Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SELETIVO
Beatriz Lima – 21944
Bruno Barduco – 21662
Juliana Presotto – 21665
Lucas Moreira – 21781
Mariana Felix – 21717
“
“ Quero falar, mãe, mas não consigo.
Tenho uma teia de aranha na minha garganta que
não me deixa falar.”
Junior.
● 1877 - Primeira menção do termo pelo médico Adolf Kussmaul, que definia a afasia
voluntária em que a criança não falava em determinadas situações, por vontade própria
● 1934 - Moritz Tramer, psiquiatra suiço, compôs o termo mutismo eletivo, com a ideia de
que a criança elegia o momento de ficar quieta
● 2002 - contido no DSM-IV, o termo eletivo foi substituído por seletivo, por justificar a má
compreensão de que a criança, voluntariamente, escolhia não falar. Nessa
classificação, o mutismo seletivo passa a ser conhecido como um transtorno de
ansiedade e de fobia social.
● O insucesso persistente em falar em situações sociais específicas (por ex., escola, com
colegas de brincadeiras) onde seria esperado que falasse, apesar de falar em outras
situações;
● Retardos
● Transtornos da comunicação
Prevalência e consequências do avanço do
transtorno
● Segundo tanto o DSM-5 quanto o CID 10, o mutismo seletivo é um transtorno raro e
ocorre em menos de 1% dos indivíduos. Enquanto o CID apenas se atém a essas
informações o DSM trás algo mais pormenorizado, vejamos :
“O mutismo seletivo é um transtorno relativamente raro e não foi incluído como categoria
diagnóstica em estudos epidemiológicos de prevalência dos transtornos na infância.
Prevalências pontuais usando várias amostras em clínicas ou escolas variam entre 0,03 e
1%, dependendo do contexto (p. ex., clínica vs. escola vs. população em geral) e da idade
dos indivíduos na amostra. A prevalência do transtorno não parece variar por sexo ou
raça/etnia. Manifesta-se com maior frequência em crianças menores do que em
adolescentes e adultos.”
Consequências do avanço do transtorno
● Os indivíduos que sofrem de mutismo seletivo sofrem geralmente de comorbidades
como ansiedade, depressão entre outros, e tanto o mutismo quanto as comorbidades
que o orbitam têm uma tendência a piorar caso não tratados.
● Outra importante vertente sobre o mutismo seletivo é que muitas vezes ele é
confundido com uma timidez extrema e considerado normal, até porque quase
que em absoluto ele ocorre em idades mais tenras, até por volta dos 5 anos. Isso
faz com que os pais não procurem o tratamento adequado e ou tratem de
maneira equivocada ou ignorem a situação, o que nos devolve ao parágrafo
anterior.
● Alguns profissionais alegam que o mutismo seletivo não tem cura, mas o tratamento
adequado pode trazer melhora significativa da qualidade de vida do indivíduo. De outra
sorte, o entendimento consolidado no CID-10 é o de que:
“... Embora a perturbação em geral dure apenas alguns meses, às vezes ela pode
persistir até por vários anos.”
Mas, durando meses ou anos o prejuízo do transtorno subestimado pode ser bastante
relevante.
● Os prejuízos sociais podem aumentar com o tempo, a criança pode se isolar e até de
fato desenvolver mecanismos de defesa de timidez que NÃO são sinônimos. Uma
criança com mutismo seletivo interage com as demais pessoas, ela apenas nao fala, o
não tratamento pode levar a essa não interação.
TCC indicada como a terapia mais eficiente: foco não é a FALA, mas a ANSIEDADE
1. COM A CRIANÇA
- encontrar formas de comunicação; desenvolver boa relação;
- psicoeducação: tanto para que entenda seus sentimentos (diminui a ansiedade),
quanto compreenda o transtorno e possibilidades (conf. idade)
- Técnicas possíveis:
- relaxamento
- dessensibilização sistemática, exposição gradual
- treino de HHSS
- psicoterapia corporal e também terapia com auxílio de animais
2. COM OS PAIS
- Psicoeducação sobre o MS – ainda é um transtorno muito desconhecido;
- TREINO DE PAIS – busca-se atuar não apenas no presente, mas também
preventivamente para que o desenvolvimento de problemas psíquicos das crianças seja
abrandado durante seu desenvolvimento. Consegue-se, assim, tornar o ambiente familiar
mais harmônico e saudável;
- Manter uma rotina estruturada e estar com a criança em ambientes que lhe sejam
seguros. Ex.: receber amigos em casa (antes de ir visitá-los); realizar atendimentos
psicológicos e escolares em domicílio; ...
3. COM A ESCOLA
- desenvolver um meio de comunicação eficaz, que diminua a sensação de ansiedade e
construa espaços de segurança. Por ex.: institua cartões coloridos para pedidos
importantes como “ir ao banheiro”, “ir beber água”;
- nunca obrigar a criança a falar como parte de uma tarefa, por ex, fazer uma apresentação
escolar (mas pode “ajudar” em outras);
- promover práticas pedagógico-didáticas específicas (inclusive avaliações) que levem em
conta as dificuldades de verbalização da criança. Por ex.: devem aceitar vídeos produzidos
em casa, como parte da avaliação de aprendizagem;
- permitir que os pais entrem com os filhos no espaço escolar, antes do início das aulas, e
incentivar ampliação da rede de contatos;
- acolher os pais, sua angústias e inquietações.
4. SOCIALMENTE (em outros ambientes, onde a criança não fale)
PEIXOTO, Ana Cláudia de Azevedo; CAROLI, Andréa Lúcia Guimarães; MARIAMA, Silvia
Regina. Mutismo seletivo: estudo de caso com tratamento interdisciplinar. Revista Brasileira de
Terapia Cognitiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, jan./jun. 2017. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872017000100003, acesso
em 02 nov., 2020.
https://www.youtube.com/watch?v=JlZOCao39mc
http://mutismoseletivobrasil.com.br/
https://ogatonaocomeuminhalingua.com.br/
Filmes