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Novo Trabalho de psicologia de aprendizagem

Aprendizagem comportamental

DAVIDOFF (2001:98)

Por aprendizagem comportamental os psicólogos entendem uma mudança comportamental


relativamente duradoura, ensejada pela experiência. Em funcao do que lhe ocorre, os
aprendizes adquirem novas associacoes, informacoes, insights, habilidades, hábitos e afinas.

O impacto da experiencia sobre o comportamento é um tópico tão importante, que quase


todos os psicólogos estão envolvidos, de uma forma ou outra, na tentativa de entendê-lo. Este
tipo de aprendizagem é o elemento central de todos os animais passam grande parte do tempo
aprendendo. Quanto mais complexo o animal, mais expressivamente a aprendizagem
contribui para sua modelagem. Da mesma forma, quanto mais complicada a resposta, maior a
prospensao de a aprendizagem ter influenciado sua natureza. Entrentanto, mesmo os animais
primitivos aprendem até certo grau; e a aprendizagem influencia até mesmo as respostas mais
simples.

Condicionamento respondente

DAVIDOFF (2001:100-101)

Todos os animais são munidos, por sua herança genética, de respostas automáticas, as quais
chamamos de respondente. O que é um respondente? O que significa condicionar um
respondente?

Respondentes

DAVIDOFF (2001:101)

Respondentes são atos desencadeados por eventos que imediatamente os precedem. O evento
desencadeador é conhecido como estimulo eliciador. Quando um alimento pára na garganta,
faz-se um esforço para vomitar. O estampido de um rifle produz um reflexo de
estremecimento. A luz forte faz as pupilas dos olhos contraírem-se. O pedaço de alimento, o
tiro e a luz são estímulos eliciadores. O esforço para vomitar, o estremecimento e a
contratacao das pupilas são todos respondentes.
Os respondentes incluem os reflexos da musculatura esquelética (estremecer, retirar a mão do
forno quente), as reacoes emocionais imediatas (raiva, sistema nervoso autónomo (enjôo,
salivacao). Todos os respondentes apresentam as seguintes características.

Concidionamento Respondente

Um respondente pode ser transferido de uma situacao para outra por um procedimento
chamado condicionamento respondente ou classico. O estremecimento, uma resposta
comumente dada ao ribombo de um trovão, é facilmente transferido para a visão que em geral
precede o trovão – o relâmpago. A sensacao de enjoo, outro respondente, é facilmente
transferida de uma experiencia de intoxicacao alimentar ou de uma virose para alguma
experiencia paralela – digamos, a visão de um prato de salada de caranguejo. Quando dizemos
“transferido”, queremos dizer que um novo estimulo adquire a capacidade de evocar o
respondente. O antigo estimulo eliciador permanece eficaz.

Como ocorrem tais “transferências”? Quatro elementos (com cinco nomes) estão envolvidos.

1. O esttimulo incondicionado (Ei) é um estimulo eliciador que produz um respondente


automaticamente. O alimento dentro da boca é um estimulo incondicionado para a
salivacao.
2. A resposta incondicionada (RI) é o respondete produzido automaticamente pelo
estimulo incondicionado. O alimento dentro da boca produz salivacao.
3. Um estimulo neutro (EN) é qualquer evento, objecto ou experiencia que não elicia a
resposta incondicionada até que o condicionamento seja iniciado. O estimulo neutro
tem de ser emparelhado ao estimulo incondicionado para que ocorra o
condicionamento. Imaginemos que o soar de uma campainha ocorra diariamente ao
meio-dia, segundos antes de você almoçar. O barulho é um estimulo neutro por que
não evoca inicialmente.
4. Depois que o estimulo neutro é associado ao estimulo incondicionado (ocasionalmente
uma vez, geralmente muitas vezes), ele desencadeia uma reaccao similar à resposta
incondicionada, que é chamada de resposta condicionada (RC). A resposta
condicionada é menos intensa e menos completa do que a resposta incondicionada. Se
todos os dias a campainha precede rigirosamente o almoço, ela própria, ao soar,
passará a estimular uma pequena quantidade de salivacao. Assim que o estimulo
neutro tiver começado a produzir a resposta condicionada, seu nome muda para
estimulo condicionado (EC).
DAVIDOFF (2001:102-104)

História do Condicionamento Respondente

Atribui-se a Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936), eminente fisiologista russo, a descoberta do


condicionamento respondente, frequentemente chamado de condicionamento pavloviano.
Pavlov já era um cientista conhecido e já havia ganho o Prêmio Nobel quando iniciou sua
pesquisa sobre condicionamento.

