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Psicopatologia

do Adulto
1
Profa. Ms. Juliana Leonel
juleonel@ig.com.br
@profa.julianaleonel
Transtornos de
Ansiedade,
2 Obsessivo-
compulsivo e
Relacionados a
Traumas e a
Estressores
TRANSTORNOS
DE ANSIEDADE
3

Profa. Ms. Juliana Leonel


juleonel@ig.com.br
@profa.julianaleonel
Contribuição: Profa. Cindy Morão
4
Transtorno de Ansiedade
Transtorno de Ansiedade
Generalizada

▪ São caracterizados por ▪ Transtorno de ansiedade

medo e ansiedade caracterizado por


excessivos e distúrbios ansiedade e preocupação
relacionados no que não estão associadas
comportamento com um determinado
objeto, situação ou evento,
mas parecem ser um
aspecto constante da vida
diária de uma pessoa
5
Agorafobia
▪ Agorafobia – ansiedade intensa desencadeada pela

exposição real ou antecipada a situações nas quais as


pessoas podem ser incapazes de obter ajuda caso se
tornem incapacitada

6
Ansiedade
▪ Resposta global e orientada ao futuro, envolvendo

tanto componentes cognitivos como emocionais, na


qual um individuo fica excessivamente apreensivo,
tenso e inquieto sobre a perspectiva de algum
acontecimento terrível.

▪ Ansiedade é a antecipação de ameaça futura.

7
Medo
Resposta emocional a uma ameaça iminente real ou
imaginada

Excitabilidade autonômica aumentada, necessária para luta


ou fuga, pensamentos de perigo imediato e comportamentos
de fuga

8
Fobia
▪ Fobia – medo irracional associado com determinado

objeto ou situação

▪ Fobia especifica – medo irracional e persistente de

determinado objeto, atividade ou situação

9
Pânico
▪ Transtorno do pânico – transtorno de ansiedade no qual um

individuo tem ataques de pânico repetidos ou tem constante


apreensão e preocupação sobre a possibilidade de ataques
recorrentes

▪ Ataque de pânico – período de intenso medo e desconforto físico

acompanhado pelo sentimento de estar sendo oprimido e prestes


a perder o controle.

10
Prevalência
▪ Dos transtornos psíquicos é o 2º mais prevalente

(1° uso de substâncias)

▪ Ao longo da vida 28,8%

▪ Global em 1 ano – 18,1 %

▪ 23% dos casos são graves

▪ Incidência mais alta entre 30 e 44 anos

11
Raça: negros não
Sexo: mulheres tem
hispânicos tem 20%
60% mais
menos probabilidade
probabilidade do que
e hispânicos 30%
os homens
menos probabilidade

Prevalência

12
13
DSM-V

Transtorno de
Ansiedade de Transtorno de
Separação Mutismo Seletivo Fobia Especifica Ansiedade Social –
Fobia Social
TAS

Transtorno de Transtorno de
Ansiedade Ansiedade
Transtorno de Agorafobia Generalizada induzido por
Pânico
subatância/medica
TAG mento

Transtorno de
Outro Transtorno Transtorno de
Ansiedade devido
de Ansiedade Ansiedade não
a outra condição
especificado especificado
médica

14
Transtorno de Ansiedade
de Separação - TAS
A. Medo ou ansiedadeimpróprios e excessivos ao estágio de
desenvolvimento, envolvendo separação daqueles com quem o individuo
tem apego, evidenciadas por 3 ou + sintomas:

1. Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de


afastamento de casa ou de figuras importantes de apego.

2. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de


perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como doença,
ferimentos, desastres ou morte.

3. Preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à


separação de uma figura importante de apego (p. ex., perder-se, ser
sequestrado, sofrer um acidente, ficar doente).
15
4. Relutância persistente ou recusa a sair, afastar-se de casa, ir para a
escola, o trabalho ou a qualquer outro lugar, em virtude do medo da
separação.

5. Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou sem


as figuras importantes de apego em casa ou em outros contextos.

6. Relutância ou recusa persistente em dormir longe de casa ou dormir


sem estar próximo a uma figura importante de apego.

7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação.

8. Repetidas queixas de sintomas somáticos (p. ex., cefaleias, dores


abdominais, náusea ou vômitos) quando a separação de figuras
importantes de apego ocorre ou é prevista.

