uma cadeia complexa de emparelhamento de
estímulos incondicionados e condicionados;

 Pressuposto do Condicionamento Emocional: as


respostas emocionais “disfuncionais” são
aprendidas e explicadas com base nos mesmos
princípios e leis que regulam o comportamento
“normal”;

 Pressuposto do Contracondicionamento e Extinção:


É possível inverter grande parte das aprendizagens
disfuncionais mediante o recurso ao
contracondicionamento e à extinção.
Implicações Para a
Intervenção Psicológica
Os mesmos processos de condicionamento podem ser
utilizados para produzir mudanças nas respostas disfuncionais,
através de estratégias que provêm de 2 princípios:

 Extinção ou Habituação: consiste na apresentação do EC


na ausência do EI, prevenindo assim a resposta de fuga
ou evitamento - Exposição direta (imersão ou implosão);

 Contracondicionamento ou Inibição Recíproca:


associação entre um estímulo condicionado (EC) e um
estímulo incondicionado (EI) desencadeador de um
resposta antagónica, enfraquecendo a resposta de
condicionamento que é disfuncional - Exposição gradual
e mediatizada (dessensibilização sistemática)
Objetivos da Intervenção
Psicológica
 Diminuição e/ou anulação de reações de medo
e ansiedade

e/ou

 Diminuição e/ou anulação de comportamentos


de fuga e evitamento
Exposição direta
Se tens medo de aranhas, o melhor é fechares-te num
quarto com uma aranha até deixares de ter medo.

Se tens medo de alturas, o melhor é saltares de


para-quedas.
Estratégias de
Exposição Direta
 Baseadas no modelo de extinção advogam a
exposição direta e prolongada aos estímulos
condicionados geradores das respostas
emocionais mais intensas impedindo qualquer
resposta de evitamento

“Exposição repetida e prolongada, em realidade ou em


fantasia, a estímulos objetivamente inofensivos, mas temidos,
com o objetivo de reduzir as emoções negativas” (Boudewyns
& Shipley, 1983)

Imersão (flooding) Implosão (implosion)


Estratégias de Exposição Direta

 Imersão (prevenção de  Implosão (Stampfl & Levis,


resposta) (Baum, 1966): 1967): exposição a ou
exposição a ou confronto confronto com situações
com situações que vividas ou hipotéticas,
provocam ansiedade real podendo incluir-se temas
(cenas sintomáticas), na psicodinâmicos; é induzido
ausência de resposta aumento de ansiedade.
inibidora ou antagónica;
não se procura exacerbar
a ansiedade.

Partilham construção de cenas Na implosão são usadas cenas


e exposição direta imaginarias e psicodinâmicas e na
imersão usam-se estímulos reais.
Variantes: exposição direta ao
vivo; exposição direta em Na imersão não se procura aumentar
grupo. a ansiedade ou mantê-la no nível mais
elevado possível
Estratégias de Exposição Direta
 Modelo de 2 fatores: condicionamento clássico e
operante;

 Modelo de resposta competitiva: prevenção de ansiedade


origina nova resposta que compete com o evitamento;

 Modelo de Relaxamento: pessoa aprende a relaxar-se.

Ingredientes das técnicas de exposição direta


 Exposição repetida
 Ao estimulo mais intenso
 Prevenindo simultaneamente qualquer resposta de fuga ou
evitamento
Estratégias de Exposição Direta
Imersão – tipos e papel do terapeuta

 Confronto com a situação concreta (física ou social):


controlo efetivo do meio e/ou estruturação da duração,
intensidade e frequência do confronto;

 Confronto mediado pelas instruções do terapeuta:


instruções e incentivos que permitam auto-controlo
noutras situações;

 Confronto inevitável, sem escapatória: controlo do


agravamento eventual do comportamento e prevenção
de novas reações.
Estratégias de Exposição Direta

Imersão
 A imersão tornou-se popular nos anos 70 e foi usada com
sucesso no tratamento de:
Neurose obsessivo-compulsiva, fobias, perturbação de stress
pós-traumático, depressão com agitação, queixas
somáticas, isolamento social em crianças…

 Trata-se de uma das mais desagradáveis técnicas mas a


eficácia recomenda-a.
Estratégias de Exposição Direta

Imersão – exemplo acrofobia


 Num edifício alto, subir a um dos últimos andares, colocar-
se na varanda e olhar para baixo durante x minutos;