No decurso de seu estado da fisiologia das secrecoes digestivas em cães, Pavlov notou que os
animais salivam diante de outros estímulos além de alimento. Salivavam quando viam a
pessoa que os alimentava e quando ouviam os passos dessa pessoa, por exemplo. No
principio, essas inexplicáveis salivacoes eram inoportunas; mas, progressivamente, foram
chamado a atencao de Pavlov. Posteriormente, ele e seus colegas estabeleceram uma versão
simplificada da situacao que produzira as peculiares salivacoes.

Pavlov tomou medidas excepcionais para fatores irrelevantes. Em suas palavras (1927, pp. 20-
21), “Para eliminar factores construído no Instituto de Medicina Experimental, em
Petrogrado. O prédio foi circundado por uma trincheira isoladora e cada sala de pesquisa foi
dividida, com material à prova de som, em dois compartimentos: um para o animal e o outro
para o experimentado”.

Antes de iniciar os estudos, Pavlov e seus colegas realizam uma pequena cirurgia em cada
cão. Faziam uma pequena incisão, geralmente na face do animal, para que o ducto salivar
pudesse ser transformado para a parte externa. Depois, um funil de vidro era ajustado à
abertura para que a saliva pudesse ser coletada e medida.

Durante uma sessão de condicionamento típica, os cães ficavam em uma bancada, presos por
confortáveis arreios. Depois que os animais acostumavam-se à situacao e relaxavam, suas
reaccoes salivares a uma mistura de biscoito com carne na boca (estimulo incondicionado) e a
um estimulo neutro (geralmente um som) eram medidas. Os animais salivavam
consideravelmente quando recebiam alimento e muito pouco quando confrontados com um
som – digamos, de uma campainha eletrica.

Neste ponto, os testes de condicionamento eram iniciados. A campainha soava e – em geral,


simultaneamente ou lguns segundos depois- um prato de alimento era dado ao cão.
Aproximadamente 50 dessas combinacoes ocorriam no decurso de varias semanas. Com a
mesma frequência, nas sessões-teste, o alimento não era ofeecido e a campainha soava para
ver se o animal salivava. Mais tarde, os cães da campainha. Evidentemente, salivacoes
inesperadas surgiram de associacoes acidentais entre alimento e alimentador.

Por que tanto esterdalhaco com esse tipo de aprendizagem associativa? Pavlov acreditava
estar estudando as leis da mente. Segundo ele, os reflexos inatos são apenas uma pequena
fracao de todo o comportamento. Embora a reaccao a um incêndio seja certamente inata,
repostas a palavras como “quente” ou ºfogoº precisavam ser aprendidas. Pavlov achava que
estas e outas associacoes mentais eram feitas em moldes bastante semelhantes às salivacoes
acidentais. Alem disso, especulava ele, as associacoes entre estímulos neutros e estímulos
incondicionados modificavam fundamentalmente o sistema nervoso, de modo que o estimulo
neuto pudesse excitar a mesma região que havia sido previamente despertada pelo estimulo
incondicionado. Pavlov esperava poder explicar todo o conhecimento e accao humanas por
meio deste modelo.