16
B. O medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente, durando
pelo menos quatro semanas em crianças e adolescentes
e geralmente seis meses ou mais em adultos.

C. A perturbação causa sofrimento clinicamente


significativo ou prejuízo no funcionamento social,
acadêmico, profissional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo.

D. A perturbação não é mais bem explicada por outro


transtorno mental

17
▪ Pode-se desenvolver TAS após ocorrências de desastres

Ex: 13% das crianças após 11 de setembro

▪ Diferenças de temperamentos – algumas crianças tem


reatividade aumentada

▪ A maioria tem remissão de sintomas em até 18 meses

▪ TCC demonstra mais resultados científicos – parece mais

promissora

▪ Estratégias mais bem sucedidas: dessensibilização


sistemática, exposição prolongada, modelagem, técnicas de
relaxamento e estratégias cognitivas para pensar sobre
separação 18
Epidemiologia

Pessoas com esse


diagnóstico – maior
4% das crianças 0,9 a 1,9% dos
risco de outros
tenham o transtorno adultos
transtornos de
ansiedade e humor

19
Perspectivas

▪ Crianças e adolescentes relatam mais sofrimento


interior

▪ Pais relatam mais prejuízos funcionais

A perspectiva do cuidador é tão importante quanto


do paciente!
20
Mutismo Seletivo
A. Fracasso persistente para falar em situações sociais específicas nas quais
existe a expectativa para tal (p. ex., na escola), apesar de falar em outras
situações.

B. A perturbação interfere na realização educacional ou profissional ou na


comunicação social.

C. A duração mínima da perturbação é um mês (não limitada ao primeiro mês de


escola).

D. O fracasso para falar não se deve a um desconhecimento ou desconforto com


o idioma exigido pela situação social.

E. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno da comunicação


(p. ex., transtorno da fluência com início na infância) nem ocorre exclusivamente
durante o curso de transtorno do espectro autista, esquizofrenia ou outro
21
transtorno psicótico.
Prevalência e curso
▪ 0,2 a 2%, começando entre 3 e

6 anos

▪ Ocorrências iguais entre


meninos e meninas

▪ Acontece mais na escola do

que em casa

▪ Embora relatos clínicos


sugiram que muitos indivíduos
"superam" o mutismo seletivo,
seu curso é desconhecido.
22
Métodos behavioristas que
utilizam modelagem e
exposição apresentam mais
evidências de resultados
positivos

Tratamentos

Modelagem mais terapia de


exposição parece ser o mais
eficaz

23
Fobia Específica
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação
(p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue).

B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma


resposta imediata de medo ou ansiedade.

C. 0 objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado


com intensa ansiedade ou sofrimento.

D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real


imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto
sociocultural.
24
E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente,
geralmente com duração mínima de seis meses.

F. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento


clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.

G. A perturbação não é mais bem explicada pelos


sintomas de outro transtorno mental

25
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela
situação social e o contexto sociocultural

F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de


seis meses.

G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou


prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes
da vida do indivíduo.

H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de


uma substância ou de outra condição médica.

I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de


outro transtorno mental.

J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade,


desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está presente, o medo,
ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.

26
Taxas mais altas
como de
condições
12,5% ao longo naturais
da vida (principalmente
de alturas),
seguidas por
animais

Prevalência
27
Neurobiologia
▪ Provavelmente está ligada
ao córtex insular anterior

▪ Fobias específicas diferentes

parecem apresentar padrões


de ativação cerebral
diferentes

28
Tratamentos
▪ Medicamentos ansiolíticos – geralmente
benzoadiazepínicos

▪ Abordagem comportamental – condicionamento –


exposição gradual, imersão (in vivo, imaginária)

▪ Abordagem cognitivo comportamental – interpretação de

estímulos de forma equivocada – superestimar a


probabilidade de um desfecho perigoso – restruturação
cognitiva pode fazer com que paciente enxergue de
forma mais racional 29
Transtorno de Ansiedade
Social
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em
que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas. Exemplos
incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas
que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e
situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras).

B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que


serão avaliados negativamente(i.e., será humilhante ou constrangedor;
provocará a rejeição ou ofenderá a outros).

C. As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade.

D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou


ansiedade.

30
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela
situação social e o contexto sociocultural

F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de


seis meses.