 Pensar que outras pessoas fazem o mesmo com frequência


e que nunca lhes aconteceu nada de mal. Ter presente esse
facto em situações futuras;

 Tornar inevitável que a pessoa seja responsabilizada pelo


desempenho de uma tarefa que exija que se debruce um
pouco na varanda (e.g. pendure roupa, verifique se
consegue visualizar um carro estacionado, …); deve-se
garantir que a ansiedade não aumenta.
Implosão
Estratégias de Exposição Direta

Implosão

 Construção de hierarquias de estímulos ligadas à experiência


de vida ou não;
 Apresentação oral, pela parte do terapeuta, das cenas
hierarquizadas, tentando maximizar a ansiedade;
 Quando cenas já não induzem ansiedade, terapeuta
introduz uma sequência hipotética para “margem de
segurança”. (funcionar como vacina)
Estratégias de Exposição Direta

Implosão (exemplo acrofobia, Joyce-Moniz, 2005)

 A pessoa coloca-se no parapeito de uma janela de um


arranha-céus;
 Deixa-se cair no espaço, numa escuridão completa;
 O vento e o frio comprimem o corpo, enquanto cai;
 Quando chega ao solo, ouve e sente os seus ossos a partirem-
se.
Estratégias de Exposição Direta
(avaliação)
Implosão
 Estratégia pouco eficaz, sobretudo quando comparada com
dessensibilização sistemática;
 Alguns clientes chegam mesmo a piorar quando expostos a situações,
reais ou não, produtoras de ansiedade;
 Contestado recurso a temas dinâmicos.

Imersão e Implosão
 Relativo êxito no tratamento da ansiedade, fobias e obsessão
compulsiva;
 Exposições prolongadas e ao vivo ou mistas (imaginadas e ao vivo)
são as mais eficazes;
 Tem resultados imediatos mas não generalizadas ou prolongados;
Exposição gradual e
mediatizada
Exposição Gradual/Mediatizada ou
Dessensibilização Sistemática/Progressiva
(Wolpe)
O treino de relaxamento e a dessensibilização sistemática constituem a
espinha dorsal das terapias comportamentais.

 É uma estratégia de intervenção desenvolvida


por Joseph Wolpe (a partir de 1958) e tem por
objetivo principal o alívio da ansiedade mal
adaptativa.
 A estratégia consiste em emparelhar o
relaxamento com situações em que o cliente
indicou sentir ansiedade.
 Ao ser capaz de imaginar as cenas ansiógenas
mantendo-se relaxado, assume-se que o
enfrentar das situações reais acarretará menos
desconforto.
Exposição Gradual/Mediatizada ou
Dessensibilização Sistemática/Progressiva
(Wolpe)
Segue o paradigma de contra-condicionamento que usa o
relaxamento como uma resposta antagonista da ansiedade e o uso de
situações imaginadas em vez de exposição in vivo a situações e
objetos temidos -> essência da dessensibilização sistemática

a) Treino de relaxamento muscular de Jacobson;

b) Construção das hierarquias de estímulos ansiógenos;

c) Apresentação imaginada da hierarquia emparelhada com


a resposta de relaxamento.
Exposição Gradual/Mediatizada ou
Dessensibilização Sistemática/Progressiva
Explicações
 Inibição recíproca

 Extinção

 Habituação

 Coping

 Explicações cognitivas
Relaxamento Muscular
 O treino de relaxamento de Jacobson exigia mais ou
menos 50 sessões de treino.

 Nos anos 50, Joseph Wolpe adaptou o treino de


relaxamento progressivo de Jacobson de forma a que
este pudesse ser aprendido em 6 a 10 semanas.

 O Cliente deve ser encorajado a praticar a


imaginação de uma cena agradável e relaxante (slide
de paz).
Relaxamento Muscular
Procedimento do Relaxamento Muscular:

a) Condições prévias;

b) Apresentação do racional teórico;

c) Sequência dos grupos musculares.