O desencolvimento da personalidade

HALL (2000:401)

Skinner tratou principalmente da mudança comportamental, da aprendizagem e da modificao


do comportamento; consequentemente, podemos dizer que sua teoria é muito relevante para o
desenvolvimento da personalidade. Como muitos outros téoricos, ele acreditava que o
entendimento da personalidade viria de um exame do desenvolcimento comportamental do
organismo humano em contínua interacao com o ambiente. Consistentemente, essa interacao
tem sido o foco de um grande numero de estudos experimentais cuidadosamente realizados.
Um conceito-chave no sistema de Skinner é o principio do reforço; na verdade, a posicao de
Skinner muitas vezes é rotulada como teoria do reforço operante.

HALL (2000:401)

Condicionamento clássico

Reforçar um comportamento é simplesmente executar uma manipulação que muda a


probabilidade de ocorrência daquele comportamento no futuro. O achado de que certas
operações mudam a probabilidade de ocorrência de respostas de uma maneira legítima é
creditado principalmente a dois líderes pioneiros no estudo da modificação comportamental, I.
P. Pavlov e E. L. Thorndike. Pavlov descobriu o princípio do reforço conforme se aplica ao
condicionamento clássico. Ele pode ser ilustrado com um exemplo famoso. Suponha que em
várias ocasiões soa uma campainha na presença de um cão faminto, e suponha também que,
em cada uma dessas ocasiões, o som da campainha é imediatamente seguido pela
apresentacao de carne ao cão. O que observaremos? Em cada apresentacao da combinacao
campainha-carne, o cão saliva. Mas a principio o cão so saliva quando a carne é apresentad e
não antes. Entretanto, a salivacao mais tarde começa a ocorrer assim que a campainha soa,
antes da apresentacao da carne. Nesse estágio, a resposta salivar esta condicionada ao som da
campainha, e descobrimos que a apresentacao da carne imediatamente apos o som da
campainha é a operacao critica responsável pelo condicionamento. Assim, a apresentacao da
carne é uma operacao reforçada. Ela aumenta a probabilidade de a resposta salivar ocorrer
quando soar uma campainha em uma ocasião posterior. Alem disso, uma vez que sua
apresentacao aumenta as chances de salivacao, ela é classificada como reforço positivo.

Seguindo o desenvolvimento de uma sólida resposta condicionada, um esperimentador


poderia querer o que acontece quando o estimulo condicionado é consistentemente
apresentado sem ser seguido pelo estimulo reforçador. No exemplo anterior, a campainha
soaria, mas não seria acompanhado por nenhuma carne. O que acontece então é que a
resposta condicionada se estingue; isto é, sua frequência de ocorrência e sua magnitude
declinam com o sucessivo soar da campainha, até nenhuma salivacao ser provocada pela
campainha. A resposta condicionada se extingue entao conmpletamente. Extincao é a
diminuacao de resposta que ocorre quando o reforço que se segue à mesma deixa de ocorrer.

Uma característica do condicionamento classico é o facto de podermos localizar facilmente


um estimulo identificável que estimula a resposta mesmo antes de o condicionamento
começar. Por exemplo, no caso recém-criado, o estimulo oferecido pela carne a salivacao.
Conforme observamos, Skinner chamou essa resposta de respondente para enfatizar o grande
papel eliciador desempenhado pelo estimulo precedente. Uma outra característica dessa
situacao é que o reforço é manipulado em associacao temporal com o estimulo ao qual a
resposta está sendo condicionada. Enquanto a resposta, se houver, vem mais tarde. O
condicionamento é mais efectivo quando o reforço se segue ao estímulo condicionado,
independentemente de a resposta ter ocorrido ou não.

Skinner aceitava a existência do condicionamento clássico e sua dependência do principio do


reforço, mas ele estava menos preocupado com isso do que com um outro tipo de reforço. O
outro tipo de aprendizagem, que foi investigado sistematicamente primeiro por Thorndike,
chama-se condicionamento instrumental ou operante.

HALL (2000:402)

Condicionamento Operante
Bibliografia

HALL Calvin S., LINDZEY, Gardner., CAMPBELL, John B. Teorias da Personalidade. 4a


Edicao. Artmed editora, 2000.

DAVIDOFF, Linda L. Introducao à Psicologia: Terceira Edicao. São Paulo: Pearson Makron
Books, 2001.

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