G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente significativo ou


prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes
da vida do indivíduo.

H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos efeitos fisiológicos de


uma substância ou de outra condição médica.

I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos sintomas de


outro transtorno mental.

J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, obesidade,


desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está presente, o medo,
ansiedade ou esquiva é claramente não relacionado ou é excessivo.
31
12, 1% - segunda
30% são
forma mais comum
classificados como
de transtorno de
graves
ansiedade

Prevalência
32
Tratamentos
▪ Existem genes que podem ter participação no seu desenvolvimento +

capacidade de pensar em como você é visto pelos outros

▪ Os medicamentos com maior eficácia – ISRSs + ISRNs

▪ Benzodiazepínicos – potencial para abuso

▪ IMAOs tem efeitos colaterais perigosos

▪ Terapia cognitivo comportamental – reestruturar pensamentos +


exposição real ou imaginária

▪ Para pacientes que não respondem a psicoterapia/medicação –

entrevista motivacional, terapia de aceitação e compromisso,


mindfulness
33
Transtorno de Pânico
A- Ataques de pânico recorrentes e inesperados, 9. Parestesias (anestesia ou sensações de
sendo considerado ataque de pânico como: um formigamento)

surto abrupto de medo ou de desconforto intenso


10. Desrealização (sensações de irrealidade) ou
que alcança um pico em minutos e durante o qual despersonalização (sensação de estar se
ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: distanciando de si mesmo)

11. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”


1. Palpitações ou ritmo cardíaco acelerado
2. Sudorese 12. Medo de morrer
3. Tremores ou abalos
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento
5. Sensações de asfixia
6. Dor ou desconforto torácico
7. Náusea ou desconforto abdominal

8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem


ou desmaio, calafrios ou ondas de calor

34
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou
de ambas as seguintes características:

▪ Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico


adicionais ou sobre suas consequências (p. ex., perder o controle, ter um
ataque cardíaco, “enlouquecer”).

▪ Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada


aos ataques (p. ex., comportamentos que têm por finalidade evitar ter
ataques de pânico, como a esquiva de exercícios ou situações
desconhecidas).

C. A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma


substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou de outra condição
médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).

D. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental

35
Prevalência

Ataques de Transtorno
Pânico – de Pânico
20% 2 e 3%

36
Agorafobia
A. Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes:

1. Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, trens, navios, aviões).

2. Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de estacionamentos, mercados, pontes).

3. Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas).

4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão.

5. Sair de casa sozinho.

B. O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a pensamentos de que pode
ser difícil escapar ou de que o auxílio pode não estar disponível no caso de
desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou
constrangedores (p. ex., medo de cair nos idosos; medo de incontinência).
37
C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou
ansiedade.
D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a
presença de uma companhia ou são suportadas com intenso medo ou
ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado
pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando
mais de seis meses.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
H. Se outra condição médica (p. ex. doença inflamatória intestinal,
doença de Parkinson) está presente, o medo, ansiedade ou esquiva é
claramente excessivo.
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos
sintomas de outro transtorno mental
38
Etiologia
▪ Níveis mais altos de norepinefrina

podem tornar um indivíduo mais


propenso a vivenciar medo e
ansiedade e pânico

▪ Teoria da sensibilidade aumentada

– pessoas com transtorno do


pânico- responsividade aumentada
de CO2 – mais propensos a
sensações de sufocamento

39
Tratamentos – pânico e
agorafobia
▪ Mais eficazes – ansiolíticos – benzodiazepínicos

▪ Devido dependência médicos indicam mais ISRSs e ISRNs

▪ Condicionamento clássico- reações de medo condicionadas –

treinamento de relaxamento (técnica comportamental)

▪ Terapia de controle do pânico – treinamento de respiração+

psicoeducação + reestruturação cognitiva (reconhecer e


controlar os sinais corporais)

40
Transtorno de Ansiedade
Generalizada
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo
na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou
atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).

B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.

C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos


seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria
dos dias nos últimos seis meses).

▪ Nota: Apenas um item é exigido para crianças.

41
▪ 1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da

pele.

▪ 2. Fatigabilidade.

▪ 3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na

mente.

▪ 4. Irritabilidade.

▪ 5. Tensão muscular.

▪ 6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o

sono, ou sono insatisfatório e inquieto).