Relaxamento Muscular
Condições prévias

 Contexto silencioso e agradável;

 o cliente confortável (sentado na cadeira com os


braços apoiados ou deitado com os braços
estendidos ao longo do corpo, pernas descruzadas;
não ter peças de vestuário que apertem; tirar
óculos, lentes, relógio, sapatos; olhos fechados);

 o(a) psicólogo(a) deve usar um tom de voz calmo,


de média intensidade, seguro para que o cliente se
sinta confiante; antes do relaxamento, deve
perguntar ao cliente se têm algum problema físico
Relaxamento Muscular
Apresentação do racional teórico

 Comunicar ao cliente as razões do seu


desconforto (tensão muscular), evidenciando que
a importância, ao longo do processo, da distinção
entre contração dos grupos musculares e o seu
relaxamento.

 Metáfora do pêndulo.
Ao criar tensão aprendemos a reconhecer
esse estado e a relaxar os músculos envolvidos ao
mesmo tempo que apreciamos a diferença entre
o estado relaxado e o estado contraído.
Relaxamento Muscular
Sequência dos grupos musculares

 Começa o relaxamento convidando o


cliente a inspirar o mais profundamente
possível e a expirar lentamente para notar a
diferença entre um movimento respiratório e
outro. Depois deve-se iniciar as sequências
dos 16 grupos musculares, iniciando sempre
pelo braço dominante:
Relaxamento Muscular
Sequência dos grupos musculares
 sempre pelo braço dominante:
1. mão e braço dominante,
2. bíceps dominante
3. mão e braço não dominante
4. bíceps não dominante,
5. testa,
6. parte média da cara e do nariz,
7. parte inferior da cara e queixo,
8. pescoço e garganta;
9. Peito, ombros e parte superior das costas
10. Abdómen
11. Coxa dominante,
12. Barriga da perna dominante
13. Pé dominante,
14. Coxa não dominante,
15. Barriga da perna dominante,
16. Pé não dominante;
Relaxamento Muscular
Sequência dos grupos musculares

Conclusão

 No final, deve-se avaliar com o cliente a experiência e


recomendar a prática do exercício fora do contexto da
consulta, para dominar a técnica e tirar os devidos benefícios.
 Redução progressiva até que se consiga relaxamento apenas
com “Relaxe…”
Relaxamento - Resultados
de estudos empíricos
 O relaxamento muscular progressivo foi considerado eficaz nas
seguintes situações:

 Ansiedade e problemas relacionados com o stress --- Borkovec, Grayson e Cooper (1978,
exp. 2)
 Reação a tratamento dental --- Miller, Murphy e Miller (1978)
 Hipertensão --- Brauer, Horlick, Nelson, Farquhar e Agras (1979)
 Dor aguda e crónica
 Asma e efeitos secundários da quimioterapia
 Desconforto pós-parto e pós-cirúrgico
 Dores de cabeça e doença de Raynaud
 Insónia, explosões temperamentais, pesadelos, agorafobia, medo de falar em público
 O estado de relaxamento persiste após a indução --- Agras, Southam e Taylor (1983)
 Expectativas do cliente podem ter um efeito considerável no uso do relaxamento ---
Agras, Horne e Taylor (1982)
Relaxamento - Resultados
de estudos empíricos
Alguns estudos demonstraram que o relaxamento ao vivo
era mais eficaz que o relaxamento gravado.

 O relaxamento ao vivo permite ajustar procedimentos


 A atenção pessoal, uma relação interpessoal
agradável, apoio e sugestão do terapeuta podem
contribuir para a vantagem do relaxamento ao vivo.
 O relaxamento gravado pode ser utilizado como
auxiliar do relaxamento ao vivo, nomeadamente na
prática em casa.
Construção de hierarquias
fóbicas
 Recolha de informação da história clínica

 Exploração do problema

 Tipo de hierarquias: Temáticas, espaciais, temporais ou


mistas

 Processo de construção: Escala de unidades subjetivas de


desconforto (USD): 100 (cena mais ansiógena) a 0 (cena
neutra).
 Cabe ao cliente a escolha das cenas, podendo o/a
psicólogo/a auxiliar a sua definição final.
 Em média o cliente deve arranjar 10-15 cenas para a
hierarquia.
Construção das hierarquias de estímulos ansiógenos
Nota USD Item/cena