42
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam
sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo.

E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma


substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra
condição médica (p. ex., hipertireoidismo).

F. A perturbação não é mais bem explicada por outro


transtorno mental

43
PREVALÊNCIA 2,9%

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA NÃO TEM FOCO


ESPECÍFICO.

PESSOAS SENTEM-SE ANSIOSAS A MAIOR PARTE DO TEMPO


(NEM SEMPRE SABEM O PORQUÊ)

TEMEM QUE O PIOR SEMPRE ACONTEÇA

PESSOAS ACHAM MUITO DIFÍCIL CONTROLAR SUA


PREOCUPAÇÃO

44
Transtorno de Ansiedade
Não Especificado
Esta categoria aplica-se a apresentações em que sintomas
característicos de um transtorno de ansiedade que causam
sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no
funcionamento social, profissional ou em outras áreas
importantes da vida do indivíduo predominam, mas não
satisfazem os critérios para qualquer transtorno na classe
diagnóstica dos transtornos de ansiedade.

45
Tratamentos
▪ Pesquisadores acreditam que haja alterações do sistema

GABA, serotoninérgicos e adrenérgicos

▪ Se alguma coisa pequena acontece – como discussão com

colega – apreensivas em excesso com o desfecho

▪ A longo prazo, pessoas tendem a se beneficiar mais com

psicoterapia do que com intervenções farmacológicas

▪ TAG – distorções cognitivas

▪ TCC – romper ciclos de pensamentos e preocupações


negativas
46
Transtorno de Ansiedade
Devido a Outra Condição
Médica
A. Ataques de pânico ou ansiedade predominam no quadro clínico.

B. Existem evidências, a partir da história, do exame físico ou de


achados laboratoriais, de que a perturbação é a consequência
fisiopatológica direta de outra condição médica.

C. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.

D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.

E. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo


no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo.
47
Transtorno de Ansiedade
Induzido por
Substância/Medicamento
A. Ataques de pânico ou ansiedade proeminente predominam no quadro clínico.

B. Existem evidências, a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais, de (1)


ou (2):

1. Os sintomas no Critério A desenvolveram-se durante ou logo após a intoxicação ou


abstinência de substância ou após exposição a um medicamento.

2. A substância/medicamento envolvida é capaz de produzir os sintomas no Critério A.

C. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno de ansiedade não induzido por
substância/medicamento. D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de
delirium.

E. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento


social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 48
Outro Transtorno de
Ansiedade Especificado

A categoria outro transtorno de ansiedade especificado é


usada nas situações em que o clínico opta por comunicar
a razão específica pela qual a apresentação não satisfaz
os critérios para qualquer transtorno de ansiedade
específico. Isso é feito por meio do registro de “outro
transtorno de ansiedade especificado”, seguido pela razão
específica (p. ex., “ansiedade generalizada não ocorrendo
na maioria dos dias”).
49
Escalas de
Avaliação
Escalas específicas estão
disponíveis para melhor
caracterizar a gravidade de
cada transtorno de
ansiedade e captar as
alterações na gravidade ao
longo do tempo.

50
DICAS

51
Filmes

52
REFERÊNCIAS

53
TRANSTORNO
OBSSESSIVO-
54 COMPULSIVO E
TRASNTORNOS
RELACIONADOS
Profa. Ms. Juliana Leonel
juleonel@ig.com.br
@profa.julianaleonel
Contribuição: Profa. Cindy Morão
DEFINIÇÕES
▪ Obsessão – pensamento, palavra, frase ou imagem indesejados que repetida ou
persistentemente vem a mente da pessoa e causam sofrimento.

▪ Compulsão – comportamento repetitivo e aparentemente intencional realizado em


resposta a impulsos incontroláveis ou de acordo com um conjunto de regras
ritualísticas ou estereotipadas.

▪ TOC- transtorno de ansiedade caracterizado por obsessões ou compulsões


recorrentes que consomem tempo excessivo ou causam sofrimento ou prejuízo
significativos.

55
DSM-V
Transtorno
Transtorno Transtorno de
Obsessivo-
Dismórfico escoriação (skin-
compulsivo picking
Corporal
- TOC
Transtorno
Tricotilomania Transtorno obsessivo-
(transtorno de compulsivo
arrancar o de induzido por
cabelo Acumulação subatância/medi
camento
Outro transtorno Transtorno
Transtorno
obsessivo- obsessivo-
obsessive-
compulsivo e compulsivo e
compulsivo
transtorno transtorno
devido a outra
relacionado relacionado não
condição médica
especificado especificado

56
TRANSTORNO OBSESSIVO
COMPULSIVO - TOC
▪ Ideias, fantasias e imagens obsessivas e por atos, rituais ou

comportamentos compulsivos

▪ Pressão sobre o individuo, como algo que o obriga e a que se submete

▪ Vivenciam obsessões e/ou compulsões em tal grau que acham difícil

realizar atividades de vida diária

▪ Prevalência mundial1,1 a 1,8%

▪ SP e RJ prevalência 2,8% a 3,9% sendo que 42,5% grave

57
TRANSTORNO OBSESSIVO
COMPULSIVO - TOC

▪ Predomínio de ideias obsessivas – ideias, pensamentos, fantasias ou

imagens persistentes que surgem de forma recorrente na consciência

▪ Predomínio de atos e comportamentos compulsivos – atos mentais ou

comportamentos e atos para cumprir regras mágicas

▪ Pode ser confundido com ideia delirante ou fobia

58
Critérios
A. Presença de obsessões, compulsões ou ambas:

B. As obsessões ou compulsões tomam tempo (p. ex., tomam mais de uma hora por
dia) ou causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento
social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

C. Os sintomas obsessivo-compulsivos não se devem aos efeitos fisiológicos de uma


substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.

D. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno mental

59
Etilogia e tratamentos
▪ Anormalidades nos gânglios da base (envolvidas nos
movimentos motores)

▪ Medicações – clomipramina, fluoxetina, setralina –


ISRSs

▪ As intervenções psicológicas – suplemento ou


substituição (parar de realizar comportamentos
compulsivos + terapia de saciação – confrontam
pensamentos obsessivos por tanto tempo que
perdem significado)

▪ Casos graves – neurocirurgia psiquiátrica

60
Transtorn
o
Dismórfic
o Corporal

61
Transtorno Dismórfico Corporal
A. Preocupação com um ou mais defeitos ou falhas percebidas na aparência física que não são
observáveis ou que parecem leves para os outros.

B. Em algum momento durante o curso do transtorno, o indivíduo executou comportamentos


repetitivos (p. ex., verificar-se no espelho, arrumar-se excessivamente, beliscar a pele, buscar
tranquilização) ou atos mentais (p. ex., comparando sua aparência com a de outros) em resposta às
preocupações com a aparência.

C. A preocupação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,


profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

D. A preocupação com a aparência não é mais bem explicada por preocupações com a gordura ou o
peso corporal em um indivíduo cujos sintomas satisfazem os critérios diagnósticos para um
transtorno alimentar.

62
Prevalência 1,7 a 2,9%

▪ Dados

▪ 29% dos estudantes universitários estão preocupados com

aparência, mas, apenas 14% fecham critério

▪ Preocupações + comuns – pele, cabelo e nariz

▪ Homens: perda de cabelo e constituição física

▪ Mulheres: peso e quadris

▪ Taxa de suicídio – 45x maior

63
Tratamentos

▪ Medicações: ISRSs

▪ Terapia interpessoal – estratégias para lidar com seus relacionamentos,

autoestima e humor deprimido

▪ TCC – aparência é apenas um aspecto de sua identidade total e

desafiam crenças de que aparência de fato é defeituosa

64
Transtorno
de
Acumulaçã
o
Transtorno de Acumulação
A. Dificuldade persistente de descartar ou de se desfazer de pertences,
independentemente do seu valor real.

B. Esta dificuldade se deve a uma necessidade percebida de guardar os itens e ao


sofrimento associado a descartá-los.

C. A dificuldade de descartar os pertences resulta na acumulação de itens que


congestionam e obstruem as áreas em uso e compromete substancialmente o uso
pretendido. Se as áreas de estar não estão obstruídas, é somente devido a
intervenções de outras pessoas (p. ex., membros da família, funcionários de
limpeza, autoridades).

66
Transtorno de Acumulação
D. A acumulação causa sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento
social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (incluindo a
manutenção de um ambiente seguro para si e para os outros).