5 Almoçar em casa

10 Almoçar em casa com um velho amigo

15 Tomar o pequeno-almoço num café conhecido, sábado de manhã.

25 Tomar o pequeno-almoço na cantina da universidade.

30 Almoçar na cantina

35 Jantar em casa de um amigo íntimo

40 Jantar sozinho num restaurante conhecido

45 Jantar na cantina sozinho.

50 Jantar na cantina com os colegas.

60 Jantar sozinho num restaurante pouco conhecido.

70 Jantar fora com os pais

80 Tomar o pequeno-almoço fora com uma rapariga

85 Jantar fora com uma rapariga

95 Jantar em casa da namorada, estando a família dela presente.


Construção das hierarquias de estímulos ansiógenos
Nota USD Item/cena
[Está em sua casa, a] quatro dias antes do exame

Três dias antes do exame

Dois dias antes do exame

Um dia antes do exame

A noite antes do exame

O enunciado do exame está à sua frente

Enquanto aguarda a distribuição do exame

Antes do exame, frente à porta fechada da sala de exames

No processo de responder a um exame

A caminho da faculdade no dia do exame


Apresentação Emparelhada do
relaxamento com a hierarquia

1. Indução do relaxamento;
2. Introdução da cena neutra;
3. Apresentação de cada cena ansiógena emparelhada
com o relaxamento: a começar com a menos
ansiógena;
4. Exposição repetida de cada cena;
5. Só se avança para a seguinte se o nível de ansiedade
for nulo;
6. Terminar a sessão com uma cena ultrapassada (não
terminar a sessão com o cliente a assinalar ansiedade) e
iniciar a próxima sessão na mesma
Considerações adicionais DS

 Duração de uma sessão:


- 20 a 30 minutos
- Implica esforço e concentração do cliente
 Múltiplas fobias:
- Obter hierarquias para cada e tratar em
paralelo, não sequencialmente
 Contacto com estímulos fóbicos na vida real:
- Promover esse contacto.
- Mas, nunca expor a itens que ainda não foram
dessensibilizados.
Considerações adicionais DS

Variantes da Dessensibilização sistemática:


 “in vivo”;
 em grupo.

Avaliação da Dessensibilização sistemática:


 Eficaz em situações de ansiedade e fobias irracionais;
 Controvérsia acerca dos processos que explicam a
sua eficácia, nomeadamente à relevância dada ao
relaxamento muscular.
Considerações adicionais DS

Problemas a que tem  Medo do dentista


sido aplicada  Medo de voar
 Acrofobia
 Medo de insetos
 Agorafobia
 Medo de água
 Alcoolismo
 Pesadelos
 Náusea
antecipatória e  Ira racial
vómito associado  Perturbações
a quimioterapia sexuais
 Asma  Medo de falar em
 Ansiedade nas
público
“saídas de  Gaguez
namoro” (Dating
anxiety)  Ansiedade aos
exames
Extinção da RC de medo
Estudos comparativos
Terapia Cognitivo- Relaxamento Fármaco - Imipramina
Comportamental
Percentage of patients panic Percentage of patients
free reaching end state function
100 90
90
80
80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10
10
0
0
3M 6M 15 M 3M 6M 15 M

 Clark et al. (1994). A comparison of cognitive therapy, applied relaxation and


Imipramine in the treatment of panic disorder. The British Journal of Psychiatry, 164, 759-
769. DOI: 10.1192/bjp.164.6.759 ·
Extinção da RC de medo
Estudos comparativos

Percentage of patients who relapsed and required


further treatment
45
40
35
30
25 Cognitive Therapy
20 Applied relaxation
15 Imipramine
10
5
0

6-15M
Bibliografia

 Jones, M. C. (1924). A laboratory study of fear: The case of


Peter. The Pedagogical Seminary, 31, 308-315
 Watson, J. & Rayner, R. (1920). Conditioned emotional
reactions. Journal of Experimental Psychology, 3 (1), 1-14.
http://psychclassics.yorku.ca/Watson/emotion.htm

 Joyce-Moniz, L. (2005). A modificação do


comportamento. Teoria e prática da psicoterapia e
psicopedagoia comportamentais. Livros Horizonte: Lisboa.
 Gonçalves, Ó. (1990). Terapia comportamental: Modelos
teóricos e manuais terapêuticos. Jornal de Psicologia:
Braga.

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