E. A acumulação não é devida a outra condição médica (p. ex., lesão cerebral,
doença cerebrovascular, síndrome de Prader-Willi).

F. A acumulação não é mais bem explicada pelos sintomas de outro transtorno


mental

67
68
DADOS e TRATAMENTO

▪ Acumulação é considerada uma compulsão

▪ Adultos mais velhos são mais propensos do que os jovens

▪ 1,5 a 6 % dos adultos

▪ Tratamento biopsicossocial – psicoterapia, medicações (ISRSs),


amigos, familiares e autoridades para desobstrução do local

69
Tricotilomani
a
(Transtorno
de Arrancar
o Cabelo)

70
Tricotilomania (Transtorno de
Arrancar o Cabelo)
A. Arrancar o próprio cabelo de forma recorrente, resultando em
perda de cabelo.

B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de


arrancar o cabelo.

C. O ato de arrancar cabelo causa sofrimento clinicamente


significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.

D. O ato de arrancar cabelo ou a perda de cabelo não se deve a


71
outra condição médica (p. ex., uma condição dermatológica).
72
▪ Após arrancá-los, as pessoas sentem alívio, prazer ou gratificação

▪ Á medida que ficam mais velhos – aumentam locais do corpo de se arrancam pelos/cabelo (sobrancelhas,
cílios, pêlos axilas e púbicos)

▪ Podem desenvolver problemas gastrointestinais (bolas de pelos), infecções de pele, dor, sangramentos

▪ 1 a 2 % da população

▪ Gênero: 10 mulheres :1 homem

▪ Hereditariedade – 80% - anormalidades no cromossomo 1 e no gene SAP3

▪ Tratamentos – antidepressivos, antipsicóticos atípicos, lítio e naltrexona

▪ Tratamento comportamental – reversão de hábitos é o tratamento mais bem sucedido

▪ TCC – 6 meses – 77% remissão total de sintomas

73
Transtorn
o de
Escoriaçã
o (Skin-
picking)

74
Transtorno de Escoriação
(Skin-picking)
A. Beliscar a pele de forma recorrente, resultando em lesões.

B. Tentativas repetidas de reduzir ou parar o comportamento de beliscar a pele.

C. O ato de beliscar a pele causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no


funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

D. O ato de beliscar a pele não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p.
ex., cocaína) ou a outra condição médica (p. ex., escabiose).

E. O ato de beliscar a pele não é mais bem explicado pelos sintomas de outro
transtorno mental

75
76
DADOS E TRATAMENTOS
▪ Normalmente beliscam a pele por quantidade significativa de tempo

(horas)

▪ Quando não beliscam pensam em fazer ou em como resistir aos

impulsos

▪ Aprox. 2,1 a 3,1% dos adultos

▪ ¾ são mulheres

▪ Tratamentos são iguais aos de tricolomania

77
TOC e Transtorno Relacionado
Induzido por Substância/Medicamento
A. Obsessões, compulsões, beliscar a pele, arrancar o cabelo, outros comportamentos repetitivos focados
no corpo ou outros sintomas característicos do transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos relacionados
predominam no quadro clínico.

B. Existem evidências, a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais

C. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno


relacionado não induzido por substância/medicamento.

D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.

E. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,


profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo

78
TOC – Outra Condição Médica
A. Obsessões, compulsões, preocupações com a aparência, acumulação, beliscar a pele, arrancar o
cabelo, outros comportamentos repetitivos focados no corpo ou outros sintomas característicos do
transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno relacionado predominam no quadro clínico.

B. Existem evidências, a partir da história, do exame físico ou de achados laboratoriais, de que a


perturbação é consequência fisiopatológica direta de outra condição médica.

C. A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental.

D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o curso de delirium.

E. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social,


profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

79
Outro Transtorno Obsessivo-
compulsivo e Transtorno Relacionado
Especificado
1. Transtorno tipo dismórfico corporal com defeitos reais: Este é semelhante ao
transtorno dismórfico corporal, exceto pelo fato de os defeitos ou imperfeições na
aparência física serem claramente observáveis pelos outros

2. Transtorno tipo dismórfico corporal sem comportamentos repetitivos: Apresentações


que satisfazem os critérios para transtorno dismórfico corporal, exceto pelo fato de o
indivíduo não realizar comportamentos repetitivos ou atos mentais

3. Transtorno de comportamento repetitivo focado no corpo. Caracterizado por compor-tamentos repetitivos


recorrentes focados no corpo (p. ex., roer as unhas, morder os lábios, mastigar a bochecha) e tentativas
repetidas de reduzi-los ou pará-los.

80
4. Ciúme obsessivo: Caracterizado pela preocupação não delirante com a infidelidade
percebida do parceiro. As preocupações podem levar a comportamentos ou atos
mentais repetitivos em resposta às preocupações com a infidelidade

5. Shubo-kyofu: semelhante ao transtorno dismórfico corporal e caracterizada pelo


medo excessivo de ter uma deformidade corporal.

6. Koro: um episódio de ansiedade abrupta e intensa de que o pênis (ou a vulva e os


mamilos, nas mulheres) recue para dentro do corpo, possivelmente levando à morte.

7. Jikoshu-kyofu: caracterizada pelo medo de ter um odor corporal desagradável


(também denominada síndrome de referência olfativa).

81
TOC não especificado

Não satisfazem todos os critérios para qualquer transtorno na


classe diagnóstica transtorno obsessivo-compulsivo e
transtornos relacionados

82
Indicação de Filmes

83
REFERÊNCIAS

84
TRANSTORNO
DE ESTRESSE
PÓS-
TRAUMÁTICO 85
DSM-V
Transtorno de
Transtorno de Transtorno de
estresse pós-
Adaptação apego reativo
traumático

Transtorno de Transtorno do
Transtorno de
interação social luto prolongado
estresse agudo
desinibida

Transtorno relacionado Outro transtorno


a trauma e a relacionado a trauma e
estressores não a estressores
especificado especificado

86
TRANSTORNO DE ESTRESSE
PÓS-TRAUMÁTICO - TEPT
▪ Alta ansiedade após exposição a um ou mais eventos ameaçadores, traumáticos, tais
como: incêndio, estupro, sequestro, catástrofes naturais, eventos de guerra, etc.

▪ Se caracteriza por lembranças ou recordações vividas que invadem a consciência –


flashbacks

▪ Emoções fortes e profundas com ansiedade e medo, além de sensações físicas


marcantes como as experimentadas durante o evento traumático

▪ Intensa sensação de ameaça, tente a ficar hipervigil ou pronto para reagir

▪ Evita atividades , situações ou pessoas que lembrem o evento traumático

87
TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO - TEPT
▪ Duração de semanas ou meses com grande sofrimento

▪ Prevalência SP e RJ 1,6 a 5,0 %

▪ Um estudo realizado em SP e RJ 3744 pessoas entrevistadas de 15

a75 anos, 90 % relataram alguma situação traumática violenta

88
TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO - TEPT
▪ A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão grave ou violência sexual em uma ( ou
mais) das seguintes formas:

▪ 1.vivenciar diretamente o evento traumático

▪ 2. testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com outras pessoas

▪ 3. saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo próximo. Nos casos de episódio
concreto ou ameaça de morte envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha sido
violento ou acidental

▪ 4. ser exposto de forma repetitiva ou extrema a detalhes do evento traumático (socorristas, policiais)

89
TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO - TEPT
▪ B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos associados ao evento traumático, começando depois de sua
ocorrência:

▪ 1. lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias do evento traumático

▪ 2.sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático

▪ 3. reações dissociativas nas quais o individuo sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo novamente

▪ 4. sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a exposição a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem
a algum aspecto do evento traumático

▪ 5. reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento
traumático

90
TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO - TEPT
▪ C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento traumático, começando
após a ocorrência do evento, conforme evidenciado por um ou ambos dos seguintes
aspectos:

▪ 1. evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou sentimentos


angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático.

▪ 2. evitação ou esforços para evitar lembranças externas (pessoas, lugares,


conversas, atividades, objetos, situações) que despertem recordações, pensamentos
ou sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao evento traumático

91
TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO - TEPT
▪ D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao evento traumático começando ou
piorando depois da ocorrência de tal evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes
aspectos:

▪ 1.incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento traumático (geralmente devido a


amnésia dissociativa, e não a outros fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas)

▪ 2. crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas a respeito de si mesmo, dos outros e


do mundo

▪ 3. cognições distorcidas persististes a respeito da causa ou das consequências do evento traumático


que levam o individuo a culpar a si mesmo ou os outros

92
TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO - TEPT
▪ 4. estado emocional negativo persistente (medo, pavor raiva, culpa, vergonha)

▪ 5. interesse ou participação bastante diminuída em atividades significantes

▪ 6. sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos outros

▪ 7. incapacidade persistente de sentir emoções positivas (felicidade, satisfação ou amor)

93
TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO - TEPT
▪ E. alterações marcantes na excitação e na reatividade associadas ao evento traumático, começando ou
piorando após evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes aspectos:

▪ 1. comportamento irritadiço e surtos de raiva geralmente expressos sob a forma de agressão verbal ou física
em relação a pessoas e objetos

▪ 2. comportamento imprudente ou autodestrutivo

▪ 3. hipervigilância

▪ 4. resposta de sobressalto exagerada

▪ 5. problemas de concentração

▪ 6. perturbação do sono

94
TRANSTORNO DE
ESTRESSE PÓS-
TRAUMÁTICO - TEPT
▪ F. A perturbação dura mais de um mês

▪ G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo social,

profissional ou em outras áreas importantes da vida do individuo

▪ H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra

condição médica

95
PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO

▪ 6,1 a 8,3 %

▪ Risco:

➢ Pré-traumático: problemas emocionais na infância, transtornos mentais prévios, baixo nível


socioeconômico, baixa escolaridade, exposição ao trauma, adversidades na infância, caraterísticas
culturais, inteligência inferior, minoria racial, histórico familiar, ser mulher e jovem.

➢ Peri traumáticos: gravidade do trauma, ameaça à vida, lesão pessoal, violência interpessoal,
testemunhar atrocidades.

➢ Pós-traumáticos: avaliações negativas, estratégias de enfrentamento inapropriadas, estresse agudo,


exposição a lembranças desagradáveis e repetitivas e eventos de vida adversos.

96
Transtorno de Apego Reativo Transtorno de Adaptação

▪ Comportamento inibido e emocionalmente retraído em ▪ Sintomas emocionais ou comportamentais em


relação ao cuidador resposta a um estressor ou estressores

▪ Não busca conforto quando aflita identificáveis dentro de três meses do inicio do
estressor
▪ Não responde a medidas de conforto quanto aflita
▪ Sofrimento intenso desproporcional à gravidade do
▪ Responsividade social e emocional mínima a outras
estressor
pessoas

▪ Prejuízo funcional
▪ Afeto positivo limitado

▪ Cuidados insuficientes ▪ Não representa luto

▪ Negligência ou provação social sem vínculos estáveis ▪ Sintomas não persistem por mais de seis meses

▪ Somente em crianças

97
Transtorno do luto
prolongado
▪ A- Morte, há pelo menos 12 meses, de uma pessoa próxima ao individuo em luto

▪ B- Desde a morte, o desenvolvimento de uma resposta de luto persistente caracterizada por


um ou ambos dos seguintes sintomas: 1. saudade intensa 2. preocupação com pensamentos
ou memórias da pessoa falecida
▪ C- Desde a morte, pelo menos, três dos seguintes sintomas:

▪ 1. perturbação na identidade desde o falecimento

▪ 2. senso acentuado de descrença sobre o falecimento

▪ 3. evitação de lembranças de que a pessoa está morta

▪ 4. dor emocional intensa (raiva, amargura e tristeza)

▪ 5. dificuldade de reintegração aos relacionamentos e atividades após o falecimento

▪ 6. apatia emocional

▪ 7.sentimento de que a vida perdeu o sentido em decorrência do falecimento

▪ 8. solidão intensa em decorrência do falecimento

98
Transtorno do luto
prolongado
▪ D- a perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo

social, profissional ou de outras áreas importantes

▪ E- a duração e gravidade da reação de luto claramente excedem as

normas sociais, culturais ou religiosas esperadas para o contexto e


cultura do individuo

▪ F- o(s) sintoma(s) não estão mais bem explicados por outro transtorno

mental, como transtorno depressivo maior ou transtorno d estresse pós-


traumático e não está atribuído aos efeitos fisiológicos de uma
substância.
99
Indicação de Filmes

https://www.youtube.com/watch?v=o_l4Ab5FRwM

100
REFERÊNCIAS

101

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